terça-feira, 28 de abril de 2009

COMERCIAL À MEXICANA

Aproveitando a febre que foram aqueles comerciais do “I’m a Mac... and I’m a PC” e a crescente preocupação com a gripe suína que veio do México, achei pertinente dividir com vocês esta série de filmes desenvolvidos pela Latino Comedy Project.

Posto só um deles, mas ao todo são 5 filminhos, bem nos moldes dos comerciais da Apple, expondo, de forma divertida e ferina, os conflitos entre os BCs (Born Citizens, ou americanos natos) e os Mex (imigrantes ilegais mexicanos), como se fossem comerciais para um suposto computador "Mex".

Foto do mouse que
supostamente acompanharia

o computador anunciado
na campanha

Antes de começar uma discussão acalorada sobre o assunto dos imigrantes nos EUA, só quero explicar que não estou postando pelo teor político e nem nada disso. Estou postando simplesmente porque achei divertido.

Vale lembrar: apesar de não ser impactado pela mordaz crítica política por não ter capacidade intelectual para compreender sua real função social, Charles gosta dessas coisas quando as considera engraçadas.

Giggle.


Vê aê:

domingo, 26 de abril de 2009

F1 2009 - GP DO BAHREIN



Fim de semana de corrida! ÊÊÊÊÊ!

MEU AMIGO ZOCA* tem uma média impressionante em relação aos meus posts sobre automobilismo: ele se manifestou em 3 de 3 posts. Se ele se manifestou em 3 de 3, vamos ver se ele se manifesta DE QUATRO.

O resultado da corrida todo mundo sabe. Foi mais um banho do Jenson Button, que este ano vem dando um show de competência e regularidade: 3 vitórias e um pódio em 4 corridas.

Se os pontos do GP da Malásia não tivessem sido cortados pela metade (ainda acho isso uma sacanagem), o mundial agora estaria da seguinte forma:

Button 36
Barrichello 21
Vettel 18
Trulli 17
Glock 15
Webber 11
Hamilton 10
Heidfeld 8
Alonso 5
Kovalainen 4
Rosberg 4
Raikkonen 3
Buemi 3
Bourdais 1

Na classificação, muda pouca coisa, mas a diferença do Button pro segundo colocado (provisoriamente o Barrichello, mas evidentemente isso tende a mudar) sobe dos atuais 12 pra 15 pontos. Se a gente pensar que nada menos do que 17 campeonatos mundiais já foram definidos por uma diferença de 3 pontos ou menos, isso ainda pode acabar fazendo falta pro Button mais pra frente. Vamos ver.

Em todo caso, a corrida não chegou a ser algo espetacular. Foi ok. Vale destacar algumas poucas coisas:

  • Foi só eu falar mal do Trulli no meu último post que ele foi lá e fez a pole-position. Ele estava levíssimo durante a classificação e, como era de se esperar, o rendimento caiu durante a prova. Mas o fato é que ele fez um bom terceiro lugar, superando a McLaren do Hamilton. Mas nada que tire minha antipatia (eu sei, eu sei... é gratuita) pelo Trulli e pela Toyota.
  • Ponto positivo pro fato de termos visto o "Mr. Fade-Out-During-The-Race" Nico Rosberg. E vimos várias vezes! Ele andava meio sumido, mas foi só o Glock fazer o primeiro pit-stop que, na saída, lá estava o filho do Keke disputando com ele a primeira curva depois da reta. Aí foi a vez do Vettel fazer o pit dele e também dar de cara com o Rosberg ao sair do pit lane. Depois o Barrichello, de novo na saída dos boxes. E deve ter tido mais. O fato é que, fora isso, o Rosberg não existiu na corrida, apesar de ter sido (de novo) o mais rápido na sexta. Pergunto mais uma vez: o que acontece com esse cara?
  • Aproveitando que estamos falando do Barrichello, o que foram aquelas reclamações contra o Nelsinho Piquet, hein? O Piquet defendendo sua posição (e o emprego) na pista, e lá estava o Rubinho gesticulando indignado pra câmera on-board, todo putinho. O que ele queria que o Piquet fizesse? Saísse da frente pra deixar ele passar? Ué? O Barrica não é (de acordo com o Galvão Bueno) sério candidato ao título? Então que use o equipamento CLARAMENTE superior da Brawn em relação à Renault e passe, catso! Não bastasse o baile que ele tá tomando do companheiro de equipe, agora vai arranjar briga com um compatriota que tá com a faca no pescoço e tendo que mostrar serviço? O que mais me deixa indignado com o Barrica é saber que, mesmo que todos os pilotos que estivessem à sua frente tivessem recebido bandeira azul pra deixá-lo passar, ele ainda assim não conseguiria chegar muito além do que chegou. Ê tristeza...
  • Quem se livrou por pouco de ser declarado inimigo público número 1 na Itália foi o Timo Glock. O pobre (mas bom) piloto alemão foi crucificado injustamente no fim do ano passado por ter sofrido uma ultrapassagem do Hamilton na última curva do encharcado e complicado GP de Interlagos, “tirando” assim o título do Felipe Massa. Agora, na briga com o Raikkonen, ele erra a freada e quase tira o piloto finlandês da prova, o que faria com que a Ferrari tivesse o pior desempenho de toda sua história. UFA, HEIN?
  • Outra coisa... como reclama esse Galvão Bueno da transmissão das corridas! É um tal de "queria pedir desculpas pela geração das imagens... não é culpa da Globo..." ou "eu sei que você queria ver o pit-stop do Massa, que está em 14, mas a geração das imagens, como você sabe, não é da Globo..." e afins. Como pode? As trasnsmissões do GP do Brasil, nas quais a Globo insiste em meter o bedelho, são DE LONGE as piores de toda a temporada. E o cara fica quietinho. Aí é só a transmissão de outro país deixar de mostrar algo que ELE (e muitas vezes SÓ ele) acha essencial e pronto: segue-se uma sucessão de insultos e reclamações. Haja saco.
* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

McQUEEN vs LEWIS - ROUND ONE

Assisti a um promo da Tag Heuer que precisei postar aqui. Aos apaixonados por velocidade (como é o caso de quem vos escreve agora) esse tipo de coisa faz o coração bater mais forte.

