domingo, 30 de agosto de 2009

F1 2009 - GP DA BÉLGICA

Depois do clássico episódio da "molada" em Felipe Massa, Rubens Barrichello
estreou um novo carro no GP da Bélgica que o permitiu soltar fumaça
nos adversários, óleo na pista e até mesmo labaredas de fogo nos boxes.



E, mais uma vez, o GP da Bélgica justificou seu status de corrida mais esperada do ano. Além de ser um circuito belíssimo, as corridas por lá sempre trazem algo divertido. Este ano não foi diferente.

A começar pela brilhante – e ainda para mim inexplicável – pole do Giancarlo Fisichella, com seu compatriota Jarno Trulli da Toyota (não gosto da Toyota) na segunda posição.

Olhando o grid antes da prova, tinha-se a impressão que teríamos uma disputa entre o Barrichello e o Raikkonen, os outros pilotos na condição de meros coadjuvantes. Mas a Force India se manteve competitiva a corrida toda, o Fisico chegando colado na Ferrari do Raikkonen e realizando provavelmente a melhor prova de toda a carreira.

Com as especulações de que o piloto italiano poderia ocupar o cockpit do lastimável “Look How Bad You Are”, acho que o fato de ter feito esta corridaça sem ter impedido a vitória do Kimi pode influenciar na hora de escolher o substituto do Massa para as próximas corridas (ainda mais levando-se em conta que o próximo GP é o de Monza).

Com esta 18a vitória, o Raikkonen encerra um jejum de 26 corridas sem ganhar e, visualmente, dava pra notar o quanto esta conquista representou para o normalmente frio piloto finlandês, que chegou até a esboçar um leve sorriso no pódio ao receber seu troféu. Emoção pura!

Aliás, emoção foi algo que não faltou na prova, começando pela largada. Antes mesmo da batida entre Button, Hamilton, Grosjean e Alguersuari (ô nominho), nosso bom e velho Barrichello já havia anulado aquela perspectiva de que iria disputar a liderança da prova com o Raikkonen e apagado aquela sensação que alguns otimistas como o Galvão Bueno tinham de que o GP de Valência havia sido “o ponto da virada para o Barrichello”

Quando as luzes se apagaram, em vez de largar como todo mundo, ele simplesmente esperou o grid todo passar e aí começar a acelerar. Vale lembrar que ele já havia realizado esta estranha manobra outras duas vezes na temporada, SEI LÁ POR QUÊ.

Aí, com a antecipação do pitstop do Barrica em função da entrada do safety car, o Galvão nos alertou que agora era só esperar os outros fazerem suas paradas pra gente ver o piloto brasileiro subir vertiginosamente na classificação. Mas, curiosamente, por mais que as pessoas parassem à sua frente e por mais que ele parecia estar veloz de verdade, ultrapassando todo mundo, ele não se aproximava da zona de pontuação. Parece impossível isso, mas vale lembrar que ele já havia conseguido fazer isso no GP da Hungria.

No final, os pontinhos vieram, mas resta saber se a FIA vai ou não punir o brasileiro por ter corrido as últimas 3 voltas soltando mais óleo que uma refniaria. Tudo bem que era fim de prova, tinha pontos em jogo, o cara tá na luta (ahã) pelo campeonato, mas o fato é que a atitude da Brawn de mantê-lo na prova poderia ter tornado a pista escorregadia, ocasionando algum acidente. Vamos ver o que a FIA decide.

Por falar em acidente, confesso que não sabia das especulações sobre o Briatore. O Reginaldo Leme informa que há suspeitas (aparentemente fundadas) de que o dirigente italiano teria “provocado” uma batida com seu piloto Neslinho Piquet para beneficiar o Alonso no ano passado. Não sei ao certo o quanto disso é verdade e quanto é pura especulação, mas imagino que algo dessa magnitude traria a Renault abaixo e poderia até dar cadeia pro Poderoso Chefão da equipe. Vamos aguardar as apurações e ver o que rola, mas é curioso pensar que o último grande escândalo na F1 foi aquele caso de espionagem da McLaren. E o pivô da crise toda foi justamente o Fernando Alonso. Não quero insinuar nada, mas...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MOVIES AT THE FOOT OF THE LETTER

Estávamos comentando outro dia sobre como alguns títulos de filmes são inadequados quando traduzidos de forma "criativa" para outro idioma.

O motivo de tal divagação foi um site que encontramos que mostrava como a tradução dos títulos literalmente matava o filme, muitas vezes revelando seu enredo todo.

