quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

VERT BLANC VERT


Sei que parece algum tipo de obsessão, mas percebi hoje que este post sobre a evolução dos uniformes da França ficou incompleto (não que alguém se importe, claro).

Lembrei que na copa de 1978, na Argentina, a França não jogou com seu tradicional uniforme azul e nem com o branco, mas com uma curiosa camisa listrada verde-e-branca.

A quem duvida, a foto acima é do jogo entre a França e Hungria. O curioso é que a seleção húngara estava jogando com seu segundo uniforme branco, e não o tradicional vermelho. O lógico teria sido a França jogar de azul, mas não foi isso que aconteceu.

Era o terceiro jogo da primeira fase da Copa e os franceses estavam furiosos com a FIFA em virtude da péssima arbitragem das primeiras duas partidas, contra a Itália e Argentina. A entidade havia orientado a seleção húngara a levar seu segundo uniforme branco para o estádio, uma vez que a França jogaria com seu uniforme número 1 azul.

Em protesto (ainda tento entender o que eles pretendiam conseguir com isso), a França se recusou a obedecer a FIFA e levou seu uniforme branco também, o que resultou em dois times com camisas brancas entrando em campo.

O juiz da partida, Arnaldo César Coelho (ele mesmo), informou que não apitaria a partida desta forma e os franceses foram obrigados a sucumbir e tentar achar uma solução para não perder a chance de marcar pontos na competição.

O jeito foi apelar para o time do Club Atletico de Kimberly, da região, que gentilmente cedeu suas camisas aos franceses. O resultado foi uma das combinações de uniforme mais cafonas da história das copas, e justamente com a França.

Bem feito. Quem mandou não pensar antes de protestar?

A quem quiser ver como foi o jogo, aqui um resumo das melhores partes (a saber, mesmo ganhando, a França não se classificou para a próxima fase).

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

DADDY GOES DEXTER

"Sim, é definitivamente a mão da empregada dos Browns...
mas estava no lixo do oitavo andar, então NÃO PODE
TER SIDO ELES!"




Inegável que nossos pais são uma fonte inesgotável de aprendizado.

Foi com eles que aprendi a andar, a falar, a escrever, a dizer obrigado a cada nova gentileza e, no fim da década de 90, a me livrar de corpos esquartejados.

Não acho que esta última lição tenha sido intencional, mas confesso que quando assisto a um episódio de Dexter hoje em dia, alguma coisa do que o psicopata forense faz para eliminar suas vítimas me passa uma impressão de déjà vu. E acho que os responsáveis por isso foram justamente meus pais.

O que ocorreu foi o seguinte. Íamos mudar de apartamento e, no fim de semana da mudança, foram várias as viagens, com caixas contendo livros, CDs, utensílios, roupas, etc.

Maus pais tinham uns 10 quilos de carne congelada e, como tínhamos que desligar o freezer para fazer a mudança, meu pai colocou a carne toda (devidamente embalada, claro) na banheira.

A ideia era sair distribuindo as peças de carne para todos que conhecíamos porque, como todo mundo sabe, uma vez que um alimento congelado é descongelado, ele não pode ser re-congelado, devendo ser consumido imediatamente (a quem quiser mais informações, deem uma olhada nesta reportagem da MundoEstranho)

O problema foi que, com todo o estresse da mudança, meu pai acabou esquecendo da carne na banheira durante o fim de semana, e só se deu conta disso quando voltou ao apartamento para fazer uma última vistoria.

Ao encontrar 10 quilos de carne descansando numa banheira, meu pai ligou para a minha mãe atrás de orientações.

A ideia dele – simples e sensata na opinião deste que vos escreve – era jogar fora a carne e voltar para casa. Mas minha mãe tinha outros planos:

“Não! Imagina o que os vizinhos vão pensar se a gente JOGAR FORA 10 quilos de carne com tanta gente passando fome neste país!”

O interessante é que esta frase poderia até ser digna de louvor, dada a preocupação da interlocutora pela fome mundial. Mas o fato é que a carne já não se encontrava em condições de consumo, o que significa que o único motivo justificável contra a ação de jogar fora o alimento estragado era o fato da vizinhança ficar com a IMPRESSÃO de que minha mãe jogava fora comida.

Acho pertinente reforçar que estamos falando de um apartamento de que estávamos SAINDO e que dificilmente veríamos estes vizinhos de novo, mas minha mãe evidentemente não queria correr riscos, porque deu as seguintes ordens a meu pai:

“Se você jogar fora tudo aquilo no lixo, vão ver e achar que a gente não está nem aí para quem passa fome neste país. Então o que você vai fazer é cortar a carne em pedaços pequenos e se livrar de tudo aos poucos, dando descarga NA PRIVADA.”

Inacreditavelmente, meu pai acatou as ordens da minha mãe e começou o longo e entediante processo de cortar carne crua em pequenos pedaços, jogar os pedaços na privada e dar a descarga.

Deu certo durante as primeiras levas de carne. Mas, como era de se esperar, depois de um tempo a privada entupiu. O que gerou um novo telefonema para minha progenitora, que à esta altura parecia uma vilã diabólica vinda de um filme do James Bond.

“Hm... entupiu... deixa pensar... ah! Já sei! Vamos ter que jogar no lixo!”

Surpreso por ter sido esta a sua ideia original, meu pai comentou que havia dito isso desde o começo, mas minha mãe continuou:

“Mas não quero que ninguém pense que foi a gente que jogou fora 10 quilos de carne. Então você vai pegar 10 sacos de lixo e dividir a carne nestes 10 sacos.”

Inicialmente confuso quanto a que diferença isto faria, ele perguntou o motivo deste trabalho todo, ao qual recebeu a seguinte – e brilhante – resposta:

“Porque o prédio tem 10 andares. Então você vai subir até o décimo andar e deixar um saco de carne podre no lixo de cada andar. Aí, quando recolherem o lixo amanhã, ninguém vai saber que foi A GENTE que jogou fora a carne!”

Meu pai então dividiu a carne em 10 sacos de lixo, foi até o elevador, subiu até o último andar do prédio, e deixou cada um em um andar.

Não sei o que acrescentar ao relato fora o surpreendente fato de que isso REALMENTE ACONTECEU. E pagaria para ver as imagens das câmeras de segurança do prédio flagrando meu pai jogando sacos de carne em putrefação no lixo alheio DEZ VEZES CONSECUTIVAS.

A LOTUS QUE NÃO VAI PRAS PISTAS


Tinha comentado neste post aqui que teríamos duas Lotus com carros negros e dourados no grid em 2011, mas eis que a equipe de Tony Fernandes recuou e disse que manteria o atual esquema de cores verde e amarelo para a temporada do ano que vem.