É um duelo entre o Steve McQueen e o Lewis Hamilton.

Pra quem não sabe, o McQueen era um ator alucinado por velocidade, que serviu de inspiração até pra Pixar na hora de fazer aquela animação Carros (de onde vocês acham que veio o nome do Relâmpago McQueen?)

O cara protagonizou o que eu considero o segundo melhor filme sobre automobilismo de toda a história: Le Mans. O primeiro, evidentemente, é Grand Prix, do Frankenheimer, mas esta obra de arte merece um post só dela, então voltemos ao promo.

Por meio de computação gráfica, o McQueen aparece em cenas de Le Mans, contracenando com o Lewis Hamilton, ambos se preparando para um embate nas pistas.

O McQueen com a Porsche que ele pilota no filme, o Hamilton de McLaren mesmo.

A ação da Tag está rolando, então o teaser é o que temos para o momento. Mas aguardo ansiosamente por mais cenas deste maravilhoso e fictício duelo.

Vê aê:

F1 2009 - GP DA CHINA

Bom, foi mais um fim-de-semana de corrida, o que significa que vamos a mais um post automobilístico.

A história da corrida todo mundo conhece (se não conhece, vai num site especializado ou vai ler jornal). Então não vou ficar aqui enchendo a paciência de ninguém repetindo tudo de novo. Falemos sobre aspectos menos óbvios do GP.

• Em primeiro lugar, ficou mais que evidente que temos um novo geniozinho nas pistas, o tal Sebastian Vettel (pronunciado Fettel) que, mais uma vez, destruiu a concorrência numa pista encharcada. Além dele, outros pilotos mostraram que são “patos-natos” e fizeram boas corridas: o Sutil, o Glock, o Buemi e até mesmo o Kovalainen, que não só conseguiu dar mais do que UMA VOLTA nesta temporada como ainda chegou ao final da corrida à frente do companheiro Hamilton.

• Outra coisa que ficou clara é que, com esta corrida, o Barrichello assina definitivamente o atestado de segundo piloto da equipe “Button GP”. Ele conseguiu até largar à frente do piloto inglês, mas jogou tudo por água abaixo (urgh) em condições que teoricamente seriam favoráveis a ele (alguém por aí esqueceu que o cara é um ESPECIALISTA em corrida com chuva?). O mais legal é que, até a corrida da China, todo mundo estava com a impressão que a Brawn iria ganhar todas as etapas da temporada (o que significa, claro, que o Barrichello iria chegar em segundo em todas as corridas). Com isso, depois de 3 corridas o Button teria 30 pontos e o Barrica 24. Claro que não foi o que aconteceu e tivemos aquela corrida interrompida na Malásia e a surra da Red Bull nessa última prova, mas percebam que talento é talento. Mesmo com todas as adversidades, o Barrichello consegue manter a diferença pro companheiro de equipe em 6 pontos, EXATAMENTE O PREVISTO, mostrando sua inquestionável vocação pra segundo piloto, mesmo quando as circunstâncias conspiram contra. Real Man of Genius.

• Aliás, aqui vai uma perguntinha pro Galvão Bueno. Em determinado momento da prova, o Button estava em primeiro e o Barrica em segundo. O Button abria um segundo por volta e o Galvão Bueno alegava que isso era em função do inglês estar "de cara pro vento", sem nenhum carro à frente. OK. Justo. Um carro jogando litros de água na sua viseira realmente não deve mesmo proporcionar as melhores condições de pilotagem... Só que o Barrichello tava 15 segundos atrás do Button. Ou seja... ELE TAMBÉM tava com pista livre! Façam o teste. Cuspam pra cima e cronometrem quanto tempo demora até cair na cara. Acho que não dá 15 segundos, né?

• E o Trulli, hein? Faz algum tempo que eu acho que ele deveria pendurar o capacete e ir curtir uma aposentadoria com os milhões que acumulou ao longo de sua quase-carreira. Mas o “Trogli” não precisava acatar esta sugestão de parar justamente NO MEIO DA CORRIDA, sem se preocupar com quem vinha atrás dele. Deu no que deu e lá se foi o Kubica voando pela pista DE NOVO. Vale lembrar que, há dois anos, o Trulli também esteve envolvido naquela porrada que custou uma perna quebrada ao piloto polonês lá na Bélgica. Tô começando a achar que é pessoal.

• O “duelo” Raikkonen – Hamilton me lembrou daqueles mágicos que animam festa de criança. Em meio a apresentação, o cara sempre aparece com uma bolinha na mão e faz com que ela suma na frente de todo mundo. Aí a bolinha reaparece de repente, causando gargalhadas da criançada! E ele faz sumir de novo. E ela reaparece de novo! E por aí vai... A molecada vai ao delírio com esse tipo de truque, mas acho que o Hamilton não deve ter achado muito engraçado o que o piloto da Ferrari fez com ele. Era só ele ultrapassar o finlandês e... PIMBA! lá tava o Raikkonen de novo na frente dele. Sei lá como ele fez isso, mas o piloto da McLaren deve ter terminado a corrida com a impressão de ter competido com uns 17 Raikkonens.

• Aliás, falando em mágica, o que acontece com o Rosberg? Ele sempre anda forte na classificação, espera-se uma ótima corrida dele e, durante a prova, ele simplesmente vai se apagando como o Marty McFly naquela foto no De Volta Para O Futuro. Ele não aparece cometendo nenhum erro grotesco, não quebra, não roda, não abandona... só dão “fade-out” nele ao longo da prova e acabamos com a sensação de que ele nunca existiu de fato.

