quinta-feira, 29 de abril de 2010
THE EYJAFJALLAJOKULLS ARE ALIVE... WITH THE SOUND OF MUSIC
A erupção do vulcão Eyjafjallajokull na Islândia rendeu muita cobertura de mídia, em parte pelo caos que se instituiu nos aeroportos da Europa ocidental (um exemplo disso, vocês já devem ter visto aqui, com o depoimento de nossa colega Naphtalie Gil, que perdeu um vôo para o Brasil em função das cinzas vulcânicas e fez questão de se inserir em todo e qualquer canal de notícias para transmitir seu sofrimento ao vivo e em cores).
Mas o outro motivo que colocou o vulcão islandês nos telejornais foi a impronunciabilidade (esta palavra existe?) de seu nome. Num raro momento interessante, meu Amigo Zoca* me passou o vídeo acima que usa uma musiquinha para ensinar a pronunciar o nome do Eyjafjallajokull. Ou pelo menos tenta ensinar...
* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.
CIRCUITO PRA INGLÊS VER
Esse negócio que vocês estão vendo aqui em cima é o novo traçado do circuito de Silverstone, na Inglaterra.
Depois do ASSASSINATO cometido contra o até então belíssimo circuito de Hockenheim (como eu já havia mencionado anteriormente neste post), chegou a vez de macularem mais este templo do automobilismo.
Silverstone foi palco da primeira corrida de Fórmula-1 da história, em 1950, GP vencido por quem viria a ser o campeão daquele ano – Giuseppe Farina.
Ao longo dos anos, o circuito – então uma sucessão de retas de alta velocidade – foi sendo mudado aqui e ali por questões de segurança, ganhando algumas chicanes e curvas para que os pilotos reduzissem a velocidade.
Essa combinação de curvas que viriam a se tornar emblemáticas na categoria e a manutenção das características originais do circuito acabaram formando um dos lugares mais especiais do circo da F1 – uma pista imediatamente reconhecível até por quem não é um fã doente da categoria.
Assim como é o caso com Interlagos. Ou com Monza. Ou Mônaco.
É só bater o olho que qualquer um sabe na hora qual é a pista.
Silverstone perdeu isso, assim como Hockenheim deixou de ser Hockenheim ao perder as longas retas que cortavam a Floresta Negra.
Não curto essa mania de ficar mexendo nos traçados. Me irritei quando desfiguraram a Tamburello (fãs do Senna, não me crucifiquem), me emputeci com o que fizeram com a pista alemã e não gostei nem um pouco do novo circuito de Silverstone.
A pista agora ganhou uma parte “interna” que quase corta o circuito em dois. A intenção é privilegiar os espectadores, que agora teriam mais visibilidade da pista, mas sei lá... simplesmente não tem mais cara de Silverstone.
Pelo menos tiveram a decência de não meter o dedo nas clássicas curvas Copse, Maggots e Beckets, mas ai fica a pergunta: até onde deve-se alterar o traçado de circuitos históricos, que tanto contribuíram para o esporte, só em nome de interesses de terceiros?
Por mim, ficou uma buesta (mas, claro, eu não mando PORRA NENHUMA NA FIA).
segunda-feira, 26 de abril de 2010
GILBERT & FRIEDMAN FLAVORED JAM
Postinho rápido só pra não acharem que eu abandonei o blog. Tem acontecido bastante coisa na minha vida ultimamente e tenho tido pouco tempo pra pensar em novos posts, mas meu amigo Alexandre, o Ético, encontrou este videozinho pra lá de interessante (pra quem é fã de shredders) e tive que postar.
Trata-se de um jam session entre o Paul Gilbert e o fenomenal Marty Friedman durante um evento chamado Young Guitars. A base é de um blues do Robin Trower chamado “Daydream" e tem uma levada “Little Wing”.
O bacana é que, com os dois tocando frente-a-frente, puramente de improviso, fica muito evidente o estilo de cada um.
Sou fanático por essa levada meio exótica-middle-eastern do Friedman. Mesmo tocando um bluesão, entram aquelas escalas orientais e bends improváveis que tornam o som dele tão incrivelmente característico. Awesome.
Já o Gilbert (como todo mundo que lê este blog já sabe) toca muito, mas não empolga este que vos escreve. E eu tento gostar...