Tipo: “O Filho Que Era a Mãe” para “Psicose” ou "A Mulher Que Viveu Duas Vezes" para "Vertigo", ambos do genial Alfred Hitchcock.

Sempre achei isso tudo muito engraçado, mas meio que uma lenda urbana. Até que me lembrei de uma cena da minha infância.

Uma vez meu pai, gargalhando sonoramente, me mostrou o jornal com a programação do dia. Entre os filmes, estava um que era sobre sete amigos que embarcavam numa viagem cruzando os EUA para se juntar ao exército confederado durante a Guerra Civil. O título original do filme era “Journey to Shiloh”, título este que, numa tradução normal, viraria “Jornada a Shiloh” ou “Viagem a Shiloh” (Shiloh sendo o nome da cidade para a qual os sete amigos viajam).

Mas os tradutores não queriam um título tão “enigmático”. Então preferiram chamar o filme de “Seis Não Voltaram”, talvez numa alusão doentia ao romance de Maria José Dupré – “Éramos Seis”.

Então a gente sabia logo de cara que, dos sete amigos que embarcaram na jornada, SEIS deles não conseguiriam voltar pra casa. Alguém se interessa em ver o filme agora?

É mais ou menos como chamar o “Sexto Sentido” de “O Fantasma Que Ajudou o Garoto a Conviver com os Outros Fantasmas”.

Aí comecei a pensar no outro extremo. E se não houvesse NENHUMA criatividade dos tradutores na hora de bolar o título em português?

Bom, vamos a alguns exemplos e depois vocês decidem se é melhor o 8 ou o 80.

domingo, 23 de agosto de 2009

F1 2009 - GP DA EUROPA

Depois de voltar a vencer só por ter a pintura de
Felipe Massa no seu capacete,
Rubens Barrichello
teria desenvolvido uma tática infalível para o GP da Bélgica:

homenagear O MAIOR NÚMERO DE PILOTOS
BRASILEIROS POSSÍVEL, de uma
só vez.


Fim de semana de corrida, o que significa post sobre a F1, para desespero dos leitores que não suportam mais ler meus posts sobre F1.

Enfim, vitória do Barrichello, 100a vitória do Brasil na categoria e, vamos admitir, conquista merecida pela ótima corrida que o brasileiro fez, voltando à vice-liderança do campeonato. Critico quando necessário (e quando fico com vontade), mas dou o crédito quando é merecido.

Mas ainda acho que essa atuação do Rubinho tem a ver com a nova pintura do capacete dele, uma homenagem ao amigo Felipe Massa que, se foi bonita como homenagem, foi horrível como manifestação artística, com o verde e amarelo do Massa não combinando em nada com o vermelho e azul do Barrica.

De qualquer forma, a partir de agora, quando tirarem sarro do Barrichello, ele poderá dizer, como sugeriu o Galvão: “Eu sou Rubens Barrichello. Eu já ganhei dez corridas na Fórmula 1”. Até hoje, o máximo que ele podia dizer para rebater as críticas era: “Eu sou Rubens Barrichello. Eu já ganhei NOVE corridas na Fórmula 1”. Então tá.

Claro que a vitória do Barrica teve uma certa ajudinha da McLaren, que primeiro impressionou ao largar em 1o e 2o e sair abrindo vantagem no começo da corrida, e depois fez uma burrada astronômica com o pitstop do Hamilton, que lembrou aquelas paradas Didi, Dedé, Mussum e Zacarias que a Williams cismava em fazer com o Mansell. Alguém errou feio e tirou do Hamilton a chance de ganhar a segunda consecutiva.

A Ferrari fez bonito com o Raikkonen, que chegou ao pódio de novo, e fez muito, MUITO feio com o Badoer, o que, como vocês podem ver pelo meu post há alguns dias, era mais do que esperado. Digo que foi a Ferrari que fez feio porque todo mundo sabia que isso ia acontecer. E eles insistiram na burrada.

Só não achei que seria TÃO ruim. O cara largou lá atrás, rodou, foi penalizado pela direção de prova tanto nos treinos – em que excedeu o limite de velocidade dos pits QUATRO VEZES – quanto na corrida, ao pisar na linha branca da saída dos boxes. Aliás, conseguiu ainda a proeza de ter sido ultrapassado DENTRO do pitlane.

