domingo, 5 de abril de 2009

F1 2009 - GP DA MALÁSIA

Nada como acordar às 5h45 de um domingo...

Pelo menos a corrida fez com que o sacrifício tivesse valido a pena. Mas não vou ficar aqui comentando os detalhes da prova, até porque a quantidade de blogs e sites que fazem isso com muito mais precisão do que eu realmente não justifica mais um post explicando o que rolou. Todo mundo sabe que o Button levou mais uma (na verdade meia), que choveu pra dedéu na corrida, fazendo com que ela fosse interrompida na metade, que o Barrichello tem uma explicação perfeitmanete convincente para o fato dele ter sido mais uma vez dizimado pelo companheiro de equipe, etc.

Então falemos de outros aspectos sobre a corrida (não que sejam interessantes, mas pelo menos são diferentes). Por exemplo:

  • Esta foi apenas a quinta corrida na história da F1 que foi interrompida antes dos 75%. Ou seja, esta foi a quinta vez em que tiveram que recorrer a essa esquisita regra que dá aos pilotos apenas metade dos pontos que eles teriam ganho em condições normais. Uma das outras corridas em que isso aconteceu, diga-se de passagem, foi aquele GP de Mônaco de 1984 que todo mundo diz que teria sido ganho pelo Senna na Toleman, mas que de fato teria sido vencido pelo Stefan Bellof com a Tyrrell (essa você nunca tinha ouvido, né? Então reveja a corrida e diga que eu estou errado. Vai. Anda. Tá com medo, né?)
  • No GP da Malásia deste finde, o Nick Heidfeld (que terminou em segundo) igualou uma marca histórica: subiu ao pódio pela 12a vez... SEM NUNCA TER GANHO UMA CORRIDA. O único outro piloto que conseguiu esta "proeza" foi o bom e velho Stefan Johansson, sendo que ambos conseguiram um pódio a mais do que o azarão#1 de toda a história da Fórmula 1: o Cris Amon. Eu fico pensando no que isso deve significar pro Heidfeld. Chegar tão perto, tantas vezes, e nunca levar... deve ser como... bom, me faltam metáforas agora, mas imagine algo que você quer MUITO e que nunca consegue, mas sempre QUASE chega lá. Imaginou? Então... deve ser mais ou menos assim que o Heidfeld se sente...
  • Por sinal, o Heidfeld é também (como era de se esperar) o detentor do recorde de maior números de pontos sem uma vitória (204), com mais que o dobro do segundo colocado (101,5), piloto este que também está em atividade - o Mark Webber. Já imaginaram se o Heidfeld por alguma bizarrice chegasse em segundo nas provas restantes da temporada, enquanto o vencedor fosse se revezando? O cara ganharia o título da F1 sem ter ganho UMA ÚNICA CORRIDA NA VIDA. Sonhar não custa nada, né?
  • A Toyota fez uma corridaça, mas uma coisa que não entendi vendo a transmissão (pode ser que, pelo horário, minha capacidade de concentração estivesse um tanto limitada (ou pode ser, também, que minha capacidade de concentração esteja SEMPRE limitada, independente de horário)) é como o Glock não ultrapassou o Button. Aliás, como é que NINGUÉM ultrapassou o Button? A impressão que eu tive é que o cara parou nos boxes umas 17 vezes, e SEMPRE saía em primeiro.
  • Pergunta: o que acontece com a Williams que ela parece ter fetiche por filho de ex-piloto? Ter numa equipe de Fórmula 1 uma dupla de pilotos como o Rosberg e Nakajima, que são os filhos de dois ex-pilotos da F1 (éhm... do... Rosberg e do Nakajima) parece tão estatisticamente improvável que não parece possível que isso tenha acontecido alguma outra vez na história. Só que aconteceu. O Jacques Villeneuve e o Damon Hill (filhos do Gilles e do Graham) já foram companheiros de equipe antes da dupla atual da Williams. E adivinha por qual equipe.
  • Outra pergunta: o que acontece com o Raikkonen que pegou uma COCA-COLA na geladeira do boxe depois da corrida? Será que ele tá tomando algum antibiótico? Ou ele foi atrás de uma garrafa de rum pra completar a sua cuba libre e a transmissão não mostrou? NÃO ME DECEPCIONA, HEIN, RAIKA?
  • Outro recorde foi batido este fim de semana. Com esta corrida, a primeira que o Galvão Bueno narra em 2009, são 29 temporadas consecutivas em que o locutor classifica o esporte de "a nova Fórmula 1", jurando que está presenciando o começo de temporada mais espetacular da história.
  • Um último comentário: não achei que a equipe teve culpa em mandar o Raikkonen de volta pra pista com os pneus de chuva quando esta estava ainda ameaçando. Claro que a história da prova mostra que a decisão foi de fato equivocada, mas se tivesse dado certo, todo mundo estaria aclamando a Ferrari como aquela equipe que sabe tudo de estratégia e afins. Deu errado, mas era mesmo um risco que eles tinham que correr. Se a chuva tivesse colaborado só um pouquinho, o finlandês levava essa. Mas... a chuva não colaborou, o Kimi não levou e, como diria meu filho Anthony: "close, but no cigar, né Daddy?"

Ao saber que a prova não seria reiniciada por causa
do excesso de água na pista,
Jenson Button sai do carro
e comemora
mais uma vitória na temporada

Um comentário:

Mark disse...

Então. Não vou levar suas considerações no blog como uma espécie de lei para toda a vida, OK?