Tem um hotel em Amsterdã que se vangloria do fato de ter sido eleito o PIOR HOTEL DO MUNDO e usa isso como vantagem mercadológica – o Hans-Brinker Budget Hotel.
Aparentemente, o serviço é uma bosta e nada funciona direito, mas eles de orgulham do fato de serem “acidentalmente eco-friendly” graças a diferenciais como lâmpadas que não ligam e, consequentemente, gastam menos energia.
O hotel foi descrito como “parecido com o inferno, só que sem a calefação adequada” e recentemente deve ter passado por reformas, porque eles anunciam que agora possuem portas “em todos os quartos”.
A qualidade peculiar do hotel rendeu até um livro que dá para comprar na Amazon e confesso que deu até vontade de ir pra Amsterdã dar uma conferida no lugar.
Aliás, imagino que, para encarar um hotel como o Hans-Brinker, só mesmo por lá, onde não é contravenção você passar o dia COMPLETAMENTE DOIDÃO E CHAPADO.
Confiram o site do pior hotel do mundo aqui e boralá pra Holanda.
* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
NOEL x NEWTON ou O ACOLHEDOR MITO DO PAPAI NOEL VISTO SOB A FRIA E PRECISA LUZ DA CIÊNCIA
Há muito tempo, li uma reportagem muito interessante sobre o Papai Noel e sempre lembro dela na época em que o Bom Velhinho volta a bombar na mídia (tipo no Natal, por exemplo).
O texto explicava o fenômeno Papai Noel pela ótica da física. Muita gente já deve ter lido, mas vou postar aqui só porque sempre que quero reler, preciso ficar googlando pela net atrás da reportagem original, então prefiro ter aqui no aconchego do meu blog para consultar sempre que necessário. O texto foi publicado pela primeira vez na revista Spy, em 1990. Para os que ainda não leram, o texto relatava os seguintes fatos:
1. Não há registro nos anais da ciência de qualquer tipo de rena voadora. Porém, existem cerca de 300.000 espécies de organismos vivos que ainda precisam ser classificados biologicamente e, enquanto a grande maioria destes são insetos e germes, isso não anula completamente a hipótese das renas voadoras que, diga-se de passagem, só o Papai Noel já viu.
2. Há 2 bilhões de crianças (pessoas com menos de 18 anos) no mundo, mas, como o Natal é uma data cristã, isso automaticamente excluiria crianças de outras religiões (muçulmanas, judias, budistas, etc.), que não se "qualificariam" para receber presentes de Natal. Isso cortaria o total para apenas 15% das crianças, ou seja 378.000.000 crianças. O censo indica uma média de 3,5 crianças por casa, o que reduz o número de casas a serem visitadas pelo Bom Velhinho para “apenas” 91,8 milhões.
3. Graças à rotação da terra e diferenças de fuso horário, Papai Noel teria 31 horas de Natal para fazer sua distribuição de presentes (desde que, claro, ele viajasse do leste para o oeste, o que parece lógico). Isso significa que ele teria que visitar 822,6 casas a cada segundo. Em termos práticos, ele teria 1/1000 de segundo para estacionar o trenó, pular para dentro da chaminé, colocar o presente na meia, comer o lanchinho deixado para ele (podem reparar que ele SEMPRE come tudo), subir pela chaminé de novo e sair acelerando seu trenó rumo à próxima casa.
Partindo do pressuposto que cada uma dessas 91,8 milhões de casas fosse distribuída de forma homogênea pelo planeta (o que, como todo mundo sabe, não é verdade, mas vamos aceitar isso como verdadeiro apenas para efeitos de cálculo), então estamos falando de aproximadamente 1,25km de uma casa para outra, o que resultaria em uma viagem total de 121 milhões de km (sem contar as paradas para fazer o que a maioria de nós faz no mínimo uma vez a cada 31 horas, a não ser que se use uma fralda geriátrica).
Isso significa que o trenó do Papai Noel estaria se movendo a 1.046km por segundo, 3.000 vezes mais rápido que a velocidade do som. Para comparar, o veículo mais veloz na terra – a sonda espacial Ulysses – se locomove a míseros 44km/s. E uma rena comum atinge uma velocidade de NO MÁXIMO 24km/h.
