domingo, 24 de julho de 2011

F1 2011 - GP DA ALEMANHA

Estava procurando algo para ilustrar este post, mas, durante o almoço,
meu filho Anthony - que havia assistido à corrida comigo- desenhou
o que para ele foi um dos momentos marcantes da prova: após a bandeirada,
Alonso foi orientado
pela Ferrari a parar ao lado da pista,
provavelmente sem combustível para
chegar aos boxes. Mark Webber,
que passava por lá, parou e deu uma
carona para o espanhol,
bem nos moldes de Mansell e Senna em 1992.
Na hora de postar, decidi
pegar o desenho dele, escanear e "colorir" no computador.
Eu poderia ter procurado uma foto real da cena, mas convenhamos:
isso vocês encontram
em qualquer site de F1, né não?


Bem no GP da Alemanha, pela primeira vez na temporada o alemão Sebastian Vettel não largou na primeira fila. Sem conseguir encontrar o acerto ideal para sua Red Bull na qualificação, foi obrigado a largar láááááááááá atrás, em TERCEIRO.

Não sou um grande fã de Nurburgring, preferindo o saudoso e veloz circuito de Hockenheim – que não existe mais depois que o mau e velho Hermann Tilke destruiu suas belíssimas retas em meio à Floresta Negra – então não sabia muito bem o que esperar da corrida.

Felizmente, mais uma vez na temporada, a Fórmula-1 surpreendeu positivamente. A corrida foi divertida, cheia de pegas, repleta de ultrapassagens corajosas e, como bônus, ainda mostrou que a Red Bull e Sebastian Vettel não são imbatíveis.

O pole, Mark Webber, largava ao lado de Lewis Hamilton, seguidos por Vettel, Alonso e Massa.

Na largada, o australiano engasgou e permitiu ultrapassagem de Hamilton. Atrás dos dois, Vettel sofria pressão dupla da Ferrari, com Alonso passando e Massa quase. Na briga, sobrou para o brasileiro, que perdeu a quarta posição para um oportunista Nico Rosberg.

Na volta seguinte, Vettel recuperou a terceira posição de Alonso e os 3 líderes foram se distanciando de Rosberg e, consequentemente, de Massa.

Mas, na volta 8, Vettel pisou fora da pista e, com a grama molhada pela chuva da manhã, rodou. O alemão conseguiu voltar, mas em quarto.

Outro alemão que decidiu levar seu carro para fora da pista foi Heidfeld, numa disputa com Alguersuari. O espanhol espremeu o alemão para fora da pista e o piloto da Renault Lotus atropelou uma placa de sinalização antes de parar definitivamente na brita.

Lá na frente, Hamilton, Alonso e Webber brigavam acirradamente pela liderança. O piloto australiano da Red Bull foi o primeiro a parar para fazer sua troca e, nas voltas seguintes, os demais líderes seguiram seu exemplo. No entanto, parar primeiro deu a Webber a chance de fazer duas voltas rápidas enquanto os outros já sentiam o desgaste dos pneus. Como consequência, quando Hamilton e Alonso voltaram de seus respectivos pit-stops, se encontraram atrás do australiano.

Sutil se encontrava em um bom quarto lugar, seguido por Button (que havia largado mal e vinha em corrida de recuperação). Massa e Vettel estavam em 8º e 9º e esta seria uma disputa que se estenderia pelo resto da corrida. Atrás deles, a dupla da Mercedes – Rosberg e Schumacher.

Entre o 3º Alonso e o 8º Massa, um pelotão que não havia parado nos boxes, deixando claro que tínhamos duas estratégias distintas na prova – 2 ou 3 paradas.

O fato é que, em decorrência disso, tinha gente veloz lá atrás, como Massa, Vettel, Rosberg e Schumacher. E isso ocasionou algumas boas brigas, belas ultrapassagens e uma rodada de Schumacher que causou uma observação interessante do meu filho Anthony, que assistia à corrida junto comigo:

“Você viu que só os alemães estão rodando?”