Isso não impediu a equipe de divulgar a foto acima como o tal carro à la John Player Special que eles haviam bolado para 2011.

Particularmente, achei a versão desta Lotus muito mais charmosa que a da Renault, mas, infelizmente, de nada adianta minha opinião porque é a outra que vai pras pistas no começo do ano que vem.

Shame.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

UM POST PARA QUEM GOSTA DE SANGUE E POUCA ROUPA

“Ops! Bom… pelo menos não tá sangrando. Ufa.”



Tenho um problema com o meu próprio sangue: quando me vejo sangrando – geralmente após um corte ou uma bala perdida – costumo passar mal.

Cai a pressão e me sinto como se estivesse prestes a desmaiar. Descobri que isso é mais comum do que eu imaginava, mas, por mais comum que seja, esse tipo de reação tem o potencial de causar constrangimentos memoráveis, como é o caso do relato a seguir.

Faz um tempo já, desci até a garagem do prédio com pressa para não chegar atrasado ao trabalho. Ao descobrir que o carro não ligava, decidi ir trabalhar de taxi e saí enfurecido pela recepção do prédio.

Claro que, nestes casos, o que a gente considera ser um acesso de ira capaz de gelar a espinha de quem tem o infortúnio de cruzar pelo nosso caminho, na realidade é visto por todo mundo com um desagradável misto de dó e inconformismo, geralmente acompanhado por frases do tipo “que cara estressadinho”.

Imagino ter sido este o caso do meu porteiro, que me assistiu passar pela recepção num rompante de fúria, abrir o portão com violência e fechá-lo com toda a força atrás de mim.

O que deve ter tornado o espetáculo ainda mais pitoresco foi o fato de eu ter fechado o portão ANTES de meu pé ter passado pelo vão, o que acabou me fazendo soltar um urro de dor enquanto o portão de metal esmagava meu tornozelo.

Tentando manter a dignidade, continuei pelo meu caminho mancando, enfurecido, fingindo que nada havia acontecido.

Mas logo senti a inconfundível sensação de sangue se alastrando pelo peito do meu pé e percebi que teria que voltar para casa.

Passei humilhado pelo porteiro, que não emitiu uma única palavra, e abri a porta de casa bem no instante que sentia minha pressão cair e um terrível mal estar se manifestando.

De pé na cozinha, comecei a sentir um calor imenso e instintivamente tirei a camisa, na ânsia de que isso me refrescasse um pouco. Aí, com medo de que um eventual desmaio me fizesse bater a cabeça numa quina de mesa, sentei no piso da cozinha.

Aí, percebendo que o sangue poderia vir a manchar minha calça, achei prudente tirá-la. Com dificuldade, consegui, e o mal estar ficava cada vez pior.

Chamei pela Carla com a força que me restava e deitei no chão para ver se a tontura passava. Um instante depois, a Carla entrava na cozinha para saber o que eu queria.

E me encontrou deitado no gélido piso da cozinha, gemendo, só de cueca e com o pé todo vermelho de sangue.

Há meros 5 minutos, ela havia me visto sair pela porta de casa rumo ao trabalho, e agora me encontrava assim, semi-nu e ensanguentado, no chão da cozinha.

Daria uma pequena fortuna para saber o que se passou na cabeça dela nos breves instantes entre ela me descobrir naquele estado lastimável e entender o que de fato havia acontecido, mas ela não se lembra.

Fomos ao pronto-socorro e hoje nem consigo encontrar a cicatriz que ganhei naquele dia. Por outro lado, infelizmente sei que o que a Carla viu ao entrar na cozinha ficará marcada na sua memória para todo o sempre.

MONAS LISAS


Chamem-me de inculto, mas confesso – com uma certa vergonha – que sinceramente não vejo o que a cultuada Mona Lisa tem de tão fenomenal a ponto de tornar o quadro tão memorável.

Acho ele interessante e me diverti com as supostas mensagens escondidas deixadas pelo da Vinci, mas fora isso, acho que é um retrato de uma mulher meio sem sal.

Aí, outro dia, vi algumas imagens desenvolvidas por um cara que se auto-denomina Meowza Katz (!), simulando como seria se outros artistas tivessem pintado a Mona Lisa. É bobo, eu sei, mas até aí eu gosto de coisas bobas.

Aí vão:


Pablo Picasso


Andy Warhol


Roy Lichtenstein


Camille Rose Garcia



Trey Parker / Matt Stone



Mangá Japonês



Matt Groening


Genndy Tartakovsky


Jackson Pollock

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TÔ SURRADO, MAS TÔ NA MÍDIA


Senso de oportunidade é quando você transforma um revés pessoal em uma forma de ganhar algo com isso.

Outro dia enquanto passeava por Londres, o presidente da FOM – Formula One Management – Bernie Ecclestone foi assaltado e brutalmente espancado por ladrões que levaram seu relógio Hublot F1 King Power.

Dias depois, a Hublot veiculou o anúncio acima, mostrando o que as pessoas são capazes de fazer por um relógio da marca.

Antes que vocês considerem oportunista e de mau gosto, vale dizer que a ideia do anúncio veio do próprio Bernie, que ligou para a Hublot no dia seguinte ao incidente.

Aí as pessoas se surpreendem que o cara é um dos homens mais ricos do planeta.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A NOVA LOTUS QUE NÃO É A NOVA LOTUS

Apesar do que possa parecer, este carro preto e dourado
com logotipo LOTUS estampado no bico não é o novo
carro preto e dourado que a Lotus prometeu para 2011.
Apesar de ser, sim, o novo carro preto e dourado da
Lotus para 2011.


A Lotus anunciou há alguns meses que, em 2011, usaria um carro negro e dourado, remetendo à Lotus dos tempos da John Player Special.

Imagino que muita gente que bateu o olho na foto acima já deduziu – com uma certa lógica, diga-se de passagem – que se trata do carro em questão, mas, supreendentemente, não é este o caso.

Na verdade, o que vocês estão vendo é a nova a nova pintura da “Renault” para o ano que vem – um carro em preto e dourado, para remeter à Lotus dos tempos da John Player Special.

Coloquei o nome da equipe entre aspas porque, a partir de 2011, a Renault passará a se chamar Lotus Renault GP e contará com o saudoso logotipo original da ex-equipe de Colin Chapman, como vocês podem ver no bico do carro.

Mas e a Lotus que correu este ano, com o Kovalainen e o chato do Trulli? Como é que fica?