Enfim, que é digno de registro um encontro destes dois monstros das seis cordas, definitivamente é.
Então, registradum est.
domingo, 18 de abril de 2010
F1 2010 - GP DA CHINA
Rubens Barrichello havia mudado as cores de seu capacete por
serem muito parecidas com as de seu companheiro Nico Hulkenberg,
o que fazia com que eles fossem confundidos durante as transmissões.
Depois de ter sido superado pelo alemão na última prova,
Barrichello teria voltado à pintura original neste GP
justamente pelo mesmo motivo.
serem muito parecidas com as de seu companheiro Nico Hulkenberg,
o que fazia com que eles fossem confundidos durante as transmissões.
Depois de ter sido superado pelo alemão na última prova,
Barrichello teria voltado à pintura original neste GP
justamente pelo mesmo motivo.
Mais uma corrida de madrugada, mais uma corrida perdida.
Aparentemente, acordei com o alarme às 3h45, mas só para desligá-lo e voltar a dormir. Fazer o quê? É o preço que se paga por jogar Pro Evolution Soccer com os moleques até 1h00.
De qualquer forma, corrida ao vivo perdida não significa que eu não possa assistir à prova depois, como se fosse ao vivo.
Então, de novo, recorri aos torrents para baixar a transmissão da BBC inglesa e gravei num dvd para poder assistir tranquilamente ao fim do dia.
E isso se revelou uma ótima ideia, uma vez que a corrida foi espetacular. E a transmissão é um milhão de vezes melhor que a da Rede Globo.
A corrida não chegou a ser tão fenomenal quanto a da Austrália, mas teve um monte de elementos que a tornaram incrivelmente divertida de assistir.
Com o Vettel e o Webber na primeira fila – quarta pole da Red Bull em quatro corridas – a sensação é de que teríamos mais um passeio do jovem piloto alemão, mas felizmente não foi isso que aconteceu.
Logo na largada, o Alonso pulou na frente dos dois, no que eu inicialmente considerei uma aula do piloto espanhol, mas logo em seguida percebi que havia sido uma queimada de largada. Pelo replay, dava pra ver que o asturiano acelerou milésimos antes das luzes apagarem, o que ocasionou num stop-and-go e anulou a vantagem inicial do Alonso.
Felizmente pra ele, logo na largada teve uma batida generalizada causada por um desgovernado Vitantonio Liuzzi, que conseguiu bater no Buemi (que já havia sofrido um perigoso acidente no sábado) com a TRASEIRA da seu Force India, tirando também o Kobayashi da prova e trazendo o Safety Car para a pista pela primeira vez na prova.
A corrida havia começado como sendo de pista seca, mas a gente via pelas imagens da transmissão que o céu mostrava uma vontade doida de mudar isso de maneira muito imediata, e foi isso que aconteceu – começou a garoar forte.
Isso levou muita gente a trocar seus pneus de pista seca por intermediários, mas alguns pilotos optaram por não efetuar a troca, apostando que a chuva não seria tudo isso.
Isso levou a classificação da prova a mudar radicalmente, e quem “aparecia” na liderança era o Nico Rosberg. As aspas estão lá porque, como habitualmente acontece com o piloto alemão, NINGUÉM FILMA ELE DURANTE AS CORRIDAS. Por isso, enquanto liderou a prova, a gente não viu.
Em segundo, o Jenson Button, que também havia apostado que a chuva passaria logo.
As duas Renault também estavam lá na frente, tanto o ótimo Kubica quanto o até agora desacreditado Petrov, que viria a fazer belas ultrapassagens mais para a frente, inclusive em cima do Schumacher.
Passaram-se algumas voltas e, de repente, muita gente começou a entrar de novo nos pits porque os pneus intermediários não estavam mais suportando a pista, que secava a cada volta.
Uma destas pessoas foi o Lewis Hamilton. Antes de entrar, ele deve ter ficado na dúvida se isso seria ou não uma boa estratégia, o que é perfeitamente natural.
O que não é natural, por outro lado, é decidir parar depois de ter passado pela entrada dos boxes. Só que foi o que o inglês fez. Determinado em ir para os boxes mesmo depois de ter passado pela entrada, o Hamilton subiu pela grama e cortou caminho, levando seu McLaren até o pitlane, numa manobra que até agora eu não entendo como não foi punida.