• Vale um destaque negativo pra organização da corrida, que ERROU FEIO o hino da equipe Red Bull, logo na primeira vitória da escuderia: colocaram, em vez do hino austríaco, o hino da Grã Bretanha. Eu até entenderia eles não terem o hino à mão se fosse a Force India que tivesse ganho, mas a Red Bull havia sido POLE. A chance deles ganharem não era exatamente a coisa mais remota do mundo, né? Coisa feia, hein? Abre o olho, China! (ops).

• E aqui vai uma última só pra constar: o Massa NÃO fez essa CORRIDAÇA que todo mundo tá dizendo. Foi culpa da Ferrari a desistência dele? Foi. Tava correndo direitinho? Tava. Mas daí pra dizer que a corrida dele estava sendo BRILHANTE? Menos, vai...


Ao entrar na Ferrari em 1996, Michael Schumacher
tentou de todas as formas
contratar Sebastian Vettel
para ser seu companheiro de equipe. Só não conseguiu
porque
o Vettel tinha apenas nove anos na época. E porque
o outro
concorrente à vaga chorou muito. MUITO MESMO.

sábado, 18 de abril de 2009

AN INFINITE NUMBER OF LAUGHS


Estava eu aqui dando uma limpa no meu computador de casa enquanto esperava pela corrida da China e de repente me deparei com algumas gravações antigas de um comediante americando chamado Bob Newhart. Tinha até esquecido que elas existiam.

A primeira vez que ouvi esse cara foi numa fita K7 que meu pai havia trazido dos EUA (sim, fita K7, aquela mesma que acabou sendo substituida pelo CD, que acabou sendo substituido pelo mp3, que... deixa pra lá).

Lembro do impacto que esse cara fez em mim na época e foi delicioso descobrir que o impacto continua o mesmo até hoje. Ele é genial.

Pra quem não conhece, o Bob Newhart é um comediante americano que chegou a ter um show de tv nos anos 70 (que eu confesso não curti muito, apesar de ter visto pouca coisa), mas ficou famoso pelas apresentações de stand-up comedy e discos de humor que ele gravava nos anos 60.

O que tornava ele particularmente especial era a forma como ele desenvolvia cada número, sempre interpretando apenas uma das partes envolvidas em algum tipo de conversa ou situação, deixando que o ouvinte imaginasse os outros participantes da história.

As circunstâncias de cada sketch eram um show à parte.

Como seria um telefonema do Sir Walter Raleigh (responsável pela popularização do tabaco na Europa na segunda metade do século 16) para tentar vender essa novidade para um povo que nunca havia fumado um cigarro na vida? O que o zelador do Empire State Building falaria pro seu patrão ao perceber que o King Kong estava escalando o edifício? Como seria o primeiro dia de um instrutor de auto-escola com uma aluna completamente despreparada?

Quem já ouviu o Bob Newhart sabe.

Se você nunca ouviu, vá atrás que vale a pena.

Em todo caso, só como incentivo para vocês sairem por aí procurando mais coisa deste gênio contemporâneo (ele continua firme e forte, morando na Califórnia), aqui tem um soundclip que, apesar de curtinho, é espetacular.


Ouve aê:

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PAREDE MARAVILHOSA

O governo do Rio aprovou a construção de 3,4km de muros na favela da Rocinha. A idéia é murar 13 favelas distintas pra conter o avanço das mesmas. Como se isso fosse a solução pro problema.

Acho a proposta segregacionista, pra ser sincero, mas até aí quem sou eu pra discutir o que fazer com as favelas da Cidade Maravilhosa? Só sei que a última vez que um muro ocupava as páginas dos jornais com destaque foi em 1989, e na época o muro estava sendo derrubado, e não erguido.

A notícia me lembrou um conto do Edgar Allan Poe que li há muito tempo – “O Barril de Amontillado” – que ele escreveu em 1846. Nele, o narrador se vinga de um desafeto “emparedando” o cara vivo no celeiro de casa. Mó bom. Pra quem quiser ler o conto (recomendo), aqui tem a versão integral, devidamente traduzida.

Mas então. Será que não é exatamente isso que o governo ro Rio ta fazendo? “Emparedando” o problema? “Ignore it and it’ll go away”?

Mas, como disse, QUEM SOU EU pra comentar?

Com a medida do governo carioca, aumentam
os boatos sobre um terceiro filme com o mercenário
Snake Plissken (mais uma vez interpretado por Kurt Russell),
supostamente chamado “Escape From RJ”. A MGM nega.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

CHICKENFOOT

Michael Anthony, Sammy Hagar, Joe Satriani
e um entusiasmado e radiante Chad Smith posam para
a foto de sua nova banda: a Chickenfoot.


Me contaram outro dia sobre uma nova superbanda que vem por aí: a Chickenfoot.

A banda é formada por quatro feras: Joe Satriani, Chad Smith, Michael Anthony e Sammy Hagar. Se você precisa perguntar quem são esses caras, então definitivamente este post não é pra você e, provavelmente, você se sentiria mais à vontade aqui.

Em todo caso, para os que ainda estão lendo, o disco da banda sai só em junho, mas ontem o Joe (como sempre faz) me mandou algumas músicas pra ver o que eu achava. Achei bem bacana e posto aqui pra vocês sentirem o gostinho do que vem por aí.

Detalhe curioso: como parece ser o caso de 9 em cada 8 músicas do Sammy Hagar, esta também tem alusão a carros velozes (o que será que acontece com esse cara?)

Bom. Ouve aê ou, se preferir, espere até junho e compre o disco:

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"BERLUSCONISMOS" ou: OBRIGADO, PAPAI DO CÉU, POR TER DADO CORDAS VOCAIS AO SILVIO BERLUSCONI

Momentos antes de inaugurar o novo camping de férias
em L’Aquila, Silvio Berlusconi se irrita com a aparente
falta de vontade do público (ê povinho mal-agradecido)
em usufruir da estrutura de entretenimento do complexo.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse uma vez que não existia ninguém no cenário mundial capaz de competir com ele. Acho que ele tem razão, mas não pelos motivos que gostaria.