Então... a equipe vai correr em 2011 com o nome Lotus e com um carro preto e dourado, remetendo à Lotus dos tempos da John Player Special.

Ficou confuso? Pois é. TODO MUNDO ficou confuso.

Trata-se de uma disputa legal entre a Group Lotus (que faz os famosos carros de rua) e Tony Fernandes, que havia comprado os direitos para usar o nome da extinta equipe de Colin Chapman nos seus carros de Fórmula-1, ambos brigando para ter o controle do emblemático nome estampado nos seus carros.

Cá entre nós, a atitude da Group Lotus de sair correndo pintar os carros da equipe de preto e dourado só porque o Tony Fernandes disse que ia fazer isso entra para a história como um dos momentos mais “DODÓI” da história da categoria.

Duvido que as coisas fiquem assim, mas o fato é bizarro: hoje temos duas equipes na Fórmula-1 com o mesmo nome e com o mesmo esquema de cores nos carros.

NÃO DIGO SEMPRE QUE ESSA TAL DE FÓRMULA-1 É SÜÜÜPER DIVERTIDA?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COLPLAYSTATION



Minha frequência de postagens decaiu violentamente nas últimas semanas, mas só para que ninguém ache que eu MORRI, decidi postar este videozinho.

Ele reforça AINDA MAIS a ideia de que o Coldplay é uma banda especialista em chupinhar música dos outros (como já havíamos visto neste post aqui).


Cá entre nós, plagiar o Joe Satriani é uma coisa… mas plagiar o MARIO BROS?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

AU REVOIR, ADIDAS

No uniforme utilizado pela França no amistoso com
a Inglaterra, a seleção se despediu da Adidas e imprimiu
na camisa as 3 conquistas que obteve nos 40 anos de parceria:
a Copa de 1998 e as Eurocopas de 1984 e 2000.


Assim como acontece com a Alemanha, fica difícil imaginar a seleção francesa jogando com qualquer outra marca de uniforme que não seja a Adidas.

Pudera... desde 1970, a empresa alemã fornece os uniformes da equipe dos Bleus, uma marca apenas superada pela seleção da Alemanha.

Pois o amistoso entre França e Inglaterra neste último dia 17 de novembro (a França ganhou 2x1) marcou o fim desta parceria de 40 anos. A partir de agora, a seleção francesa terá uniformes da marca americana Nike.

Confesso que me causou uma certa melancolia. Desde que acompanho este espetacular evento que é a Copa do Mundo, lá estava o famoso uniforme azul com as características três listras da Adidas (isso quando a França se classificava, claro)

Mas agora, a charmosa equipe terá que se virar com a instável e às vezes insossa Nike, que já cometeu verdadeiros CRIMES, como o terrível template da Copa de 2002 (pra quem não lembra, é aquele da camisa esquisita do pentacampeonato brasileiro:


Enquanto esperamos para ver o que a empresa americana preparou para a França, vazou o uniforme abaixo :


Como ninguém confirmou o design, é possível que seja um fake, mas em se tratando da notória falta de criatividade da Nike, vai saber...

Em todo caso, para matarem um pouco a saudade, aqui vão alguns uniformes marcantes nesta longa e já saudosa parceria entre a Adidas e a Fédération Française de Football.
















domingo, 14 de novembro de 2010

F1 2010 - GP DE ABU DHABI

Alonso, desolado após a perda do título, brigou com Vitaly Petrov pela
inexplicável atitude do russo em defender sua posição durante a corrida.
Depois, se recusou em dar os parabéns ao Vettel pela sua conquista.
Provavelmente deve estar discutindo com Felipe Massa até agora pelo
fato do brasileiro não ter se posicionado mais à frente para
ENTREGAR A POSIÇÃO A ELE.



E acabou. A Fórmula-1 tem seu mais novo – e jovem – campeão: Sebastian Vettel. O alemão supera por alguns meses a marca de Lewis Hamilton e se sagra campeão aos 23 anos, 4 meses e 11 dias de idade.

Dos 3 pilotos que chegaram a Abu Dhabi com chances reais (o Hamilton precisava de um milagre), o Vettel era o que tinha menos chance. O Alonso tinha 248 pontos, seguido por Webber com 238 e Vettel com 231.

Mas a história começou a mudar na classificação, quando o Webber simplesmente não conseguiu se equiparar ao sue companheiro de Red Bull e largou em quinto, contrastando com a pole do alemão. Alonso largava em terceiro, entre as duas McLaren de Hamilton e Button.

Em miúdos, a situação era a seguinte: Se o Alonso chegasse na frente das Red Bull, seria campeão. Se o Webber ganhasse e o Alonso não chegasse em segundo, o australiano é que seria campeão. Ao Vettel, restava a possibilidade de ganhar a prova e torcer para um fraco desempenho do Alonso – o espanhol teria que terminar abaixo da quarta posição.

Na largada, Vettel se manteve na ponta, seguido por Hamilton. Quem deu o bote para cima do Alonso foi o Button, que ultrapassou o asturiano e garantiu o 3º lugar. Logo na sequência, numa disputa entre Schumacher e Rosberg com Barrichello, sobrou para o heptacampeão, que rodou e foi abalroado pela Force India do Liuzzi. E quem voltava à ativa com isso? Nosso bom e velho Bernd Maylander com seu SAFETY CAR.

Quem aproveitou a entrada do Safety Car para fazer sua troca foram Nico Rosberg e Vitaly Petrov, e este fato viria a ser importantíssimo no desenrolar da corrida.

Algumas voltas depois, deu-se a relargada e Vettel foi embora, abrindo a cada volta. Com problemas nos pneus, Webber entrou na volta 12 e, quatro voltas depois, entrou o Alonso. Parecia aquelas características jogadas táticas do Jenson Button só que nenhum dos dois era o Jenson Button, então é claro que a jogada daria errado.

Ambos se encontravam em 11º e 12º, enclausurados atrás de um combativo e competente Vitaly Petrov e, à frente dele, o Nico Rosberg (lembre que ambos já havia parado).

Ou seja, as coisas começavam a ficar feias para o espanhol.

Ele tentou de tudo passa ultrapassar o Petrov e deve ter saído da pista umas 418 vezes, não abandonando só porque as áreas de escape do circuito são tão extensas que parece ser IMPOSSÍVEL bater numa parede. Aliás, como é chato este circuito, projetado pelo mau e velho Herman Tilke. Dá até vontade de falar mal do cara de novo, mas seria redundante, uma vez que já fiz isso aqui.

