terça-feira, 29 de março de 2011

F1 2011 - GP DA AUSTRÁLIA

A tal asa móvel que se abria e fechava ao longo da
prova
mais parecia uma metáfora do que o novo recurso
estava
fazendo pela emoção na Fórmula-1: foi difícil
parar de bocejar ao longo das intermináveis quase
duas horas de corrida.



Com dias de atraso, aqui vão as considerações sobre o GP da Austrália, corrida esta que abre a temporada de 2011 duas semanas depois do previsto (o GP do Bahrein foi cancelado por motivos de segurança).

Acho que é a idade, mas nnao tenho mais muita paciência para corridas de madrugada, ainda mais quando são NO MEIO da madrugada, como foi o caso.

Enfim, corrida de F1 é corrida de F1, e isso significa que eu TENHO QUE VER, então lá fui eu acordar 2h45 de domingo para assistir a um passeio do Vettel durante a 1h40 de prova.

O alemão começou a temporada onde tinha terminado a última – na frente.

Esperava-se que a McLaren estivesse em melhor forma, mas o máximo que o Hamilton conseguiu foi seguir a Red Bull à distância. A outra McLaren, do Button, nem isso: ficou presa em 6º lugar atrás da Ferrari do Massa – bem mais lenta – durante todo o começo da prova.

A irritação do inglês por não conseguir passar foi tanta que ele acabou cortando por dentro de uma curva, ultrapassando o brasileiro de forma irregular e sendo punido com um drive-thru.

Alonso, que acompanhava o embate em 7º, aproveitou a confusão para ganhar as duas posições.

Lá na frente, atrás de Vettel e Hamilton, Webber fazia uma corrida discreta, nem de longe ameaçando o piloto britânico.

A grande vedete da corrida, a tal asa móvel, foi uma enorme decepção, em parte pela pouca extensão da reta de Melbourne, mas mais pelo fato de que o procedimento todo para que ela seja utilizada é confuso. Só é permitido que se acione a asa móvel quando o piloto em questão estiver a 1 segundo ou menos do piloto da frente. Se estiver a mais que um segundo, o recurso não é permitido.

Ou seja, se não bastassem elementos para complicar as corridas, conseguiram achar mais um. Deu uma preguiça...

Outra coisa que era motivo de especulação foram os pneus Pirelli. Imaginava-se que teríamos dezenas de trocas ao longo da corrida pela suposta baixa resistência dos pneus, mas se alguns pilotos realmente pararam várias vezes nos boxes, tivemos casos como o novato Sergio Perez, que parou uma única vez, provando que o desgaste excessivo não é necessariamente uma verdade absoluta durante a corrida.

Por falar no Perez, ele foi o melhor estreante do ano, levando sua Sauber a um surpreendente 7º lugar. Pena que 3 horas depois do fim da prova, a Sauber seria desclassificada por causa de irregularidades detectadas nas asas traseiras de seus carros. Sacanagem.

Nosso bom e velho amigo Barrichello fazia uma prova até que interessante, até ENFIAR SUA WILLIAMS NO MEIO da Mercedes do Rosberg, no que parecia ser uma ultrapassagem impossível e que o piloto depois disse que foi decorrente de problemas nos pneus.

Fato é que a direção de prova interpretou o tal problema de pneu do Barrica como uma TENTATIVA DE ASSASSINATO pra cima do Rosberg e puniu o brasileiro com um drive thru.

Aliás, péssimo começo de temporada para a Mercedes, que viu seus dois pilotos abandonarem um atrás do outro (Schumacher havia abandonado pouco antes de Rosberg por problemas mecânicos).

Mas se foi péssima para a equipe alemã, a corrida foi excelente para a Renault Lotus (a ex-Renault). Mas enquanto todos esperavam que o Heidfeld seria o salvador da pátria após o acidente que tirou o bom Robert Kubica da temporada, quem fez uma bela prova foi o piloto russo Vitaly Petrov, que terminou em 3º. Foi o primeiro pódio da Rússia Fórmula-1 em 61 anos de competição. Heidfeld não se encontrou durante a corrida e terminou lá atrás.

Resumo da ópera: domínio total de Vettel, corrida decepcionante de Webber e da Ferrari e a McLaren como único concorrente capaz de roubar pontos da Red Bull.

Francamente, achei o começo de temporada meio sonolento, mas talvez eu esteja falando isso porque a corrida foi NO MEIO DA PORCARIA DA MADRUGADA.

De qualquer forma, só nos resta esperar a próxima prova para ver o que acontece.

Um comentário:

Mark disse...

Sinceramente, eu cochilei várias vezes durante a corrida. E não senti que perdi grandes coisas. Chata pacaray.