sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AU REVOIR, ADIDAS

No uniforme utilizado pela França no amistoso com
a Inglaterra, a seleção se despediu da Adidas e imprimiu
na camisa as 3 conquistas que obteve nos 40 anos de parceria:
a Copa de 1998 e as Eurocopas de 1984 e 2000.


Assim como acontece com a Alemanha, fica difícil imaginar a seleção francesa jogando com qualquer outra marca de uniforme que não seja a Adidas.

Pudera... desde 1970, a empresa alemã fornece os uniformes da equipe dos Bleus, uma marca apenas superada pela seleção da Alemanha.

Pois o amistoso entre França e Inglaterra neste último dia 17 de novembro (a França ganhou 2x1) marcou o fim desta parceria de 40 anos. A partir de agora, a seleção francesa terá uniformes da marca americana Nike.

Confesso que me causou uma certa melancolia. Desde que acompanho este espetacular evento que é a Copa do Mundo, lá estava o famoso uniforme azul com as características três listras da Adidas (isso quando a França se classificava, claro)

Mas agora, a charmosa equipe terá que se virar com a instável e às vezes insossa Nike, que já cometeu verdadeiros CRIMES, como o terrível template da Copa de 2002 (pra quem não lembra, é aquele da camisa esquisita do pentacampeonato brasileiro:


Enquanto esperamos para ver o que a empresa americana preparou para a França, vazou o uniforme abaixo :


Como ninguém confirmou o design, é possível que seja um fake, mas em se tratando da notória falta de criatividade da Nike, vai saber...

Em todo caso, para matarem um pouco a saudade, aqui vão alguns uniformes marcantes nesta longa e já saudosa parceria entre a Adidas e a Fédération Française de Football.
















domingo, 14 de novembro de 2010

F1 2010 - GP DE ABU DHABI

Alonso, desolado após a perda do título, brigou com Vitaly Petrov pela
inexplicável atitude do russo em defender sua posição durante a corrida.
Depois, se recusou em dar os parabéns ao Vettel pela sua conquista.
Provavelmente deve estar discutindo com Felipe Massa até agora pelo
fato do brasileiro não ter se posicionado mais à frente para
ENTREGAR A POSIÇÃO A ELE.



E acabou. A Fórmula-1 tem seu mais novo – e jovem – campeão: Sebastian Vettel. O alemão supera por alguns meses a marca de Lewis Hamilton e se sagra campeão aos 23 anos, 4 meses e 11 dias de idade.

Dos 3 pilotos que chegaram a Abu Dhabi com chances reais (o Hamilton precisava de um milagre), o Vettel era o que tinha menos chance. O Alonso tinha 248 pontos, seguido por Webber com 238 e Vettel com 231.

Mas a história começou a mudar na classificação, quando o Webber simplesmente não conseguiu se equiparar ao sue companheiro de Red Bull e largou em quinto, contrastando com a pole do alemão. Alonso largava em terceiro, entre as duas McLaren de Hamilton e Button.

Em miúdos, a situação era a seguinte: Se o Alonso chegasse na frente das Red Bull, seria campeão. Se o Webber ganhasse e o Alonso não chegasse em segundo, o australiano é que seria campeão. Ao Vettel, restava a possibilidade de ganhar a prova e torcer para um fraco desempenho do Alonso – o espanhol teria que terminar abaixo da quarta posição.

Na largada, Vettel se manteve na ponta, seguido por Hamilton. Quem deu o bote para cima do Alonso foi o Button, que ultrapassou o asturiano e garantiu o 3º lugar. Logo na sequência, numa disputa entre Schumacher e Rosberg com Barrichello, sobrou para o heptacampeão, que rodou e foi abalroado pela Force India do Liuzzi. E quem voltava à ativa com isso? Nosso bom e velho Bernd Maylander com seu SAFETY CAR.

Quem aproveitou a entrada do Safety Car para fazer sua troca foram Nico Rosberg e Vitaly Petrov, e este fato viria a ser importantíssimo no desenrolar da corrida.

Algumas voltas depois, deu-se a relargada e Vettel foi embora, abrindo a cada volta. Com problemas nos pneus, Webber entrou na volta 12 e, quatro voltas depois, entrou o Alonso. Parecia aquelas características jogadas táticas do Jenson Button só que nenhum dos dois era o Jenson Button, então é claro que a jogada daria errado.

