Estava procurando algo para ilustrar este post, mas, durante o almoço,
meu filho Anthony - que havia assistido à corrida comigo- desenhou
o que para ele foi um dos momentos marcantes da prova: após a bandeirada,
Alonso foi orientado pela Ferrari a parar ao lado da pista,
provavelmente sem combustível para chegar aos boxes. Mark Webber,
que passava por lá, parou e deu uma carona para o espanhol,
bem nos moldes de Mansell e Senna em 1992. Na hora de postar, decidi
pegar o desenho dele, escanear e "colorir" no computador.
Eu poderia ter procurado uma foto real da cena, mas convenhamos:
isso vocês encontram em qualquer site de F1, né não?
meu filho Anthony - que havia assistido à corrida comigo- desenhou
o que para ele foi um dos momentos marcantes da prova: após a bandeirada,
Alonso foi orientado pela Ferrari a parar ao lado da pista,
provavelmente sem combustível para chegar aos boxes. Mark Webber,
que passava por lá, parou e deu uma carona para o espanhol,
bem nos moldes de Mansell e Senna em 1992. Na hora de postar, decidi
pegar o desenho dele, escanear e "colorir" no computador.
Eu poderia ter procurado uma foto real da cena, mas convenhamos:
isso vocês encontram em qualquer site de F1, né não?
Bem no GP da Alemanha, pela primeira vez na temporada o alemão Sebastian Vettel não largou na primeira fila. Sem conseguir encontrar o acerto ideal para sua Red Bull na qualificação, foi obrigado a largar láááááááááá atrás, em TERCEIRO.
Não sou um grande fã de Nurburgring, preferindo o saudoso e veloz circuito de Hockenheim – que não existe mais depois que o mau e velho Hermann Tilke destruiu suas belíssimas retas em meio à Floresta Negra – então não sabia muito bem o que esperar da corrida.
Felizmente, mais uma vez na temporada, a Fórmula-1 surpreendeu positivamente. A corrida foi divertida, cheia de pegas, repleta de ultrapassagens corajosas e, como bônus, ainda mostrou que a Red Bull e Sebastian Vettel não são imbatíveis.
O pole, Mark Webber, largava ao lado de Lewis Hamilton, seguidos por Vettel, Alonso e Massa.
Na largada, o australiano engasgou e permitiu ultrapassagem de Hamilton. Atrás dos dois, Vettel sofria pressão dupla da Ferrari, com Alonso passando e Massa quase. Na briga, sobrou para o brasileiro, que perdeu a quarta posição para um oportunista Nico Rosberg.
Na volta seguinte, Vettel recuperou a terceira posição de Alonso e os 3 líderes foram se distanciando de Rosberg e, consequentemente, de Massa.
Mas, na volta 8, Vettel pisou fora da pista e, com a grama molhada pela chuva da manhã, rodou. O alemão conseguiu voltar, mas em quarto.
Outro alemão que decidiu levar seu carro para fora da pista foi Heidfeld, numa disputa com Alguersuari. O espanhol espremeu o alemão para fora da pista e o piloto da Renault Lotus atropelou uma placa de sinalização antes de parar definitivamente na brita.
Lá na frente, Hamilton, Alonso e Webber brigavam acirradamente pela liderança. O piloto australiano da Red Bull foi o primeiro a parar para fazer sua troca e, nas voltas seguintes, os demais líderes seguiram seu exemplo. No entanto, parar primeiro deu a Webber a chance de fazer duas voltas rápidas enquanto os outros já sentiam o desgaste dos pneus. Como consequência, quando Hamilton e Alonso voltaram de seus respectivos pit-stops, se encontraram atrás do australiano.
Sutil se encontrava em um bom quarto lugar, seguido por Button (que havia largado mal e vinha em corrida de recuperação). Massa e Vettel estavam em 8º e 9º e esta seria uma disputa que se estenderia pelo resto da corrida. Atrás deles, a dupla da Mercedes – Rosberg e Schumacher.
Entre o 3º Alonso e o 8º Massa, um pelotão que não havia parado nos boxes, deixando claro que tínhamos duas estratégias distintas na prova – 2 ou 3 paradas.
O fato é que, em decorrência disso, tinha gente veloz lá atrás, como Massa, Vettel, Rosberg e Schumacher. E isso ocasionou algumas boas brigas, belas ultrapassagens e uma rodada de Schumacher que causou uma observação interessante do meu filho Anthony, que assistia à corrida junto comigo:
“Você viu que só os alemães estão rodando?”
Era verdade, mas, com conhecimentos nulos de física quântica e sem saber o que fazer com tal informação, segui assistindo à corrida.
O pit-stop da volta 25 confirmou que Button tinha uma estratégia distinta dos líderes e pararia apenas duas vezes. Por alguns instantes, deu-se a impressão de que ele poderia estar armando uma de suas notórias jogadas estratégicas, mas o fato é que, por mais combativo que ele estivesse sendo, os boxes o chamariam para recolher o carro em virtude de uma pane hidráulica detectada pela telemetria.
Foi o segundo abandono consecutivo de Button e, curiosamente ambos aconteceram nos boxes.
Na metade da prova, a segunda rodada de paradas para os líderes resultou numa inversão na liderança. O terceiro dos líderes a parar, Alonso conseguiu voltar na liderança, com Hamilton colado nele. O reinado do espanhol durou apenas algumas curvas, com o inglês fazendo uma belíssima ultrapassagem por fora e assumindo a ponta.
Os líderes estavam próximos, mas sem chances reais de ultrapassagem entre si, e então a transmissão focava o duelo Massa-Vettel, agora já consolidados em 4º e 5º. O alemão parecia ser mais veloz que o brasileiro, mas não conseguia achar brecha para passar.
Ele até tentou ganhar a posição nos boxes, mas a Ferrari foi mais eficiente e devolveu Massa ainda à frente de Vettel.
Hamilton foi o primeiro dos líderes a fazer sua última parada nos boxes para finalmente usar os temidos pneus duros e com isso parecia-se que Alonso e Webber – ainda com os mais velozes macios – conseguiriam tirar a diferença.
Não foi o caso. Os pneus duros se mostraram eficientes e o resultado da prova se mostrava já praticamente definido. Alonso e Webber pararam na sequência e voltaram sem mudanças de posição, deixando a emoção da prova a cargo de Massa e Vettel, que brigavam intensamente lá atrás.
Como só haviam usado os pneus macios, o regulamento obrigava ambos a uma última troca para o composto mais duro, e tanto Massa quanto Vettel ficaram esperando por uma decisão do outro para dar um bote vencedor.
Só que ninguém parava e os dois seguiram em procissão até a penúltima volta, quando não tinha mais jeito. Ambos entraram nos boxes ao mesmo tempo e a Red Bull conseguiu se redimir do péssimo trabalho que havia feito na corrida anterior, permitindo que seu piloto saísse dos boxes antes do brasileiro da Ferrari.
Resultado: vitória de Hamilton, seguido por Alonso e Webber. Em 4º Vettel, que pela primeira vez em 11 corridas não termina a prova no pódio. Isso até pareceria algum tipo de recorde se a gente não se lembrasse de que existiu um tal Michael Schumacher, que já teve uma sequência de DEZENOVE pódios consecutivos...
Enfim, semana que vem tem mais. Vamos ver o que acontece.