terça-feira, 30 de junho de 2009

F1 2009 - GP DA GRÃ BRETANHA

Depois de um hiato de quase duas semanas, finalmente posto sobre o GP da Grã Bretanha.

É indesculpável o atraso, eu sei (beirando a falta de respeito) mas realmente não tenho tido tempo para nada e, por isso, imploro pela habitual piedade e misericórdia destes que são meus raios de sol em meio à tempestade – vocês leitores.

Foi em Silverstone que aconteceu a primeira corrida de Fórmula 1 da história, em 1950. A partir do ano que vem, e pelos próximos 10 anos pelo menos, o GP da Grã Bretanha será em Donnington.

Acho isso um pecado. Torcedores do Senna (não é o meu caso) provavelmente não concordarão comigo porque foi lá, em 1993, que ele deu um verdadeiro banho em todo mundo e fez uma corrida brilhante na chuva (claro). Mas é triste pensar que não teremos um GP em Silverstone ano que vem. Certas pistas são tão “mitológicas” que merecem um cartão de permanência eterna na F1. Mônaco, Spa, Hockenheim (a antiga), Interlagos e Silverstone são algumas delas e, francamente, tenho certeza de que quem gosta MESMO de F1 quer ver corridas nestes circuitos históricos, e não em uma nova e moderna pista sei-lá-onde no meio de um deserto qualquer.

Enfim, não estou aqui pra discutir o lado político da F1, mas pra deliberar sobre as corridas. Então vamos lá.

A prova teve bons momentos e, por ser um GP na Inglaterra - que tem um piloto atual campeão e outro virtualmente seu sucessor - nada mais normal do que a transmissão da prova acompanhar estes dois o tempo todo. Nada mais normal e nada mais CHATO, porque os dois fizeram provavelmente suas piores corridas da temporada. Acompanhamos o Hamilton brigando ferozmente por uma 16a posição e o Button, com seu capacete comemorativo, correndo como se estivesse meramente cumprindo tabela.

Por falar em capacetes comemorativos, eles definitivamente estão na moda. Particularmente, acho meio babaca isso, mas, como capacete é algo que vai da cabeça de cada um (han? han?), quem sou eu para opinar? O resultado é que tivemos que assistir ao Button com seu horroroso capacete-topo-de-melancia e o Hamilton com um “rasgo” no topo da pintura mostrando que, por baixo do amarelo do casco, havia a mais pura Grã Bretanha. Ohhh...

Aliás, de uns tempos pra cá, vários pilotos embarcaram nessa “aventura artística” de mudar a pintura dos cascos para determinada prova. Abaixo coloquei alguns exemplos pra ver se vocês, experts em Fórmula-1, conseguem identificá-los (viram? Demoro pra postar, mas pelo menos quando posto tem BRINCADEIRINHA para vocês se divertirem!)

Tá fácil, né não? Mas voltando à corrida...

Destaque positivo pro Vettel que fez uma corrida de mestre, não dando chances pro Webber (contando com uma ajudinha do Barrichello, que segurou o piloto australiano durante uma boa parte da prova, impedindo um ataque que, vamos combinar, não iria acontecer mesmo) e alcançando sua terceira vitória na categoria. Esse moleque vai muito longe.

O líder Button, como já disse, nada fez e, pela primeira vez na temporada, correu menos que o companheiro de equipe. Justo dizer que o Barrica tinha cantado a bola (aliás, EU tinha cantado a bola no post do GP anterior). O Barrichello havia falado pra Deus e o mundo que Silverstone era pista DELE e que este era o ponto de virada do campeonato. Pois é. Não é que correu melhor mesmo? Sorte do Button que isso NÃO FEZ DIFERENÇA NENHUMA.

O Nakajima fez uma boa classificação e largada. Durante a prova, ligou o “modo-Rosberg” e lentamente foi desaparecendo até não fazer falta nenhuma na transmissão. Acho interessante o fato da Williams ter a dupla de pilotos Rosberg e Nakajima, ambos filhos dos ex-pilotos Keke e Satoru. Me lembra aquela temporada da Williams (1996) em que os pilotos eram o Damon Hill e o Jacques Villeneuve (filhos do Graham e do Gilles). Aparentemente, coisas da Williams.

Falando no Rosberg, achei o máximo aquele comentário que ouvimos o engenheiro dele falar durante a transmissão:

“Push Rubens until he makes a mistake... and then pass him.”

Deve ser muito humiliante saber que o fato de você errar sobre pressão é considerado um “ítem de série”. Pro engenheiro do Rosberg, a única coisa que o piloto alemão precisava fazer pra ultrapassar o brasileiro era pressioná-lo que o erro aconteceria naturalmente. Parte de mim achou isso altamente injusto e desnecessário. Os outros 98% acharam HEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHE...

Ponto positivo pro Felipe Massa, que se utilizou de uma estratégia perfeita para ultrapassar o Kimi e o Nakajima nos boxes, correu de forma impecável e tirou da ainda agonizante Ferrari o máximo que podia se esperar para a prova.

Outro ponto positivo foi o fato de finalmente termos ouvido o hino da Áustria no pódio (pela equipe Red Bull), coisa que não acontecia desde a última vitória do Gerhard Berger, lá no GP da Alemanha de 1997. Isso pode causar estranheza a você, atento leitor, uma vez que o Vettel já havia ganho o GP da China neste ano pela mesma Red Bull. Acontece que, na ocasião, por alguma gafe da organização da prova colocaram o hino britânico pra Red Bull em vez do austríaco. Como torcedor do Berger que sou, ouvir aquele hino de novo num pódio da Fórmula 1 foi deveras emocionante.

Enfim, a esta altura vocês nem lembram mais da corrida, dado o intervalo entre o fato em si e o post que finalmente faço... mas promessa é dívida e, no primeiro momento que tive pra deliberar sobre o grande prêmio, sentei e escrevi. Prometo TENTAR não deixar acontecer isso de novo. :-(

By the way, ouvi na Band News outro dia o colunista José Simão brincar com o fato que até no quesito “segundos lugares”, suposta especialidade do nosso amigo Barrica, ele se dava mal. De acordo com o Simão, o líder neste ranking era o Riccardo Patrese, deixando pro brasileiro a SEGUNDA posição. Por mais espetacular que isso pudesse ser – o Barrichello ser o segundo colocado até no ranking de segundas colocações – a informação não procede. INFELIZMENTE, o ranking de segundas colocações é o seguinte:

1 – Michael Schumacher: 43
2 – Alain Prost: 35
3 – Rubens Barrichello: 29

O Patrese, coitado, está lá na 11a posição, com apenas 17.


A classificação do sábado foi marcada por um acidente violento
que interrompeu o treino. Vejam o que restou do Force India depois
do
acidente nada discreto do Sutil (han? han? han?)

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