sábado, 18 de setembro de 2010

SIGA AQUELE PONTO DE REFERÊNCIA


Meu irmão Uncle Bugz me cobra a postagem de uma história (detesto o termo “estória”) que é meio emblemática do meu inacreditável senso de direção.

À primeira vista, a frase anterior pode até ter parecido prepotente, mas na realidade o "inacreditável" se refere a um raciocínio que beira o mongolismo.

Um exemplo foi a vez em que uma amiga minha decidiu fazer uma festa no seu apartamento, que ficava numa travessa da Av. Santo Amaro. Eu estava sem carro e meu irmão se ofereceu para me dar uma carona até o local.

Aceitei, e lá fomos nós pela Santo Amaro, conversando animadamente sobre amenidades. Eu sabia que tratava-se de uma travessa da avenida, mas não me lembrava do nome da rua, o que não seria um problema porque eu já havia ido ao local algumas vezes e identificaria a rua correta ao vê-la.

Sabendo que estávamos nos aproximando, pedi para que ele fosse mais devagar enquanto meus olhos vasculhavam o território à procura de algo que me possibilitasse reconhecer o prédio dela.

Não achei e pedi para que ele desse meia-volta para procurarmos de novo. Ele acatou a ideia, mas, enquanto dirigia lentamente pela Santo Amaro pela segunda vez e via que eu ainda parecia perdido, ele perguntou:

“Mas o que você está procurando afinal? Uma padaria? Oficina? Loja? Me diz que te ajudo a procurar...”

“Então... tem sempre um Opala dourado estacionado na frente da casa dela... mas não estou vendo...”

“Um quê? Um OPALA?”

“Sim. Ou Comodoro... não lembro exatamente. Mas é dourado.”

Lembro que meu irmão ficou muito impressionado – e não digo isso de maneira positiva – com minha utilização de locais de referência que SE MOVEM para me situar por São Paulo. Hoje percebo que é mais ou menos como estacionar num shopping e ter como único ponto de localização o fato de ter parado perto de um Celta preto, por exemplo.

De qualquer forma, eventualmente encontramos o prédio – o Opala não estava lá – e a partir deste dia, antes de eleger um objeto à categoria de ponto de referência, sempre dou uma olhada rápida para checar que ele não tem rodas ou pernas.

5 comentários:

Mark disse...

ghighighighighighighi
Jovens.
Ai ai

Bugz disse...

Queria aproveitar o espaço para fazer algumas ressalvas sobre o texto.
Na verdade, a rua em questão era paralela à Sto. Amaro, e, acredito eu, por uma questão de estética, ou talvez para amenizar um pouco a dimensão do evento, que você tenha encurtado a história demais.
O que de fato ocorreu, sem entrar em detalhes descritivos, foi que penteamos o bairro do Campo Belo, paralelas e perpendiculares da Sto Amaro durante uma hora aproximadamente, quando meu bom humor e qualquer resquício de fraternidade se esgotaram. Foi nesse momento que você me contou do seu inconfundível ponto de referência e eu decidi encostar no primeiro orelhão que visse (tendo em vista que não haviam celulares naquela época). Você desceu, ligou para a nossa amiga, e no meio da conversa telefônica, olhou para cima e acenou. Você voltou para o carro e me avisou que havíamos encontrado o prédio, por coincidência, exatamente onde havia um orelhão.

Mark disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAAHAH
Não lembro deste detalhe final, mas pela história (também não uso a palavra estória) que eu conheço, vocês ficaram rodando bem mais do que duas passadinhas.
Verificação de Palavras: laragnab

Vladimir "Charles" Brown disse...

Vocês estão bêbados? Se não foram duas passadas, foram no máximo 3... ou 4.

A gente não ficaria 1 hora rodando de carro assim. Isso aconteceu A PÉ e foi com o Meu Amigo Zoca.

O Uncle Bugz está misturando as histórias.

Mark disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAAH
Sim. Certamente rodamos horas (no plural) a pé carregando cervejas quentes (geladas, só no início) e laranjas para "caipirinha", em uma piada que acabou não tendo a mínima graça.
VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: corieids (WTF)