Era verdade, mas, com conhecimentos nulos de física quântica e sem saber o que fazer com tal informação, segui assistindo à corrida.

O pit-stop da volta 25 confirmou que Button tinha uma estratégia distinta dos líderes e pararia apenas duas vezes. Por alguns instantes, deu-se a impressão de que ele poderia estar armando uma de suas notórias jogadas estratégicas, mas o fato é que, por mais combativo que ele estivesse sendo, os boxes o chamariam para recolher o carro em virtude de uma pane hidráulica detectada pela telemetria.

Foi o segundo abandono consecutivo de Button e, curiosamente ambos aconteceram nos boxes.

Na metade da prova, a segunda rodada de paradas para os líderes resultou numa inversão na liderança. O terceiro dos líderes a parar, Alonso conseguiu voltar na liderança, com Hamilton colado nele. O reinado do espanhol durou apenas algumas curvas, com o inglês fazendo uma belíssima ultrapassagem por fora e assumindo a ponta.

Os líderes estavam próximos, mas sem chances reais de ultrapassagem entre si, e então a transmissão focava o duelo Massa-Vettel, agora já consolidados em 4º e 5º. O alemão parecia ser mais veloz que o brasileiro, mas não conseguia achar brecha para passar.

Ele até tentou ganhar a posição nos boxes, mas a Ferrari foi mais eficiente e devolveu Massa ainda à frente de Vettel.

Hamilton foi o primeiro dos líderes a fazer sua última parada nos boxes para finalmente usar os temidos pneus duros e com isso parecia-se que Alonso e Webber – ainda com os mais velozes macios – conseguiriam tirar a diferença.

Não foi o caso. Os pneus duros se mostraram eficientes e o resultado da prova se mostrava já praticamente definido. Alonso e Webber pararam na sequência e voltaram sem mudanças de posição, deixando a emoção da prova a cargo de Massa e Vettel, que brigavam intensamente lá atrás.

Como só haviam usado os pneus macios, o regulamento obrigava ambos a uma última troca para o composto mais duro, e tanto Massa quanto Vettel ficaram esperando por uma decisão do outro para dar um bote vencedor.

Só que ninguém parava e os dois seguiram em procissão até a penúltima volta, quando não tinha mais jeito. Ambos entraram nos boxes ao mesmo tempo e a Red Bull conseguiu se redimir do péssimo trabalho que havia feito na corrida anterior, permitindo que seu piloto saísse dos boxes antes do brasileiro da Ferrari.

Resultado: vitória de Hamilton, seguido por Alonso e Webber. Em 4º Vettel, que pela primeira vez em 11 corridas não termina a prova no pódio. Isso até pareceria algum tipo de recorde se a gente não se lembrasse de que existiu um tal Michael Schumacher, que já teve uma sequência de DEZENOVE pódios consecutivos...

Enfim, semana que vem tem mais. Vamos ver o que acontece.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A FÓRMULA-1 PERDE A COR

Lamentavelmente, morreu na quarta-feira um senhor chamado Cloacyr Sid Mosca.

Era um artista e referência no mundo do automobilismo, responsável por um dos mais emblemáticos capacetes de toda a história – o que aparece na foto acima e que dispensa legendas.

Além de ter pintado os capacetes de gigantes como Emerson, Piquet, Senna, Barrichello, Keke Rosberg e Hakkinen, entre outros, Sid Mosca também foi responsável pela arte de equipes como a Coopersucar, Brabham, Lotus, e Jordan.

Não à toa, foi o artista escolhido pela FIA para desenvolver 50 capacetes comemorativos para os 50 anos da Fórmula-1.

Os 50 cascos continham o nome e as bandeiras do país de cada campeão e de sua respectiva equipe. Abaixo, o que celebra o tricampeonato de Niki Lauda, em 1984.


Nas palavras do próprio Mosca:

"A pintura do capacete é a outra face do piloto, que lhe dá uma identificação quando está em ação nas pistas, e me sinto feliz por poder participar da criação da sua imagem, peça valiosa e importante no decorrer da sua carreira. Sinto-me gratificado pelo reconhecimento pleno que tenho tido na minha profissão".

