sexta-feira, 31 de julho de 2009

BRFXXCCXXMNPCCCCLLLMMNPRXVCLMNCKSSQLBB11116, SE FOSSE COMO TU... TIRAVA A MÃO DO BOLSO E ENFIAVA NO MEU BRFXXCCXXMNPCCCCLLLMMNPRXVCLMNCKSSQLBB11116...

Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116 foi aluno exemplar,
especialmente depois da única vez em que fez uma travessura e foi obrigado
pela professora a escrever seu nome 100 vezes no quadro-negro. Foram as
piores 73 horas de sua vida, comenta ele em sua autobiografia.

Estávamos falando de nomes bizarros e lembrei de um que acho que é imbatível no quesito bizarrice. Só não digo que vai permanecer para sempre como o mais idiota nome já dado a um ser humano porque nunca duvido da capacidade de nossa espécie de surpreender quando o assunto é estupidez, mas com certeza essa vai ser difícil de superar.

Os suecos Elisabeth Hallin e Lasse Diding, em meados dos anos 90, batizaram seu filho recém nascido de Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116. Antes que alguém ache que isso foi um erro de código na postagem, vou repetir. O nome que a mãe e o pai deram para o moleque foi Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116 (não acredita? Google it).

Eu tentei pronunciar o nome, mas tive que fazer uma pausa logo no quinto “x” para respirar (o que é uma pena, porque eu estava quase ansioso pra quando chegasse a parte numérica do nome), mas isso se revelou um erro da minha parte. Porque Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116 não se lê de forma literal - se pronuncia “albin”. O moleque é uma espécie de “Worcestershire Sauce” ao cubo (pra que não sabe, se escreve “worcestershire, mas se fala “wúshter”).

De qualquer forma, o motivo para um nome tão, como dizer, fora do convencional, é que eles ficaram revoltados com uma lei sueca que impede alguém de nomear seus filhos de qualquer coisa que possa ser considerada ofensiva ou causar algum tipo de desconforto, ou que simplesmente não seja adequado, por motivos evidentes, como nome de batismo.

Como os dois não haviam registrado o garoto nos primeiros 5 anos de vida, o governo decidiu multar o casal, o que enfureceu os dois.

Eles recorreram da multa, alegando que o nome era um “desenvolvimento gestante expressionista, considerando-o uma criação artística” e recomendando ao júri que pensasse no nome do ponto-de-vista da patafísica. Ah tá.

É claro que a suprema corte da Suécia rejeitou o apelo e manteve a multa, e então os pais decidiram sucumbir e mudar o nome do pobre garoto para "A" (paradoxalmente também pronunciado “albin”) e, novamente, o governo não permitiu.

Então, depois de muita luta e braço-de-ferro com o governo, o casal acabou dando ao filho um nome que o governo aprovou: Albin.

Agora... pensa bem: se Brfxxccxxmnpcccclllmmnprxvclmnckssqlbb11116 se pronuncia “albin”, se A se pronuncia “albin” e se tá na cara que os dois queriam chamar o filho de Albin, POR QUE NÃO FIZERAM ISSO LOGO DE CARA E SE LIVRARAM DE UMA MULTA DE QUASE 600 EUROS?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O TWITTER, SEGUNDO O SEGUNDO

Post rapidíssimo, até porque estou incrivelmente atarefado hoje (tadinho), mas não pude deixar de partilhar esta com vocês.

Façam o seguinte teste:

Entrem no google (tem que ser a página brasileira, com .com.br) e digitem no campo de buscas a palavra “twitter”.

Agora dêem uma olhada nos resultados e adivinhem o que aparece NA SEGUNDA POSIÇÃO?

Nem preciso comentar, né?

terça-feira, 28 de julho de 2009

O DIA EM QUE MEU PAI, O UNCLE BUGZ E EU DERROTAMOS O STEVE JOBS

Tela do jogo Taipan!, para o Apple ][+, em que o personagem Elder Brother Wu
devia tanto para a gente que mesmo que ele vendesse as próprias calças (para
efeito de simulação, vamos considerar que as calças dele custassem $100,00),
ele teria que vender 1.000.000.000.000.000.000.000 de suas próprias calças
para saldar a dívida.


Era uma vez, há muitos e muitos anos, um Natal em família em que meu pai chegou com um presente absolutamente espetacular: um computador.

Estou falando do começo da década de 80 e computador era algo incrivelmente “pustaqueospariu!”.

Era uma época em que CD, MP3, celular, controle remoto, fax, DVD, internet e milhares de coisas que hoje fazem parte do nosso dia-a-dia eram, na melhor das hipóteses, delírios de um autor de ficção científica. Aliás, era uma época em que ainda nem haviam inventado algumas das coisas que já fazem parte do nosso passado, como pagers e videocassetes.

Tô ficando velho...

Mas, enfim, nós tínhamos, dentro de nosso próprio lar, o ápice da tecnologia, o resultado máximo de milênios e milênios de evolução – um computador Apple ][+.

O Apple ][+ foi o percussor do Macintosh, aquele computadorzinho da moda que hoje se chama simplesmente de Mac.

Lembro como se fosse hoje do orgulho que senti ao saber que nosso computador tinha uma configuração avançadíssima para a época: 64kB de RAM.

Meu irmão Uncle Bugz se sentiria muito mais à vontade para explicar o que isso significa de verdade, até porque eu sou um zero à esquerda em termos de computer-tech-geek-talk, mas só para vocês terem uma ideia, hoje em dia o meu PC aqui em casa tem 4GB de memória RAM, o que significa 65.536 VEZES MAIS do que o Apple tinha então.

Bom, mas e daí, né?

Tudo isso pra dizer que, neste computador, a gente instalou um joguinho chamado Taipan!, baseado (dizem) no romance do mesmo nome escrito pelo James Clavell. Era um jogo muito básico, assim como eram todos os jogos do Apple na época, e a ideia era a seguinte:

No século XIX, você era o capitão de um navio mercante e viajava entre os portos da Ásia comprando e vendendo uma série de coisas, incluindo seda, armas e ópio. Pelo caminho, acontecia de tudo: você lutava contra piratas, comprava armas, tinha que consertar o navio, era chantageado e roubado, fazia alguns ótimos negócios e outros péssimos... Diversão garantida.

O jogo viciou a gente na época e, apesar de ter sido feito para um só jogador, a gente começou a jogar em turnos. Jogava eu um tempo, aí assumia meu pai, aí meu irmão Uncle Bugz... E foi aí, depois de um tempo, que descobrimos duas coisas que mudaram para sempre nossa percepção do programa, colocando Taipan! como um dos jogos mais espetaculares de toda a história (não consultei meu pai e nem o Uncle Bugz antes de escrever isso, mas tenho certeza que eles partilham da mesma opinião que eu).

