quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

VERT BLANC VERT


Sei que parece algum tipo de obsessão, mas percebi hoje que este post sobre a evolução dos uniformes da França ficou incompleto (não que alguém se importe, claro).

Lembrei que na copa de 1978, na Argentina, a França não jogou com seu tradicional uniforme azul e nem com o branco, mas com uma curiosa camisa listrada verde-e-branca.

A quem duvida, a foto acima é do jogo entre a França e Hungria. O curioso é que a seleção húngara estava jogando com seu segundo uniforme branco, e não o tradicional vermelho. O lógico teria sido a França jogar de azul, mas não foi isso que aconteceu.

Era o terceiro jogo da primeira fase da Copa e os franceses estavam furiosos com a FIFA em virtude da péssima arbitragem das primeiras duas partidas, contra a Itália e Argentina. A entidade havia orientado a seleção húngara a levar seu segundo uniforme branco para o estádio, uma vez que a França jogaria com seu uniforme número 1 azul.

Em protesto (ainda tento entender o que eles pretendiam conseguir com isso), a França se recusou a obedecer a FIFA e levou seu uniforme branco também, o que resultou em dois times com camisas brancas entrando em campo.

O juiz da partida, Arnaldo César Coelho (ele mesmo), informou que não apitaria a partida desta forma e os franceses foram obrigados a sucumbir e tentar achar uma solução para não perder a chance de marcar pontos na competição.

O jeito foi apelar para o time do Club Atletico de Kimberly, da região, que gentilmente cedeu suas camisas aos franceses. O resultado foi uma das combinações de uniforme mais cafonas da história das copas, e justamente com a França.

Bem feito. Quem mandou não pensar antes de protestar?

A quem quiser ver como foi o jogo, aqui um resumo das melhores partes (a saber, mesmo ganhando, a França não se classificou para a próxima fase).

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

DADDY GOES DEXTER

"Sim, é definitivamente a mão da empregada dos Browns...
mas estava no lixo do oitavo andar, então NÃO PODE
TER SIDO ELES!"




Inegável que nossos pais são uma fonte inesgotável de aprendizado.

Foi com eles que aprendi a andar, a falar, a escrever, a dizer obrigado a cada nova gentileza e, no fim da década de 90, a me livrar de corpos esquartejados.

Não acho que esta última lição tenha sido intencional, mas confesso que quando assisto a um episódio de Dexter hoje em dia, alguma coisa do que o psicopata forense faz para eliminar suas vítimas me passa uma impressão de déjà vu. E acho que os responsáveis por isso foram justamente meus pais.

O que ocorreu foi o seguinte. Íamos mudar de apartamento e, no fim de semana da mudança, foram várias as viagens, com caixas contendo livros, CDs, utensílios, roupas, etc.

Maus pais tinham uns 10 quilos de carne congelada e, como tínhamos que desligar o freezer para fazer a mudança, meu pai colocou a carne toda (devidamente embalada, claro) na banheira.

A ideia era sair distribuindo as peças de carne para todos que conhecíamos porque, como todo mundo sabe, uma vez que um alimento congelado é descongelado, ele não pode ser re-congelado, devendo ser consumido imediatamente (a quem quiser mais informações, deem uma olhada nesta reportagem da MundoEstranho)

O problema foi que, com todo o estresse da mudança, meu pai acabou esquecendo da carne na banheira durante o fim de semana, e só se deu conta disso quando voltou ao apartamento para fazer uma última vistoria.

Ao encontrar 10 quilos de carne descansando numa banheira, meu pai ligou para a minha mãe atrás de orientações.

A ideia dele – simples e sensata na opinião deste que vos escreve – era jogar fora a carne e voltar para casa. Mas minha mãe tinha outros planos:

“Não! Imagina o que os vizinhos vão pensar se a gente JOGAR FORA 10 quilos de carne com tanta gente passando fome neste país!”

O interessante é que esta frase poderia até ser digna de louvor, dada a preocupação da interlocutora pela fome mundial. Mas o fato é que a carne já não se encontrava em condições de consumo, o que significa que o único motivo justificável contra a ação de jogar fora o alimento estragado era o fato da vizinhança ficar com a IMPRESSÃO de que minha mãe jogava fora comida.

Acho pertinente reforçar que estamos falando de um apartamento de que estávamos SAINDO e que dificilmente veríamos estes vizinhos de novo, mas minha mãe evidentemente não queria correr riscos, porque deu as seguintes ordens a meu pai:

“Se você jogar fora tudo aquilo no lixo, vão ver e achar que a gente não está nem aí para quem passa fome neste país. Então o que você vai fazer é cortar a carne em pedaços pequenos e se livrar de tudo aos poucos, dando descarga NA PRIVADA.”

Inacreditavelmente, meu pai acatou as ordens da minha mãe e começou o longo e entediante processo de cortar carne crua em pequenos pedaços, jogar os pedaços na privada e dar a descarga.