So true...

E eu, na humilde posição de grande fã de pinturas de capacete que sou, sinto-me gratificado por ter tido meus domingos de corrida mais vibrantes e cheios de cor, graças ao talentoso aerógrafo deste grande mestre que nos deixa.

terça-feira, 12 de julho de 2011

DANDO NOMES AOS BLOGS

Muita gente me pergunta (na verdade só uma pessoa - o Vinícius Galan) sobre o significado do nome deste blog.

A resposta é que, quando adolescente, assisti ao filme "Uma Noite Alucinante" (Evil Dead II) e fiquei completamente fissurado. Pra quem não sabe, é um dos primeiros trabalhos do Sam Raimi, que mais tarde viria filmar a trilogia do Homem Aranha.

A gente decorava partes do filme de cor e rapidamente a obra se tornou uma referência cultural na vida da minha tchurma na escola (o que, de verdade, não significa muita coisa).

De qualquer forma, o filme é tudo isso mesmo.

Com pouquíssimos recursos, o Raimi fez algo incrivelmente criativo, sempre na berlinda entre o nonsense e o assustador, com travelings de câmera absolutamente geniais, e criando um dos mais emblemáticos personagens de toda a história do cinema de terror: o Ash.

No "Uma Noite Alucinante", o Ash - um simples vendedor numa loja de conveniências - decide passar uns dias numa cabine abandonada com a noiva e um grupo de amigos. Sem querer, ele liga um gravador que contém a gravação de um rito satânico que abre as portas do além para criaturas monstruosas e sanguinárias, que vão transformando todos no grupo em demônios.

Não vou contar a história do filme todo aqui (até porque acabo de fazer isso), mas o fato é que ele teve uma continuação chamada "Army Of Darkness", em que o Ash se encontra na idade média(!), tendo que lidar com cavaleiros, donzelas e, claro, demônios.

E aí, na cena abaixo, depois de apanhar muito, ele pega sua espingarda de cano duplo e decide mostrar quem é que manda à prole medieval - que ele carinhosamente denomina "primitive screwheads".

Francamente, acho a cena um clássico, acho o filme um clássico e acho o Sam Raimi um clássico.

E este blog não poderia deixar de referenciar tal genialidade:



P.S. A saber: apesar do termo "Boomstick" ter sido inspirado neste filme, o nome "A Fistful Of Boomstick" vem do joguinho que foi desenvolvido em homenagem ao filme - numa doentia alusão ao clássico de 1964 "A Fistful of Dollars", com o inigualável Clint Eastwood.
A saber, é outro FILMAÇO.

domingo, 10 de julho de 2011

ICONOCLAST - O NOVO SYMPHONY X


Apesar de já ter adquirido o disco há tempos, demorei um pouco para postar sobre o novo Symphony X - "Iconoclast" (já tinha falado sobre ele aqui) - porque queria ouvi-lo com atenção.

O Symphony X é assim mesmo. Você precisa ouvir o disco algumas vezes para absorver as incontáveis toneladas de massa sonora que existem em cada música. Agora, depois de ter ouvido o disco várias vezes na íntegra, me sinto mais à vontade para falar sobre este que é o oitavo trabalho da banda, o primeiro desde "Paradise Lost", de 2007.

Numa casca de noz: este é provavelmente o melhor disco do ano e a melhor coisa que ouvi desde o espetacular “Digital Ghosts” do Shadow Gallery. Digo provavelmente porque ainda vem por aí o “A Dramatic Turn Of Events” do Dream Theater, mas a verdade é que o DT vai ter que suar muito se quiser superar o “Iconoclast”.

O guitarrista Michael Romeo havia prometido que o disco seria o mais pesado e visceral da banda até agora, e acho que é mesmo. Só que, apesar de todo o peso nas guitarras e na bateria incrivelmente precisa de Jason Rullo, há uma belíssima musicalidade que permeia o álbum todo, algo que confesso que senti um pouco de falta no antecessor “Paradise Lost”.