A primeira coisa que percebemos foi que, quanto mais o nosso navio crescia, mais piratas apareciam para tentar extorquir nosso dinheiro. E aí descobrimos sem querer que, melhor que ficar brigando com os piratas, era preferível atirar uma vez e depois dar no pé porque, acho que por algum pau no programa, a gente sempre escapava ileso do combate.

Com isso, tínhamos a vantagem de saber que nunca teríamos que ficar lutando pela nossa sobrevivência, uma vez que fugir era muito mais rápido e eficiente do que brigar (e espero que isso não tenha de alguma forma moldado meu caráter de forma irreversível).

Aí veio a descoberta suprema.

O jogo possuia um agiota chamado Elder Brother Wu. Na necessidade de uma grana rápida e fácil, ele te emprestava até metade do que você tinha em cash, tudo na hora, sem burocracia e sem a necessidade de comprovação de renda.

Só que, claro, a cada rodada, os juros caiam matando e, até hoje, acredito que a ideia de colocarem o Elder Brother Wu no jogo era alertar as pessoas quanto aos malefícios que a taxa de juros pode ter em sua vida, seus sonhos, seus planos e afins...

Só que, sem querer, a gente descobriu uma mina de ouro.

Ao pedir uma grana pro chinês pra comprar um carregamento de ópio, a gente teve uma venda espetacular, o que encheu nossos bolsos de grana. Na hora, meu pai, que era diretor financeiro, achou que a ideia mais sensata seria saldar na hora a dívida com o Wu.

Só que a gente sem querer pagou mais do que devia. E de repente aparecia no joguinho um campo com uma dívida NEGATIVA com o Brother Wu. Ou seja, agora era ELE que estava devendo pra gente.

Mas a beleza disso era que a taxa de juros continuava. E a cada rodada ele devia mais e mais para a gente. E, claro, conforme a dívida ia aumentando, a taxa abusiva fazia com que ela aumentasse de forma irracionalmente desproporcional, chegando rapidamente a milhões de “dinheiros”.

Era só precisar de dinheiro para algo que a gente descontava da dívida que tínhamos com o Wu, mas isso foi chegando a um ponto tão ridículo que ele devia tanto que era literalmente impossível gastar o dinheiro, por mais que a gente tentasse.

Até que decidimos testar os limites do programa. E fizemos um pacto. Cada um jogaria um turno de 4 horas, acordaria o próximo e assim por diante. O jogo foi noite adentro e se aproximou da manhã.

Lembro - e meu irmão há de me corrigir caso esteja errado - que em determinado momento do jogo, o Wu nos devia algo em torno de “10E23”, o que em termos técnicos seria um SEPTILHÃO de “dinheiros” ou $1.000.000.000.000.000.000.000.000,00.

Até que chegou uma hora que... PIMBA!

O valor da dívida era tão avassalador que o computador simplesmente não teve capacidade de processamento para lidar com um número tão alto.

E o computador travou.

Ou seja, jogando dentro das regras, num programinha super básico e simples, três simplórios de São Paulo fizeram o grande computador Apple ][+ pedir água, simplesmente porque ele não estava conseguindo processar uma simples taxa de juros.

Tsc, tsc...

How can I say... CHUUUUUUUPA, STEVE JOBS!!!

THE CURIOUS CASE OF JOHN FITZGERALD LINCOLN

Dadas as muitas e inexplicáveis coincidências entre Kennedy e Lincoln,
Oliver Stone estaria produzindo uma espécie de sequência para
seu aclamado filme JFK, desta vez focando na vida de Lincoln.
"É só mudar uma coisinha aqui e ali no original que o filme novo tá pronto",
teria dito o diretor
à revista Cahiers du Cinéma no mês passado.


Falando sobre o brutal incidente com Felipe Massa no GP da Hungria, mencionei brevemente no meu post o nome do Lee Harvey Oswald, assassino (pelo menos é o que diz a versão oficial) de J. F. Kennedy.

Acho que o nome dele ficou “boiando” no meu subconsciente, porque estava eu dirigindo pela Marginal hoje de manhã quando, de repente, me veio uma lembrança de algo interessante que eu havia lido há algum tempo: as impressionantes coincidências entre as mortes de Kennedy e Abraham Lincoln.

Como não me lembrava mais dos detalhes, fui obrigado a pesquisar e descobri até uma página no Wikipedia a respeito do assunto. Como era de se esperar, algumas das coincidências impressionantes apresentadas como fatos não passam de invenções, criadas com o único intuito de dar mais dramaticidade ao relato.

Entre estas FARSAS está justamente um dos pontos mais interessantes do texto:

A secretária de Lincoln se chamava Kennedy e ela tentou em vão impedi-lo de ir ao teatro na noite em que foi assassinado.
A secretária de Kennedy se chamava Lincoln e ela tentou em vão impedi-lo de ir a Dallas.


Bom. John Kennedy teve, de fato, uma secretária chamada Evelyn Lincoln, mas não há nenhum registro indicando que ela havia tentado dissuadir o presidente de ir a Dallas. No caso de Abraham Lincoln, seus secretários eram John G. Nicolay e John Hay.

Por outro lado... a secretária de Kennedy tinha o sobrenome de Lincoln, e os de Lincoln tinham o primeiro nome de Kennedy. Ohhhhhhhh...

Enfim, só pra divertir vocês um pouco, fiz um levantamento das coincidências DE FATO entre os dois presidentes. Vamo lá:

Lincoln foi eleito para o congresso em 1846.
Kennedy foi eleito para o congresso em 1946.


Lincoln foi eleito presidente em 1860.

Kennedy foi eleito presidente em 1960.


“Lincoln” tem 7 letras.

“Kennedy” tem 7 letras. OHHHHHHHHH!


As esposas de ambos perderam um filho enquanto na Casa Branca.


Ambos foram assassinados numa sexta-feira.


Ambos foram assassinados com tiros na cabeça.


Lincoln foi assassinado num teatro chamado FORD.

Kennedy foi assassinado num carro feito pela FORD (forçaram um pouco nessa, não?)


O carro em que Kennedy estava quando foi assassinado era um Lincoln.


Ambos foram sucedidos por sulistas chamados Johnson.


Andrew Johnson, que sucedeu Lincoln, nasceu em 1808.

Lyndon Johnson, que sucedeu Kennedy, nasceu em 1908.


Ambos os assassinos – John Wilkes Booth e Lee Harvey Oswald – são conhecidos pelos seus três nomes por extenso.