Deu certo durante as primeiras levas de carne. Mas, como era de se esperar, depois de um tempo a privada entupiu. O que gerou um novo telefonema para minha progenitora, que à esta altura parecia uma vilã diabólica vinda de um filme do James Bond.

“Hm... entupiu... deixa pensar... ah! Já sei! Vamos ter que jogar no lixo!”

Surpreso por ter sido esta a sua ideia original, meu pai comentou que havia dito isso desde o começo, mas minha mãe continuou:

“Mas não quero que ninguém pense que foi a gente que jogou fora 10 quilos de carne. Então você vai pegar 10 sacos de lixo e dividir a carne nestes 10 sacos.”

Inicialmente confuso quanto a que diferença isto faria, ele perguntou o motivo deste trabalho todo, ao qual recebeu a seguinte – e brilhante – resposta:

“Porque o prédio tem 10 andares. Então você vai subir até o décimo andar e deixar um saco de carne podre no lixo de cada andar. Aí, quando recolherem o lixo amanhã, ninguém vai saber que foi A GENTE que jogou fora a carne!”

Meu pai então dividiu a carne em 10 sacos de lixo, foi até o elevador, subiu até o último andar do prédio, e deixou cada um em um andar.

Não sei o que acrescentar ao relato fora o surpreendente fato de que isso REALMENTE ACONTECEU. E pagaria para ver as imagens das câmeras de segurança do prédio flagrando meu pai jogando sacos de carne em putrefação no lixo alheio DEZ VEZES CONSECUTIVAS.

A LOTUS QUE NÃO VAI PRAS PISTAS


Tinha comentado neste post aqui que teríamos duas Lotus com carros negros e dourados no grid em 2011, mas eis que a equipe de Tony Fernandes recuou e disse que manteria o atual esquema de cores verde e amarelo para a temporada do ano que vem.

Isso não impediu a equipe de divulgar a foto acima como o tal carro à la John Player Special que eles haviam bolado para 2011.

Particularmente, achei a versão desta Lotus muito mais charmosa que a da Renault, mas, infelizmente, de nada adianta minha opinião porque é a outra que vai pras pistas no começo do ano que vem.

Shame.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

UM POST PARA QUEM GOSTA DE SANGUE E POUCA ROUPA

“Ops! Bom… pelo menos não tá sangrando. Ufa.”



Tenho um problema com o meu próprio sangue: quando me vejo sangrando – geralmente após um corte ou uma bala perdida – costumo passar mal.

Cai a pressão e me sinto como se estivesse prestes a desmaiar. Descobri que isso é mais comum do que eu imaginava, mas, por mais comum que seja, esse tipo de reação tem o potencial de causar constrangimentos memoráveis, como é o caso do relato a seguir.

Faz um tempo já, desci até a garagem do prédio com pressa para não chegar atrasado ao trabalho. Ao descobrir que o carro não ligava, decidi ir trabalhar de taxi e saí enfurecido pela recepção do prédio.

Claro que, nestes casos, o que a gente considera ser um acesso de ira capaz de gelar a espinha de quem tem o infortúnio de cruzar pelo nosso caminho, na realidade é visto por todo mundo com um desagradável misto de dó e inconformismo, geralmente acompanhado por frases do tipo “que cara estressadinho”.

Imagino ter sido este o caso do meu porteiro, que me assistiu passar pela recepção num rompante de fúria, abrir o portão com violência e fechá-lo com toda a força atrás de mim.

O que deve ter tornado o espetáculo ainda mais pitoresco foi o fato de eu ter fechado o portão ANTES de meu pé ter passado pelo vão, o que acabou me fazendo soltar um urro de dor enquanto o portão de metal esmagava meu tornozelo.

Tentando manter a dignidade, continuei pelo meu caminho mancando, enfurecido, fingindo que nada havia acontecido.

Mas logo senti a inconfundível sensação de sangue se alastrando pelo peito do meu pé e percebi que teria que voltar para casa.

Passei humilhado pelo porteiro, que não emitiu uma única palavra, e abri a porta de casa bem no instante que sentia minha pressão cair e um terrível mal estar se manifestando.

De pé na cozinha, comecei a sentir um calor imenso e instintivamente tirei a camisa, na ânsia de que isso me refrescasse um pouco. Aí, com medo de que um eventual desmaio me fizesse bater a cabeça numa quina de mesa, sentei no piso da cozinha.

Aí, percebendo que o sangue poderia vir a manchar minha calça, achei prudente tirá-la. Com dificuldade, consegui, e o mal estar ficava cada vez pior.

Chamei pela Carla com a força que me restava e deitei no chão para ver se a tontura passava. Um instante depois, a Carla entrava na cozinha para saber o que eu queria.

E me encontrou deitado no gélido piso da cozinha, gemendo, só de cueca e com o pé todo vermelho de sangue.

