Bom, foi mais um fim-de-semana de corrida, o que significa que vamos a mais um post automobilístico.
A história da corrida todo mundo conhece (se não conhece, vai num site especializado ou vai ler jornal). Então não vou ficar aqui enchendo a paciência de ninguém repetindo tudo de novo. Falemos sobre aspectos menos óbvios do GP.
• Em primeiro lugar, ficou mais que evidente que temos um novo geniozinho nas pistas, o tal Sebastian Vettel (pronunciado Fettel) que, mais uma vez, destruiu a concorrência numa pista encharcada. Além dele, outros pilotos mostraram que são “patos-natos” e fizeram boas corridas: o Sutil, o Glock, o Buemi e até mesmo o Kovalainen, que não só conseguiu dar mais do que UMA VOLTA nesta temporada como ainda chegou ao final da corrida à frente do companheiro Hamilton.
• Outra coisa que ficou clara é que, com esta corrida, o Barrichello assina definitivamente o atestado de segundo piloto da equipe “Button GP”. Ele conseguiu até largar à frente do piloto inglês, mas jogou tudo por água abaixo (urgh) em condições que teoricamente seriam favoráveis a ele (alguém por aí esqueceu que o cara é um ESPECIALISTA em corrida com chuva?). O mais legal é que, até a corrida da China, todo mundo estava com a impressão que a Brawn iria ganhar todas as etapas da temporada (o que significa, claro, que o Barrichello iria chegar em segundo em todas as corridas). Com isso, depois de 3 corridas o Button teria 30 pontos e o Barrica 24. Claro que não foi o que aconteceu e tivemos aquela corrida interrompida na Malásia e a surra da Red Bull nessa última prova, mas percebam que talento é talento. Mesmo com todas as adversidades, o Barrichello consegue manter a diferença pro companheiro de equipe em 6 pontos, EXATAMENTE O PREVISTO, mostrando sua inquestionável vocação pra segundo piloto, mesmo quando as circunstâncias conspiram contra. Real Man of Genius.
• Aliás, aqui vai uma perguntinha pro Galvão Bueno. Em determinado momento da prova, o Button estava em primeiro e o Barrica em segundo. O Button abria um segundo por volta e o Galvão Bueno alegava que isso era em função do inglês estar "de cara pro vento", sem nenhum carro à frente. OK. Justo. Um carro jogando litros de água na sua viseira realmente não deve mesmo proporcionar as melhores condições de pilotagem... Só que o Barrichello tava 15 segundos atrás do Button. Ou seja... ELE TAMBÉM tava com pista livre! Façam o teste. Cuspam pra cima e cronometrem quanto tempo demora até cair na cara. Acho que não dá 15 segundos, né?
• E o Trulli, hein? Faz algum tempo que eu acho que ele deveria pendurar o capacete e ir curtir uma aposentadoria com os milhões que acumulou ao longo de sua quase-carreira. Mas o “Trogli” não precisava acatar esta sugestão de parar justamente NO MEIO DA CORRIDA, sem se preocupar com quem vinha atrás dele. Deu no que deu e lá se foi o Kubica voando pela pista DE NOVO. Vale lembrar que, há dois anos, o Trulli também esteve envolvido naquela porrada que custou uma perna quebrada ao piloto polonês lá na Bélgica. Tô começando a achar que é pessoal.
• O “duelo” Raikkonen – Hamilton me lembrou daqueles mágicos que animam festa de criança. Em meio a apresentação, o cara sempre aparece com uma bolinha na mão e faz com que ela suma na frente de todo mundo. Aí a bolinha reaparece de repente, causando gargalhadas da criançada! E ele faz sumir de novo. E ela reaparece de novo! E por aí vai... A molecada vai ao delírio com esse tipo de truque, mas acho que o Hamilton não deve ter achado muito engraçado o que o piloto da Ferrari fez com ele. Era só ele ultrapassar o finlandês e... PIMBA! lá tava o Raikkonen de novo na frente dele. Sei lá como ele fez isso, mas o piloto da McLaren deve ter terminado a corrida com a impressão de ter competido com uns 17 Raikkonens.
• Aliás, falando em mágica, o que acontece com o Rosberg? Ele sempre anda forte na classificação, espera-se uma ótima corrida dele e, durante a prova, ele simplesmente vai se apagando como o Marty McFly naquela foto no De Volta Para O Futuro. Ele não aparece cometendo nenhum erro grotesco, não quebra, não roda, não abandona... só dão “fade-out” nele ao longo da prova e acabamos com a sensação de que ele nunca existiu de fato.
• Vale um destaque negativo pra organização da corrida, que ERROU FEIO o hino da equipe Red Bull, logo na primeira vitória da escuderia: colocaram, em vez do hino austríaco, o hino da Grã Bretanha. Eu até entenderia eles não terem o hino à mão se fosse a Force India que tivesse ganho, mas a Red Bull havia sido POLE. A chance deles ganharem não era exatamente a coisa mais remota do mundo, né? Coisa feia, hein? Abre o olho, China! (ops).
• E aqui vai uma última só pra constar: o Massa NÃO fez essa CORRIDAÇA que todo mundo tá dizendo. Foi culpa da Ferrari a desistência dele? Foi. Tava correndo direitinho? Tava. Mas daí pra dizer que a corrida dele estava sendo BRILHANTE? Menos, vai...
Um comentário:
Cola no teto o cuspe... :(
VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: clusablo
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