
Esse negócio que vocês estão vendo aqui em cima é o novo traçado do circuito de Silverstone, na Inglaterra.
Depois do ASSASSINATO cometido contra o até então belíssimo circuito de Hockenheim (como eu já havia mencionado anteriormente neste post), chegou a vez de macularem mais este templo do automobilismo.
Silverstone foi palco da primeira corrida de Fórmula-1 da história, em 1950, GP vencido por quem viria a ser o campeão daquele ano – Giuseppe Farina.
Ao longo dos anos, o circuito – então uma sucessão de retas de alta velocidade – foi sendo mudado aqui e ali por questões de segurança, ganhando algumas chicanes e curvas para que os pilotos reduzissem a velocidade.
Essa combinação de curvas que viriam a se tornar emblemáticas na categoria e a manutenção das características originais do circuito acabaram formando um dos lugares mais especiais do circo da F1 – uma pista imediatamente reconhecível até por quem não é um fã doente da categoria.
Assim como é o caso com Interlagos. Ou com Monza. Ou Mônaco.
É só bater o olho que qualquer um sabe na hora qual é a pista.
Silverstone perdeu isso, assim como Hockenheim deixou de ser Hockenheim ao perder as longas retas que cortavam a Floresta Negra.
Não curto essa mania de ficar mexendo nos traçados. Me irritei quando desfiguraram a Tamburello (fãs do Senna, não me crucifiquem), me emputeci com o que fizeram com a pista alemã e não gostei nem um pouco do novo circuito de Silverstone.
A pista agora ganhou uma parte “interna” que quase corta o circuito em dois. A intenção é privilegiar os espectadores, que agora teriam mais visibilidade da pista, mas sei lá... simplesmente não tem mais cara de Silverstone.
Pelo menos tiveram a decência de não meter o dedo nas clássicas curvas Copse, Maggots e Beckets, mas ai fica a pergunta: até onde deve-se alterar o traçado de circuitos históricos, que tanto contribuíram para o esporte, só em nome de interesses de terceiros?
Por mim, ficou uma buesta (mas, claro, eu não mando PORRA NENHUMA NA FIA).
3 comentários:
Culpa do tio do Schummy.
Não. Nada a ver com ele.
Verdade. Sorry.
Postar um comentário