domingo, 10 de julho de 2011

ICONOCLAST - O NOVO SYMPHONY X


Apesar de já ter adquirido o disco há tempos, demorei um pouco para postar sobre o novo Symphony X - "Iconoclast" (já tinha falado sobre ele aqui) - porque queria ouvi-lo com atenção.

O Symphony X é assim mesmo. Você precisa ouvir o disco algumas vezes para absorver as incontáveis toneladas de massa sonora que existem em cada música. Agora, depois de ter ouvido o disco várias vezes na íntegra, me sinto mais à vontade para falar sobre este que é o oitavo trabalho da banda, o primeiro desde "Paradise Lost", de 2007.

Numa casca de noz: este é provavelmente o melhor disco do ano e a melhor coisa que ouvi desde o espetacular “Digital Ghosts” do Shadow Gallery. Digo provavelmente porque ainda vem por aí o “A Dramatic Turn Of Events” do Dream Theater, mas a verdade é que o DT vai ter que suar muito se quiser superar o “Iconoclast”.

O guitarrista Michael Romeo havia prometido que o disco seria o mais pesado e visceral da banda até agora, e acho que é mesmo. Só que, apesar de todo o peso nas guitarras e na bateria incrivelmente precisa de Jason Rullo, há uma belíssima musicalidade que permeia o álbum todo, algo que confesso que senti um pouco de falta no antecessor “Paradise Lost”.

Tenho certeza que muitos sites por aí vão afirmar que o disco é uma espécie de colcha de retalhos dos trabalhos anteriores do Symphony X porque, de fato, há uma sensação de déjà écouté (existe esta expressão?) ao longo de certas passagens musicais. Mas o que para alguns vai soar como cópia-de-si-mesmos, para mim soou mais como a banda se mantendo fiel ao estilo que a tornou uma das referências do prog metal.

O Symphony X tem um som muito característico, mas que explorou de maneiras distintas ao longo da carreira. Neste disco, eles remetem a todos esses estilos nas 12 músicas (lançaram também uma versão reduzida com um CD, mas deixem para lá e arranjem logo a edição especial dupla). O resultado dessa mistura de estilos é um disco suprendentemente eclético. É quase como se cada música tivesse sido lançada em determinado momento da carreira e só agora eles tivessem decidido juntar tudo.

Não vou ficar desmembrando música por música, mas a destacar:

A música de abertura “Iconoclast” tem uma levada meio “Odyssey” e é quase acessível. Com refrão bacana e os característicos corais ajudando a dar uma levada mais sinfônica, é uma maneira bem “épica” de começar o disco, colocando o ouvinte logo de cara na vibe da banda.

“The End Of Innocence” eu particularmente não tinha curtido muito da primeira vez que ouvi. Ela me soou um pouquinho boring, mas aí vem a segunda metade da música, com uma mudança de ritmo que dá um peso contagiante à música, seguida por um solo impressionante de Romeo, que tem a técnica do Yngwie Malmsteen, só que com bom gosto.

“Dehumanized” – tem o riff mais awesome e brutal do disco, me obrigando a deixar a música num loop eterno. A música tem um quê de "Orion, the Hunter", do disco "Twilight In Olympus" e, em alguns momentos a guitarra lembra a “Stick It Out” do Rush, só que com ainda mais peso e punch. Isso tudo somado a um solo mais melódico do Romeo jogaram a música pra minha lista de favoritas da banda.

Bacana também é “Children of a Faceless God”, com mais um riff bem característico do Symphony X. Me lembrou um pouco o estilo do disco “Paradise Lost”, com uma levada sombria meio “rolo compressor” e um refrão meio chiclete-de-ouvido. O mesmo acontece com “Electric Messiah” – um refrão que você se pega cantarolando pelos cantos sem perceber.

“Prometheus (I Am Alive)” me lembrou o álbum “Twylight In Olympus”, com riffs rápidos e violentos se mesclando com momentos mais, digamos assim, contemplativos, e um refrão memorável.

E, claro, tinha que ter uma música com aqueles riffs de guitarra do Romeo que mais parecem solos – “Light Up The Night”. O riff é praticamente uma cópia da música “Evolution (The Grand Design)” do disco “V”, mas o refrão puxa mais para o metal melódico à la Rhapsody (sem o fator ridículo dos italianos).

Outra música digna de destaque é a derradeira “Reign In Madness”, que é a música mais cheia de texturas do disco - seria quase a "Divine Wings Of Tragedy" do disco. Com riffs poderosos e uma melodia interessante, ela fecha o álbum de maneira potente e épica, causando até mesmo uma sensação de melancolia ao você se dar conta de que acabaram as músicas do disco.

Ia falar só dos destaques do disco e acabei falando da maioria, o que pode dar a impressão que as 3 ou 4 que faltaram são ruins, mas não são. O disco todo é uma grande e poderosa porrada auditiva que com certeza vai ficar integralmente no meu i-pod durante muito, muito tempo.

Two enthusiastic thumbs up from Charles

2 comentários:

Mark disse...

NOSSA! LI PARTE DOS DOIS POSTS, MAS NÃO CONSEGUI CHEGAR AO FINAL!
MEUS PARABÉNS! NUNCA DORMI TÃO RÁPIDO DUAS VEZES SEGUIDAS!
Verificação de Palavras: xafrub (bem ao seu estilo!)

Vladimir "Charles" Brown disse...

NOSSA! LI PARTE DO SEU COMENTÁRIO, MAS NÃO CONSEGUI CHEGAR AO FI...

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Verificação de Palavras: apholope