sábado, 12 de novembro de 2011

F1 2011 - GP DA ÍNDIA

O primeiro GP da Índia começou em luto pelas trágicas mortes de
Dan Wheldon e Marco Simoncelli, ocorridas dias antes.
Como de praxe, houve o tradicional minuto de silêncio
antes do início da prova.



Desculpem pelo indesculpável atraso neste post, mas pelo menos ele veio antes do GP de Abu
Dhabi...

Tivemos momentos muito tristes antes deste primeiro GP da Índia.

Primeiro foi a Indy (com todas suas ramificações e vertentes, como a IRL, a CART e a IndyCar, entre outros), que teve sua primeira vítima fatal desde 2006, quando Paul Dana morreu em Homestead. O inglês Dan Wheldon se envolveu num pavoroso acidente múltiplo com mais 13 carros no oval de Las Vegas e encerrou, de forma precoce, uma carreira vitoriosa na categoria norte-americana.

Ele tinha 16 vitórias, sendo duas na emblemática pista de Indianapolis (uma delas talvez vocês se lembrem neste post aqui) e foi campeão em 2005. Um ano antes, ele havia empatado em pontos com o campeão Sam Hornish Jr, mas como o americano tinha 4 vitórias e o inglês apenas duas, ficou com o vice-campeonato.

Depois, no GP malaio da MotoGP, morreu o promissor piloto Marco Simoncelli, após um acidente triplo com Colin Edwards e Valentino Rossi. Ninguém teve culpa no acidente, mas o fato é que o jovem italiano se tornava a segunda vítima fatal do mundo das corridas em apenas uma semana.

Então nada mais natural do que ter um GP de Fórmula-1 triste e apreensivo, com muitas homenagens aos dois pilotos. Trulli, por exemplo, correu com um capacete com as cores de Simoncelli, como vocês podem ver na foto abaixo.


Hamilton também tinha cores diferentes no capacete e corria com uma ilustração de Bob Marley, com a legenda “One Love”. O capacete foi um desabafo em relação ao recém fim de namoro com a cantora Nicole Scherzinger, fato que abalou profundamente o piloto britânico.


Outro que quis fazer uma homenagem foi Rubens Barrichello, que aproveitou o fim de semana para usar no seu capacete as cores de... Renato Russo (?), a quem o brasileiro credita o título de “meu professor de kart”. Ó o capacete aqui em baixo.


Não sei qual o grau de adequação para alguém prestar uma homenagem a um amigo justamente num GP precedido por duas catástrofes automobilísticas, em que praticamente o grid todo correu com adesivos em homenagem a Wheldon e Simoncelli.

Mas pelo menos uma coisa eu tenho que tirar o chapéu: entre homenager pilotos como Wheldon ou Simnocelli, e cantores como Bob Marley, SÓ o Barrichello teve a manha de homenagear um PILOTO QUE TEM NOME DE CANTOR. Gênio, né?

Matou dois coelhos com um capacete só.

Enfim, quanto à corrida em si, tinha tudo para ser interessante. O circuito Buddh tem retas e curvas que prometiam apresentar grandes disputas ao longo de suas 60 voltas. E, dadas as características do circuito, é curioso que não tivemos isso.

O fato é que tivemos mais uma corrida burocrática, com o pole Vettel (surpresa) largando bem e indo embora (surpresa).

Barrichello e Maldonado (ambos da Williams) se tocaram na largada e um acidente múltiplo acabou acontecendo. Mas nada que ocasionasse um Safety Car, e a corrida continuou enquanto os afetados pelo toque iam para os boxes.

Nada de muito importante acontecia entre os líderes, então a transmissão da prova foi obrigada a mostrar os pilotos nas disputas intermediárias, mas nada de muito importante acontecia entre eles.

Até que Hamilton e Massa se encontraram na pista mais uma vez (foi a enésima vez nesta temporada) e todo mundo ficou apreensivo para ver se ia acontecer MAIS UM incidente entre os dois. E as expectativas não foram frustradas.

No final da reta, Hamilton vinha com mais de meio carro à frente de Massa, que estava por dentro e não freou. Resultado: toque entre os dois, com Hamilton tendo que trocar o bico de sua McLaren e Massa sendo penalizado com um drive-through porque foi considerado responsável pelo acidente.

O brasileiro, aliás, foi protagonista do único outro momento interessante da prova, ao quebrar sua suspensão numa das altas zebras do circuito. Ironicamente, ele havia tido o mesmo problema no treino.

Como resultado, ele igualou o recorde de Ivan Capelli em 1992, que chegou a duas provas do final sem um único pódio na temporada. O italiano foi mandado embora depois disso, então não completou a temporada, mas Massa terá ainda duas oportunidades de conseguir um pódio e, caso não consiga, terá repetido o feito de Didier Pironi em 1981, quando o francês não subiu ao pódio uma única vez durante toda a temporada. Situação tensa, hein?

De qualquer forma, na pista, Vettel se manteve à frente e chegou a sua 11ª vitória na temporada, a duas de igualar o recorde de Michael Shcumacher. Como ainda temos duas provas pela frente, não seria nada surpreendente se isso acontecesse.

Completando o pódio, Button e Alonso, que se manteve à frente de um combativo Mark Webber. Atrás deles, a dupla da Mercedes com um bom Schumacher à frente do sempre rápido Rosberg.

Button deu um passo importante para o vice-campeonato, mas até aí, o quão importante é um passo quando o destino é um vice-campeonato?

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