foi antes da largada, quando ex-campeões deram algumas voltas
em carros históricos. Aqui, Nigel Mansell pilota uma Ferrari de 1950.E lá vamos nós pra mais uma temporada de Fórmula-1. Êêêêêê...
A primeira corrida do ano foi um tanto sonolenta e, de verdade, por mais que o Galvão Bueno e sua equipe tivessem tentado dizer o contrário, praticamente nada aconteceu durante as intermináveis 49 voltas da prova.
O Alonso só teve trabalho no começo da corrida ao ultrapassar seu companheiro de equipe Felipe Massa e, depois, só precisou manter o carro na pista e esperar por um problema com o carro do líder, Sebastian Vettel. O problema veio e o asturiano ultrapassou com facilidade, ganhando seu primeiro GP pela carismática equipe italiana.
A volta do Schumacher às pistas foi um tanto discreta – como era mais ou menos previsível – e o alemão terminou em 6o, uma posição atrás de seu companheiro Nico Rosberg. Ao contrário do que eu havia chutado, o Schumi não mudou a cor do seu capacete para homenagear a Mercedes e tivemos que aturar o piloto com um casco vermelho berrante contrastando com o visual sóbrio e elegante de seu bólido prateado. Feio pra cacete, mas o cara tem mais títulos que todos os outros pilotos em atividade juntos, então teoricamente pode fazer o que bem entender.
Das novatas, a Lotus conseguiu levar seus dois carros até o final da corrida – o Trulli quase teve que sair do carro numa maca de tão exausto – e a tal Hispania (ex-Campos) e a Virgin não passaram de coadjuvantes desnecessários. A Hispania era quase 8 segundos mais lenta que os líderes, parecendo até que estava em outra categoria.
Além da “volta” da Lotus à categoria principal do automobilismo, outro elemento nostálgico pra mim foi a nova pintura da Renault. Não porque me remeteu ao primeiro carro da equipe – em 1977 – mas porque ficou a cara da Jordan dos tempos do bom piloto Heinz-Harald Frentzen.
Já a tal nova pontuação pra mim descaracterizou a F1, que sempre teve classificações, digamos, austeras (o Farina foi campeão em 1950 com meros 30 pontos). Agora o campeonato mal começou e o Alonso já tem 25 pontos. Tudo bem que o sistema privilegia quem ganha, coisa e tal, mas essa farta distribuição de pontos pra tudo quanto é lado pra mim dá à Fórmula-1 ares de Fórmula Indy e, como todos nós sabemos, CHARLES NÃO GOSTA DE FÓRMULA INDY.
Se a gente aplicar esta nova pontuação em todas as corridas desde 1950, algumas coisas se alterariam na história da categoria. Por exemplo, o Alain Prost seria heptacampeão, ao lado do Schumacher. O Damon Hill teria dois títulos em vez de um e tanto o Alonso quanto o Graham Hill seriam tri. Entraria pra lista de campeões também o Eddie Irvine, que “roubaria” um dos títulos do Mika Hakkinen. Outros pilotos que teriam menos títulos no currículo são Nelson Piquet e Ayrton Senna, que seriam “meros” bicampeões de acordo com a nova pontuação. Kimi Raikkonen, Jaques Villeneuve, James Hunt e John Surtees, nunca teriam sido campeões.
De resto, o reabastecimento não fez falta nenhuma e sou obrigado a concordar com o Galvão que a transmissão da prova mandou muito mal na cobertura dos pit-stops, impedindo a gente de saber o tempo de parada dos pilotos. Felizmente, a prova foi tão insossa que isso nem chegou a fazer muita diferença.
Enfim, resumo da ópera: dobradinha da Ferrari, mas com a impressão de que teremos um campeonato um pouco mais equilibrado do que o ano passado. Acho que a Red Bull, McLaren e Mercedes devem dar mais trabalho pra equipe italiana especialmente na fase europeia da temporada e é possível que a gente tenha mais disputas entre as primeiras posições.
Na verdade, espero que sim porque, se não for este o caso, teremos mais um passeio do Alonso rumo ao terceiro título mundial. E, como todo mundo sabe, CHARLES NÃO GOSTA DO ALONSO.
Um comentário:
boa resenha gringo...perdi a corrida pq estava perdendo meu tempo com o igualmente chato e insosso show do Guns N Roses...
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