Com todo mundo de pneu seco de novo, os líderes estavam a anos luz do resto do pelotão, mas tinha muita coisa divertida acontecendo lá atrás.
Uma delas foi a briga entre Hamilton, Vettel e Sutil. Enquanto o piloto da Red Bull brigava com o seu compatriota da Force India, o inglês jogou o carro por dentro da curva e ultrapassou os dois numa manobra espetacular.
Depois, veio a tão esperada briga entre Hamilton e Schumacher, dois pilotos que nunca haviam competido juntos até este ano. O Hamilton tinha mais carro e chegou a passar o alemão, mas só para ser reultrapassado por ele logo em seguida. Foi assim durante algumas voltas, mas no final a posição ficou para o Hamilton.
Aí começou a chover de novo. E finalmente a gente viu o Nico Rosberg. Mas só porque ele errou uma curva e perdeu a vantagem que tinha para o Hamilton, que logo em seguida o ultrapassou para assumir a liderança. Ou seja, quando vimos o cara, era porque ele estava se dando mal. Juro que não entendo o que acontece com o coitado.
Com a vinda da chuva, o primeiro a parar para trocar pneus foi o Schumi, que com isso acabou superando os três pilotos que o haviam superado – Webber, Vettel e Hamilton.
Depois, ele viria a ser superado de novo, mas pelo menos ele mostrou inteligência na hora de parar.
Outro momento divertido foi a entrada nos boxes das duas Ferrari, que decidiram fazer isso simultaneamente. O Massa estava na frente do Alonso na entrada, mas o asturiano simplesmente ignorou isso e ultrapassou o brasileiro na curva que antecede o pitlane, para trocar os pneus primeiro. Imagino que isso deve ter deixado o Felipe enfurecido, mas vamos ficar atentos aos comentários pós-corrida.
Aí, o Safety Car entrou pela segunda vez na pista, graças a pedaços do carro do Alguersuari (sempre acho que estou escrevendo este nome errado), e isso juntou todo o pelotão de novo.
Com a relargada, show do Hamilton que foi ultrapassando todo mundo – inclusive o Rosberg depois de uma dura disputa – até terminar em segundo, pouco atrás de seu companheiro Jenson Button.
Fim de prova e novo líder do campeonato: o campeão de 2009, Jenson Button.
E duvido que alguém chute corretamente o nome do atual vice.
Sabem quem é? O invisível ROSBERG! Pois é. O cara não aparece na corrida, não é comentado nas reportagens e de repente tá aí, em segundo lugar no campeonato depois de 4 corridas e a apenas 10 pontos do líder.
Diz aí se este campeonato não tá sendo divertido.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
ME HACKEIA, MAS NÃO ME OFENDE
Aparentemente, até pra aplicar golpe está dando preguiça nas pessoas hoje em dia.
Recebi hoje um e-mail que foi devidamente filtrado como JUNK pelo Hotmail.
Como a maioria destes e-mails, que a gente recebe aos montes diariamente, este também veio com um arquivinho anexo, provavelmente um Trojan ou virus.
Mas o que me chamou a atenção foi o fato de nunca ter recebido um tão PORCO e PREGUIÇOSO.
Os caras não se deram o trabalho de escrever UMA ÚNICA PALAVRA INTEIRA, tanto no assunto quanto no e-mail, e nem no arquivo que queriam que eu clicasse.
O assunto era simplesmente “S.”, não tinha texto no corpo do e-mail e o arquivo anexado chamava “FFF.txt”.
Simplesmente deduziram que eu seria suficientemente estúpido de cair nessa e clicar no arquivo sem ao menos saber REMOTAMENTE do que se tratava.
Sei lá. Sei que deve ser pedir muito, mas podiam pelo menos ter inventado alguma historinha que me fizesse QUERER abrir o attachment.
Afinal, se é pra hackear, que ao menos me demonstrem um MÍNIMO DE RESPEITO, né?
domingo, 11 de abril de 2010
BECK IS BACK
Hoje tive a oportunidade (e o privilégio) de ouvir o novo disco do genial Jeff Beck – “Emotion & Commotion” e, como tudo que o cara faz, é fuckin’ awesome.