De qualquer forma, enquanto o Alonso não ultrapassava o Petrov e o Webber não atacava o Alonso, os líderes Vettel e Hamilton paravam para fazer suas trocas, deixando a liderança da prova para o Button. O Vettel voltou em segundo, à frente do Kubica, mas o Hamilton teve o azar de voltar logo atrás do polonês e perdeu suas já remotas chances de retomar o número 1 para sua McLaren. Na quadragésima volta, era a vez do líder Button parar e devolver o primeiro posto para Vettel.

Presos atrás de Petrov, Alonso e Webber nada podiam fazer e o jovem Sebastian Vettel pilotou tranquilamente rumo ao título. Foi a segunda vitória consecutiva do alemão no circuito de Yaz Marina.

Alonso, que tinha que chegar no mínimo em 5º, acabou terminando em 7º e, após um chiliquinho bem DODÓI com o Petrov – que estava meramente defendendo sua posição – ainda cometeu a indelicadeza de não cumprimentar o novo campeão depois da corrida.

Curiosamente, o GP de Abu Dhabi foi a primeira vez em toda a vida que o Vettel liderou um campeonato de F1. Na Malásia deste ano, ele até havia empatado em pontos com o Alonso, mas como o espanhol tinha obtido a vitória dele antes do alemão, tecnicamente ele estava à sua frente.

Abaixo um gráfico chupinhado do site francês Stats F1 que mostra como foi disputado este campeonato. Confiram como o Vettel só assume a liderança justamente na última etapa da temporada. Cool, hein?


Interessante notar também outra coisa. Todo mundo louvou a atitude da Red Bull de não dar ordens de equipe e permitir uma vitória do Vettel quando o principal concorrente ao título era o Webber. De fato, foi um belo "pito" pra cima da Ferrari, mas na ocasião me peguei pensando se a atitude havia sido inteligente, porque uma troca de posições teria deixado o australiano a apenas um ponto do Alonso.

Pois é. Só que, se tivesse acontecido, a troca de posições teria deixado o campeonato assim:

Alonso: 246
Webber: 245
Vettel: 224

Depois da corrida de hoje, ficaria assim:

Alonso: 252
Webber: 249
Vettel: 249

Ou seja, em vez de festejar o primeiro título do Vettel, teríamos um novo e insuportável tricampeão - o Alonso. A Red Bull ganhou o título de pilotos justamente porque não interferiu na disputa entre Vettel e Webber. Se tivesse feito o “lógico” e ordenado uma troca de posições para dar mais chances ao Webber, teria jogado tudo fora.

Tem uma lição aí, não tem?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A BALADA DE DILMA E SERRA



Os debates da disputa presidencial foram, em sua esmagadora maioria, mornos e sem grande momentos de emoção.

Aliás, diria até que foram improdutivos, já que a Dilma ganhou a eleição.

De qualquer forma, pelo menos quando passados por uma sessão de Auto Tune, os comentários dos candidatos acabaram rendendo um momento mais, digamos, sentimental nesta campanha.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

F1 2010 - GP DO BRASIL

Sebastian Vettel ergue seu troféu de PRÁSTICO multicolorido.
Pelo bom gosto e elegância do troféu, a impressão é que se trata
do mesmo escritório de design que desenvolveu o logo
da Copa do Mundo de 2014.



Tenho postado muito pouco ultimamente porque a vida anda meio complicada, mas domingo foi dia de GP do Brasil, o que significa que vou ser obrigado a quebrar este desconcertante jejum de textos.

Destaque óbvio para a surpreendente pole do Nico Hulkenberg, que se beneficiou de uma pista úmida que secava um pouco a cada volta para cravar a pole com 1 segundo de folga para o segundo colocado Vettel.

Sem chuva no domingo, era só uma questão de tempo até que as Red Bull ultrapassassem a Williams do jovem alemão e, de fato, logo na largada, o Vettel já ocupava a primeira posição. Em seguida, o Webber também passava pela Williams e, depois de algum trabalho, o Alonso fazia o mesmo.

Combativo como sempre, o Hamilton vinha embalado e parecia que ia passar pela Williams com facilidade. Mas ele tentou pela esquerda, pela direita, retardando a freada, sacrificando a tomada de uma curva para sair mais forte na outra... e o Hulkenberg resistia. Foi divertido de ver, mas deve ter sido INSUPORTÁVEL pro inglês, que sabia que perder contato com o Alonso praticamente tiraria suas chances de ser campeão. No final, o Hamilton conseguiu a ultrapassagem, mas só porque o alemão parou nos boxes, na 15ª volta. Lamentável.

Mas quem inaugurou as paradas para troca de pneus foi o companheiro do Hamilton – Jenson Button – que havia largado lá pra trás. Ele entrou nos boxes na 12ª volta, mudando sua tática do jeito que ele adora fazer e deixando quem assiste com um grande ponto de interrogação na cabeça enquanto tenta entender o que ele pretende com isso.

Ele voltou muito mais rápido que quem estava à sua frente e a tática de parar cedo parecia inteligente. Tanto que o Massa entrou na volta seguinte e deve ter achado a jogada tão genial que parou de novo uma volta depois para fazer mais uma troca.

Lá na frente, a Red Bull seguia firme e forte, com Vettel em primeiro e Webber – que estava mais bem colocado no campeonato – em segundo. A equipe havia dito que não haveriam joguinhos de equipe e, por mais louvável que seja a atitude do ponto de vista esportivo, uma vitória do australiano o levaria a 1 mísero ponto do líder Alonso. Com o Vettel ganhando, a diferença ficaria em 8 pontos (lembrando que na NOVA PONTUAÇÃO, a diferença entre o primeiro e segundo lugares é de 7 pontos).

O Hamilton fez seu pit-stop na 21ª volta e voltou imediatamente na frente do Button, que mostrava com isso que sua tática havia funcionado.

Enquanto isso, assim como um pneu furado havia obrigado o Massa a fazer sua segunda parada, o Barrica entrava nos boxes lento, lento (SURPRESA!) porque um toque com o Alguersuari havia resultado num furo. Definitivamente não foi uma corrida dos sonhos para os pilotos da casa.

O resto da prova não chegou a entusiasmar muito. O Kobayashi correu bem mais uma vez (ele havia mandado muito bem aqui no ano passado), brigando de forma divertida com o Rosberg.

Por outro lado, quem mandou mal foi o herdeiro no nome Senna – Bruno – que atrapalhou o Webber quando o australiano se aproximava rapidamente do Vettel. O brasileiro não viu a Red Bull e fez com que o Webber perdesse um segundo e meio em relação ao alemão – tempo este que não conseguiria recuperar. Acabava-se aí qualquer perspectiva de briga na prova.

