segunda-feira, 20 de abril de 2009

F1 2009 - GP DA CHINA

Bom, foi mais um fim-de-semana de corrida, o que significa que vamos a mais um post automobilístico.

A história da corrida todo mundo conhece (se não conhece, vai num site especializado ou vai ler jornal). Então não vou ficar aqui enchendo a paciência de ninguém repetindo tudo de novo. Falemos sobre aspectos menos óbvios do GP.

• Em primeiro lugar, ficou mais que evidente que temos um novo geniozinho nas pistas, o tal Sebastian Vettel (pronunciado Fettel) que, mais uma vez, destruiu a concorrência numa pista encharcada. Além dele, outros pilotos mostraram que são “patos-natos” e fizeram boas corridas: o Sutil, o Glock, o Buemi e até mesmo o Kovalainen, que não só conseguiu dar mais do que UMA VOLTA nesta temporada como ainda chegou ao final da corrida à frente do companheiro Hamilton.

• Outra coisa que ficou clara é que, com esta corrida, o Barrichello assina definitivamente o atestado de segundo piloto da equipe “Button GP”. Ele conseguiu até largar à frente do piloto inglês, mas jogou tudo por água abaixo (urgh) em condições que teoricamente seriam favoráveis a ele (alguém por aí esqueceu que o cara é um ESPECIALISTA em corrida com chuva?). O mais legal é que, até a corrida da China, todo mundo estava com a impressão que a Brawn iria ganhar todas as etapas da temporada (o que significa, claro, que o Barrichello iria chegar em segundo em todas as corridas). Com isso, depois de 3 corridas o Button teria 30 pontos e o Barrica 24. Claro que não foi o que aconteceu e tivemos aquela corrida interrompida na Malásia e a surra da Red Bull nessa última prova, mas percebam que talento é talento. Mesmo com todas as adversidades, o Barrichello consegue manter a diferença pro companheiro de equipe em 6 pontos, EXATAMENTE O PREVISTO, mostrando sua inquestionável vocação pra segundo piloto, mesmo quando as circunstâncias conspiram contra. Real Man of Genius.

• Aliás, aqui vai uma perguntinha pro Galvão Bueno. Em determinado momento da prova, o Button estava em primeiro e o Barrica em segundo. O Button abria um segundo por volta e o Galvão Bueno alegava que isso era em função do inglês estar "de cara pro vento", sem nenhum carro à frente. OK. Justo. Um carro jogando litros de água na sua viseira realmente não deve mesmo proporcionar as melhores condições de pilotagem... Só que o Barrichello tava 15 segundos atrás do Button. Ou seja... ELE TAMBÉM tava com pista livre! Façam o teste. Cuspam pra cima e cronometrem quanto tempo demora até cair na cara. Acho que não dá 15 segundos, né?

• E o Trulli, hein? Faz algum tempo que eu acho que ele deveria pendurar o capacete e ir curtir uma aposentadoria com os milhões que acumulou ao longo de sua quase-carreira. Mas o “Trogli” não precisava acatar esta sugestão de parar justamente NO MEIO DA CORRIDA, sem se preocupar com quem vinha atrás dele. Deu no que deu e lá se foi o Kubica voando pela pista DE NOVO. Vale lembrar que, há dois anos, o Trulli também esteve envolvido naquela porrada que custou uma perna quebrada ao piloto polonês lá na Bélgica. Tô começando a achar que é pessoal.

• O “duelo” Raikkonen – Hamilton me lembrou daqueles mágicos que animam festa de criança. Em meio a apresentação, o cara sempre aparece com uma bolinha na mão e faz com que ela suma na frente de todo mundo. Aí a bolinha reaparece de repente, causando gargalhadas da criançada! E ele faz sumir de novo. E ela reaparece de novo! E por aí vai... A molecada vai ao delírio com esse tipo de truque, mas acho que o Hamilton não deve ter achado muito engraçado o que o piloto da Ferrari fez com ele. Era só ele ultrapassar o finlandês e... PIMBA! lá tava o Raikkonen de novo na frente dele. Sei lá como ele fez isso, mas o piloto da McLaren deve ter terminado a corrida com a impressão de ter competido com uns 17 Raikkonens.

• Aliás, falando em mágica, o que acontece com o Rosberg? Ele sempre anda forte na classificação, espera-se uma ótima corrida dele e, durante a prova, ele simplesmente vai se apagando como o Marty McFly naquela foto no De Volta Para O Futuro. Ele não aparece cometendo nenhum erro grotesco, não quebra, não roda, não abandona... só dão “fade-out” nele ao longo da prova e acabamos com a sensação de que ele nunca existiu de fato.

• Vale um destaque negativo pra organização da corrida, que ERROU FEIO o hino da equipe Red Bull, logo na primeira vitória da escuderia: colocaram, em vez do hino austríaco, o hino da Grã Bretanha. Eu até entenderia eles não terem o hino à mão se fosse a Force India que tivesse ganho, mas a Red Bull havia sido POLE. A chance deles ganharem não era exatamente a coisa mais remota do mundo, né? Coisa feia, hein? Abre o olho, China! (ops).

• E aqui vai uma última só pra constar: o Massa NÃO fez essa CORRIDAÇA que todo mundo tá dizendo. Foi culpa da Ferrari a desistência dele? Foi. Tava correndo direitinho? Tava. Mas daí pra dizer que a corrida dele estava sendo BRILHANTE? Menos, vai...


Ao entrar na Ferrari em 1996, Michael Schumacher
tentou de todas as formas
contratar Sebastian Vettel
para ser seu companheiro de equipe. Só não conseguiu
porque
o Vettel tinha apenas nove anos na época. E porque
o outro
concorrente à vaga chorou muito. MUITO MESMO.

Um comentário:

Mark disse...

Cola no teto o cuspe... :(
VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: clusablo