É o primeiro disco dele em 7 anos e conta com participações especiais da Joss Stone e Imelda May, além de uma orquestra. Aos que se interessarem, segue uma rápida resenha das faixas do disco. Aos que não, perdoem pela idolatria e podem mudar de página.
O disco abre com “Corpus Christi Carol”, do Jeff Buckley. Um hino intimista e suave com a característica elegância e feeling do Beck, que começa tocando sozinho e é depois acompanhado pela orquestra. Me lembrou um pouco a “Suspension” do disco “You Had It Coming”.
Esta música emenda com a funkeada “Hammerhead”, que começa com um riff com wah-wah muito Hendrixiano para depois seguir com aqueles rock-fusion que o Jeff fazia nos tempos do Beck, Bogert & Appice.
Já a terceira música – “Never Alone” – é um exemplo do que faz o Jeff Beck ser tudo isso que eu digo que ele é exaustivamente neste blog. Com uma base simples e suave, ele tece uma melodia apaixonante, com sutileza e classe incomparáveis, arrepiando até mesmo os dentrites neurais do ouvinte.
Aí, depois do deleite que é ouvir isso, vem uma versão de estúdio da espetacular rendição de “Somewhere Over The Rainbow” que eu já havia adulado neste post anterior. A versão ao vivo era tão fenomenal que merecia mesmo uma gravação em estúdio, mas confesso que ainda prefiro a versão live, talvez por achá-la mais espontênea. Mas, dito isso, a gravação continua impecável.
Aí vamos á primeira participação especial do disco, na música “I Put A Spell On You”. É um blues com pegada soul, cantado pela musinha do gênero, Joss Stone. Particularmente, nunca tinha gostado muito da Joss Stone, talvez por ter ouvido só os hits mais comercialóides da menina, e achava a voz dela meio “burocrática”. Mas, ao ouvir esta música, fui obrigado a reconhecer o talento dela, porque realmente não parece uma garota suburbana e branca cantando, e sim uma negona cheia de soul. E, além disso, a música conta ainda com o slide nervoso do Beck e mais um solo fenomenal do inglês.
A próxima música, “Serene”, é mais uma brilhante balada no estilo “Two Rivers” do “Guitar Shop”, com um belíssimo trabalho de baixo da ótima Tal Wilkenfeld. De início intimista, a música vai crescendo como um mantra e ganha corpo com a entrada da orquestra, até se tornar um dos momentos mais prazerosos do disco.
Depois vem a segunda música com vocais do disco, “Lilac Wine”, com participação da cantora irlandesa Imleda May. É um balada deliciosa, com intervenções do Beck que me remeteram à versão de “Cry Me A River” que ele gravou junto com a Lulu no espetacular documentário sobre blues do Martin Scorcese (se vocês não assistiram isso ainda, assistam).
Aí mais um momento inesperado do disco – uma versão de “Nessun Dorma” de Puccini. Diferente do nosso bom e velho amigo Yngwie Malmsteen que ADORA gravar versões de clássicos com a guitarra acompanhada por uma orquestra, quando o Beck faz isso, o resultado é maravilhoso e comovente. Ele consegue se equilibrar brilhantemente na fina linha que separa o genial do cafona, só que sempre pendendo pro genial.
Depois, mais uma fantástica participação da Joss Stone em “There’s No Other Me”, uma das músicas mais pesadas do disco, com um groove hipnótico e um vocal gritado e poderoso. Sinceramente não esperava isso dela. Surpreendeu.
E, por fim, o tema do filme “Atonement” – filme concorrente ao Oscar no ano passado – “Elegy For Dunkirk”. Posso estar ficando meio amargo com a idade, mas achei a versão um pouquinho “Hank Marvin” demais, e quase brega. Mas, pensando bem, ele é o Jeff Beck e pode fazer o que bem entende, então isso de nenhuma maneira macula a indiscritível experiência que é ouvir este disco.
Aos que são fãs do Beck como eu, é desnecessário pedir que ouçam porque vocês já devem ter ouvido antes mesmo de ler este post. Mas, aos que não o forem, dêem aos seus ouvidos a chance de descobrir o porquê deste inglezinho chamado Geoffrey Arnold Beck ser reverenciado pelo mundo todo como um dos maiores instrumentistas e músicos de todos os tempos.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
ESSE BAYERN SÓ ME DÁ ALEGRIA MESMO...