Para resumir: no único lugar da pista toda em que ele foi veloz (a ponto de ser multado quatro vezes), ele foi ultrapassado. Patética corrida que só serviu pra aumentar ainda mais a vantagem que ele tem no questio “corridas sem marcar pontos”. Agora são 50, contra 34 do segundo lugar Brett Lunger (acharam que este vice ia sobrar pro Rubinho também, né?).

De resto, nosso amigo Rosberg fez tudo certinho e levou mais alguns pontinhos pra casa, aumentando progressivamente aquela sensação de que ele estará num carro de ponta no ano que vem. Tá na hora mesmo.

O Timo Glock abocanhou a primeira volta mais rápida da carreira, o que é bacana pelo piloto competente e talentoso que é (apesar de eu pessoalmente não suportar a Toyota como equipe. Mas isso é só um desabafo mesmo, não tendo relação nenhuma com o feito do Glock. Desculpem).

Enfim, Button ainda líder, o segundo piloto Barrichello tirando pontos do Webber e do Vettel (que nem pontuaram nesta corrida) e assumindo a vice-liderança, McLaren andando forte e Ferrari melhorando progressivamente. Depois do susto que a Red Bull deu ao desbancar a Brawn há algumas corridas, me parece que o título do Button voltou a ser apenas uma questão de tempo mesmo.

Só pra fechar, a pérola desta transmissão, por incrível que pareça, veio do bom Reginaldo Leme e não do lastimável Galvão Bueno. Foi dele a impagável frase: “A beleza do circuito é uma coisa linda!”

Ahã.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

UMA SINGELA ODE A CLIENTES E ATENDIMENTOS


Post rápido, mas pelo menos com trilha.

Descobri duas coisas hoje. Uma foi que ainda tinha este sonzinho, que eu havia dado como perdido, mas acabei encontrando em meio à tralha digital que existe dentro do meu computador. A outra coisa foi que o houndbite, um site que permite fazer o upload e embedding de músicas em sites e blogs, voltou a funcionar depois de um bom tempo parado. Iupi.

De qualquer forma, taí mais uma daqueles sons que vocês não encontram em qualquer lugar, e imagino que quem trabalha com criação publicitária e tem que lidar com as “sugestões criativas” dos clientes vai se identificar rapidamente com a música.

Ouve aê.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ACELERA JUCELEI!


Fiquei sabendo outro dia de um advogado chamado Jucelei Tavares Menezes, que foi surpreendido pela multa acima e alega que houve erro.

O motivo desta contestação é o fato da multa informar que ele foi flagrado dirigindo a 4.800km por hora, e seu carro era um Gol 1.6.

O fato me levou a deliberar sobre o que isso significava de fato – dirigir a quase 5.000km por hora.

Para efeitos de comparação, se o cara saísse de São Paulo, levaria só uma horinha para chegar até a Cidade do Panamá (descontando o tempo perdido com tráfego e acidentes geográficos tipo OS ANDES).

A mais veloz aeronave civil, o Concorde (na época em que eles ainda voavam), cruzava a uma velocidade média de uns 2.100km/h, menos da metade do Jucelei, com a vantagem de que o Concorde atingia esta velocidade voando, enquanto o nosso amigo conseguiu a proeza de fazer isso com as quatro rodas no asfalto.

Outro exemplo: se você pega um revolver .38 e dá um tiro, a bala viaja a uma velocidade entre 400 e 1000 km/h. O que significa que o Jucelei ganharia um “racha” com uma bala de revolver.

Aí, digamos que o racha ocorresse na linha do equador (imaginando, claro, que ela fosse asfaltada), o Jucelei seguiria por ela, dando a volta ao mundo em 8 horas e 20 minutos. A bala desistira logo no primeiro quilômetro.

Se a gente quisesse fazer uma comparação muito feia com outro brasileiro, suponhamos que ele e o Barrichello alinhassem para uma corrida ao redor do mundo. Para efeitos de simulação, vamos imaginar que o Barrica corra a uma média de 300km/h. A partir da luz verde, ele levaria 5,5 dias para completar uma única volta. E quando conseguisse, estaria (em segundo lugar, claro) com 16 voltas de desvantagem para nosso herói Jucelei Tavares Menezes.

E ainda querem MULTAR o Jucelei por isso...

Indo para o trabalho outro dia, Jucelei errou uma curva
e só se deu conta do erro alguns segundos depois, já no meio do
Oceano Atlântico, ao ouvir o boom sônico do seu Golzinho 1.6.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

LES PAUL


Morreu hoje, aos 94 anos, o guitarrista/luthier Lester Williams Polsfuss, ou Les Paul, como ficou imortalizado.

