domingo, 12 de setembro de 2010

F1 2010 - GP DA ITÁLIA

Nada a ver com esta corrida, mas a configuração McLaren-Ferrari-Ferrari
em Monza me lembrou de 1988, quando o então piloto da McLaren Ayrton Senna
deu a corrida
de presente para a dupla da Ferrari Berger-Alboreto
ao tentar uma ultrapassagem
em cima do retardatário Jean Louis Schlesser.
Ah bons tempos...



Grande Prêmio da Itália com Ferrari na pole é garantia de casa cheia, e a corrida deste domingo não fugiu à regra. Uma massa de torcedores fanáticos foi ao autódromo assistir ao pole Alonso, que era seguido por Button e Massa. Webber, Hamilton e Vettel – os outros 3 possíveis campeões deste ano – fechavam os primeiros 6.

Na largada, boa partida de Button, que pulou à frente e deixou as duas Ferrari brigando entre si. Pior para Lewis Hamilton, que viu esta disputa entre Massa e Alonso como uma oportunidade de dar o pulo do gato e acabou atingido pela roda traseira do brasileiro, danificando a suspensão de sua McLaren a dando adeus à prova logo na primeira volta.

Pena, porque o inglês era apontado como favorito à prova, possuindo a melhor velocidade final numa pista em que isso faz toda a diferença. Ou pelo menos fazia. Quem estava disposto a provar que isto podia não ser tão fundamental quanto se achava ao longo das últimas 6 décadas era o Jenson Button, que optou por uma configuração aerodinâmica na sua McLaren que priorizava a tomada das curvas, mas que sacrificava a velocidade em reta.

O Button bancava que, ao contornar melhor as curvas, neutralizaria a vantagem de velocidade que os demais carros teriam. E o que se viu durante grande parte da corrida foi exatamente isso. Tendo saltado na frente, o Button não permitia que o Alonso se aproximasse suficientemente dele para tentar a ultrapassagem, e começou a ficar claro que a única chance do espanhol seria num trabalho de boxes mais competente que o do inglês.

Aliás, foi nostálgico ver o Button sendo caçado pelo Alonso e Massa em Monza porque me remeteu instantaneamente a 1988, quando o Senna pilotava sua McLaren, seguido das Ferrari de Berger e Alboreto. O brasileiro tinha quase uma volta de vantagem para o piloto austríaco quando tentou ultrapassar o retardatário da Williams Jean Louis Schlesser no meio da chicane. Bateu, abandonou e fez a festa dos tifosi (e a minha, que era torcedor do Berger) no que foi a única corrida do ano com um vencedor que não fosse da McLaren.

Nostalgia à parte, em 2010, o Button não contava com aquela vantagem quilométrica como a do Senna sobre o Berger, então o trabalho dos boxes seria muito mais decisivo para o resultado da prova.

Enquanto isso, o Webber se recuperava de uma péssima largada ultrapassando o Vettel que tinha problemas com seu motor – problemas estes que viriam a se resolver ao longo da corrida. Depois, o australiano passou pelo Kubica com propriedade e sofreu horrores para conseguir se livrar de um surpreendente Nico Hulkenberg, que deve ter furado a chicane mais vezes do que a corrida tinha voltas. Sei lá como ele conseguiu escapar de uma punição.

Aí chegaram as paradas de boxes para troca de pneus e a Ferrari conseguiu ser marginalmente mais rápida que a McLaren, devolvendo o Alonso à pista em condições de disputar a primeira chicane com o Button. Melhor para o espanhol, que assumiu a liderança e finalmente conseguiu colocar a sua melhor velocidade em reta a seu favor.

Com as trocas de pneus, o resultado da corrida se desenhava de forma a não proporcionar mais surpresas, mas o Vettel, recuperado da falha de motor que o afligiu no começo da prova, não parava para fazer seu pit-stop obrigatório, e só o fez na penúltima volta da corrida.

Confesso que não me lembro de ter visto algum piloto fazendo isto e nem o site www.lastlappitstops.com me proporcionou algum esclarecimento quanto ao assunto, mas o fato é que a parada postergada até o último instante deu ao Vettel a chance de voltar em 4º lugar, na frente do Nico Rosberg (e, mais importante, na frente do Webber), somando assim importantes pontos para continuar na briga pelo campeonato. Foi uma jogada inusitada, mas inteligente do alemão.

Agora temos meras 5 corridas pela frente e o campeonato segue embolado, com 22 pontos separando os primeiros 5 colocados (lembrando que, na nova pontuação, a vitória vale 25):

1.Mark Webber 187.00
2.Lewis Hamilton 182.00
3.Fernando Alonso 166.00
4.Jenson Button 165.00
5.Sebastian Vettel 163.00
6.Felipe Massa 124.00

E aí? Alguém se habilita em apontar o novo campeão?

3 comentários:

Mark disse...

Então... Tô achando que vai dar Webber.

Anônimo disse...

Rubinho!!

Mark disse...

HAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHA

TAMBÉM É POSSIVEL (NOT). MAS ACHO QUE VAI DAR WEBBER MESMO.