Tenho certeza que muitos sites por aí vão afirmar que o disco é uma espécie de colcha de retalhos dos trabalhos anteriores do Symphony X porque, de fato, há uma sensação de déjà écouté (existe esta expressão?) ao longo de certas passagens musicais. Mas o que para alguns vai soar como cópia-de-si-mesmos, para mim soou mais como a banda se mantendo fiel ao estilo que a tornou uma das referências do prog metal.

O Symphony X tem um som muito característico, mas que explorou de maneiras distintas ao longo da carreira. Neste disco, eles remetem a todos esses estilos nas 12 músicas (lançaram também uma versão reduzida com um CD, mas deixem para lá e arranjem logo a edição especial dupla). O resultado dessa mistura de estilos é um disco suprendentemente eclético. É quase como se cada música tivesse sido lançada em determinado momento da carreira e só agora eles tivessem decidido juntar tudo.

Não vou ficar desmembrando música por música, mas a destacar:

A música de abertura “Iconoclast” tem uma levada meio “Odyssey” e é quase acessível. Com refrão bacana e os característicos corais ajudando a dar uma levada mais sinfônica, é uma maneira bem “épica” de começar o disco, colocando o ouvinte logo de cara na vibe da banda.

“The End Of Innocence” eu particularmente não tinha curtido muito da primeira vez que ouvi. Ela me soou um pouquinho boring, mas aí vem a segunda metade da música, com uma mudança de ritmo que dá um peso contagiante à música, seguida por um solo impressionante de Romeo, que tem a técnica do Yngwie Malmsteen, só que com bom gosto.

“Dehumanized” – tem o riff mais awesome e brutal do disco, me obrigando a deixar a música num loop eterno. A música tem um quê de "Orion, the Hunter", do disco "Twilight In Olympus" e, em alguns momentos a guitarra lembra a “Stick It Out” do Rush, só que com ainda mais peso e punch. Isso tudo somado a um solo mais melódico do Romeo jogaram a música pra minha lista de favoritas da banda.

Bacana também é “Children of a Faceless God”, com mais um riff bem característico do Symphony X. Me lembrou um pouco o estilo do disco “Paradise Lost”, com uma levada sombria meio “rolo compressor” e um refrão meio chiclete-de-ouvido. O mesmo acontece com “Electric Messiah” – um refrão que você se pega cantarolando pelos cantos sem perceber.

“Prometheus (I Am Alive)” me lembrou o álbum “Twylight In Olympus”, com riffs rápidos e violentos se mesclando com momentos mais, digamos assim, contemplativos, e um refrão memorável.

E, claro, tinha que ter uma música com aqueles riffs de guitarra do Romeo que mais parecem solos – “Light Up The Night”. O riff é praticamente uma cópia da música “Evolution (The Grand Design)” do disco “V”, mas o refrão puxa mais para o metal melódico à la Rhapsody (sem o fator ridículo dos italianos).

Outra música digna de destaque é a derradeira “Reign In Madness”, que é a música mais cheia de texturas do disco - seria quase a "Divine Wings Of Tragedy" do disco. Com riffs poderosos e uma melodia interessante, ela fecha o álbum de maneira potente e épica, causando até mesmo uma sensação de melancolia ao você se dar conta de que acabaram as músicas do disco.

Ia falar só dos destaques do disco e acabei falando da maioria, o que pode dar a impressão que as 3 ou 4 que faltaram são ruins, mas não são. O disco todo é uma grande e poderosa porrada auditiva que com certeza vai ficar integralmente no meu i-pod durante muito, muito tempo.

Two enthusiastic thumbs up from Charles

F1 2011 - GP DA GRÃ BRETANHA

Sebastian Vettel fez uma simpática homenagem a seus mecânicos
no seu capacete e eles agradeceram jogando a liderança da prova
no colo de Fernando Alonso. Após a prova, o alemão saiu do
carro enfurecido e pegou uma caneta para fazer uma rápida
homenagem ao mecânico responsável pelo macaco hidráulico.


