O líder do campeonato nos lembra de quantos pontos ele precisa
fazer nas últimas CINCO corridas para se consolidar como o
mais jovem bicampeão de toda a história da Fórmula-1.
fazer nas últimas CINCO corridas para se consolidar como o
mais jovem bicampeão de toda a história da Fórmula-1.
E lá vamos nós para a única corrida noturna que acontece às 9h00 da manhã.
O líder (aliás, LÍDER em maiúsculas) do campeonato, Sebastian Vettel, tinha tanta vantagem que o campeonato parece ser apenas uma questão de tempo. Eu digo "parece ser" porque, de verdade, nunca se sabe o que pode acontecer num campeonato de Fórmula-1.
Por exemplo: em 1997, o campeão Jacques Villeneuve terminou o ano com 82 pontos. Michael Schumacher fez 78 e o Heinz-Harald Frentzen terminou o ano com 42 pontos, bem aquém dos outros dois (vale lembrar que, naquela BOA E VELHA época, a vitória valia o que deveria valer até hoje: 10 pontos).
Então o Villeneuve foi campeão e o Schumi foi vice, certo?
Errado. Por causa de uma Dick-Vigaristice do alemão, que tentou tirar o Villeneuve da última prova e se sagrar campeão, o Schumacher foi punido de forma inédita na Fórmula-1: excluiram ele do ranking do campeonato.
Desta forma, o campeonato de 1997 ficou:
Villeneuve: 81
Frentzen: 42
Coulthard: 36
O vice "de verdade" não existiu para efeitos de campeonato, apesar de seus pontos e estatísticas (número de poles, voltas mais rápidas e afins) continuarem contando.
Este interlúdio é só para dizer que, antes que a gente coroe o Vettel como campeão indiscutível, convém pensar que de repente a FIA pode dar mais uma de suas surreais surtadas, e quem sabe o que pode acontecer.
Dito isso, delírios de blogueiro à parte, o título é do Vettel.
Já era antes da largada, e com ele largando bem e indo embora enquanto abria 1 segundo por volta, a vitória dele parecia bem provável.
Ela ficou ainda mais provável quando percebemos que, mesmo andando muito mais rápido que o resto do pelotão, o Vettel foi um dos últimos a parar para fazer sua primeira troca (parou na mesma volta que o Jenson Button, o que costuma indicar um ótimo controle dos pneus).
O fato é que, fora isso e as últimas voltas, não vimos o Vettel na transmissão, porque ele estava tão à frente que nem valia a pena mostrar.
Então o que destacar nesta corrida?
Um dos destaques foi mais um toque do Hamilton - este com Felipe Massa - que acabou rendendo um drive-through ao piloto inglês.
O Hamilton anda exagerando mesmo, e olha que isso seria perceptível mesmo que não existisse Galvão Bueno. O piloto já acumula CINCO punições este ano, incluindo 3 drive-throughs e 2 punições pós-corrida. Que feio, hein?
Mas, por mais que tenha sido justificado o drive-through de Hamilton, ele de nenhuma maneira justifica a péssima temporada que Massa tem tido em 2011. O piloto não ganha desde 2008 e, vamos combinar, em se tratando de uma Ferrari em que seu companheiro Alonso já ganhou SEIS, a batata do brasileiro deve estar assando...
Quem se acidentou também foi o Schumacher, ao chegar muito rápido no Perez e tocar a roda traseira do mexicano na sua roda dianteira e sair voando pela pista até parar na eficiente barreira de segurança da pista cingapuriana. A porrada rendeu um Safety Car que em nada alterou o panorama da corrida.
Jenson Button, mais uma vez, deu um show de controle e frieza, levando sua McLaren à segunda posição e mostrando que é um grande mestre quando o assunto é estratégia e poupança de pneus.
Tivemos também nesta prova uma grande atuação da Force India, com a dupla Paul di Resta e Adrian Sutil em 6º e 8º e, com isso, a equipe indiana vai subindo na classificação desde sua estreia em 2009 – foi 8ª, subiu para 7ª e agora está em 6ª. É uma equipe que leva o negócio a sério.
E foi isso. Vettel ganhou fácil, Button chegou em segundo e Webber em terceiro.
O alemão agora precisa de UM ponto para sagrar-se bicampeão do mundo (isso se o Button ganhar a prova).
Pensando que temos 5 provas pela frente e que dificilmente o Button vai GANHAR TODAS e o Vettel ABANDONAR TODAS, acho que é muito seguro dizer que temos um novo bicampeão na Fórmula-1.
Mas, aos que torcem contra, lembrem de 1997... afinal, nunca se sabe...