Nos anos 30, não satisfeito com as limitações do violão acústico, ele teve a idéia de tentar amplificar o som vindo das cordas no próprio instrumento, criando o que ele chamou de “The Log”, ou “O Tronco”.

Este instrumento, com pickups elétricas e o corpo de um violão Epiphone, provavelmente foi a primeira guitarra elétrica do mundo (na mesma época, um tal Leo Fender também brincava de inventor) e serviu de base para o desenvolvimento do instrumento para que ele chegasse ao que temos hoje.

Desnecessário dizer que o mundo da música hoje está de luto pelo falecimento deste gênio que revolucionou a música, abrindo a porta para que estilos como o blues, funk e rock, prog, metal, etc, etc, etc... pudessem existir.

Aliás, o americano deu o próprio nome a uma das mais emblemáticas guitarras de todos os tempos, a Gibson Les Paul, que você com certeza já viu nas mãos de guitarristas como Jimmy Page, Slash, Randy Rhoads, Ace Freehley e Gary Moore, entre inúmeros outros. Para os que não puxaram da memória, ei-la abaixo:

Exímio guitarrista, Les Paul viveu para ver seu instrumento se tornar objeto de desejo de 10 em cada 10 guitarristas (ainda vou ter a minha), e deve ter partido com a sensação de dever mais que cumprido.

Então, nada mais adequado que prestar uma homenagem a este que, por meio de seu vanguardismo, possibilitou que alguns dos melhores momentos da música de todos os tempos, pudessem existir.

E nada mais adequado que esta homenagem seja numa guitarra elétrica.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O NOME DO EIXO


Ouvi outro dia uma história que não sei se é mito ou realidade, mas que achei muito interessante.

Comentavam sobre a quantidade de nisseis nascidos no Brasil que foram registrado pelo nome Roberto, principalmente nos anos que sucederam a Segunda Guerra Mundial.

De fato, conheço vários japoneses de nome Roberto, mas nunca havia me dado conta de que isso poderia significar algo além de... ehm... muitos japoneses chamados Roberto.

Mas eis que surge uma história que achei muito interessante, apesar de soar um pouco fantasiosa demais. A história diz o seguinte:

Com a esmagadora derrota dos países do Eixo na Segunda Guerra Mundial e com a indignação nipônica dada a desproporcionalidade dos ataques às cidades de Hiroshima e Nagasaki, muitos japoneses se sentiram altamente humilhados após o fim da guerra.

Cheios de rancor pelos países Aliados, os japoneses que haviam migrado para o Brasil, teriam decidido prestar uma homenagem aos países do Eixo, de forma velada e codificada.

Cada vez que nascesse um filho homem, ele seria registrado de forma a homenagear os países derrotados na guerra, dando a entender que a volta por cima ainda estava por vir e que a derrota era algo puramente circunstancial, podendo se alterar a qualquer momento.

Como eles fizeram isso? Chamando seus filhos de Roberto.

RO de Roma, capital da Itália de Mussolini.

BER de Berlin, capital da Alemanha de Hitler.

TO de Tóquio, capital do Japão de Hirohito.

No nome, os herdeiros carregariam uma espécie de continuidade do Eixo, aguardando pelo momento de reerguer os países derrotados das cinzas para dar sequência ao seu plano de dominação e conquista.

De cara, sei que você está puxando da memória a quantidade de japoneses que conhece chamados de Roberto, e provavelmente está se surpreendendo ao perceber que conhece mais de um.

Mas, sinceramente, acredito que isso não passa de uma lenda urbana, nada mais que uma sacada de algum redator com tempo demais nas mãos, que percebeu a semelhança entre as sílabas e criou a história toda para aparecer ou dar início a uma teoria conspiratória.

De qualquer forma, independente de ser fato ou mito, e por mais abominável que seja a ideia de alguém utilizar o próprio filho para homenagear uma aliança que foi responsável por um dos pontos mais baixos da história da humanidade, o mito tem lá sua aura de mistério e, de uma forma um tanto perturbadora, até uma certa poesia.

TROCANDO 80 POR 8

Luca Badoer se prepara para sua volta às pistas fazendo
exatamente o que fez a carreira toda: nada.