Aí veio o bom e velho safety car (não me lembro de ter visto um campeonato com TANTOS safety cars assim) na volta 51, cortesia de um acidente com o Liuzzi.

Levaram meio século para tirar a Force India da pista e, 5 voltas depois, veio a relargada. Teria sido uma boa chance para o Webber atacar o Vettel, mas, com dois retardados – ou melhor, retardatários – entre eles, o australiano não tinha muito o que fazer e terminou a corrida em 2º, com o Alonso em 3º.

Ponto para a Red Bull, primeiro pelo título de construtores, mas principalmente pelo espírito esportivo de não interferir na corrida como a Ferrari adora fazer. Podem até perder o título de pilotos pro Alonso em decorrência disso, mas fizeram a “coisa certa” porque a Fórmula-1 é UM ESPORTE.

No pódio, ostentando seus horríveis troféus de PRÁSTICO, os 3 concorrentes ao título (o Hamilton tem chances matemáticas, mas é tão improvável que é praticamente descartável).

O campeonato está assim:

Alonso: 246
Webber: 238
Vettel: 231

Semana que vem, saberemos quem levará o caneco pra casa (alguém ainda usa esta expressão?)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

THUNDERBUSTERS



Mashup tem que ser MUITO bem feito pra ser digno de nota.

E esta, digamos, IMPROVÁVEL combinação de AC/DC com Ray Parker Jr. é SENSACIONAL.

Dica do bom e velho e cabeludo Uncle Bugz.

domingo, 24 de outubro de 2010

F1 2010 - GP DA COREIA

O homem da prova: Bernd Maylander. Em condições difíceis, e com um carro
visivelmente inferior ao resto do pelotão, o alemão conseguiu a proeza
de liderar
grande parte da corrida e não foi ultrapassado uma única vez.


O primeiro Grande Prêmio da Coreia do Sul começou conturbado. A chuva obrigou uma largada com safety car. Então lá foi o Bernd Maylander com sua Mercedes SLS AMG F1 levar os F1 para dar algumas voltas no circuito encharcado de Yeongam.

Duas voltas depois, corrida interrompida e nós, que havíamos acordado diligentemente às 4h00 da manhã, ficamos esperando por praticamente uma hora até o reinício da prova.

E a prova reiniciou com o Maylander liderando de novo o pelotão. Volta após volta, a gente via o safety car passar em primeiro e começava-se duvidar que teríamos uma corrida de fato. O Hamilton reclamou pelo rádio que a manutenção do safety car na pista era ridículo, porque já dava pra correr até com pneus intermediários.

Ele exagerou, é claro, mas estava evidente que uma hora os coreanos iriam ter que deixar os pilotos correr e, Após 16 voltas, finalmente a prova começou de fato.

Mas foram apenas algumas voltas.

O líder do campeonato Mark Webber errou uma curva e saiu rodando, pegando ainda o coitado do Nico Rosberg, que fazia uma ótima prova. O australiano, que tinha uma bela vantagem na classificação, via seu campeonato se complicar porque seu companheiro Vettel acelerava com extrema competência em primeiro, seguido pelo Alonso e pelo Hamilton – justamente seus 3 concorrentes diretos ao título.

E, com o acidente, quem voltou à pista foi o Bernd Maylander. Mais 4 voltas de safety car e novamente os pilotos estavam correndo. Ficou claro que ninguém iria conseguir segurar o Vettel em condições normais e o alemão despontava como virtual vencedor do grande prêmio.

Perdendo rendimento e sendo ultrapassado por um combativo Michael Schumacher, Jenson Button decidiu parar para colocar os pneus intermediários, numa de suas interessantes jogadas táticas. Só que esta não deu certo e o inglês caiu lá pra trás, perdendo o que praticamente era sua última chance de tentar uma reação para manter o número 1 no ano que vem.

Logo depois, A Toro Rosso do Buemi se estranhava com a Virgin do Glock e... SAFETY CAR NA PISTA. Os pilotos da frente aproveitaram para fazer suas paradas e trocar os desgastados pneus de chuva por intermediários, uma vez que a chuva havia parado, mas as condições da pista ainda eram bem úmidas.

Numa característica burrada da Ferrari, o Alonso ficou parado durante o que parecia ser uma semana nos boxes, perdendo sua segunda posição para a McLaren do Hamilton. Claro que o afoito inglês escaparia pouco depois da relargada e, apesar de conseguir voltar para a pista, perderia a segunda posição para o espanhol.

Nada mais acontecia lá na frente, então a TV coreana decidiu mostrar a Force India.

Independente do local da pista que estava sendo exibido pela transmissão ou pela disputa em questão, a impressão é que sempre havia uma Force India por lá.

Ajudou o fato do Sutil ter ultrapassado gente adoidado (e rodado idem) provavelmente tendo sido o piloto que mais apareceu na transmissão depois do Maylander.

Além disso, o Petrov ainda chegou a bater forte na barreira de pneus, mas por milagre a direção da prova decidiu não acionar o safety car de novo (talvez porque o Maylander estava EXAUSTO de tanto dirigir?)

Com toda esta confusão, a preocupação generalizada começou a ser se a corrida conseguiria chegar ao fim, primeiro pelo limite das duas horas e, em segundo lugar, porque a luz do dia estava acabando.

O Vettel começou a se queixar pelo rádio que estava escuro demais para correr, mas poucas voltas depois ficava claro o porquê do comentário. Seu motor estava no limite e o Alonso se aproximava perigosamente. Ele ultrapassou e, logo em seguida, o motor da Red Bull explodiu numa grande nuvem branca, assim como as pretensões do Vettel de sair da Coreia líder isolado do mundial.

Com ambas as Red Bull fora, restou ao Alonso levar sua Ferrari até a linha de chegada para assumir a liderança do campeonato, com 11 pontos de vantagem para o Webber.

Com duas corridas pela frente, a classificação ficou assim:

Alonso: 231
Webber: 220
Hamilton: 210
Vettel: 206
Button: 189

Matematicamente, todos ainda têm chances, porque restam 50 pontos em jogo, mas sei lá. Será que vou queimar a língua e ter que ver o insuportável Fernando Alonso levar mais esta?

sábado, 16 de outubro de 2010

MUDANDO PARA ATENDÊ-LO MELHOR


"Manda levar tudo de volta pra nossa casa velha, Mirtes.
Não estou 100% satisfeito com a maneira que eles
empacotaram minhas meias."