4. Aí temos outro fator importante nesta equação toda: o peso do trenó. Vamos imaginar que cada criança receba nada além de uma caixinha básica de Lego, pesando 1kg (o que, como pai, posso atestar ser FALSO, já que meus filhos ganharam um Playstation e um ROBÔ GIGANTE E INCRIVELMENTE BARULHENTO do Papai Noel este ano). O trenó teria então uma carga de 320.300 toneladas – isso sem contar o próprio Papai Noel, invariavelmente descrito como OBESO.
Aqui na terra, uma rena comum não consegue puxar mais do que 136kg, mas, mesmo que aceitássemos que uma “rena voadora” (ver item 1) conseguisse puxar 10 VEZES este peso, precisaríamos de muito mais do que as 8 ou 9 renas que vemos nos desenhos natalinos para puxar o trenó. Na verdade, precisaríamos de 214.200 e isso aumentaria o peso total (sem contar o trenó em si) para 353.430 toneladas. Para comparar mais uma vez, estamos falando de 4 vezes o peso do cargueiro Queen Elizabeth.
5. Para complicar, ter 353.000 toneladas viajando a 1.000km/s causaria uma enorme resistência do ar, o que aqueceria as renas da mesma forma que uma espaçonave durante a reentrada atmosférica. O primeiro par de renas absorveria 14,3 QUINTILHÕES de joules de energia por segundo incinerando-as quase que instantaneamente e expondo o par de renas seguinte, causando uma sequência de BOOMS SÔNICOS ENSURDECEDORES.
Todas as renas seriam vaporizadas em meros 4,66 milésimos de segundo, enquanto o Papai Noel estaria sendo sujeito a uma força centrífuga 17.500,06 vezes maior que a gravidade. Se ele pesasse uns 110kg (o que parece ser magro demais, levando-se em conta as representações artísticas do Bom Velhinho) o homem estaria colado na parte de trás do seu trenó por uma força de 1.957.257,88kg.
Resumindo. Se Papai Noel algum dia distribuiu presentes durante o Natal... digamos que não foi uma experiência que ele teria muita vontade de repetir no ano seguinte. O que, cá entre nós, é bom pra ele porque eu estou DOIDO DE VONTADE DE PROCESSÁ-LO PELO ROBÔ GIGANTE E INCRIVELMENTE BARULHENTO QUE ELE DEU PRO MEU FILHO.
COOLTRAMAN JAZZ
Sei lá como, outro dia me deparei com o disco de um tal Toshiki Nunokawa chamado The Return of Ultraman Jazz.
O disco conta com versões jazzeadas de temas da família Ultraman, incluindo o melhor de todos (na minha opinião) – o Ultra Seven.
É uma grande bobagem, mas eu sou fissurado em grandes bobagens e não podia deixar de postar isso aqui.
O Nunokawa é guitarrista e tem aquela levada meio smooth jazz, o que proporciona no ouvinte uma sensação que de inicio é agradável e depois migra pro ridículo quando a gente se dá conta do que é que estamos ouvindo de fato.
De qualquer forma, eu achei incrivelmente divertido e resolvi deixar o tema do Ultra Seven pra vocês como presente tardio de Natal, só que o Houndbite não suporta o peso do arquivo.
Então achei mais simpático passar o link para que vocês baixem o disco inteiro no RapidShare e depois ouçam à vontade (ou não).
É só clicar neste link aqui e clicar no link pro RapidShare e fazer o free download (se bem que a única pessoa que conheço que tem alguma chance de achar isso remotamente cool é o Uncle Bugz e ele não necessita de instruções pra usar o RapidShare...)
Enfim, eu “recomendio”. Ouve aê.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
A VOZ DE ROCHA
Ontem tive a grande oportunidade de assistir ao show de uma lenda viva – o chamado "the voice of rock", Glenn Hughes.