Ambos se encontravam em 11º e 12º, enclausurados atrás de um combativo e competente Vitaly Petrov e, à frente dele, o Nico Rosberg (lembre que ambos já havia parado).

Ou seja, as coisas começavam a ficar feias para o espanhol.

Ele tentou de tudo passa ultrapassar o Petrov e deve ter saído da pista umas 418 vezes, não abandonando só porque as áreas de escape do circuito são tão extensas que parece ser IMPOSSÍVEL bater numa parede. Aliás, como é chato este circuito, projetado pelo mau e velho Herman Tilke. Dá até vontade de falar mal do cara de novo, mas seria redundante, uma vez que já fiz isso aqui.

De qualquer forma, enquanto o Alonso não ultrapassava o Petrov e o Webber não atacava o Alonso, os líderes Vettel e Hamilton paravam para fazer suas trocas, deixando a liderança da prova para o Button. O Vettel voltou em segundo, à frente do Kubica, mas o Hamilton teve o azar de voltar logo atrás do polonês e perdeu suas já remotas chances de retomar o número 1 para sua McLaren. Na quadragésima volta, era a vez do líder Button parar e devolver o primeiro posto para Vettel.

Presos atrás de Petrov, Alonso e Webber nada podiam fazer e o jovem Sebastian Vettel pilotou tranquilamente rumo ao título. Foi a segunda vitória consecutiva do alemão no circuito de Yaz Marina.

Alonso, que tinha que chegar no mínimo em 5º, acabou terminando em 7º e, após um chiliquinho bem DODÓI com o Petrov – que estava meramente defendendo sua posição – ainda cometeu a indelicadeza de não cumprimentar o novo campeão depois da corrida.

Curiosamente, o GP de Abu Dhabi foi a primeira vez em toda a vida que o Vettel liderou um campeonato de F1. Na Malásia deste ano, ele até havia empatado em pontos com o Alonso, mas como o espanhol tinha obtido a vitória dele antes do alemão, tecnicamente ele estava à sua frente.

Abaixo um gráfico chupinhado do site francês Stats F1 que mostra como foi disputado este campeonato. Confiram como o Vettel só assume a liderança justamente na última etapa da temporada. Cool, hein?


Interessante notar também outra coisa. Todo mundo louvou a atitude da Red Bull de não dar ordens de equipe e permitir uma vitória do Vettel quando o principal concorrente ao título era o Webber. De fato, foi um belo "pito" pra cima da Ferrari, mas na ocasião me peguei pensando se a atitude havia sido inteligente, porque uma troca de posições teria deixado o australiano a apenas um ponto do Alonso.

Pois é. Só que, se tivesse acontecido, a troca de posições teria deixado o campeonato assim:

Alonso: 246
Webber: 245
Vettel: 224

Depois da corrida de hoje, ficaria assim:

Alonso: 252
Webber: 249
Vettel: 249

Ou seja, em vez de festejar o primeiro título do Vettel, teríamos um novo e insuportável tricampeão - o Alonso. A Red Bull ganhou o título de pilotos justamente porque não interferiu na disputa entre Vettel e Webber. Se tivesse feito o “lógico” e ordenado uma troca de posições para dar mais chances ao Webber, teria jogado tudo fora.

Tem uma lição aí, não tem?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A BALADA DE DILMA E SERRA



Os debates da disputa presidencial foram, em sua esmagadora maioria, mornos e sem grande momentos de emoção.

Aliás, diria até que foram improdutivos, já que a Dilma ganhou a eleição.

De qualquer forma, pelo menos quando passados por uma sessão de Auto Tune, os comentários dos candidatos acabaram rendendo um momento mais, digamos, sentimental nesta campanha.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

F1 2010 - GP DO BRASIL

Sebastian Vettel ergue seu troféu de PRÁSTICO multicolorido.
Pelo bom gosto e elegância do troféu, a impressão é que se trata
do mesmo escritório de design que desenvolveu o logo
da Copa do Mundo de 2014.



Tenho postado muito pouco ultimamente porque a vida anda meio complicada, mas domingo foi dia de GP do Brasil, o que significa que vou ser obrigado a quebrar este desconcertante jejum de textos.

Destaque óbvio para a surpreendente pole do Nico Hulkenberg, que se beneficiou de uma pista úmida que secava um pouco a cada volta para cravar a pole com 1 segundo de folga para o segundo colocado Vettel.