Acabo de passar por um caminhão de uma transportadora com um slogan bem ineteressante:

"Sua satisfação garantida ou sua mercadoria de volta"

Em outras palavras, se você não gostar da forma como mudamos sua mercadoria, nós a RECOLOCAMOS no lugar inicial.

Com a possível exceção de uma PARTEIRA, será que existe algum outro serviço em que justamente a coisa que você MENOS QUER é que devolvam sua mercadoria no local de origem?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

F1 2010 - GP DO JAPÃO

Pensando bem, o momento mais emocionante da prova deve ter sido
quando acordei assustado, pensando que havia perdido a corrida toda.
Mas aí percebi que o a corrida ainda estava pela metade, o que significa que
nem mesmo este "momento emocionante" conseguiu
ser
tão empolgante assim.




Reta final do campeonato, fiquei acordado até as 3h00 da manhã para assistir ao GP do Japão ao vivo. Ê dedicação...

O dia do GP foi curioso porque a classificação para a prova ocorreu horas antes da largada, e não no sábado, em virtude de um dilúvio que castigou Suzuka o dia inteiro. Prevista para ser transmitida às 22h00 de Brasília, a classificação não foi ao ar pela Globo porque ela estava ocupada demais passando a ZORRA TOTAL. Faz sentido.

De qualquer forma, não choveu e as Red Bull se garantiram na frente – com Vettel e Webber – seguidas por um surpreendente Kubica em 3º e o Alonso em 4º.

As McLaren estavam mais para trás, sendo que o Hamilton havia sido penalizado com a perda de 5 posições por causa de uma troca da caixa de câmbio.

Antes mesmo da largada, a prova tinha seu primeiro abandono, com o Luca di Grassi batendo violentamente no warm-up. Pelas poucas imagens do incidente, deu para perceber que alguma coisa quebrou no carro, jogando o brasileiro contra o muro.

Logo na largada, o Petrov apareceu atravessando a pista e tirando o Hulkenberg da corrida e eu já xingava o russo pela perspectiva do safety car, algo que alongaria ainda mais a corrida de madrugada.

Alheios a isso, lá na frente as duas Red Bull tinham um combativo Robert Kubica entre elas, com o Vettel em 1º e o Webber em 3º. Mas nem deu tempo de pensar nisso porque via-se, no canto da tela, uma disputa entre o Massa e o Rosberg, com o Brasileiro subindo na grama logo na primeira curva. A transmissão não mostrou o resultado disso na hora, mas ficou claro que a chance de um acidente era muito grande.

Dito e feito, em poucos instantes víamos a Ferrari do brasileiro parada do lado da pista, acompanhada pela Force India do Liuzzi.

Safety car na pista e, de repente, o Kubica aparecia muito lento na pista, deixando que Webber o ultrapassasse. Aí, quando a TV mostrou o carro da Renault por outro ângulo, deu para entender o motivo: a roda traseira direita simplesmente se soltou do nada, jogando fora o que poderia ter sido a melhor corrida do ano para o competente piloto polonês. Sei lá. Com um investimento na casa dos 200 MILHÕES DE EUROS para este ano, acho que o mínimo que se espera é que um pouquinho desta verba seja alocada à compra de uma PORCA PARA SEGURAR A RODA DO CARA, né não?

A corrida seguia atrás do safety car e, com tanta coisa acontecendo em tão pouco tempo, dava-se a impressão de que a prova conseguiria ser um estimulante natural para impedir o sono que tentava de qualquer jeito dominar minhas pálpebras.

Ainda mais porque o Button tinha feito mais uma de suas apostas estratégicas, largando com pneus duros. Isso significaria que ele pararia depois e, como estava quase tão veloz quanto os líderes (quase), a perspectiva de uma cartada de mestre do Button para a prova era muito grande.

E, durante um tempo, a corrida foi interessante mesmo. Tivemos uma ultrapassagem do Schumacher em cima do Barrichello (deve ter doído na alma do Barrica), e mais uma do sempre interessante Kobayashi para cima do Alguersuari (eu nunca sei se escrevi direito o nome desse cara...) e depois sobre o bom Adrian Sutil. Mais tarde, o japonês ainda viria a ultrapassar seu companheiro de equipe Nick Heidfeld.

Com as paradas nos boxes, o Button assumiu a liderança como esperado. Depois disso, durante um bom tempo, NADA aconteceu na prova. Tanto que cochilei e de repente acordei assustado, pensando ter perdido a prova toda. Depois de conferir no VT da corrida no dia seguinte, percebi que não perdi nada.

O Button se mantinha na frente e finalmente fez sua parada, voltando para a prova em 5º. Só que com pneus macios, em contraste com os 4 que estavam à sua frente. Ou seja, perspectivas de briga!

Ele logo chegou até o Hamilton e passou sem muita cerimônia, uma vez que o campeão de 2008 estava sem a 3ª marcha. Mas foi só. Não conseguiu tirar a diferença pro Alonso, que seguia acompanhando as Red Bull, mas sem perigo.

Schumacher, em 6º, fez uma de suas melhor corridas na temporada e ficou um bom tempo brigando de igual para igual com o companheiro de equipe Rosberg – que viria a abandonar a prova em decorrência de um... PNEU QUE SE SOLTOU. Acho que a fábrica de porcas estava em greve neste fim de semana.

Com a vitória, o Vettel empata com o Alonso na vice-liderança do campeonato, ambos a 14 pontos do Webber (lembrem-se que este ano tem a tal nova pontuação, bla bla bla).

As McLaren ainda podem surpreender, mas acho que teremos um campeão inédito nesta temporada - não acho que o Alonso consiga levar. E confesso que acharia bacana se este campeão fosse o Webber.

Enfim, vamos ver que surpresas o enigmático circuito da Coreia nos proporciona daqui a duas semanas. De repente TUDO MUDA...

"TELEFONICA 15, BOA TARDE. QUAL O NÚMERO, COM DDD?"


Entre os inúmeros motivos que me levam a odiar a Telefonica, está o irritantíssimo sistema de atendimento telefônico deles, que obriga você a digitar seu número para depois perguntarem logo em seguida que você o fale em voz alta.

Pois pensei numa forma de tornar a vida deles um pouco mais irritante também.

A partir de agora, quando ligar para o atendimento da empresa e me solicitarem o número do meu telefone, vou dizer para eles como um número cheio e não aos pares, como habitualmente digo.

“Telefônica 15, bom dia. Qual o número do seu telefone com DDD por favor?”

“Claro. Um bilhão, cento e trinta e oito milhões, doze mil, trezentos e trinta e quatro.”