Ambos os nomes possuem 15 letras.


Booth fugiu do teatro em que matou Lincoln e foi preso em um depósito.

Oswald fugiu do depósito de onde matou Kennedy e foi preso em um cinema.


Ambos foram mortos a tiros antes de serem julgados.


Cá entre nós, tá mais que na cara que isso não quer dizer ABSOLUTAMENTE NADA. Mas que é divertido é, né não? 


domingo, 26 de julho de 2009

SE VOCÊ NÃO GOSTOU DO SERIADO, PELO MENOS "FRINGE" (ARRRRRGHHHHHHH!!!)

Um curioso erro de gravação no primeiro episódio de Fringe quase
termina em
desastre quando uma letra caiu de uma altura de quase 10 metros,
por pouco
não matando um pedestre.


Enquanto aguardo a tão esperada derradeira temporada de Lost, arrisquei dar uma conferida na série que está sendo vendida para o público como um novo Arquivos X, produzida pelos mesmos criadores de Lost: Fringe.

Em linhas gerais para quem nunca viu, a série aborda a chamada “fringe science”, que em português significaria algo como “ciência periférica”, ou, simplificando, tudo aquilo que a ciência convencional não sabe como explicar.

Telepatia, telecinese, teletransporte, alterações genéticas, mensagens do além e um monte de fenômenos para os quais a ciência não tem explicação estariam sendo usados por uma organização secreta utilizando pessoas comuns como cobaias.

Cabe a uma policial, um cientista maluco e seu filho “experrrto” salvarem o mundo e, claro, todo episódio eles fazem exatamente isso.

Dá-lhe bate-papos com gente que já morreu, monstros geneticamente alterados, pessoas sendo teletransportadas de um lugar pra outro, gente atravessando paredes e uma série de esquisistices que pelo menos tornam os episódios divertidos de assistir.

A produção é bem feita e eles criaram um recurso bem cool para mostrar o nome das cidades em que a trama do episódio se desenrola. Em vez de uma legendinha básica, eles colocam o nome da cidade ou lugar em que a cena se passa em LETRAS ENORMES EM 3D que flutuam no céu. Muito bacana.

Bom. Dito isso... pra mim a série simplesmente não empolgou. Tudo bem que ainda faltam uns 3 ou 4 episódios para terminar a primeira temporada, mas já detectei o que para mim é o grande problema da série: ela está no meio do caminho entre duas fórmulas, mas não abraça nenhuma com convicção.

Por um lado, a série tem episódios que podem ser assistidos independentemente – como no caso do Arquivo X – sem a necessidade de ter visto tudo que já passou para entender o que está acontecendo – como é o caso de Lost.

Só que isso só funciona no Arquivo X porque é tudo muito simples e você só precisa focar no que está acontecendo naquele episódio. No caso de Lost, mistérios vão se desvendando, perguntas vão surgindo, e eles fisgam você pelo suspense.

Fringe fica entre os dois. Vão jogando elementos que precisariam ser continuados em episódios posteriores, mas são simplesmente descartados (como é o caso do carecão esquisito que aparecia em todos os episódios até o meio da temporada e de repente não apareceu mais).

Criaram elementos de suspense e de continuidade, e depois abandonaram por preferir historinhas mais “começo-meio-fim”.

Nada contra, mas o fato é que não acredito que partir para uma abordagem só com estas historinhas vai dar à série o fôlego que ela precisa para se tornar um fenômeno como Lost. Por enquanto parece uma versão repaginada e mais “complicada” de Arquivo X (e vamos combinar que, depois de 10 temporadas de Arquivo X, o formato aparenta já ter dado o que tinha que dar, né?)

Enfim, aos que querem arriscar, arrisquem. É divertido sim, só que é irritante pensar que esta é uma série que poderia ter sido muito mais do que simplesmente “divertida”.

F1 2009 - GP DA HUNGRIA

A camiseta do Mr. Happy com a qual Rubens Barrichello foi ao
treino de sexta durou pouco. Depois da corrida, em que amargou
mais uma prova sem marcar pontos, ele foi imediatamente à loja
e trocou por um modelo mais adequado.

Em meio a toda a preocupação com o estado de saúde do piloto brasileiro Felipe Massa, a corrida em si ficou numa espécie de “segundo plano” neste GP da Hungria. Em todo caso, a corrida aconteceu e teve alguns pontos interessantes.

A destacar, claro, a vitória do Hamilton, primeira deste ano. Confesso que não esperava vê-lo no topo do pódio nesta temporada, mas não se deve duvidar nunca do poder de reação da McLaren. A equipe fez bonito e não deu chances aos adversários. Se isso vai se repetir até o fim da temporada, precisamos esperar para ver, mas os indícios são de uma clara melhora da equipe de Woking. Isso deve estar dando uma certa tranquilidade pro outro britânico da F1 – o líder do campeonato Jenson Button. Afinal, tudo que contribuir para tirar pontos da dupla da Red Bull – vai sempre ser muito bem-vinda, thank you very much.

Seu até então grande rival pelo título deste ano – o Sebastian Vettel – teve uma largada ruim e desperdiçou o segundo lugar no grid, o que se torna ainda mais grave pelo fato de que o pole Fernando Alonso largava com tão pouco combustível que perigava nem conseguir dar a primeira volta. Depois de largar mal, o alemão fez uma corrida apagada até abandonar com problemas na sua Red Bull, perdendo ainda a chance de diminuir a diferença de pontos que o separa do Button na classificação do campeonato.

Por sinal, a largada em si foi um dos poucos momentos verdadeiramente interessantes da prova, com um Raikkonen completamente alucinado, dando chega-pra-lá em todo mundo. Pode ser que pinte punição pro piloto da Ferrari, mas seria uma pena, porque ele fez uma boa corrida, chegando em segundo e levando mais 8 pontos pra escuderia, o que coloca a Ferrari em 3o no campeonato. Um breve consolo pros italianos depois do susto com o Massa.

Aliás, por falar em posição de corrida, como são as coisas, não? Em determinado momento da prova, estavam na sequência: Hamilton com McLaren, Alonso com Renault, Webber com Red Bull e Raikkonen com Ferrari nas primeiras 4 posições. Ano passado, a surpresa seria ter uma Red Bull no meio das equipes grandes. Hoje, a surpresa é justamente o contrário: ter a McLaren, Ferrari e Renault se metendo nas primeiras posições. Mondo bizarro, não?

