quarta-feira, 30 de março de 2011

ENDGAME


Recentemente, descobri uma utilidade para o YouTube que consolida o serviço como um dos mais relevantes e úteis da história da humanidade: revelar o final de joguinhos que a gente não conseguia terminar quando era criança.

Em casa, tínhamos um computador Apple ][ e uma porrada de joguinhos que consumiam horas e mais horas de suor, sangue e lágrimas para avançar uma única fase.

Hoje percebo que eu era um CHIMPANZÉ na época (alguns argumentam que não só na época).

Todos os jogos que eu considerava IMPOSSÍVEIS de resolver na época, hoje aparecem no YouTube devidamente solucionados e finalizados em sua íntegra, e todos em vídeos que não passam de meia hora.

Um dos mais emblemáticos é o jogo CONAN, que para mim fez parte de ANOS de minha vida. No YouTube, ele aparece detonado em meros OITO MINUTOS, do começo ao fim, como vocês podem ver abaixo:



Além deste, tem uma cacetada de joguinhos. Dos que jogávamos, só o clássico Taipan ficou de fora, por ser um jogo que oficialmente não tem fim. Mas só oficialmente, porque meu pai, o Uncle Bugz e eu conseguimos SIM detonar o jogo, como vocês podem relembrar neste post aqui.

terça-feira, 29 de março de 2011

F1 2011 - GP DA AUSTRÁLIA

A tal asa móvel que se abria e fechava ao longo da
prova
mais parecia uma metáfora do que o novo recurso
estava
fazendo pela emoção na Fórmula-1: foi difícil
parar de bocejar ao longo das intermináveis quase
duas horas de corrida.



Com dias de atraso, aqui vão as considerações sobre o GP da Austrália, corrida esta que abre a temporada de 2011 duas semanas depois do previsto (o GP do Bahrein foi cancelado por motivos de segurança).

Acho que é a idade, mas nnao tenho mais muita paciência para corridas de madrugada, ainda mais quando são NO MEIO da madrugada, como foi o caso.

Enfim, corrida de F1 é corrida de F1, e isso significa que eu TENHO QUE VER, então lá fui eu acordar 2h45 de domingo para assistir a um passeio do Vettel durante a 1h40 de prova.

O alemão começou a temporada onde tinha terminado a última – na frente.

Esperava-se que a McLaren estivesse em melhor forma, mas o máximo que o Hamilton conseguiu foi seguir a Red Bull à distância. A outra McLaren, do Button, nem isso: ficou presa em 6º lugar atrás da Ferrari do Massa – bem mais lenta – durante todo o começo da prova.

A irritação do inglês por não conseguir passar foi tanta que ele acabou cortando por dentro de uma curva, ultrapassando o brasileiro de forma irregular e sendo punido com um drive-thru.

Alonso, que acompanhava o embate em 7º, aproveitou a confusão para ganhar as duas posições.

Lá na frente, atrás de Vettel e Hamilton, Webber fazia uma corrida discreta, nem de longe ameaçando o piloto britânico.

A grande vedete da corrida, a tal asa móvel, foi uma enorme decepção, em parte pela pouca extensão da reta de Melbourne, mas mais pelo fato de que o procedimento todo para que ela seja utilizada é confuso. Só é permitido que se acione a asa móvel quando o piloto em questão estiver a 1 segundo ou menos do piloto da frente. Se estiver a mais que um segundo, o recurso não é permitido.

Ou seja, se não bastassem elementos para complicar as corridas, conseguiram achar mais um. Deu uma preguiça...

Outra coisa que era motivo de especulação foram os pneus Pirelli. Imaginava-se que teríamos dezenas de trocas ao longo da corrida pela suposta baixa resistência dos pneus, mas se alguns pilotos realmente pararam várias vezes nos boxes, tivemos casos como o novato Sergio Perez, que parou uma única vez, provando que o desgaste excessivo não é necessariamente uma verdade absoluta durante a corrida.