Só não podemos dizer que o GP da Grã Bretanha foi a melhor corrida da temporada porque neste ano aconteceu também o fantástico GP do Canadá, mas chega a ser uma pena, porque a prova em Silverstone foi um espetáculo.

Confesso que, quando a corrida começou, com pista molhada e previsão de que não voltaria a chover, cheguei a ficar um pouco decepcionado, especialmente com as duas Red Bull dividindo a primeira fila. Imaginei que os dois sumiriam no horizonte e que esta seria a corrida mais monótona da temporada.

Felizmente, me enganei.

Na largada, o pole Webber foi ultrapassado por Vettel, que assumiu seu habitual primeiro posto. Lá atrás, um ótimo Paul Di Resta brigava com Lewis Hamilton, que acabou ultrapassando o escocês e logo na sequência ainda viria ultrapassar seu companheiro de equipe, assumindo a 5ª posição.

As primeiras voltas foram um constante troca-troca de posições, mas quando os carros finalmente se assentaram, a ordem era Vettel, Webber, Alonso, Massa, Hamilton e Button nas primeiras 6 posições.

Na pista, muitas disputas – Webber e Alonso, Massa e Hamilton, Schumacher e Kobayashi – até que vimos o heptacampeão alemão entrando nos boxes na volta 10 para trocar seus pneus intermediários por slicks. Na verdade, a parada não foi exatamente o que poderíamos chamar de uma troca programada, porque ela aconteceu em decorrência de um toque entre Schumacher e Kobayashi, em que o alemão destruiu mais um aerofólio dianteiro na temporada.

Isso acabaria ainda rendendo um stop & go de 10 segundos ao alemão, mas o fato é que ele voltou da troca muito rápido, fazendo volta mais rápida após volta mais rápida. O resultado foi que todo mundo decidiu seguir o exemplo e trocar seus pneus pelos de pista seca. Nisso, tivemos um bizarro acidente entre Kobayashi e Maldonado nos boxes, em que o japonês, liberado pela sua equipe, voltou para o pitlane bem na hora em que o venezuelano entrava nos boxes à sua frente, e os dois colidiram. Sem consequências mais graves, mas, assim como Schumacher, Kobayashi teve que pagar um stop & go pelo ocorrido.

Na pista, Hamilton era muito veloz e ultrapassou Alonso, abocanhando a 3ª posição. Com uma sequência de voltas mais rápidas – seguido de perto por Alonso – o piloto inglês rapidamente se aproximou da dupla Red Bull.

Mas os pneus do piloto da McLaren começavam a se desgastar, e o espanhol da Ferrari aproveitou para passar utilizando o insuportável DRS, mais conhecida como ASA MÓVEL.

Na volta 26, Kobayashi aparecia abandonando a prova devido a algo que pouco se viu nesta temporada até agora: problemas de motor. Logo depois, o escocês Paul Di Resta (isso lá é nome de escocês?), que corria muito bem em 7º, via sua corrida ir por água abaixo graças a uma trapalhada nos boxes, em que a equipe não conseguia se decidir quanto a quais pneus colocar no seu carro, resultando numa perda de mais de 40 segundos. Um pecado pela boa corrida do rapaz.

Dos líderes, Hamilton foi quem inaugurou a segunda rodada de paradas e, como havia feito na parada anterior, voltou muito rápido. E aí aconteceu o momento-chave da prova. Vettel e Alonso entraram juntos nos boxes. Os mecânicos da Red Bull se atrapalharam com o macaco hidráulico e Vettel perdeu a posição para Alonso, que não tinha nada com isso e saiu dos boxes liderando a prova.

Então na metade da corrida, tínhamos Alonso liderando, seguido por Hamilton, Vettel, Webber e Button. A expectativa era de que Vettel reagiria e retomasse as duas posições, mas o que se via era Alonso muito rápido, aumentando a diferença a cada volta.