A Brawn teve mais uma participação discreta e, não fosse o 7o lugar do Button, nada teria feito. Nosso amigo Barrichello – que foi ao autódromo com uma camiseta do Mr. Happy na sexta, só apareceu no jornal porque foi do carro dele que se soltou a peça que acertou a cabeça do Massa, naquele momento “Lee Harvey Oswald” do treino.

Durante a corrida propriamente dita, a impressão que eu tive foi que todo mundo que saía dos boxes era ultrapassado pelo Barrica. Foram (chutando por baixo) umas 4 ou 5 vezes em que a gente via alguém saindo dos boxes e sendo ultrapassado na curva seguinte pelo piloto brasileiro. Isso acabou dando a impressão de que ele estava subindo vertiginosamente na classificação, mas de fato ele se mantinha sempre lá atrás. Não sei como alguém que ultrapassa todo mundo consegue não ganhar posições, mas ele conseguiu. Foi quase como aquela caverna secreta dos Sleestaks, na série “O Elo Perdido”, que parecia pequena por fora, mas era enorme por dentro. O Barrichello distorce as leis da física.

A corrida teve ainda um momento meio angustiante quando o Alonso saiu dos boxes com uma das rodas mal fixada. Acompanhamos a volta do espanhol esperando que ela se soltasse e, quando finalmente isso aconteceu, a roda saiu pulando pela pista, dando aquela incômoda sensação de que algo trágico iria acontecer. Felizmente, foi só impressão e a roda não causou estragos.

Sou obrigado ainda a dar um ponto positivo pra Toyota (não sei porque, mas tenho uma antipatia pela Toyota), em especial ao bom Timo Glock, que correu bem e marcou 3 pontos, e outra menção honrosa ao Rosberg Jr., que levou a Williams a um excelente 4o lugar.

Agora, resta aguardar até o GP da Europa para ter uma sensação mais real de como será a parte final deste campeonato, sempre acompanhando de perto, claro, as notícias sobre o Massa e torcendo por uma recuperação plena.

E, por último, muita gente deve estar se perguntando o que catso o Plácido Domingo estava fazendo na premiação do GP. Eu também não entendi na hora, mas um pouco de pesquisa me esclareceu o que o tenor espanhol estava fazendo no pódio magiar.

Pelo seu envolvimento com a Orquestra Sinfônica da Hungria e pelo seu carinho pela música húngara, o tenor recebeu, em 2005, a Estrela da Ordem do Mérito da República Húngara. Logo, faz um certo “sentido” ele estar no pódio, apesar de pessoalmente eu acreditar que um pódio de Fórmula 1 seria uma boa vitrine para personalidades do próprio país. Mas, claro, isso é só a minha OPINIÃO.

sábado, 25 de julho de 2009

SOBRE VISEIRAS E CAPACETES

Peça do carro de Rubens Barrichello projeta-se como uma bala em
direção ao capacete de Felipe Massa, quase ocasionando uma tragédia na F1.

Muito assustador o acidente do Felipe Massa nos treinos para o GP da Hungria. Fazia tempo que a gente não assistia ao vivo algo que poderia ter sido uma grande tragédia.

Fui um dos que perceberam a tal “peça” atingir o capacete amarelo e azul do piloto antes do pessoal da Globo e, naquele instante, a primeira coisa que me veio à cabeça foi um acidente que aconteceu há muitos anos com um piloto austríaco chamado Helmut Marko.

No dia 2 de julho de 1972, no GP da França, uma pedra jogada pelo carro do Ronnie Peterson atravessou a viseira de Marko e acertou em cheio olho esquerdo do piloto, cegando-o na hora.

O austríaco ainda teve a frieza de estacionar seu carro ao lado da pista, evitando assim um acidente de maiores proporções, mas sua carreira na F1 encerrava-se naquele momento.

No caso do Massa, a sorte esteve do seu lado. A peça que golpeou o brasileiro na cabeça (por enquanto atribuida à Brawn de ninguém menos do que RUBENS BARRICHELLO) fez um estrago danado no capacete dele e ainda o obrigou a passar por uma cirurgia para remover uma lasca de osso que se quebrou com o impacto. Mas foi lucro.

Por alguns poucos centímetros a peça não acerta a viseira e ocasiona o que seria a 46a fatalidade de um piloto na Fórmula 1.

Chega a ser irônico pensar que a última vez que um piloto morreu na F1 foi justamente naquele fatídico dia 1o de maio de 1994, quando outro brasileiro de capacete amarelo – Ayrton Senna – teve sua viseira perfurada pela suspensão de sua Williams, matando-o na hora.

Pensando que, há pouco menos de uma semana, o piloto Henry Surtees faleceu em decorrência de um objeto o atingindo na cabeça durante uma prova de F2, o mesmo cenário quase se repetir aqui na Hungria parece coincidência demais para passar batido, não parece?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PARA BEBER ANTES DE MORRER: ehm... AINDA NÃO TENHO NOME PRA ISSO...

Faz muito tempo que não escrevo nenhum post etílico e, para fazer justiça ao cabeçalho (uy!) do blog, acho que está na hora de outra receita, digamos, pouco ortodoxa para vocês.

Outro dia inventei (acho que inventei, porque nunca vi esta receita em nenhum outro lugar) uma nova variante do clássico dry martini.

Todo mundo sabe que eu sou chegado num bom dry martini, sendo o tipo de cliente inconveniente que manda o drink voltar pro bar quando a proporção entre gim e vermute não está de acordo com o que eu considero ser a ideal. Até porque vamos combinar que preparar um martini razoavelmente ok não é nenhum bicho de 7 cabeças. Mas a galera insiste em pesar a mão no vermute, o que tira completamente as características "secas" do drink.

De qualquer forma, outro dia decidi arriscar e brincar um pouco para ver o que acontecia (na verdade estava sem gim em casa e queria tomar um martini, o que me obrigou a improvisar).

Aí fiz uma mistura um tanto esquisita, mas que deu certo. Ainda não inventei um nome pra este drink (e, cá entre nós, batizar um drink é de uma frescura e petulância incomensuráveis), mas para quem quiser dar uma conferida, é o seguinte:

1 parte rum
1/6 parte vermute
1 "borrifo" de Cointreau

Jogue tudo na coqueteleira com 3 cubos de gelo, "SHAKE, DON'T STIR" e sirva numa taça de martini com uma casca de laranja.

Mó bom. Bebe aê. Se conseguir pensar num nome pra isso, eu posto, ehm, posteriormente.