Ao comparar a situação dos desabrigados do terremoto que devastou a região central da Itália a um “fim de semana de camping”, ele acrescentou mais uma gafe a sua sempre crescente coleção de “berlusconismos”.

Agora que o Bush filho está fora de cena, ele tem tudo para se tornar o líder-supremo dos comentários pitorescos e fora-de-hora (tem o Chávez, claro... mas eu não vejo muita graça no que o Chávez fala.)

Enfim, no site da BBC Brasil, encontrei uma lista com algumas gafes do Berlusconi pra quem quiser saber como é a sensação de ser comandado por um chefe de estado que não pensa antes de sair por aí falando os maiores absurdos. Que sorte que a gente vive no Brasil, né não?

Sobre os ataque de 11 de setembro
• "Devemos estar conscientes da superioridade da nossa civilização, um sistema que vem garantindo o bem-estar, o respeito pelos direitos humanos e - em contraste com os países islâmicos - o respeito por direitos políticos e religiosos, um sistema que tem como valor o entendimento da diversidade e da tolerância..."
• "O ocidente continuará a conquistar povos, mesmo que isto implique em um confronto com outra civilização, a islâmica, empacada onde esteve há 1.400 anos."

Rebatendo críticas ao comentário acima
• "Eles tentaram me condenar por uma palavra isolada, citada fora do contexto do discurso."
• "Eu não disse nada contra a civilização islâmica... isto é obra da imprensa de esquerda da Itália, que queria manchar minha imagem e destruir minhas relações de longa data com árabes e muçulmanos."

Sobre o primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh-Rasmussen
• "Acho que deveria apresentá-lo à minha esposa, porque ele é mais bonito do que (Massimo) Cacciari. (Cacciari é um ex-prefeito de Veneza que, segundo rumores, estaria envolvido com a mulher do primeiro-ministro italiano).

Sobre si mesmo
• "O melhor líder político da Europa e do mundo."
• "Por amor à Itália, achei que deveria salvá-la da esquerda."
• "O homem certo para o cargo certo."
• "Eu não preciso assumir um cargo político por causa de poder. Tenho casas no mundo inteiro, barcos fantásticos... belos aviões, uma esposa bonita, uma família bonita... estou fazendo um sacrifício."

Sobre seu julgamento, agora suspenso, no qual ele nega acusações de ter subornado juízes para impedir a compra de uma empresa do governo italiano pela empresa de seu rival, Carlo de Benedetti
• "Eu acreditava, e ainda acredito, que o cidadão Berlusconi deveria ser elogiado por ter evitado que a riqueza do Estado fosse saqueada."

Sobre o conflito de interesses de um primeiro-ministro que é um dos maiores empresários da Itália, proprietário de empresas de mídia
• "Se eu, defendendo os interesses de todos, também defendo os meus próprios, você não pode falar em conflito de interesses."

Sobre uma proposta para instalar uma agência de controle de qualidade alimentar da União Européia na Finlândia, e não na cidade de Parma
• "Parma é sinônimo de boa cozinha. Os finlandeses não sabem nem o que prosciutto é (Berlusconi estava se referindo ao presunto de Parma, tradicional da região).
• "Os fundadores de Roma foram Rômulo e Rêmulo (sic)."

Sobre a Justiça italiana
• "Oitenta e cinco por cento da imprensa italiana são de esquerda e entre os juízes é pior ainda... existe um câncer na Itália que temos de tratar a politização da magistratura."

sábado, 11 de abril de 2009

JUST A HARMLESS LITTLE BANKER...


Só um post rápido de Páscoa com um comentário genial que li hoje na coluna do Tutty Vasques:

"Não se deixe enganar: o verdadeiro coelhinho da Páscoa tem olhos vermelhos e pêlo branquinho.

Os brancos de olhos azuis, como se sabe, não dão nada a ninguém."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

RICK ROLL: THE LITERAL VERSION

O lado ruim dos anos 80 é que existia o Rick Astley.

O lado bom dos dias de hoje é que finalmente alguém fez algo que presta com aquele irritantíssimo clipe dele “Never Gonna Give You Up”.

Segue o clipe devidamente dublado pra que você consiga finalmente entender o que está rolando.

HEAR 'N' AID

O projeto Hear ‘n Aid foi histórico também por ser a primeira vez
em que MEU AMIGO ZOCA* conseguiu se infiltrar numa
foto de galera sem que ninguém percebesse. Pra quem ainda não
o encontrou, ele está logo ali, de camiseta vermelha e jaqueta preta,
sempre com seu habitual BIGODÓN e cabeleira afro.


Depois de dois posts com temática meio “dark”, resolvi dar uma guinada no clima e jogar mais uma musiquinha difícil de encontrar pra vocês ouvirem.

Gravada em 1984, a música “Stars” fez parte de uma iniciativa social chamada Hear ‘n’ Aid e é uma espécie de versão hard rock / heavy metal daquele grande (e cafona) sucesso “We Are The World”.

A ideia do projeto, idealizado pelo Ronnie James Dio, era arrecadar fundos pra combater a fome na África, tipo de iniciativa que estava muito na moda nos nos 80 (quem não lembra do Band Aid, USA For Africa e afins).

Porém, nunca antes um projeto conseguiu reunir tantos metaleiros e cabeludos num estúdio de gravação ao mesmo tempo (e imagino que deve ter muita gente por aí torcendo pra que ninguém consiga fazer isso DE NOVO).