Ontem o Bayern de Munique perdeu para o Manchester United em Old Trafford pelo placar de 3x2. Snif.
Mas...
Como havia vencido o jogo em casa por 2x1 e os gols fora de casa valem mais na Copa da UEFA, o meu time do coração avança para as semifinais da competição, onde se degladiará com o surpreendente Lyon (para, depois, pegar o vencedor de Inter e Messi).
Sou um torcedor do Bayern há muito tempo, mas vi o time alemão ser campeão da Copa da UEFA uma única vez, apesar dele ostentar 4 títulos e mais 3 vices em sua história. Consequentemente, fiquei radiante ao ver o até então favorito Manchester ruir nesta quarta-feira.
Então, pimpão que sou, decidi comemorar com vocês, postando o videozinho acima.
É de um amistoso de 2007 que foi jogado lá em Hong Kong, e para mim é especial porque mostra os melhores momentos de um jogo do Bayern justamente contra o time que eu mais detesto em todo o mundo (quiçá universo).
Tenho certeza que meu amigo e co-torcedor do Bayern nesta reta final do campeonato – Alexandre, o Ético – curtirá rever, principalmente por nutrir talvez os mesmos sentimentos que eu pelo time que jogou contra o glorioso Bayern München neste vídeo.
Assiste aê.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
F1 2010 - GP DA MALÁSIA
Nico Rosberg, aqui entrando pela curva em sua reluzente Mercedes
cor-de-asfalto, fez uma bela corrida. Pena que, pra variar, ninguém viu.
cor-de-asfalto, fez uma bela corrida. Pena que, pra variar, ninguém viu.
Pela primeira vez em 22 anos, perdi uma corrida de Fórmula-1. Deixei o alarme programado, mas por algum motivo não acordei. Quando me dei conta, já eram 7h30 e eu havia perdido a corrida toda.
Aí não tive alternativa a não ser procurar num torrent e baixar a transmissão da BBC pra assistir mais tarde. E foi o que fiz.
Me mantive estrategicamente longe de qualquer coisa que pudesse revelar detalhes da prova e, de noite, sentei pra assistir à prova como se fosse ao vivo.
De cara, é maluco ver uma transmissão que não seja da Rede Globo e ficou muito claro o quanto a gente perde aqui. A transmissão inglesa conta com comentários dos ex-pilotos Martin Brundle e David Coulthard, além do ex-chefe de equipe Eddie Jordan. Além disso, rolam as entrevistas no final da prova e explicações sobre episódios que aconteceram durante a corrida, tudo coisas que a Globo suprime. Foi divertido.
Mas quanto à corrida, apesar de não ter chovido e da prova não ter sido tão interessante quanto à da Austrália, ela teve lá seus momentos interessantes.
A primeira é que o Sebastian Vettel venceu a corrida na primeira curva, ao ultrapassar o pole Mark Webber. Depois, foi só administrar a vantagem e cruzar a linha de chegada em primeiro.
A Red Bull não teve concorrentes à altura nesta prova e, se pensarmos bem, não os teve também nas outras duas provas da temporada. O Vettel só não levou os outros dois GPs disputados até agora por problemas mecânicos, mas sempre se mostrou um degrau acima do resto. Se ninguém reagir rápido, teremos mais um campeão alemão pra fazer companhia ao ainda “em readaptação” heptacampeão Michael Schumacher.
Quem largou muito bem também foi o Lewis Hamilton, que estava lá pro fim do grid junto com o Button e as Ferrari, graças à confusão que foi a qualificação com todo aquele chove e para. A boa largada foi fundamental para que o inglês conseguisse mais alguns pontos.
Foi interessante o duelo entre Hamilton e o novato russo Petrov. O russo da Renault colou no inglês na reta e veio com ação para ultrapassar, mas o Hamilton começou a zigue-zaguear na pista, “rebocando” o Petrov junto com ele, numa espécie de balé bizarro e caricato. O russo não conseguiu ultrapassar, mas a manobra quase custou um stop-and-go pro inglês (na verdade, eu achava que merecia), mas ele só levou uma advertência.