Com o acidente do Felipe Massa, o mundo inteiro viveu dias de euforia com a confirmação de que o Schumacher voltaria a correr no lugar do brasileiro. Plenamente justificada a euforia, visto que estamos falando dele que foi o melhor piloto na história da Fórmula-1 (apesar de muita gente ainda achar – erroneamente – que o Senna era melhor).

Enfim, eu poderia ficar aqui horas deliberando sobre os porquês desta minha opinião, mas acho que não vem ao caso agora. Ainda mais depois da notícia de que o Schumi decidiu não correr mais, alegando ainda não estar apto a pilotar um bólido de F1 em decorrência do grave acidente de moto que sofreu no começo do ano.

Foi uma ducha de água fria, mas lembremos que o cara fraturou vértebras, chegou a ter fratura no crânio e o que parecia um acidente relativamente normal foi na verdade muito mais sério do que a mídia noticiou. Por isso, acho até prudente, por mais que eu estivesse ansioso por vê-lo de volta às pistas, que ele se recupere adequadamente.

Mas se eu e grande parte dos fãs da categoria máxima do automobilismo demos uma bela brochada ao saber disso, imagina a Ferrari, ao saber que não teria mais como contar com o melhor piloto de todos os tempos no seu cockpit.

Pois eles conseguiram dar a volta por baixo: avisaram que quem correria no lugar do Massa seria o Luca Badoer – o PIOR piloto de toda a história.

Quando digo isso, não estou exagerando, muito menos citando uma opinião pessoal ou fazendo pouco caso do italiano, mas simplesmente sendo estatístico.

Estreando no mesmo ano que nosso amigo Barrichello, 1993, o piloto de 38 anos conseguiu a proeza de ter sido o que mais provas disputou sem ter marcado pontos.

Participou de 61 corridas na Fórmula-1, tendo conseguido se classificar para a largada em apenas 49 e, em nenhuma destas corridas conseguiu um único pontinho que fosse.

Só para efeito de comparação, o Lewis Hamilton, que já foi vice, já foi campeão, já venceu até neste que é seu pior ano na Fórmula-1, tem só 45 corridas na carreira.

O Juan Manuel Fangio, que tem CINCO TÍTULOS DE CAMPEÃO na F1, correu 51 vezes, míseras duas provas a mais que o Badoer.

Aliás, até do ponto de vista de longevidade, dos pilotos que corriam com ele no ano em que estreou, só o Barrichello – que é RECORDISTA de participações – ainda está em atividade. Tava na hora de passar a bola (ou o capacete, neste caso), não tava?

Será que, com tantos pilotos por aí, tinham que substituir o piloto que mais contribuiu para o esporte justamente pelo que menos fez? Porca miséria, né não?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

PORQUE O CHIQUINHO SCARPA NUNCA VAI A ASSIS

Apesar de já ter causado mais sofrimento à raça humana do que
é permitido pela Convenção de Genebra, o Trio Los Angeles foi
obrigado a deixar sua abençoada aposentadoria de lado e horrorizar
o mundo com uma volta à ativa para não ser enquadrado na lei que
pune quem deixa de trabalhar, MESMO NÃO PRECISANDO.

Não sei se vocês ouviram falar sobre o que a cidade de Assis está fazendo para combater a criminalidade. Eles resgataram uma lei que andava meio esquecida, mas que é lei: a que pune a vadiagem.

Quem for parado pela polícia e não tiver ocupação profissional será fichado na delegacia porque, de acordo com o artigo 59 da Lei de Contravenções Penais, “ficar sem fazer nada, sendo apto para o trabalho, é considerado vadiagem. A pena para esse tipo de contravenção é prisão de 15 dias a três meses.”

Ou seja, se você for mandado embora do seu emprego, NEM PENSE em passear pelas ruas de Assis porque, pela lei, se você é apto para o trabalho, é OBRIGATÓRIO que trabalhe, independente de sua real necessidade.

Isso significa que, se você ganha na mega-sena, manda o seu chefe praquele lugar e decide gastar alguns dos seus milhões de reais na cidade de Assis, pode ser autuado e preso por ser um VAGABUNDO.

O que acho importante lembrar é que esta é uma lei que está no Código Penal e, apesar de estar sendo aplicada MESMO só em Assis, vale para o país todo.

Agora pensa comigo: não é triste saber que aquele bom e velho sonho de deixar de trabalhar um dia é na verdade uma CONTRAVENÇÃO PENAL?

UMA IDEIA PARA QUE O MUNDO NÃO VÁ PRO SACO (HAN? HAN? HAN?)


