Mas SÓ de acordo com a Editora Abril.
Bons pais que são, os meus sempre zelaram pelo nosso enriquecimento intelectual. E funcionou (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA, yeah right).
De qualquer forma, nunca faltaram livros, revistas e publicações de referência em casa – inclusive uma grande coleção de cartelas colecionáveis lançada pela Abril chamada “Mil Bichos”.
Com centenas de fichas, cada uma com um animal, a gente passava horas descobrindo as particularidades de cada bicho, estudando seus hábitos, conhecendo as mais diversas curiosidades e, acima de tudo, APRENDENDO.
Ou pelo menos era isso que a gente ACHAVA que estava fazendo ao ler as fichas.
Outro dia, contei para meus colegas de trabalho tudo que eu sabia sobre um dos bichos mais curiosos da coleção – o friganídeo – exalando cultura e conhecimento enquanto eu explicava que o bicho acumulava dejetos e pedras no corpo e os arrastava por toda a parte como casulo.
Como todos estavam curiosos para ver uma foto dele, procurei no Google e encontrei míseras TRÊS PÁGINAS com o termo, como vocês podem ver na prova abaixo.
Depois de alguma pesquisa, entendi o motivo: apesar do que me ENSINOU a Editora Abril, ele NÃO CHAMA “friganídeo”, mas "mosca d'água". E o bicho nem é esse emaranhado de lixo que aparece na foto acima. Na verdade, isso aí é a LARVA dele.
Ou seja, além da conceituada Editora Abril ter inventado um nome para um bicho que aparece numa publicação voltada a milhões de crianças inocentes sedentas por conhecimento, eles ainda nem se dignaram a colocar uma foto do animal no seu estado adulto. E isso numa obra de referência. Que coisa feia.
Mas para mim, o que é pior é constatar que, pelas pouquíssimas páginas existentes na internet com o termo FRIGANÍDEO, pelo visto SÓ EU ainda não havia me tocado de que isso era uma baita duma mentira.
Um comentário:
Parecem até fezes de civeta, sabe?
Kopi Luwak!
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