Eles não querem que eu dê o número? Então, eu dei. Agora ELES QUE SE VIREM.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

INCONSCIENTEMENTE CONSCIENTE


Alguns episódios reais que acontecem na nossa vida são de uma inverossimilhança tão grande que até parecem contos de ficção RUINS.

Um exemplo é o caso que vou relatar a seguir.

Certa vez uma amiga minha, que sabia que eu tinha uma queda por acarajé, me recomendou um restaurante africano chamado Gamela, que ficava na Cardeal Arcoverde em Pinheiros.

Naquele fim de semana, tive que resolver algumas coisas logo pela manhã com a Carla e, como estávamos perto do tal restaurante, decidimos arriscar.

Pelos padrões paulistanos, era cedo para o almoço, então o lugar estava completamente vazio e escolhemos a melhor mesa do restaurante, logo de frente para um palco.

Nisso, tocou meu celular e era meu amigo Malcolm, que havia acabado de voltar de uma temporada na Europa e queria saber se tínhamos planos para o almoço. Contei onde estávamos e ele se interessou, dizendo que chegaria em 20 minutos.

Enquanto esperávamos pelo Malcolm, tomamos uma cerveja, experimentávamos o acarajé – de fato bom – e notamos que o restaurante começava a se encher. O fato que nos chamou a atenção foi que TODO MUNDO que entrava no restaurante era negro e a maioria trajava roupas típicas africanas.

Comentei com a Carla, mas achamos relativamente normal pelo fato de se tratar de um restaurante africano. Aí, com a casa CHEIA, chegou o Malcolm, com seu 1,90 de altura e complexão característica de quem acabara de voltar de um inverno na Suíça.

De cara, nossa mesa destoava violentamente do resto do restaurante, primeiro pela localização privilegiada e depois pela, digamos, palidez de seus integrantes.

Íamos começar uma conversa quando alguém subiu no palco e falou ao microfone:

“Senhores e senhoras, gostaria de dar as boas vindas a todos para esta comemoração pelo Dia Nacional da Consciência Negra.”

A Carla e o Malcolm olharam para mim com ar de incrédulos e o Malcolm sussurrou um: “Parabéns, Charles... muito bem... “

O apresentador então começou a contar sobre as muitas dificuldades que os negros ainda tinham na sociedade, mesmo após terem se libertado depois dos séculos de submissão e humilhação a que foram sujeitos pelos BRANCOS.

O clima ia se tornando cada vez mais desconfortável para nós, que além de fazer parte de uma CORJA BRANCA E OPRESSORA ainda tínhamos tido a petulância de pegar a MELHOR MESA DA CASA.

Após uns 15 minutos de sopapos, o apresentador chamou ao palco o próximo palestrante, que informou que infelizmente a personalidade negra do ano não pôde estar presente para receber seu troféu. A personalidade em questão era o Celso Pitta, que de acordo com o apresentador estava sofrendo uma caçada política de uma elite dominante e – como ele fez questão de frisar – BRANCA. Tipo nós, assim.

Aí subiu uma mulher no palco e ela abriu o discurso com a frase: “Agora quero que todo mundo aqui me dê o nome de uma personalidade negra!” e começou a apontar para as pessoas aleatoriamente para que elas se manifestassem.

Na hora, num surto de pânico, só me veio o Pelé na cabeça, junto com uma incômoda dúvida quanto à adequação ou não de usá-lo como exemplo.

E também fiquei com uma sensação de pânico para o caso da pessoa logo antes de mim mencionar o nome do jogador e me deixar sem resposta bem na hora em que ela apontasse o dedo para mim, ocasionando uma resposta do tipo:

“Ehm... putz... tem o... espera um pouco... já tô lembrando... Ih! Deu branco!“

Felizmente, alguém gritou Zezé Motta e a mulher usou isso como gancho para frisar a importância da MULHER negra na sociedade. Respiramos aliviados.

A mulher saiu e subiu um cara que começou a falar sobre as religiões africanas e sua inegável influência nas brasileiras. Foi relativamente interessante, mas ao fim ele nos brindou com a seguinte solicitação:

"Agora vamos todos bater palmas para Exu, do jeito que Exu gosta."

As pessoas começaram a bater palmas de maneira incrivelmente ordenada e uniforme, só que com um ritmo sincopado e imprevisível, tipo: "PÁ... PÁ PÁ PÁ... PÁPÁPÁPÁ... PÁ... .... PÁ PÁ...", e isso TODO MUNDO JUNTO.

Nós, que estávamos sentados justamente na primeira mesa, não só estávamos à vista de TODOS no restaurante, como também não tínhamos de quem "colar" as batidas de palma, porque ia ser incrivelmente feio ficar olhando para trás tentando pescar alguma sequência lógica no que parecia um emaranhado de ritmos diferentes. Então fomos tentando bater mais ou menos no ritmo.

Após estes momentos de incrível "vergonha alheia de nós mesmos", as palmas terminaram e o primeiro apresentador voltou ao palco para informar que isso encerrava as comemorações do evento, recebendo aplausos da plateia.

Aí houve um breve momento em que tive a sensação de que tudo havia terminado.

E o Malcolm pegou seu copo de cerveja, ficou de pé e urrou um inesperado e sem sentido "AXÉÉÉÉ!!!" para a surpresa de todos que estavam no restaurante.

Fora alguns olhares mais penetrantes que recebemos de alguns, nada derivou do ato. Mas fica até hoje a pergunta que não quer calar:

"WHY, MALCOLM? WHY?!"

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O HUMOR BOBO E INTELIGENTE DE BRIAN REGAN


Na minha inesgotável busca por comediantes de stand-up ingleses e americanos, encontrei há alguns meses um cara chamado Brian Regan.

Ele está no limite entre o bobo e o engraçadíssimo, e estar na linha fina que separa duas facções sempre acaba ocasionando momentos sublimes.

O primeiro contato que tive com ele foi por meio do CD “Live!”, que ouvi no carro indo para a casa dos meus pais. Em determinados momentos, fiquei um pouco preocupado porque estava rindo tanto que meus olhos haviam se enchido de lágrimas, algo não muito recomendável quando se está a 120km/h numa estrada (meus pais moram fora de Sampa).

Aí ontem baixei mais dois shows dele e, mais uma vez, em determinados momentos acabei cedendo às lágrimas de tanto rir. O que mais achei divertido no estilo dele é que, assim como o Jim Gaffigan – já abordado neste post – o Regan não usa linguagem de baixo calão e nem recorre ao escatológico.