Enfim, o que esse som tem de interessante? Além de reunir uma penca de cantores das bandas mais emblemáticas do hard / heavy dos anos 80, conta ainda com solos dos principais guitarristas da época. Não tem mais muito o que dizer, mas aí vai a letra da música e um guia pra vocês acompanharem e sacarem quem fez o quê na música:


Ronnie James Dio (Dio):
Who cries for the children?
I do

Dave Meniketti (Y&T):
Some time in the night
When you're feeling the cold

Ronnie James Dio:
Take a look at the sky above you

Rob Halford (Judas Priest):
Those are faces in the light
If the story were told

Ronnie James Dio:
They are calling you, calling you
Yeah
We are magic in the night

Kevin DuBrow (Quiet Riot):
We are shadow, we are light

Dave Meniketti:
We are forever you and I

Chorus (vocal lead: Rob Halford):
We're stars
We're stars

Eric Bloom (Blue Oyster Cult):
We can be strong
We are fire and stone

Paul Shortino (Quiet Riot, Rough Cutt):
And we all want to touch a rainbow

Geoff Tate (Queensryche):
But singers and songs
Will never change it alone
We are calling you, calling you


Don Dokken (Dokken):
We're the beating of a heart
The beginning we're the start

Paul Shortino:
Forever we will shine
Yeah

Chorus (vocal leads: Paul Shortino, Don Dokken, Ronnie James Dio, Geoff Tate):
We're stars
We're stars
We're stars
We're stars

Guitar solos:

1st solo: Craig Goldie/Eddie Ojeda
2nd solo: Vivian Campbell/Brad Gillis
3rd solo: Neal Schon/George Lynch
4th solo: Yngwie Malmsteen/Vivian Campbell
5th solo: George Lynch/Carlos Cavazo
6th solo: Brad Gillis/Craig Goldie/Donald "Buck Dharma" Roeser

Kevin DuBrow:
We are magic in the night

Rob Halford:
We are shadow, we are light

Geoff Tate:
We are forever you and I

Chorus (vocal leads: Dave Meniketti, Eric Bloom, Rob Halford)
We're stars
We're stars
We're stars
We're stars


We're stars, yeah
We're stars
We are shadow, we are light
We're stars
We are magic in the night
We're stars, oh yeah
We're stars
We're stars
We are magic in the night
We're stars
We are shadow, we are light

We're stars
We're stars
We're stars
We're the magic
We're stars
We're stars
We're the beating of a heart

We're stars
Forever we will shine
We're stars
We're stars
We're stars
We're stars

Ouve aê:



* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

UMA LIÇÃO DE VIDA COM BASHIR


Acabo de assistir a “Uma Valsa com Bashir”, uma espécie de documentário em animação dirigido pelo Ari Folman, que tem como tema central a invasão israelense do Líbano em 1982.

A direção de arte do filme é de uma beleza singular, mesclando cenários hiper-realistas com uma animação mais retrô, causando um impacto visual que não para de impressionar.

O filme conta como Folman, um dos participantes da invasão israelense, não consegue se lembrar de praticamente nada relacionado ao evento. Ele decide partir em busca de respostas e informações que o ajudem a trazer de volta as memórias que, por algum motivo, sua mente decidiu bloquear. E as encontra.

Pra resumir sem estragar o filme, nessa invasão israelense, houve um massacre de civis palestinos nas cidades de Shabra e Shatila, orquestrado or um grupo cristão, aliado de Israel.

Quando acabou o filme, fiquei parado uns bons 5 minutos incapaz de me mexer, só olhando para a tela vazia da televisão.

Me senti, literalmente, ferido.

O estranho é que tudo que o filme mostra a gente já está cansado de saber que acontece mesmo. Shabra e Shatila não foram as primeiras e nem serão as últimas cidades em que crianças, mulheres e idosos são sumariamente executados.

Mas a maestria com que o Folman tece as cenas finais do filme – surpreendendo o expectador de forma que ele não consiga mais se esconder por trás do confortante véu de que isso é “só um filme” – é de um brilhantismo singular. Se você ainda não assistiu, assista.

O filme me fez pensar nos meus filhos, que felizmente dormiam tranquilos, protegidos e felizes, a poucos metros de onde eu estava. Já as mães retratadas no final do filme não tiveram esta sorte e, ao perceber isso, senti um gosto amargo na boca.

É por isso que não tem a habitual piadinha ou bobagem neste post.

Mas cabe uma rápida análise do filme: um massacre de civis palestinos orquestrado por um grupo cristão, aliado de Israel.

Não precisa ser um Einstein pra perceber que existe um denominador comum entre os três pivôs deste desastre. E é nada mais, nada menos do que a boa e velha RELIGIÃO.

Sem querer ir contra a fé de ninguém, vocês já repararam como o fato de acreditar nessa tal “vontade de deus” foi o que possibilitou que tivéssemos alguns dos mais gloriosos momentos da humanidade? Tipo as cruzadas, a inquisição, o holocausto, as infitadas... cada uma com seu deus, sua fé, suas justificativas.

Sabe de uma coisa? Acho que o que falta no mundo é gente que tenha assistido ZEITGEIST.

Se você é uma dessa pessoas, me fale. Eu dou o caminho das pedras, eu ajudo a baixar, eu arranjo as legendas... me peça, mas ASSISTA. Quem sabe você não começa a rever alguns conceitos?

Enfim, antes de tornar este post numa discussão religiosa, queria dar os parabéns ao Ari Folman por ter tido a coragem de ir atrás das memórias que se perderam, mostrando que aqueles números e estatísticas que cansamos de ver sobre o Oriente Médio nos jornais e tv são, de fato, notícias sobre gente de verdade.. gente como a gente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

WHO WANTS TO LIVE FOREVER?

Li outro dia um artigo sobre uma água-viva que supostamente teria a resposta para a milenar busca pela imortalidade.

O nome do bicho é Turritopsis Nutricula e o que torna este hidrozoário interessante (especialmente em comparação com os outros hidrozoários, que são em sua maioria CHATOS PACARAY) é o fato dele se “rejuvenescer” quando chega ao estágio adulto.