Não costumo fazer posts de abordagem mais ecológica pelo fato de não entender “posta” nenhuma sobre o assunto (UUURRRGGGH!), mas conversando com meu pai este fim de semana, descobri o que pode ser uma grande solução para o problema das sacolas plásticas que tanto atrapalham o meio ambiente.

Eu mesmo já comprei umas cinco daquelas bolsas ecológicas para evitar ter que pegar as sacolas, mas cismo em deixá-las no carro quando chego supermercado, só me danto conta disso quando é tarde demais e estou pagando a conta. E aí, dá-lhe sacolinhas para levar tudo pro carro.

Para estes “esquecidos” como eu, obrigados a andar até o carro carregados de sacolinhas e de remorso, um simples lembrete bastaria. Poderiam colocar uns cartazetes na entrada do supermercado, por exemplo, e eu nunca mais entraria no mercado sem uma ou duas bolsas de tecido.

Mas será que só orientação é o suficiente para mudar um hábito que já se tornou tão natural nos consumidores brasileiros?

Não sei, mas meu pai falou algo que eu acho que – se não resolveria totalmente o problema – com certeza ajudaria muito: cobrar por cada sacola de plástico que o consumidor usa.

Afinal, hoje em dia é fácil: se tá de graça, por que não levar?

Mas como seria a história se isso começasse a pegar no bolso das pessoas? Entre pagar X reais para levar umas sacolinhas porcamente produzidas e não ter que pagar NADA para levar tudo numa bolsa trazida de casa, quem seria suficientemente estúpido para escolher a primeira opção?

Achei a ideia de uma simplicidade brilhante, e não entendo porque ninguém ainda adotou isso aqui – especialmente estes supermercados mais “moderninhos” como o Pão de Açúcar.

Mas enfim, tá dada aí nossa singela sugestão para SALVAR O MUNDO.

E se o Alexandre Almeida chupar a ideia, eu PROCESSO.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

COM TODA A EMOÇÃO

O surto de Gripe Suína (desculpem, o termo politicamente correto é a Gripe A H1N1) melou a apresentação que meus filhos haviam preparado para o Dia dos Pais na escolinha deles neste fim de semana.

Sendo assim, o momento EMOCIONANTE da data foi a BELÍSSIMA homenagem desenvolvida pela agência de PROPAGANDA "NDC Comunicação", mais um PRIMOR DE SENSIBILIDADE criado para a empresa de refrigerantes Dolly.

Várias vezes tive que conter as LÁGRIMAS ao assistir e faço questão de dedicar esta PÉROLA da nobre arte da COMUNICAÇÃO a todos os pais. Duvido que alguém consiga assistir isso sem sentir ALGUMA COISA NO ESTÔMAGO.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

RETIFICANDO UM POST ANTERIOR, PERO NO MUCHO

Esta é a cena final do último episódio de Fringe, só para estragar
a surpresa de todo mundo que ainda não assistiu.
Antes de me crucificarem por isso, a ideia de colocar isso foi
do Meu Amigo Zoca*.

Fazendo um mea culpa, devo admitir que só recentemente consegui assistir aos 3 episódios de Fringe que faltavam para encerrar a primeira temporada da série.

Digo mea culpa porque chegou a dar a impressão que os produtores da série leram meu post sobre o seriado e adequaram os capítulos finais de acordo com o que eu considerava ser pontos fracos da série.

O tal careca esquisito volta a aparecer e começa-se a ter uma levada mais Lost na série, com episódios que se complementam em vez de funcionar como historinhas com começo, meio e fim.

Agora, com o devido “pedido de desculpas” feito, devo confessar que a série continua não me empolgando muito (apesar de ter achado divertida a sequência final com o WTC).

Só acho que a graça do conceito de Fringe é o fato de estarmos sempre na berlinda entre o científico e o inexplicável. Mas nos últimos episódios, a linha fina que distingue os dois é simplesmente obliterada e a série dá saltos para outras dimensões, avacalhando, pelo menos pra mim, a sutileza (se é que pode-se usar o termo para uma série fantástica americana) de sua proposta inicial.

Enfim, esperemos pela temporada 2 e vamos ver o que acontece. Só queria postar isso antes que algum fã radical (fã do seriado, claro. Eu não tenho fãs, muito menos fãs radicais) me atacasse – com razão – por ter criticado o seriado sem ao menos ter visto até o final.

Agora eu posso criticar à vontade.


* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.