"AQUELE LUGAR" FICA LOGO ALI, NA COSTA RICA

Habitualmente sofro pela impossibilidade de xingar as pessoas de tudo quanto é ofensa. Nem sempre dá pra fazer isso, seja por uma questão de educação ou, como na maioria das vezes, por receio das consequências que tal ato poderia me render (em outras palavras, por mais simpático e agradável que eu seja com você, é bem possível que por dentro eu esteja querendo mandar você pros quintos dos infernos, mas só não o faço por medo mesmo).

É por isso que achei absolutamente genial o texto do Tutty Vasques no Estadão de domingo passado (pelo menos acho que foi domingo) que traz uma nova e elitizada forma de mandar as pessoas praquele lugar. Apesar de não considerar isso particularmente criativo de minha parte, vou replicar o texto na íntegra para os que não tiveram a oportunidade de ler.

Divirtam-se. De quebra, taí uma ótima sugestão de destino para as próximas férias do Meu Amigo Zoca*!

“A idéia original é da Hillary Clinton! Foi a secretária de Estado dos EUA que, à certa altura da mediação da crise em Honduras, mandou todo mundo pra casa do Oscar Arias em busca de um acordo para o impasse. Oscar Arias, pra quem não sabe, é presidente da Costa Rica, Prêmio Nobel da Paz e o escambau, mas nada disso vem aqui ao caso. O que vale é o seguinte: ao despachar os dois lados do conflito praquele lugar - “a casa do Oscar Arias” -, a patroa do Bill criou involuntariamente uma corruptela de xingamento tão singela quanto putzgrila. Quem de nós nunca teve vontade de mandar uns e outros pra casa do Oscar Arias e só não o fez por falta de recurso linguístico que tornasse nosso insulto socialmente aceitável. Vem a calhar com a falta de imaginação de Brasília, onde os homens públicos deram esta semana pra chamar uns aos outros de “pizzaiolo” quando querem ofender a mãe de determinado adversário político. Só não é a desmoralização total do palavrão porque temos agora a possibilidade de fazer chegar ao governo e à oposição, ao apagar das luzes do recesso parlamentar, esse troço que está engasgado há tempos na garganta de todo brasileiro honesto e educado: “Vai todo mundo pra casa do Oscar Arias, vai!” Com todo respeito ao dono do nome que deu origem a esse trocadilho do Oscar Arias.”

* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O GLORIOSO MÉTODO DE MULTIPLICAÇÃO DOS CAMPONESES RUSSOS

O próprio Stalin era um grande apreciador deste estilo de multiplicação,
em especial aquela parte de ELIMINAR frações e DESCARTAR os pares.

Descobri uma coisa que sinceramente não sei se tem utilidade alguma ou se só “é cool”: o sistema de multiplicação que os camponeses russos utilizam.

Em vez de fazer da forma tradicional, os caras têm um sistema que é meio trabalhoso, mas que possibilita que a pessoa faça qualquer multiplicação entre dois números desde que saiba fazer soma e multiplicar e dividir POR DOIS.

Vejam como funciona:

Você pega os dois números que quer multiplicar e coloca um à esquerda e outro à direita, formando assim duas colunas.

Aí você pega o número da esquerda e divide por dois. Se der algum número fracionado, simplesmente descarte a fração (por exemplo, se o número original for 7 e 7 dividido por 2 dá 3,5, escreva apenas 3).

No número da coluna da direita você faz o oposto: multiplica por 2, mas, neste caso, você mantém as frações (ou seja, 7,2 x 2 = 14,4).

Aí é só ir fazendo isso progressivamente até que o número da coluna da esquerda seja 1.

Ou seja, vamos dizer que você queira multiplicar 17 x 10. A coluna do “17” vai sendo dividida por 2 e a do “10” multiplicada, até que a gente tenha o seguinte:

17-----------------------------10
8 (descartando o 0,5)---20
4------------------------------40
2------------------------------80
1------------------------------160

Daí é só descartar todas as linhas que tenham números pares na esquerda e ficamos com duas linhas:

17-----------------------------10
1------------------------------160

Agora é só adicionar os números restantes na coluna da direita:
10 + 160

Voilá! Temos o resultado: 170!

Testamos extensivamente por aqui e o resultado dá certo mesmo. Pode não servir pra muita coisa, até porque multiplicar dois números não é exatamente tarefa para astrofísico, mas que é bacana é, não?

domingo, 19 de julho de 2009

A ABSURDA E INJUSTA MORTE DE HENRY SURTEES

O design do capacete de Henry Surtees era praticamente idêntico ao de
seu pai, John (no detalhe), que ironicamente corria com um capacete aberto e
pouco protegido, em condições de segurança muito mais precárias do que hoje.

Morreu neste domingo, em Brands Hatch, o piloto Henry Surtees, filho do campeão de F1 John Surtees.

Numa prova de Fórmula 2, o piloto de 18 anos sofreu um acidente incrivelmente bizarro.

O piloto Jack Clarke rodou na pista e se chocou contra o muro do lado do circuito, num acidente relativamente normal. Só que a roda do carro dele se desprendeu e voltou quicando lentamente pela pista até atingir Surtees, que vinha pela reta, em cheio na cabeça. O carro do piloto seguiu adiante e se chocou contra o muro sem muita violência, rodou e parou gradualmente na área de escape.

Foi uma daquelas fatalidades difíceis de acreditar, assim como foi o acidente que matou o Senna em 1994.

Sinto muito pelo pai, John, única pessoa até hoje a ganhar tanto o campeonato de F1 quanto o de Motovelocidade. Curiosamente, um dos grandes rivais do inglês na época em que corria na F1 era o escocês Jim Clark, quase homônimo do piloto que ocasionou o acidente fatal com seu filho.

Aos 75 anos de uma vida de devoção ao automobilismo, perder um filho justamente no esporte que o consagrou parece para mim uma tremenda maldade do destino.

Abaixo o vídeo do bizarro e improvável acidente que tirou a vida do jovem piloto britânico.


THE TWISTED WEDNESDAY OF MANAUS (IN ABSOLUTE NUMBERS)


Sempre fui um defensor da utilização dos vastos recursos da internet como ferramenta para aprender e descobrir mais. Praticamente tudo está na rede e, com a especialização crescente dos profissionais da área, em pouco tempo nem precisaremos mais ter programas no computador porque tudo que a gente poderia pensar em usar já estará disponível online.

Mas eu me divirto mesmo é quando essas ferramentas têm limitações e as pessoas cismam em usá-las como se fossem completas. É o caso do Babel Fish Translator desenvolvido pela Yahoo!

Todo mundo conhece este serivço que traduz frases e palavras de um idioma para o outro com um simples click. É útil e já quebrou muito galho. Mas, enquanto ele serve como uma espécie de assistente na tradução rápida de frases curtas, não pode ser utilizado para traduzir, por exemplo, uma página de um romance ou um texto mais elaborado, porque não tem recursos para tanto.