Por falar no Perez, ele foi o melhor estreante do ano, levando sua Sauber a um surpreendente 7º lugar. Pena que 3 horas depois do fim da prova, a Sauber seria desclassificada por causa de irregularidades detectadas nas asas traseiras de seus carros. Sacanagem.

Nosso bom e velho amigo Barrichello fazia uma prova até que interessante, até ENFIAR SUA WILLIAMS NO MEIO da Mercedes do Rosberg, no que parecia ser uma ultrapassagem impossível e que o piloto depois disse que foi decorrente de problemas nos pneus.

Fato é que a direção de prova interpretou o tal problema de pneu do Barrica como uma TENTATIVA DE ASSASSINATO pra cima do Rosberg e puniu o brasileiro com um drive thru.

Aliás, péssimo começo de temporada para a Mercedes, que viu seus dois pilotos abandonarem um atrás do outro (Schumacher havia abandonado pouco antes de Rosberg por problemas mecânicos).

Mas se foi péssima para a equipe alemã, a corrida foi excelente para a Renault Lotus (a ex-Renault). Mas enquanto todos esperavam que o Heidfeld seria o salvador da pátria após o acidente que tirou o bom Robert Kubica da temporada, quem fez uma bela prova foi o piloto russo Vitaly Petrov, que terminou em 3º. Foi o primeiro pódio da Rússia Fórmula-1 em 61 anos de competição. Heidfeld não se encontrou durante a corrida e terminou lá atrás.

Resumo da ópera: domínio total de Vettel, corrida decepcionante de Webber e da Ferrari e a McLaren como único concorrente capaz de roubar pontos da Red Bull.

Francamente, achei o começo de temporada meio sonolento, mas talvez eu esteja falando isso porque a corrida foi NO MEIO DA PORCARIA DA MADRUGADA.

De qualquer forma, só nos resta esperar a próxima prova para ver o que acontece.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A FERRARI QUE ERA FORD

"Não olha agora, mas acho que a nova Ferrari do Alonso
está estacionada bem na frente da nossa casa."


Muito boa a resposta da Ferrari a toda essa palhaçada da Ford por causa do nome do novo carro de Alonso e Massa.

Para quem não sabe, a Ferrari de 2011 ia se chamar F150 – o “F” de Ferrari e o “150” em homenagem aos 150 anos da unificação da Itália.

Ao saber disso, a Ford entrou com um processo pra cima da escuderia italiana, alegando que a marca F150 é dela. De fato, é – a montadora americana tem uma famosa picape com o mesmo nome.

O processo levou a Ferrari a rebatizar seu bólidos de “F 150th Italia” e, ontem, a Ford retirou o processo, informando que estava satisfeita com a conduta da Scuderia, que havia resolvido o problema de forma amigável.

Aí hoje a Ferrari decidiu dar uma bela alfinetada na Ford, rebatizando o carro DE NOVO – agora, ele se chama “Ferrari 150º Italia” – e lançando o seguinte brilhante comunicado para a imprensa:

“A fim de evitar qualquer risco de alguém confundir um carro de F1 com uma picape, os homens de Maranello decidiram que o carro vai perder o F, que precede o número 150 e que representa a Ferrari, como fez em várias ocasiões, seja para a pista ou na estrada. Parece que isso poderia ter causado tanta confusão na mente do consumidor que, além de perder o 'F', o nome será completamente italianizado, substituindo o 'th' do inglês com um símbolo equivalente italiano. Portanto, o nome será lido agora como o Ferrari 150º Italia, que deve deixar claro até mesmo para a pessoa mais ignorante que o nome do carro é uma homenagem ao aniversário da unificação do nosso país. Esperamos que esta questão esteja definitivamente encerrada para que possamos nos concentrar em assuntos mais sérios”

Foi de um sarcasmo genuinamente monty-pythoneano. Ponto pra Ferrari.