Sem chuva no domingo, era só uma questão de tempo até que as Red Bull ultrapassassem a Williams do jovem alemão e, de fato, logo na largada, o Vettel já ocupava a primeira posição. Em seguida, o Webber também passava pela Williams e, depois de algum trabalho, o Alonso fazia o mesmo.

Combativo como sempre, o Hamilton vinha embalado e parecia que ia passar pela Williams com facilidade. Mas ele tentou pela esquerda, pela direita, retardando a freada, sacrificando a tomada de uma curva para sair mais forte na outra... e o Hulkenberg resistia. Foi divertido de ver, mas deve ter sido INSUPORTÁVEL pro inglês, que sabia que perder contato com o Alonso praticamente tiraria suas chances de ser campeão. No final, o Hamilton conseguiu a ultrapassagem, mas só porque o alemão parou nos boxes, na 15ª volta. Lamentável.

Mas quem inaugurou as paradas para troca de pneus foi o companheiro do Hamilton – Jenson Button – que havia largado lá pra trás. Ele entrou nos boxes na 12ª volta, mudando sua tática do jeito que ele adora fazer e deixando quem assiste com um grande ponto de interrogação na cabeça enquanto tenta entender o que ele pretende com isso.

Ele voltou muito mais rápido que quem estava à sua frente e a tática de parar cedo parecia inteligente. Tanto que o Massa entrou na volta seguinte e deve ter achado a jogada tão genial que parou de novo uma volta depois para fazer mais uma troca.

Lá na frente, a Red Bull seguia firme e forte, com Vettel em primeiro e Webber – que estava mais bem colocado no campeonato – em segundo. A equipe havia dito que não haveriam joguinhos de equipe e, por mais louvável que seja a atitude do ponto de vista esportivo, uma vitória do australiano o levaria a 1 mísero ponto do líder Alonso. Com o Vettel ganhando, a diferença ficaria em 8 pontos (lembrando que na NOVA PONTUAÇÃO, a diferença entre o primeiro e segundo lugares é de 7 pontos).

O Hamilton fez seu pit-stop na 21ª volta e voltou imediatamente na frente do Button, que mostrava com isso que sua tática havia funcionado.

Enquanto isso, assim como um pneu furado havia obrigado o Massa a fazer sua segunda parada, o Barrica entrava nos boxes lento, lento (SURPRESA!) porque um toque com o Alguersuari havia resultado num furo. Definitivamente não foi uma corrida dos sonhos para os pilotos da casa.

O resto da prova não chegou a entusiasmar muito. O Kobayashi correu bem mais uma vez (ele havia mandado muito bem aqui no ano passado), brigando de forma divertida com o Rosberg.

Por outro lado, quem mandou mal foi o herdeiro no nome Senna – Bruno – que atrapalhou o Webber quando o australiano se aproximava rapidamente do Vettel. O brasileiro não viu a Red Bull e fez com que o Webber perdesse um segundo e meio em relação ao alemão – tempo este que não conseguiria recuperar. Acabava-se aí qualquer perspectiva de briga na prova.

Aí veio o bom e velho safety car (não me lembro de ter visto um campeonato com TANTOS safety cars assim) na volta 51, cortesia de um acidente com o Liuzzi.

Levaram meio século para tirar a Force India da pista e, 5 voltas depois, veio a relargada. Teria sido uma boa chance para o Webber atacar o Vettel, mas, com dois retardados – ou melhor, retardatários – entre eles, o australiano não tinha muito o que fazer e terminou a corrida em 2º, com o Alonso em 3º.

Ponto para a Red Bull, primeiro pelo título de construtores, mas principalmente pelo espírito esportivo de não interferir na corrida como a Ferrari adora fazer. Podem até perder o título de pilotos pro Alonso em decorrência disso, mas fizeram a “coisa certa” porque a Fórmula-1 é UM ESPORTE.

No pódio, ostentando seus horríveis troféus de PRÁSTICO, os 3 concorrentes ao título (o Hamilton tem chances matemáticas, mas é tão improvável que é praticamente descartável).

O campeonato está assim:

Alonso: 246
Webber: 238
Vettel: 231

Semana que vem, saberemos quem levará o caneco pra casa (alguém ainda usa esta expressão?)