Felizmente, muita gente insiste em achar que o que o negócio funciona tal qual o peixe Babel que deu origem ao nome do serviço. O "peixe Babel", um dos muitos personagens antológicos criados pelo Douglas Adams em sua obra prima “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, se alimenta de ondas sonoras e as transforma em ondas cerebrais. Quando inserido no ouvido de alguém, o peixe detecta qualquer coisa dita para a pessoa e a transforma em algo que o cérebro possa entender, servindo assim de tradutor simultâneo.

É genial o personagem, mas muita gente acha que o serviço desenvolvido para a Yahoo! funciona assim também, traduzindo qualquer coisa de forma impecável. E, o que é melhor, por acreditar na competência do programa, publicam o resultado na rede!

Isso tudo foi só pra servir de introdução para algo espetacular que eu tinha descoberto há uns 10 anos, mais ou menos. Era um site sobre o time de futebol Nacional Fast Clube que, para quem não sabe (imagino que só a diretoria do time e, talvez, os jogadores saibam), é o quarto maior time amazonense.

Acho que é justo dizer que se este é o QUARTO maior time de um estado em que a maioria das pessoas nem desconfiam quais são os outros 3 “maiores”, não se deve esperar muita coisa mesmo, né?

Mas o site do time era espetacular porque era bilingue! Em português e Babel-English. Hoje o time tem um site mais, ehm... sério, mas para a felicidade geral da nação, descobri que o endereço do antigo ainda está ativo.

A começar pelo “Wilkommen” em alemão, logo no topo da página, sem qualquer tipo de explicação que justifique a escolha da saudação alemã num site em português e inglês sobre um time amazonense, lá está toda a história e as conquistas do time.

Cliquem aqui e confiram vocês mesmos esta pequena pérola (o texto em inglês está mais para baixo da página). Mas antes desafio alguém a explicar o que significa a seguinte frase:

“Fast possesses twisted Wednesday of Manaus in absolute numbers”

Confesso que tive que recorrer ao texto original em português para decifrar o que isso quer dizer, mas quando o fiz, achei o texto em inglês de uma beleza e poesia incomparáveis.


P.S. A fotinho no começo do post vem de um site absolutamente essencial: o Engrish.com. Acessem DIARIAMENTE.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

THE UNKNOWN SIDE OF THE MOON

Esta suposta prova da aterrissagem do Apollo 11 é um dos
principais argumentos utilizados nas teorias conspiratórias
para afirmar que o homem nunca foi à lua de fato. Percebam
como a lua olha, de maneira altamente blasé e improvável,
para o lado OPOSTO de onde está o foguete, que se encontra
ENTERRADO VIOLENTAMENTE EM SEU OUTRO OLHO.
Coincidência ou não, a NASA nunca se pronunciou a respeito.



Há quase 40 anos (ainda faltam 3 dias) ecoava pela primeira vez nos rádios de todo o mundo a célebre frase "That's one small step for (a) man, one giant leap for mankind” (o “a” está entre parênteses porque o Neil Armstrong esqueceu de pronunciar o artigo – erro que, vamos combinar, é totalmente aceitável pra alguém que está pisando pela primeira vez num outro corpo celeste).

Meus pais comentam que acompanharam isso em real time (ele ainda em Southampton, na Inglaterra e ela aqui em Sampa). Eu mesmo perdi o acontecimento por míseros 3 anos de não-existência, mas confesso que o tema me intrigava quando era criança.

Colecionava tudo que encontrava sobre o assunto e sonhava, como qualquer moleque, em ser um astronauta algum dia. Conhecia os planetas em ordem (incluindo Plutão, que, independente do que dizem os astrônomos hoje, É PLANETA SIM, PORRA) e passava o que para mim eram horas e mais horas viajando de um para o outro na minha imaginação enquanto lutava contra o sono na minha cama – na verdade acho que todo esse tempo não passava de 15 minutos, mas criança tem uma percepção temporal meio distorcida.

Por seguir carreira publicitária, infelizmente acabei sendo obrigado a lidar com estrelas de outro tipo, mas o fascínio pelo universo que existe além da nossa insignificante atmosfera sempre se manteve inalterado.

Hoje, 40 anos depois, imagino que quem assistiu a esse “pequeno passo” na TV deve estar um pouco frustrado pelo fato da gente ter decidido ficar por aqui mesmo e deixado as famosas “missões lunares” pra lá.

A versão oficial alega limitações orçamentárias e afins para justificar o fim do Projeto Apollo, mas há quem diga que a gente nunca voltou pra lá simplesmente porque nunca fomos em primeiro lugar.

Este site prova por A+B (nunca entendi esta expressão. Que “A”? Que “B”?) que nunca fomos à lua. Diversão GARANTIDA!

Acho teorias da conspiração deliciosamente divertidas e, de verdade, não sei ainda se acredito nelas ou não, mas acabei esbarrando também num site especializado em rebater, um a um, os argumentos utilizados pelos conspiradores.

Chega a ser tão divertido quando os sites dedicados a provar que tudo foi uma farsa. Dêem uma olhada aqui e tirem suas próprias conclusões.

Enfim, não sei se fomos mesmo à lua ou se tudo não passou de uma elaborada encenação (que, por algum milagre operacional, conseguiu perdurar até hoje sem que alguém viesse à tona com a “verdade”).

O que sei é que, se tudo tiver sido uma armação mesmo, muita gente grande vai ter de novo aquela horrível sensação de descobrir que Papai Noel não existe. E vai ser triste.

Porque termos chegado à lua significa muito mais do que um incrível feito tecnológico.

Significa que vale a pena sonhar, acreditar que é possível e ir à luta para fazer com que aconteça, independente das barreiras e das condições adversas.

Espero que uma “verdade nua e crua” não acabe tirando isso da gente...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

BLAH-BLAH-BLAH-RRICHELLO, THE SINGLE

Sei que é falta de educação repetir num novo post o assunto do post anterior (hm… pensando bem, por que seria?), mas preciso falar um pouco mais sobre a corrida da Alemanha que aconteceu neste último domingo.

Durante esta semana, CHOVERAM matérias, reportagens e piadas sobre as duras e incrivelmente inadequadas críticas que o Barrichello disparou contra a equipe Brawn pelo resultado da corrida. Para os que passaram o começo da semana ENTERRADOS VIVOS POR ENGANO E SÓ AGORA CONSEGUIRAM CAVAR ATÉ A SUPERFÍCIE (eeeeeewwww! creepy!) e ainda não ouviram as reclamações do piloto, confiram aqui.