Abaixo, uma parte do cd “Live” dele para que vocês se familiarizem com o cara. Para mim levou um certo tempo até que o estilo meio "bocó" dele me fisgasse, mas depois que isto aconteceu, ficou espetacular. Ouçam aê:

domingo, 3 de outubro de 2010

VOTOS ETÍLICOS


Pela primeira vez, não houve Lei Seca em São Paulo em um dia de eleição.

Francamente, sempre achei esta lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas no dia da votação uma grande bobagem, porque o que ela fundamentalmente diz é que o brasileiro só consegue levar a sério uma eleição se o governo IMPEDI-LO NA MARRA de encher a cara antes de votar.

Ninguém deu uma justificativa para o porquê da mudança da lei nestas eleições, então só me resta deduzir que foi em decorrência das pesquisas eleitorais, que tinham a Dilma, o Tiririca e o Netinho como praticamente eleitos.

Vendo isso, o Tribunal Regional Eleitoral deve ter percebido que o brasileiro não precisa estar bêbado para agir como tal no dia das eleições.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

WESLIAN RORIZ PARA GOVERNADORA



ESPETACULAR estes excertos do debate para Governador de Brasília realizado na TV Globo.

Para quem não sabe, a Weslian Roriz é esposa do ex-governador Joaquim Roriz e o substitui na eleição em virtude do indeferimento do registro de sua candidatura.

É inacreditável, em todos os sentidos da palavra. E o mais maluco é que tem gente que vai votar nela. E no Tiririca.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

F1 2010 - GP DA CINGAPURA

O inglês Lewis Hamilton continua firme e forte em sua campanha
para provar que o titulo que conquistou foi um mero acidente
de percurso, porque o que ele gosta mesmo de fazer é perder
campeonatos
nos momentos decisivos, como fez questão
de demonstrar no
GP da Cingapura.


Vou dizer que gosto do GP da Cingapura. A corrida – única noturna da história da F1 – é um circuito de rua que proporciona ultrapassagens, boas disputas e momentos emocionantes.

Logo na largada o pole Fernando Alonso jogou a Ferrari para cima da Red Bull do Sebastian Vettel, mantendo a ponta e impedindo uma ultrapassagem do alemão.

Quem largava lá atrás devido à quebra do câmbio na classificação era o Massa, que arriscou e fez seu pit-stop obrigatório logo na segunda volta, bancando num safety car que o colocasse no páreo para a corrida.

E o tal safety car veio logo na sequência, cortesia do Vitantonio Liuzzi, que ficou parado em posição perigosa. Todos os pilotos que estavam mais atrás pararam para fazer suas paradas, incluindo o Mark Webber, que estava àquela altura em 5º.

A parada jogou o australiano em 11º, mas com a vantagem de não ter que parar mais – se os pneus conseguissem aguentar a longa corrida que tinham pela frente. Com a relargada, o Webber foi ultrapassando todo mundo que estava à sua frente sem muita cerimônia, entrando definitivamente na briga por um pódio na prova porque a dupla da McLaren não conseguia ser veloz lá na frente, e ainda teria que parar para fazer a troca de pneus. Foi uma boa aposta do australiano líder do campeonato.

Enquanto isso, o Alonso ia embora, seguido pelo Vettel a uma distância segura. Com o desgaste dos pneus do espanhol, dava-se a impressão que o Vettel, com carro visivelmente mais veloz que o de Alonso, daria um bote na parada dos boxes, ficando mais duas ou três voltas na pista, a ponto de abrir uma vantagem suficiente para conseguir voltar em primeiro da sua troca. O que se viu, no entanto, foi o alemão parando junto com o espanhol, o que jogava no lixo minha ideia de uma tática inteligente. Os dois pararam na mesma hora e saíram com o Alonso em primeiro e o Vettel em segundo. Até agora não entendi o que a Red Bull esperava disso, mas o fato é que o espanhol se manteve na ponta e o alemão simplesmente não conseguia se aproximar a ponto de ultrapassá-lo.

Aí veio o segundo safety car da prova, por causa de um acidente do Kobayashi. O Galvão Bueno aproveitou para soltar a pérola de que, devido ao acidente e abandono da prova, o Kobayashi provavelmente perderia sua posição na prova. E não é que a profecia do locutor se concretizou? Não é à toa que o cara ganha o que ganha da Globo.

Na relargada, um afoito Hamilton tentou dar o bote para cima do Webber, que o havia ultrapassado quando o inglês parou para fazer sua troca de pneus, e acabou tocando no australiano, danificando sua McLaren e abandonando a prova. O Webber seguiu na prova e deve ter mandado um agradecimento especial para os boxes da McLaren porque a burrada acabou dando mais folga para ele no campeonato, já que ele vinha sendo seguido de perto pelo inglês na pontuação.

Alonso em primeiro, Vettel em segundo sem dar trabalho para o espanhol, Webber em terceiro. Assim terminaria o GP, que ainda teve o Kubica proporcionando alguns momentos interessantes ao ter que parar para trocar um pneu furado e partir em recuperação, fazendo belas ultrapassagens.

A segunda vitória consecutiva do Alonso preocupa, porque a Ferrari parece ter encontrado o caminho e se tornado o grande rival da Red Bull na luta pelo título. Vamos ver o que acontece daqui a duas semanas, no GP do Japão.

Gosto do GP do Japão porque é de madrugada e dá pra assistir tomando cerveja.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

MIDICHLORIAN RHAPSODY



Não costumo gostar de paródias musicais de filmes por geralmente achar que são mal produzidas e, por falta de uma palavra mais precisa, BABACAS.

Mas não tem como não postar esta dica do Uncle Bugz - um “musical” do Star Wars baseado na “Bohemian Rhapsody” do Queen – chamaram de Midichlorian Rhapsody (se você não sabe o que significa isso, don’t bother watching...)

É pra geek mesmo, mas é GENIAL. Assiste aê.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

NOVO CAPACETE DO HEIDFELD


Post rápido e totalmente dispensável, porque tenho certeza de que sou a única pessoa que conheço que daria a mínima para o assunto em questão.

Mas, como o blog é meu... eis o capacete que o Nick Heidfeld vai usar na sua volta à categoria neste fim de semana.

O bom piloto alemão, que detém o recorde de provas consecutivas concluídas (33), retorna no lugar do Pedro de la Rosa, dispensado pela Sauber.

Decidi postar o casco novo do Heidfeld porque ele é um daqueles pilotos que adora mexer nas cores e no design do seu capacete, como vocês podem conferir no pequeno mostruário abaixo.



Viram? Eu disse que este post era totalmente dispensável...