Pra dizer isso de forma mais simples, ele utiliza a transdiferenciação para alterar células diferenciadas em outras células com forma e função diferentes, revertendo-se completamente a um estágio de imaturidade sexual, num ciclo que pode teoricamente se repetir indefinidamente, o que resultaria em uma efetiva imortalidade.

Ou seja: o bicho nasce, se desenvolve e, quando chega á idade adulta, suas células “regridem” até um estágio anterior. Daí, ele evolui até chegar à idade adulta e... suas células regridem de novo até um estágio anterior e por aí vai, ad infinitum.

Claro que se um peixe faminto passar pelo caminho do Turritopsis Nutricula, toda a imortalidade do bicho acaba indo por água abaixo enquanto essas células imortais se dissolvem numa piscina estomacal de suco gástrico. Mas é só nosso amiguinho se manter bem quietinho e em segurança que ele pode acabar batendo o recorde do Raul Seixas, que nasceu há 10.000 anos atrás (sic).

O fato é que esse papo de imortalidade me lembrou de uma conversa que tive há algum tempo, em que deliberávamos sobre os prós e os contras de viver pra sempre.

À primeira vista, o concetio parece muito sedutor, né? Imagina viver pra sempre?

Daria pra fazer tudo que a gente sempre quis, mas que acaba evitando só pelo medo das consequências: comer fritura todo dia, reagir a um assalto, atravessar a rua sem olhar pros dois lados, fazer queda-livre sem para-quedas segurando uma mina terrestre...

Mas, por outro lado, só você seria imortal.

Enquanto você vive saudável, o resto do mundo envelhece e morre. Você vê vidas inteiras passando pela sua frente sem poder interferir no curso do tempo, dando adeus a todos que ama, enquanto segue seu caminho solitário.

Todo mundo cita isso como o grande “porre” de ser imortal. Mas eu acho que é muito pior do que parece.

Ser imortal significa estar aqui dentro de 7,5 bilhões de anos, quando a terra será consumida pelo sol.

Você assiste à agonia de todos (se é que a raça humana dura até lá), talvez até ajude na construção de abrigos, tenta proteger os mortais, mas não existe a possibilidade de vida a mais de 6000oC.

Os oceanos se evaporam, a vida animal e vegetal se extingue, e você aí, firme e forte.

Tudo que existe ao seu redor, todo e qualquer resquício de alguma coisa que algum dia tinha sido parte da sua vida, simplesmente deixa de existir.

Seu próprio planeta é vaporizado, enquanto você só olha e o sol finalmente se extingue e desaparece para sempre.

Você? Fica flutuando no nada... no vazio infinito do universo.. sabendo que nada que você fizer vai mudar o fato de que esse grande nada – e nada mais – é tudo que você terá para toda a eternidade.

Pois é. É o preço que se paga pela imortalidade.

Taí uma ideia pra um conto de terror dos mais apavorantes, um em que levamos aquele pavor de ser enterrado vivo a extremos jamais antes visitados. Um conto que mostra como aquilo que mais desejamos pode se tornar nossa maior maldição e de como não existe nada mais próximo do inferno do que nossa própria vida.

Filosófico pra cacete, né não?

Só sei que se o Stephen King publicar algo nessa linha, eu processo.


Esta Turriptopsis Nutricula alega ter sido
ela mesma em uma vida anterior.

domingo, 5 de abril de 2009

F1 2009 - GP DA MALÁSIA

Nada como acordar às 5h45 de um domingo...

Pelo menos a corrida fez com que o sacrifício tivesse valido a pena. Mas não vou ficar aqui comentando os detalhes da prova, até porque a quantidade de blogs e sites que fazem isso com muito mais precisão do que eu realmente não justifica mais um post explicando o que rolou. Todo mundo sabe que o Button levou mais uma (na verdade meia), que choveu pra dedéu na corrida, fazendo com que ela fosse interrompida na metade, que o Barrichello tem uma explicação perfeitmanete convincente para o fato dele ter sido mais uma vez dizimado pelo companheiro de equipe, etc.

Então falemos de outros aspectos sobre a corrida (não que sejam interessantes, mas pelo menos são diferentes). Por exemplo:

  • Esta foi apenas a quinta corrida na história da F1 que foi interrompida antes dos 75%. Ou seja, esta foi a quinta vez em que tiveram que recorrer a essa esquisita regra que dá aos pilotos apenas metade dos pontos que eles teriam ganho em condições normais. Uma das outras corridas em que isso aconteceu, diga-se de passagem, foi aquele GP de Mônaco de 1984 que todo mundo diz que teria sido ganho pelo Senna na Toleman, mas que de fato teria sido vencido pelo Stefan Bellof com a Tyrrell (essa você nunca tinha ouvido, né? Então reveja a corrida e diga que eu estou errado. Vai. Anda. Tá com medo, né?)
  • No GP da Malásia deste finde, o Nick Heidfeld (que terminou em segundo) igualou uma marca histórica: subiu ao pódio pela 12a vez... SEM NUNCA TER GANHO UMA CORRIDA. O único outro piloto que conseguiu esta "proeza" foi o bom e velho Stefan Johansson, sendo que ambos conseguiram um pódio a mais do que o azarão#1 de toda a história da Fórmula 1: o Cris Amon. Eu fico pensando no que isso deve significar pro Heidfeld. Chegar tão perto, tantas vezes, e nunca levar... deve ser como... bom, me faltam metáforas agora, mas imagine algo que você quer MUITO e que nunca consegue, mas sempre QUASE chega lá. Imaginou? Então... deve ser mais ou menos assim que o Heidfeld se sente...
  • Por sinal, o Heidfeld é também (como era de se esperar) o detentor do recorde de maior números de pontos sem uma vitória (204), com mais que o dobro do segundo colocado (101,5), piloto este que também está em atividade - o Mark Webber. Já imaginaram se o Heidfeld por alguma bizarrice chegasse em segundo nas provas restantes da temporada, enquanto o vencedor fosse se revezando? O cara ganharia o título da F1 sem ter ganho UMA ÚNICA CORRIDA NA VIDA. Sonhar não custa nada, né?
  • A Toyota fez uma corridaça, mas uma coisa que não entendi vendo a transmissão (pode ser que, pelo horário, minha capacidade de concentração estivesse um tanto limitada (ou pode ser, também, que minha capacidade de concentração esteja SEMPRE limitada, independente de horário)) é como o Glock não ultrapassou o Button. Aliás, como é que NINGUÉM ultrapassou o Button? A impressão que eu tive é que o cara parou nos boxes umas 17 vezes, e SEMPRE saía em primeiro.
  • Pergunta: o que acontece com a Williams que ela parece ter fetiche por filho de ex-piloto? Ter numa equipe de Fórmula 1 uma dupla de pilotos como o Rosberg e Nakajima, que são os filhos de dois ex-pilotos da F1 (éhm... do... Rosberg e do Nakajima) parece tão estatisticamente improvável que não parece possível que isso tenha acontecido alguma outra vez na história. Só que aconteceu. O Jacques Villeneuve e o Damon Hill (filhos do Gilles e do Graham) já foram companheiros de equipe antes da dupla atual da Williams. E adivinha por qual equipe.
  • Outra pergunta: o que acontece com o Raikkonen que pegou uma COCA-COLA na geladeira do boxe depois da corrida? Será que ele tá tomando algum antibiótico? Ou ele foi atrás de uma garrafa de rum pra completar a sua cuba libre e a transmissão não mostrou? NÃO ME DECEPCIONA, HEIN, RAIKA?
  • Outro recorde foi batido este fim de semana. Com esta corrida, a primeira que o Galvão Bueno narra em 2009, são 29 temporadas consecutivas em que o locutor classifica o esporte de "a nova Fórmula 1", jurando que está presenciando o começo de temporada mais espetacular da história.
  • Um último comentário: não achei que a equipe teve culpa em mandar o Raikkonen de volta pra pista com os pneus de chuva quando esta estava ainda ameaçando. Claro que a história da prova mostra que a decisão foi de fato equivocada, mas se tivesse dado certo, todo mundo estaria aclamando a Ferrari como aquela equipe que sabe tudo de estratégia e afins. Deu errado, mas era mesmo um risco que eles tinham que correr. Se a chuva tivesse colaborado só um pouquinho, o finlandês levava essa. Mas... a chuva não colaborou, o Kimi não levou e, como diria meu filho Anthony: "close, but no cigar, né Daddy?"

Ao saber que a prova não seria reiniciada por causa
do excesso de água na pista,
Jenson Button sai do carro
e comemora
mais uma vitória na temporada

ÚLTIMA CHAMADA...

Quando era pequeno, eu ligava pro 103 da extinta Telesp e ficava imaginando como seria a cara da mulher que informava a hora certa. Nunca descobri, mas ontem um outro mistério que rondava meu angustiado (porém invejável) cérebro finalmente se revelou.

Estava lendo o Estadão quando me deparei com uma reportagem sobre a aposentadoria forçada de uma tal Íris Lettieri. É a mulher que anunciava os voos e embarques no aeroporto Tom Jobim e nos principais aeroportos do país.

Parece que, devido a uma medida da Infraero, as chamadas nos aeroportos estão proibidas, o que significa que você, passageiro, agora terá que ficar prestando atenção apenas nos painéis para se manter informado sobre o embarque, desembarque, decolagem e aterrisagem das aeronaves, sem poder contar com aquela forcinha providencial vinda dos alto-falantes do saguão. Ou seja: AGORA SIM aquela zona toda nos aeroportos deve chegar ao fim, não é mesmo?

E isso significa também que não ouviremos mais aquela voz característica dizendo "Voo TAM número dois... quatro... seis... um... com destino a... Salvador, embarque no portão... um."

É uma pena saber que nunca mais vou ouvir aquela voz que, de certa forma, sempre esteve atrelada ao verbete "aeroporto" no meu cérebro (mais ou menos como aquele "oh-oh!" que sempre estará ligado ao ICQ na minha memória).

Mas se existe algum lado positivo nessa história toda é que a reportagem acabou revelando o rosto que se escondia por trás da voz. Se a menina da Telesp provavelmente permanecerá para sempre um mistério, pelo menos a do aeroporto agora tem uma cara:



Íris em começo de carreira...


... e agora se preparando para curtir a aposentadoria forçada.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

GUITAR HEROES


Mais um sonzinho muito difícil de achar por aí pra vocês que curtiram a parte mais hard rock dos anos 80. Se não é o seu caso, nem leia.

A idéia foi colocar em uma música só os 10 guitarristas mais influentes dos anos 80. Pra fazer isso, o guitarrista David Killminster gravou uma base e foi fazendo solos bem no estilo dos 10 maiores ícones da guitarra da época.

Pros que se ligam nas diferenças e nuances entre estilos entre um guitarrista e outro, este som vai ser um verdadeiro achado. O Kilminster toca muito e imita os estilos de cada um dos músicos de forma natural e incrivelmente precisa. É como se cada um deles tivesse passado no estúdio pra gravar sua parte (por falar nisso, outro dia posto uma música aqui em que algo parecido aconteceu de fato, numa gravação do Spinal Tap).

De qualquer forma, taí a música. O Kilminster diz o nome de cada um à medida que vai tocando, mas pra quem quiser mais, segue a lista dos 10:

• Randy Rhoads – Guitarrista do Ozzy Osbourne no início de sua fase solo, ele tinha forte influência erudita e uma pegada muito forte e característica. Infelizmente, o cara teve um acidente aéreo fatal quando estava no auge da carreira. É aquele tipo de coisa que acontece com gente como ele o Stevie Ray Vaughan, mas nunca com o Zezé di Camargo.