O nosso grande amigo Barrichello jogou fora um bom 7º lugar conquistado na qualificação por ter demorado para largar. Como resultado, todo mundo ultrapassou o brasileiro e ele se viu lá em último lugar já na primeira volta.
Felizmente pra ele, estar em último neste ano não é de todo ruim, porque pelo menos você sabe que dentro de algumas voltas já terá ultrapassado os lastimáveis carros que sempre figuram na parte de baixo do grid – Hispania, Lotus e Virgin.
Os carros são realmente muito lentos e a impressão é que, a cada volta, alguém está ultrapassando um dos pilotos destas equipes.
A prova teve ainda boas disputas, como a entre o Massa, Button e Alonso, e mais uma tentativa de dar o pulo do gato do Button, que antecipou seu pit-stop. Poderia ter dado certo, porque o inglês era muito rápido ao voltar, mas, mais pro final da corrida, ele começou a perder rendimento, sendo ultrapassado pelo Massa e quase perdendo a posição pra um Alonso com problemas de câmbio, até que o espanhol finalmente abandonasse no final da prova.
Outra cena rara no grande prêmio foi ver o Schumacher abandonando uma prova, coisa que dificilmente acontecia nos seus tempos de Ferrari. Enquanto isso, seu companheiro Rosberg levou a Mercedes ao seu primeiro pódio, bem ao seu estilo: discretamente. Quase não se viu o Rosberg durante a transmissão, como nunca se vê e eu sinceramente não consigo entender o porquê. Ajuda, é claro, o fato da Mercedes ser um prata acinzentado meio "invisível" na pista, mas, apesar de quase não termos visto o cara, o resultado indica que ele fez uma corridaça.
Belas corridas também fizeram o Hulkenberg e o Alguersuari, que conquistaram seus primeiros pontos na carreira, e o Kubica e Sutil, que terminaram respectivamente em 4º e 5º.
Resumo da ópera, 3 provas com 3 ganhadores de 3 equipes diferentes e, o que é mais interessante, com a liderança do campeonato nas mãos de um piloto que ainda não ganhou na temporada – Felipe Massa.
Ou seja, tá tudo embolado, com 4 pontos separando os primeiros 5 na classificação. Se a Red Bull voltar à instabilidade das primeiras duas provas e quebrar de vez em quando, a temporada pode ser muito interessante. Caso contrário, boto minhas fichas no Vettel.
Enfim, esperemos pela China.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
PEGA NA MENTIRA
teriam que jogar com camisas, shorts e meias todos de
uma só cor. Com isso, o uniforme do Brasil, por exemplo,
ficaria mais ou menos assim.
uma só cor. Com isso, o uniforme do Brasil, por exemplo,
ficaria mais ou menos assim.
Um hábito que nunca pegou direito aqui no Brasil é o de notícias falsas no dia 1o de abril, mas isso é muito forte em paises como a Inglaterra.
Pode ter certeza que, em algum momento do dia, virá alguma notícia bizarra, difícil de acreditar, de uma fonte digna.
Ainda não vi nenhuma hoje, mas lembro de uma nota do site FootballShirts no ano passado em que afirmavam que, em virtude da confusão gerada pelas cores conflitantes dos times na transmissão das partidas, a FIFA havia definido que os times nacionais teriam de jogar com uma única cor. Segue o link original.
Citavam como exemplo o novo uniforme da Inglaterra, que trocava o habitual short azul da Prússia por um branco.
O uniforme da Inglaterra de fato é todo branco agora, mas isso em nada teve a ver com uma determinação da FIFA, sendo puramente uma ideia dos estilistas da Umbro. O mesmo aconteceu com a Itália, que jogou inteiramente de azul na última Copa simplesmente porque a Puma assim definiu.
Só que o FootballShirts usou isso tudo como “evidência” para corroborar a notícia bombástica. Assim, o Brasil teria que jogar inteiramente de amarelo, a Alemanha de branco, o Uruguai de azul celeste, e por aí vai, todas as equipes sendo obrigadas a abrir mão de suas habituais combinações no uniforme.
Claro que isso tudo durou apenas algumas horas e causou um tumulto enfurecido dos leitores do blog, até ser desmentido por um HAPPY APRIL FOOL’S DAY!
Foi divertido, porque confesso que caí na história dos caras. Vamos ver o que reservam pra gente no dia de hoje.
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