sábado, 22 de outubro de 2011

F1 2011 - GP DA COREIA DO SUL

No GP de número 700 da McLaren, a equipe conseguiu a primeira pole
da temporada. O piloto Lewis Hamilton largou bem e manteve a ponta,
dando a pinta que iria acabar com a hegemonia da Red Bull na temporada.
E não é que deu certo? Até a metade da primeira volta.



Post atrasado. Mas missão dada é missão cumprida, mesmo que com atraso. Então vamos ao GP da Coreia do Sul.

Publicitário tem a obrigação de se manter bem informado, então não tenho muita desculpa para ter ignorado o fato de que o horário de verão começaria à meia noite de sábado. Como consequência, acordei e encontrei a corrida já pela metade.

Assisti resmungando para mim mesmo e, no dia seguinte, baixei a corrida toda (na transmissão da BBC, que sempre dá um BANHO na Globo) e vi a metade que faltava.

Esperava-se muito da corrida, com Hamilton cravando a primeira pole não-Red-Bulleana da temporada e com os dois carros da McLaren mandando muito bem nos treinos. Nada mal para o 700º GP da equipe inglesa.

A sensação de que teríamos algo de interessante na prova só aumentou quando a largada foi dada e vimos pingos de água (não falo “pingos d’água” porque tenho ogeriza a apóstrofes) salpicando a pista coreana.

E quando Hamilton conseguiu se manter à frente de Vettel na primeira curva, ficou claro que esta seria uma corrida bacana de ver.

Claro que escrevo com a licença poética de alguém que estivesse vendo a corrida ao vivo, porque quando peguei a prova pela metade, nunca teria imaginado esta primeira volta interesante. Porque a prova estava um PORRE.

De fato, logo na primeira volta, o Vettel ultrapassou o Hamilton, a chuva foi embora para sempre e lá se ia o alemão bicampeão do mundo abrindo vantagem para o resto do pelotão. E fim de prova.

Para não dizer que não aconteceu nada, a corrida teve uma barbeiragem do Petrov, que errou a freada no cotovelo (por cotovelo, me refiro à pista, e não à parte do braço do russo) e enfiou sua Renault Lotus na Mercedes de Schumacher, que fazia uma prova razoável até então e não teve culpa nenhuma no toque.

Ambos tentaram continuar, mas, com o aerofólio traseiro a 45º de Schumacher e com o aerofólio dianteiro de Petrov preso EMBAIXO do carro dele, ambos os apêndices aerodinâmicos não conseguiam servir sua função de maneira ideal, e os dois pilotos acabaram optando por abandonar a prova.

Quem parecia poder brigar pelo pódio era Felipe Massa, que havia se classificado à frente de seu arqui-companheiro Alonso. Tanto que até a metade da prova ele estava à frente do espanhol.

Só que o asturiano tinha uma estratégia de paradas diferente do brasileiro e - pasmem - passou com facilidade na segunda metade da prova.

Com Vettel inexistente na prova de tão à frente que estava, restava acompanhar a briga pelo segundo lugar. E foi aí que vimos Hamilton renascendo das cinzas e defendendo sua posição com um carro visivelmente mais lento do que os outros... ehm... MUITOS que vinham atrás.

Webber tentou de TUDO para passar pelo inglês. Tentou até entrar nos boxes no exato momento em que Hamilton parava, na expectativa de que a McLaren escorregasse e permitisse que ele saísse à frente, mas não deu certo.

E só para deixar claro, não estamos falando de uma pista como a Hungria ou Mônaco, circuitos em que o de trás só passa se o da frente permitir. A pista coreana oferecia bons pontos de ultrapassagem, mas Webber simplesmente não conseguia passar, o que apenas corroborou o excelente trabalho do piloto inglês ao longo da prova.

Mas, tendo que se defender de Webber, Hamilton não conseguia ser veloz e, como consequência, os carros de trás foram chegando. E as voltas finais tinham Vettel lá na frente, seguido de longe por um bloco de carros que tinha Hamilton, Webber, Button e Alonso.

Fiquei muito chateado quando isso aconteceu porque na hora pensei que estávamos presenciando um retrato visual do que foi o campeonato ao longo do ano, com o Vettel disparado na liderança e os quatro brigando entre si pela segunda posição.

O motivo pelo qual fiquei chateado foi que, neste exato momento, ouvi o Galvão dizendo que estávamos presenciando um retrato visual do que foi o campeonato ao longo do ano, com o Vettel disparado na liderança e os quatro brigando entre si pela segunda posição.

É muito triste pensar que você pensa – mesmo que em momentos esporádicos – igual ao Galvão Bueno.

De qualquer forma, por mais que tivesse pintado a promessa de brigas, com quatro pilotos competitivos se encontrando na pista, infelizmente nada aconteceu.

Vettel ganhou, Hamilton foi segundo, Webber terceiro.

Aos estatísticos: com esta corrida tivemos a 20ª vitória de Vettel na carreira, a 10ª na temporada, o 2º título da Red Bull e o 10º título de um motor Renault.

Fora isso, corrida chatinha. Esperemos a Índia.

Um comentário:

Mark disse...

Confesso que nem tentei acordar para ver. Vi o compacto no domingo à noite, e não consegui ficar acordado... acho que foi meio chatíssima a corrida.
VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: reappi (perdão por ter esquecido no último comentário)