segunda-feira, 8 de novembro de 2010

F1 2010 - GP DO BRASIL

Sebastian Vettel ergue seu troféu de PRÁSTICO multicolorido.
Pelo bom gosto e elegância do troféu, a impressão é que se trata
do mesmo escritório de design que desenvolveu o logo
da Copa do Mundo de 2014.



Tenho postado muito pouco ultimamente porque a vida anda meio complicada, mas domingo foi dia de GP do Brasil, o que significa que vou ser obrigado a quebrar este desconcertante jejum de textos.

Destaque óbvio para a surpreendente pole do Nico Hulkenberg, que se beneficiou de uma pista úmida que secava um pouco a cada volta para cravar a pole com 1 segundo de folga para o segundo colocado Vettel.

Sem chuva no domingo, era só uma questão de tempo até que as Red Bull ultrapassassem a Williams do jovem alemão e, de fato, logo na largada, o Vettel já ocupava a primeira posição. Em seguida, o Webber também passava pela Williams e, depois de algum trabalho, o Alonso fazia o mesmo.

Combativo como sempre, o Hamilton vinha embalado e parecia que ia passar pela Williams com facilidade. Mas ele tentou pela esquerda, pela direita, retardando a freada, sacrificando a tomada de uma curva para sair mais forte na outra... e o Hulkenberg resistia. Foi divertido de ver, mas deve ter sido INSUPORTÁVEL pro inglês, que sabia que perder contato com o Alonso praticamente tiraria suas chances de ser campeão. No final, o Hamilton conseguiu a ultrapassagem, mas só porque o alemão parou nos boxes, na 15ª volta. Lamentável.

Mas quem inaugurou as paradas para troca de pneus foi o companheiro do Hamilton – Jenson Button – que havia largado lá pra trás. Ele entrou nos boxes na 12ª volta, mudando sua tática do jeito que ele adora fazer e deixando quem assiste com um grande ponto de interrogação na cabeça enquanto tenta entender o que ele pretende com isso.

Ele voltou muito mais rápido que quem estava à sua frente e a tática de parar cedo parecia inteligente. Tanto que o Massa entrou na volta seguinte e deve ter achado a jogada tão genial que parou de novo uma volta depois para fazer mais uma troca.

Lá na frente, a Red Bull seguia firme e forte, com Vettel em primeiro e Webber – que estava mais bem colocado no campeonato – em segundo. A equipe havia dito que não haveriam joguinhos de equipe e, por mais louvável que seja a atitude do ponto de vista esportivo, uma vitória do australiano o levaria a 1 mísero ponto do líder Alonso. Com o Vettel ganhando, a diferença ficaria em 8 pontos (lembrando que na NOVA PONTUAÇÃO, a diferença entre o primeiro e segundo lugares é de 7 pontos).

O Hamilton fez seu pit-stop na 21ª volta e voltou imediatamente na frente do Button, que mostrava com isso que sua tática havia funcionado.

Enquanto isso, assim como um pneu furado havia obrigado o Massa a fazer sua segunda parada, o Barrica entrava nos boxes lento, lento (SURPRESA!) porque um toque com o Alguersuari havia resultado num furo. Definitivamente não foi uma corrida dos sonhos para os pilotos da casa.

O resto da prova não chegou a entusiasmar muito. O Kobayashi correu bem mais uma vez (ele havia mandado muito bem aqui no ano passado), brigando de forma divertida com o Rosberg.

Por outro lado, quem mandou mal foi o herdeiro no nome Senna – Bruno – que atrapalhou o Webber quando o australiano se aproximava rapidamente do Vettel. O brasileiro não viu a Red Bull e fez com que o Webber perdesse um segundo e meio em relação ao alemão – tempo este que não conseguiria recuperar. Acabava-se aí qualquer perspectiva de briga na prova.

Aí veio o bom e velho safety car (não me lembro de ter visto um campeonato com TANTOS safety cars assim) na volta 51, cortesia de um acidente com o Liuzzi.

Levaram meio século para tirar a Force India da pista e, 5 voltas depois, veio a relargada. Teria sido uma boa chance para o Webber atacar o Vettel, mas, com dois retardados – ou melhor, retardatários – entre eles, o australiano não tinha muito o que fazer e terminou a corrida em 2º, com o Alonso em 3º.

Ponto para a Red Bull, primeiro pelo título de construtores, mas principalmente pelo espírito esportivo de não interferir na corrida como a Ferrari adora fazer. Podem até perder o título de pilotos pro Alonso em decorrência disso, mas fizeram a “coisa certa” porque a Fórmula-1 é UM ESPORTE.

No pódio, ostentando seus horríveis troféus de PRÁSTICO, os 3 concorrentes ao título (o Hamilton tem chances matemáticas, mas é tão improvável que é praticamente descartável).

O campeonato está assim:

Alonso: 246
Webber: 238
Vettel: 231

Semana que vem, saberemos quem levará o caneco pra casa (alguém ainda usa esta expressão?)

2 comentários:

Mark disse...

hehehehheheheehehehehe
Adorei a dupla parada do Massa. Muito bom!

Mark disse...

Continuo torcendo muito pelo Webber. Mas não tá fácil. Sabe? Quando não tá fácil?