Hamilton e Vettel brigaram muito até que o alemão decidiu entrar nos boxes para voltar com pneus novos, na expectativa de tirar tempo de Hamilton e Alonso. Conseguiu passar o inglês quando a McLaren parou, mas Alonso estava muito à frente.

Nessa rodada de paradas, mais uma trapalhada nos boxes – desta vez com Jenson Button. Esqueceram de fixar a porca na sua roda dianteira direita, e o inglês estacionou com a roda solta logo na saída dos boxes. Lembrou um episódio parecido com o inigualável Nigel Mansell em 1991. Pena que o Button é mais contido e não socou o volante enfurecido como o bom e velho Leão...

Aí com Alonso indo embora, parecia que a corrida estava decidida, mas, se isso era verdade para o espanhol, da 2ª posição pra trás a prova se incendiou.

Hamilton havia corrido tão rápido ao longo da corrida que o consumo de combustível havia se tornado um elemento crítico para que ele pudesse chegar ao fim. Como resultado, ele foi obrigado a reduzir o ritmo e, não demorou muito, ser ultrapassado por Mark Webber numa belíssima ultrapassagem por fora.

Webber chegou em Vettel, que também não conseguia manter um bom ritmo de corrida, enquanto Hamilton agora sofria pressão de Felipe Massa.

As últimas 3 voltas foram uma delícia de assistir. Webber chegou em Vettel e foi para o ataque. O mesmo acontecia com Massa para cima de Hamilton, e dava vontade de acompanhar as duas disputas simultaneamente, porque cada curva era disputada no limite. Quase perdemos a bandeirada de Alonso.

Na última volta, a Red Bull pediu a Webber que não ultrapassasse, o que foi meio broxante, e o australiano teve que se contentar com o 3º lugar.

Logo atrás, Massa vinha com tudo para tentar passar Hamilton e os dois fizeram as últimas curvas lado a lado, se tocando inúmeras vezes, mas o inglês conseguiu manter a posição numa chegada de tirar o fôlego, com os dois separados por míseros 24 milésimos. O Reginaldo Leme achou que a disputa mais, como direi, “física” entre os dois merecia punição para Hamilton, mas eu discordo. Foi uma briga na pista, à la Fórmula-1 de outros tempos. Não acho que seria bom para o esporte que se punisse esse tipo de disputa. Mas vamos ver...

E agora nos resta esperar o GP da Alemanha, daqui a duas semanas, para ver se a Ferrari se encontrou de fato, se a McLaren tem poder de reação e se o Vettel vai em algum momento da temporada terminar uma prova em uma posição que não seja 1º ou 2º.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

F1 2011 - GP DA EUROPA

Aqui uma imagem de Sebastian Vettel parando para trocar pneus.
Fora isso, não aconteceu muita coisa no Grande Prêmio da Europa.


Depois da corridaça que foi o GP do Canadá, a gente mais ou menos esperava que o da Europa fosse no mínimo interessante. Pois é. A esperança pode ser a última que morre,mas até o fim da corrida ela já estava enterrada a 7 palmos.

Ê corridinha monótona.

Essencialmente, o Vettel dominou a prova toda, controlando a distância para os demais pilotos com frieza e competência. As muitas ultrapassagens que achávamos que iríamos ver por causa da bendita ASA MÓVEL (ou Drag Reduction System, caso prefira ser pedante), não aconteceram e espero que isso acabe tirando esta aberração da Fórmula-1, porque nunca simpatizei com qualquer recurso que dê uma falsa competitividade a quem não consegue passar o rival NA PISTA.

De qualquer forma, no quesito destaques a corrida foi muito carente. Tivemos uma boa largada de Felipe Massa, que pulou de 5º para 3º - quase 2º - mas a corrida do brasileiro foi prejudicada por uma estratégia meio lusitana de ficar na pista por mais tempo – com pneus desgastados – enquanto o resto da patota (alguém ainda fala “patota"?!) parava nos boxes para fazer suas trocas e voltava com pneus novos e mais rápidos.