Mas só pra lembrar rapidamente, ele largou em segundo, ultrapassou o Webber logo na primeira curva e, depois disso, se viu preso a um esquema tático de 3 paradas contra 2 da maioria dos outros pilotos, estratégia esta que – verdade seja dita – se mostrou ineficiente.

Até aí, o Jenson Button estava na mesma estratégia, o que não me parece fundamentar a teoria conspiratória do Barrica de que a equipe está empenhada em fazer com que só o Button se dê bem em todas as corridas da temporada.

Aliás, acho impressionante como essa ideia tão evidentemente estúpida do ponto de vista empresarial (pagar milhões de dólares para ter um piloto na sua equipe com o único objetivo de prejudicá-lo e expô-lo ao ridículo) é recorrente quando falamos do Barrica. Desde que ele foi pra Ferrari, já perdi a conta de quantas vezes ouvi gente falando que a Ferrari estava PREJUDICANDO ele para que o Schumacher ganhasse, como se isso fizesse qualquer tipo de sentido para uma equipe cujo único objetivo é GANHAR PONTOS no campeonato (e como se o Schumacher precisasse que o Barrichello fosse PREJUDICADO para ganhar dele).

Enfim, o post não é para falar disso, mas para mostrar um videozinho que encontrei no divertidíssimo e muitíssimo bem informado blog do Capelli. Não resisti e tive que colocar aqui também para vocês se divertirem.

Fizeram uma paródia de uma música dos Kaiser Chiefs com samples de reclamações do Barrichello inseridas estrategicamente. O resultado é espetacular.

Vê aê:

domingo, 12 de julho de 2009

F1 2009 - GP DA ALEMANHA

Mark Webber vence o GP da Alemanha e deixa a Austrália onde
apenas os próprios australianos cismavam em colocar: no topo do mundo.

O australiano Mark Webber tinha apenas 4 anos na última vez que um compatriota seu ganhou um GP de Fórmula 1 – Alan Jones, no GP de Las Vegas de 1981. Por isso, imagino a felicidade dele ao cruzar a linha de chegada em 1o neste GP da Alemanha.

Foi uma vitória incontestável de um piloto que já merecia subir ao topo do pódio há tempos. Com isso, o Webber consegue uma marca interessante: ele agora é o piloto que mais corridas levou até conquistar a primeira vitória na F1 (130), deixando o SEGUNDO LUGAR neste ranking pro – não precisa nem dizer, né? – que precisou de 124 participações até ganhar uma.

Aliás, a corrida foi a melhor deste ano até agora, do tipo que quase irrita por não proporcionar momentos tranquilos para ir preparar um café na cozinha sem medo de perder alguma coisa.

A começar pela volta de apresentação, que teve o Alonso rodando antes mesmo da prova começar. Puxando da memória, a última vez que vi algo parecido foi no GP de San Marino de 1991, em que dois carros também sairam rodarando na volta de apresentação. E antes que classifiquemos o incidente do Alonso de barbeiragem (não que não tenha sido), vale lembrar que os dois pilotos que rodaram naquela ocasião foram o Alain Prost e o Gerhard Berger (ambos não exatamente os piores pilotos de toda a história).

Mas se o Alonso rodou, ele conseguiu voltar para a pista, fazer a volta mais rápida e terminar em 7o, o que provavelmente sepulta definitivamente a carreira do Nelsinho Piquet na escuderia. O Piquet tem no contrato uma cláusula que permite ao Briatore mandá-lo embora caso ele não tenha no mínimo metade dos pontos do Alonso até a metade da temporada. Se já era difícil antes da corrida começar (o brasileiro teria que fazer um pódio e o asturiano não pontuar), os 2 pontos do Alonso parecem ter sido mesmo a pá de cal nessa história. Mas vamos ver o que acontece.

A largada foi divertida pelo chega-pra-lá que o Webber deu no Barrichello. Tinha que ser punido mesmo, dados os riscos da manobra, mas foi divertido e mostrou que o Webber faria o necessário para vencer a corrida. Aliás, a punição acabou valoriazando ainda mais a primeira vitória do australiano, que se beneficiou de uma estratégia atipicamente esdrúxula da Brawn e de um Felipe Massa inspirado para recuperar o tempo perdido e ganhar o que tinha cara de uma vitória fácil do Barrichello.

A Brawn pecou porque insistiu numa tática de 3 paradas quando o resto das equipes optaram por apenas 2. Esse tipo de tática é muito arriscada e só dá certo em situações muito específicas. Não foi o caso e ambos os pilotos da Brawn ficaram pra trás, deixando o caminho livre pras Red Bull.

Em relação ao Massa, ele mereceu o pódio pela corrida consistente que fez. A Ferrari em si, diga-se de passagem, não estava fazendo muito feio, porque o Raikkonen acompanhou o Massa grande parte da corrida até ser atropelado pelo Sutil quando este saía dos boxes. Mas o grande mérito do Massa foi ter segurado o Barrichello durante um período crítico da prova, em que o piloto da Brawn tinha que acelerar tudo para conseguir se beneficiar da tática de 3 paradas da equipe. Ele não conseguiu ultrapassar o piloto da Ferrari e viu o Webber ir embora, jogando fora todo o tempo que tinha ganho com a punição que obrigou o piloto da Red Bull a fazer uma passagem extra pelos boxes.

Esta atitude do Massa foi preciosa porque impediu qualquer chance do Barrichello ir ao pódio, o que deve ser muito comemorado por todos que, assim como eu, sofrem de vergonha alheia quando pessoas se colocam voluntariamente em situações de altíssimo constrangimento. Porque é isso que estava previsto para o caso de um pódio do Barrica. No seu blog, ele informou que, caso isso acontecesse, ele prestaria uma homenagem ao Michael Jackson FAZENDO O MOONWALK EM PLENO PÓDIO. Não sei quanto a vocês, mas coloco esta cena na mesma categoria que as fotos do acidente dos Mamonas Assassinas e da depilação definitiva que Meu Amigo Zoca* fez nos tempos de escola: são coisas que eu sinceramente prefiro passar o resto da minha vida sem ter que ver.

Outro destaque da corrida foi o alemão-filho-de-finlandês Nico Rosberg, que levou sua Williams a uma surpreendente 4a posição. Habitual “rei das sextas”, o Rosberg foi discreto nos treinos livres deste GP, ocupando a 7a posição nos treinos da manhã e a 13a nos da tarde. Pelo visto, o piloto finalmente entendeu que é preferível gastar seus cartuchos na corrida (que vale ponto) do que nos treinos da sexta (que não valem absolutamente nada para o campeonato).