Há meros 5 minutos, ela havia me visto sair pela porta de casa rumo ao trabalho, e agora me encontrava assim, semi-nu e ensanguentado, no chão da cozinha.

Daria uma pequena fortuna para saber o que se passou na cabeça dela nos breves instantes entre ela me descobrir naquele estado lastimável e entender o que de fato havia acontecido, mas ela não se lembra.

Fomos ao pronto-socorro e hoje nem consigo encontrar a cicatriz que ganhei naquele dia. Por outro lado, infelizmente sei que o que a Carla viu ao entrar na cozinha ficará marcada na sua memória para todo o sempre.

MONAS LISAS


Chamem-me de inculto, mas confesso – com uma certa vergonha – que sinceramente não vejo o que a cultuada Mona Lisa tem de tão fenomenal a ponto de tornar o quadro tão memorável.

Acho ele interessante e me diverti com as supostas mensagens escondidas deixadas pelo da Vinci, mas fora isso, acho que é um retrato de uma mulher meio sem sal.

Aí, outro dia, vi algumas imagens desenvolvidas por um cara que se auto-denomina Meowza Katz (!), simulando como seria se outros artistas tivessem pintado a Mona Lisa. É bobo, eu sei, mas até aí eu gosto de coisas bobas.

Aí vão:


Pablo Picasso


Andy Warhol


Roy Lichtenstein


Camille Rose Garcia



Trey Parker / Matt Stone



Mangá Japonês



Matt Groening


Genndy Tartakovsky


Jackson Pollock

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TÔ SURRADO, MAS TÔ NA MÍDIA


Senso de oportunidade é quando você transforma um revés pessoal em uma forma de ganhar algo com isso.

Outro dia enquanto passeava por Londres, o presidente da FOM – Formula One Management – Bernie Ecclestone foi assaltado e brutalmente espancado por ladrões que levaram seu relógio Hublot F1 King Power.

Dias depois, a Hublot veiculou o anúncio acima, mostrando o que as pessoas são capazes de fazer por um relógio da marca.

Antes que vocês considerem oportunista e de mau gosto, vale dizer que a ideia do anúncio veio do próprio Bernie, que ligou para a Hublot no dia seguinte ao incidente.

Aí as pessoas se surpreendem que o cara é um dos homens mais ricos do planeta.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A NOVA LOTUS QUE NÃO É A NOVA LOTUS

Apesar do que possa parecer, este carro preto e dourado
com logotipo LOTUS estampado no bico não é o novo
carro preto e dourado que a Lotus prometeu para 2011.
Apesar de ser, sim, o novo carro preto e dourado da
Lotus para 2011.


A Lotus anunciou há alguns meses que, em 2011, usaria um carro negro e dourado, remetendo à Lotus dos tempos da John Player Special.

Imagino que muita gente que bateu o olho na foto acima já deduziu – com uma certa lógica, diga-se de passagem – que se trata do carro em questão, mas, supreendentemente, não é este o caso.

Na verdade, o que vocês estão vendo é a nova a nova pintura da “Renault” para o ano que vem – um carro em preto e dourado, para remeter à Lotus dos tempos da John Player Special.

Coloquei o nome da equipe entre aspas porque, a partir de 2011, a Renault passará a se chamar Lotus Renault GP e contará com o saudoso logotipo original da ex-equipe de Colin Chapman, como vocês podem ver no bico do carro.

Mas e a Lotus que correu este ano, com o Kovalainen e o chato do Trulli? Como é que fica?

Então... a equipe vai correr em 2011 com o nome Lotus e com um carro preto e dourado, remetendo à Lotus dos tempos da John Player Special.

Ficou confuso? Pois é. TODO MUNDO ficou confuso.

Trata-se de uma disputa legal entre a Group Lotus (que faz os famosos carros de rua) e Tony Fernandes, que havia comprado os direitos para usar o nome da extinta equipe de Colin Chapman nos seus carros de Fórmula-1, ambos brigando para ter o controle do emblemático nome estampado nos seus carros.

Cá entre nós, a atitude da Group Lotus de sair correndo pintar os carros da equipe de preto e dourado só porque o Tony Fernandes disse que ia fazer isso entra para a história como um dos momentos mais “DODÓI” da história da categoria.

Duvido que as coisas fiquem assim, mas o fato é bizarro: hoje temos duas equipes na Fórmula-1 com o mesmo nome e com o mesmo esquema de cores nos carros.

NÃO DIGO SEMPRE QUE ESSA TAL DE FÓRMULA-1 É SÜÜÜPER DIVERTIDA?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COLPLAYSTATION



Minha frequência de postagens decaiu violentamente nas últimas semanas, mas só para que ninguém ache que eu MORRI, decidi postar este videozinho.

Ele reforça AINDA MAIS a ideia de que o Coldplay é uma banda especialista em chupinhar música dos outros (como já havíamos visto neste post aqui).


Cá entre nós, plagiar o Joe Satriani é uma coisa… mas plagiar o MARIO BROS?