Tivemos também o Schumacher – que havia feito uma brilhante corrida no Canadá – voltando à mediocridade com a qual tem flertado ao longo das últimas duas temporadas. Além de não conseguir acompanhar o ritmo do companheiro Rosberg, ele ainda bateu na traseira do Petrov e teve que trocar seu aerofólio, dando adeus a qualquer chance na prova.

O Button, que vinha de uma espetacular vitória, teve problemas no KERS (outra bobagem que Charles não gosta) e ficou lá pra trás. Seu companheiro de equipe – Lewis Hamilton – não teve problema com o KERS, mas mesmo assim não conseguiu acompanhar os líderes, terminando num melancólico 4º lugar.

Mas se a McLaren não estava no pódio e a poderosa Red Bull tem apenas dois carros, quem completou o pódio? Pois é. O sempre simpático boa-gente Fernando Alonso não só completou o pódio, como chegou em 2º, jogando Mark Webber para 3º.

Tudo bem que o australiano teve problemas com o câmbio e perdeu muito tempo com isso no final da corrida, mas o fato é que o Alonso já estava à sua frente, beneficiado por uma estratégia mais inteligente, trocando seus pneus no momento certo e conseguindo tirar a posição do Webber nos boxes. Será que a Ferrari está se encontrando?

Foi uma daquelas corridas como tínhamos na época do Schumacher na Ferrari, em que não importava a posição em que o alemão estava, uma parada no momento certo sempre acabava colocando a liderança no colo do cara.

Enfim, corrida chata, mas com ao menos uma particularidade bem interessante: a corrida bateu o recorde de pilotos classificados no fim da prova. Como não tivemos um único abandono, os 24 que largaram terminaram.

Uhu... presenciamos uma ocasião histórica. Soltem fogos.

Mas vamos combinar que, com tanta gente correndo, era de se esperar uma corrida um pouco mais apimentada...

domingo, 3 de julho de 2011

SAI O PRIMEIRO SINGLE DO DISCO "A DRAMATIC TURN OF EVENTS" DO DREAM THEATER


Aos poucos vão saindo mais detalhes do disco "A Dramatic Turn Of Events" do Dream Theater - o 11º da banda e primeiro sem o carismático baterista Mike Portnoy.

Acima, o que deve ser a capa do disco. Digo "deve ser" porque vazou na net há algumas semanas a capa abaixo, e todo mundo acreditou:


Seja como for, a banda acaba de lançar o primeiro single - a música "On The Backs Of Angels" no YouTube e a imagem que apareceu foi a do equilibrista.

Ouvi a música (cliquem aqui para acessar o vídeo no YouTube - eles não permitem embed...) e achei que tem uma levada meio parecida com o tipo de trabalho que a banda tem feito nos últimos discos: menos pesada e mais épica, com sonoridade até certo ponto acessível.

À primeira vista, o novo baterista Mike Mangini não fica devendo nada pro Portnoy e segura a onda com bastante competência. Mas confesso que a música não me fez dar pulos de empolgação por aí.

É bacana, tem bastante coisa interessante acontecendo ao longo dos mais de 8 minutos de música, mas para mim faltou um pouco de "surpresa", de punch.

Claro que é só uma música e o disco terá mais 8, então não vou desanimar antes de ouvir o resto do álbum. Esperemos...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

NOVO SEGUNDO UNIFORME DA INGLATERRA

Ó aí o novo uniforme 2 da Inglaterra.

O país troca o tradicional vermelho pela primeira vez em 15 anos (a última vez havia sido na EuroCopa de 1996, quando usou aquele interessante kit cinza).

Só para constar, a Inglaterra já havia usado um kit azul no final da década de 80, como vocês podem ver na foto abaixo.


Mas pessoalmente eu prefiro o azul marinho. E, pessoalmente, prefiro um segundo uniforme VERMELHO.

Mas enfim, no final das contas, pelo menos ficou elegante.