A corrida protagonizou outro momento curioso, que foi com a dupla Barrichello-Button. O inglês se aproximava cada vez mais do brasileiro no trecho final da corrida e estava com problemas de aderência nos pneus, que esfriavam rápido demais. Para tentar resolver o problema, o Button ziguezagueava nas retas, afim de esquentar os pneus. Só que na frente dele tinha o Barrichello e a impressão que deu foi que o Button estava tão mais rápido que o brasileiro que estava “se divertindo” atrás dele. Deve ter sido meio irritante pro Barrica ver o piloto inglês dançando pra lá e pra cá atrás dele enquanto ele se esforçava para correr atrás do prejuízo numa corrida que ele tinha tudo para vencer.

Pra finalizar, confesso que não conhecia o hino australiano. Quando os pilotos se preparavam para ir ao pódio, fiquei na dúvida se iam tocar “God Save The Queen” ou “Waltzin’ Matilda”. Não tocaram nem um nem outro: o hino australiano é a música “Advance Australia Fair”. Eu não sabia, confesso, mas pelo menos não estou sozinho em minha ignorância. Em 1977, o Alan Jones ganhou, de forma inesperada, o GP da Áustria. Os organizadores da prova quase colocaram o hino da Áustria, mas perceberam o erro a tempo e, como não tinham um disco com o hino correto, improvisaram com um trompetista que encontraram por lá. O próprio Jones descreve o resultado: “Algum bêbado local tocou ‘Parabéns A Você’ no trompete”.


* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.

domingo, 5 de julho de 2009

BAIRRO BIZARRO

Passeando de carro hoje pela manhã, me dei conta que meu bairro não é bem o que podemos chamar de “lógico”.

Os nomes das ruas de São Paulo costumam ter algum tipo de conceito por trás. As ruas da Vila Romana, por exemplo, remetem à Roma Antiga, com nomes dignos de qualquer filme épico dos anos 50 – Espártaco, Tito, Vespasiano, Marco Aurélio, etc.

Aí temos a Moema, dos passarinhos Rouxinol, Cotovia, Canário, Gaivota e outras criaturinhas emplumadas.

Temos Indianópolis, com seus nomes indígenas – Iraí, Aratãs, Arapanés, Tupiniquins, etc.

E aí temos o meu bairro – o Sumaré – que possui uma sequência de ruas que desafiam qualquer tipo de raciocínio lógico.

Estava eu pela Apiacás e comecei a perceber as ruas que ia cruzando: Alfonso Bovero, Capital Federal, Havaí, Pedro de Toledo, Herculano, Paracué... todas na sequência e sem qualquer tipo de relação entre si.

Nos meus tempos de escola, um professor desafiou a gente a um jogo de frases “non-sequitur”. Cada um falava uma frase ou palavra e o seguinte tinha que dizer algo que não tinha nenhuma relação com o que havia sido dito anteriormente. Parece fácil, mas não é, porque nosso cérebro tenta sempre dar sequência a um raciocínio lógico, mesmo que a gente não queira. Por mais que você tente pensar em algo totalmente não-relacionado ao tema anterior, alguma coisa sempre acaba escapando.

Mas, aparentemente, não no Sumaré.

Se por um lado as ruas perpendiculares à Heitor Penteado seguem a cartilha de Indianópolis e homenageiam tribos indígenas, os nomes das ruas que cruzam estas “tribos” não têm qualquer relação entre si e parecem ter sido escolhidos aleatoriamente.

Acho que a única outra coisa tão “non-sequitur” quanto as ruas do meu bairro é a forma como minha mãe decidiu nomear seus sete (sim, SETE) cães. São eles: Errol Flynn, Mia Farrow, Robert de Niro, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Sofia Loren e... Laika. É quase como ter cinco filhos e chamá-los de Humberto, Doisberto, Tresberto, Quatroberto e Loxas.

De qualquer forma, eu gostaria de entender os motivos pelos quais as paralelas à Heitor Penteado não fazem parte de um “grupo lógico” de ruas e dei uma pesquisada na internet.

Infelizmente, não achei nada muito conclusivo sobre o tema, mas encontrei algumas coisas interessantes sobre meu ex-bairro, o Itaim Bibi.

Eu sabia, como qualquer um que já tenha visto algum daqueles painéis no Extra Itaim, que o bairro todo havia sido uma chácara e que, ao longo dos anos, ela foi sendo loteada até se tornar um bairro. Mas algumas coisas eu não sabia.

Descobri, por exemplo, que o Leopoldo Couto de Magalhães – aquele mesmo que dá o nome à rua em que hoje se encontra o Extra (para os saudosistas, o endereço do antigo Mappin) – foi o primeiro a fixar residência na região que, até então, era um local destinado apenas à caça e pesca, dadas as características inundáveis das terras.

O nome da chácara era Itahy, que significa “pedra pequena” em tupi, e Magalhães teve um filho a quem todos os empregados chamavam de Bibi (bebê).

Ao longo dos anos, o garoto cresceu, mas o apelido ficou e acabou se atrelando ao nome da chácara Itahy (que todos pronunciavam como “Itaim”) para diferenciar a região do Itaim Paulista. Com isso, nascia o bairro do Itaim Bibi.

Outra curiosidade interessante que descobri foi que a Rua João Cachoeira é em homenagem ao um empregado da família Couto Magalhães que costumava cantar e e contar causos na região. Imagino que nem nas suas mais fantasiosas histórias ele imaginava que acabaria virando nome de uma das mais emblemáticas ruas da cidade.

E o que é mais mais louco: tudo aconteceu há míseros 100 anos. Antes disso, o bairro em que nasci e vivi grande parte da minha vida simplesmente não existia. Era só mato.

Quem diria, hein? De uma sequência de ruas “sem sequência” acabei desvendando uma história sobre o lugar que durante décadas fez parte integrante da minha vida e de meus familiares. E a gente nem desconfiava...

SAUDADES DOS ANOS 80 (e breve desabafo de um redator publicitário)

Ah, bons tempos em que não havia nada demais em vender um videogame utilizando crianças em estado de pânico absoluto sendo inesperadamente e violentamente agredidas por sanguinários assassinos virtuais.

Se bem que, pensando bem, eu acho que hoje este anúncio até rolaria, desde que o Raiden e o Kano não se atrevessem a mencionar, entre um sopapo e outro, que existe fórmula infantil para as mães que não conseguem amamentar seus filhos.

PORQUE, AFINAL, ISSO A ANVISA NÃO ADMITE EM HIPÓTESE ALGUMA.