Nos meus longínquos tempos de adolescente, eu conhecia apenas o trabalho dele no Deep Purple, onde ele dividia os vocais com o David “Whitesnake” Coverdale e, curiosamente, curtia mais o estilo mais porrada do Coverdale em contrapartida à levada mais funkeada do Hughes.
Com o tempo, conheci o trabalho solo dele e fiquei fissurado pelo cara, que fazia um mix de blues, funk, soul e hard rock. Comprei tudo que achei do cara e esperava ansiosamente pela chance de vê-lo ao vivo.
Aí, ontem finalmente rolou. Foi no Carioca Club, um lugar pequeno e com infraestrutura pra lá de precária. A começar pelo ingresso, comprado pela internet e mandado pra mim por e-mail, que não possuía nem o endereço e nem o horário do show.
Enfim, depois de uma demora de uma hora e meia, subiu ao palco a banda Casa das Máquinas, o que pra mim foi uma surpresa, já que em nenhum lugar havia indícios de que isso ocorreria.
O show foi interessante, mas LOOOOOOOOONGO, com solos de bateria de nada mais que TRÊS bateristas diferentes, o que achei completamente desnecessário.
Aí, mais 40 minutos e finalmente entra o Hughes, que começa o show com a fenomenal “Stormbringer”, do álbum homônimo do Deep Purple.
A casa foi à loucura.
Foi um show recheado de clássicos do Purple, algumas músicas novas e muitos improvisos vocais, com os agudos incrivelmente precisos que são marca registrada dele.
Cantou até “Mistreated”, a música emblemática do Coverdale. e só faltou ele cantar “Child In Time” pra desbancar também o Ian Gillan e se firmar como o melhor vocalista da história do Purple.
Apesar de algumas atuações performáticas que beiravam Ney Matogrosso, uns improvisos que passaram um pouco do ponto e uma versão de “Burn” que o tecladista e o baterista tentaram de todas as formas ferrar, o show foi apoteótico.
E a gente saiu do lugar com aquela sensação de ter presenciado um momento histórico.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
É SÓ SÃO PEDRO TRABALHAR QUE SÃO PAULO PARA
Hoje choveu em São Paulo.
Choveu bem na hora que saíamos da garagem da nossa agência, na Vila Olímpia para ir a uma produtora de filmes.
Isso foi às 15h50 e chegamos na produtora às 16h03 (com 3 minutos de atraso).
A chuva parou pouco depois que a reunião começou e não voltou mais durante as 2 horas que se sucederam.
Mas foi só terminarmos a reunião que lá vieram os pingos do céu novamente.
E levamos mais duas horas para fazer um percurso de 4km - percurso este que havíamos feito em 10 minutos há míseras duas horinhas.
E tudo simplesmente porque choveu.
Me contaram há muito tempo (não tenho embasamento científico para comentar a veracidade da informação) que São Paulo era a cidade mais impremeável do mundo. Ou seja, a cidade com menor área de escoamento de água no planeta.
Sei lá se isso confere ou não, mas hoje me fez pensar se não é este o caso mesmo, ou se pelo menos não estamos entre as top 5.
Choveu bem. Mas não para causar uma paralisia total na maior cidade da América Latina. Só que causou.
4km em 2 horas. Vamos pensar um pouco no que isso significa.
A cada minuto, a gente evoluía aproximadamente 33 metros.
Para efeitos de comparação, eu pedalei o equivalente a 5km em apenas 10 minutos na academia hoje de manhã. Tudo bem que a bicicleta era ergométrica e não se moveu de fato. Mas, se tivesse rodas, eu teria ido e voltado da produtora SETE VEZES no tempo que a gente levou só pra pra fazer o mesmo percurso de carro.
E quando pensamos que fizemos o percurso todo a aproximadamente 2km/h e que a média de velocidade para uma pessoa que está andando normalmente é de uns 4km/h, a gente percebe que conseguiu ser 50% mais lento DE CARRO do que teríamos sido A PÉ.
Ou seja - ANDANDO, a gente teria chegado UMA HORA ANTES.
Alguém ainda duvida que tem algo muito, muito errado acontecendo nesta cidade?
Assinar:
Postagens (Atom)