• George Lynch – Um cara que recebeu o apelido de “Mr. Scary” pelas coisas sobrenaturais que ele fazia com as 6 cordas, merecia uma banda melhor do que a Dokken pra seguir sua carreira musical. No entanto, ele ficou por lá mesmo e, salvo um ou outro trabalho solo, não teve a projeção que deveria ter tido.

• Greg Howe – Este grande mestre eu já abordei num post anterior, mas pra quem não está com saco de ler, ele foi um dos grandes shredders da década de 80 e depois migrou pro fusion. Meu irmão Uncle Bugz argumentaria que a coisa mais significativa que o Howe fez na vida foi seguí-lo no Twitter. Mas, como meu irmão é mó putinha do Greg Howe, não sei se deveríamos levar isso como referência.

• Jason Becker & Marty Friedman – Estes dois moleques (na época) assombraram o mundo com uma banda chamada Cacophony, que no fundo nada mais era do que uma desculpa pra trocarem solos furiosos repletos de técnica apuradíssima e escalas exóticas. Por uma daquelas grandes injustiças da vida, o Becker foi diagnositcado com a doença de Lou Gehrig (ou doença de Charcot) no começo dos anos 90 e, devido à natureza altamente degenerativa da doença, hoje ele consegue apenas mover os olhos. Algum dia eu posto algo sobre isso, mas o fato é que isso acabou privando a gente de um grande músico. Seu comparsa no Cacophony era o Marty Friedman, que eu particularmente prefiro por uma questão de gosto pessoal (o Becker sempre me pareceu um pouco “sem feeling” demais). O Friedman tocou muito tempo no Megadeth e fez os melhores discos da banda, tendo tocado alguns dos solos mais memoráveis de toda a história do metal.

• Paul Gilbert – Outro dos caras idolatrados por multidões de guitarristas que eu particularmente acho um porre (com um ou outro momento interessante). Durante um tempo ele tocou naquela banda “Mr. Big” que tinha umas baladinhas-chiclete que tocavam nas rádios, mas, fora o ladinho pop dele, ele tinha uma técnica que deixava a garotada babando. Pra mim parece que ele usa um barbeador elétrico como palheta e os 10 dedos pra martelar notas a esmo no braço da guitarra.

• Eric Johnson – Esse destoa do resto porque é o único da música que não tem uma levada rock, porque veio do jazz/fusion. Não por acaso, a levada da música nesta parte muda um pouco. Ele tocou com o Satriani e o Vai na primeira formação do G3 (projeto que unia 3 grandes guitarristas no mesmo palco).

• Joe Satriani (Satch) – Na época, ele era cabeludo (não que isso tenha qualquer coisa a ver com o tema do post, mas considere isso um “fun-fact” pra utilizar em conversas quando o assunto do papo não estiver rendendo). Nem precisa falar sobre ele, precisa? Mesmo quem não entende um catso sobre guitarristas sabe que ele é o cara.

• Yngwie J. Malmsteen – O Malmsteen praticamente inventou essa história de neo-classical-metal e conseguiu a proeza de gravar 19 Cds com a mesma música de novo e de novo e de novo... e o que é mais impressionante: A GALERA COMPRA! Até mesmo o David Kilminster se cansa durante o solo e, por mais inegável que tenha sido a influência dele em milhões de guitarristas jovens, vamos combinar que o Malmsteen JÁ DEU O QUE TINHA QUE DAR, né? Outra curiosidade sobre o Malmsteen é o fato dele sempre assinar suas músicas como “Yngwie J. Malmsteen”, provavelmente pra diferenciar de todos os outros milhares de Yngwie Malmsteens que existem por aí.

• Steve Vai – Definitivamente o mais esquisisto dos guitarristas dos 10 retratados aqui, o Vai tocou com o Frank Zappa, o que deve ser por si só uma experiência inigualável em todos os sentidos (e mais alguns). A coisa mais legal que eu vi o Vai fazendo foi durante um show aqui no Brasil. Ele entrou no palco com uma camisa da Seleção e uma bola de futebol. Aí ele deu o que provavelmente foi o PIOR CHUTE DE TODA A HISTÓRIA do esporte, por pouco não matando o baixista, que se encontrava ATRÁS DELE, no palco. A galera foi ao delírio!

• Eddie Van Halen – Ai não tem nem o que dizer. De um cara que consegue fazer um pusta som até com uma FURADEIRA (a abertura da música “Poundcake” do Van Halen), acho que deviam é montar uma igreja pra venerar o cara. Aquele fã que pichou “Clapton is god” definitivamente não conhecia o Van Halen. E nem o Jeff Beck.

Enfim, o que era pra ser um post rápido acabou se tornando um trabalho de conclusão de curso. Então chega de papo e ouve aê essa brilhante salada musical do David Kilminster:


quarta-feira, 1 de abril de 2009

O MAKING OF MAIS INÚTIL DA HISTÓRIA DOS COMERCIAIS

Tipo... What's the point?


ATRÁS DE TODO GRANDE HOMEM EXISTE SEMPRE UMA GRANDE MULHER

Às vezes a gente lê uma notícia que dispensa qualquer tipo de comentário.

Por exemplo, o jornal The Sun, da Inglaterra, fez uma enquete pra eleger as esposas mais bonitas entre os pilotos da atual temporada da Fórmula 1.

Segue a lista. Nem precisa falar quem ficou em último, né?

1. Jessica Michibata (Jenson Button)
2. Jenni Dahlman (Kimi Raikkonen)
3. Raquel del Rosario (Fernando Alonso)
4. Hanna Prater (Sebastian Vettel)
5. Nicole Scherzinger (Lewis Hamilton)
6. Isabell Reis (Timo Glock)
7. Catherine Hyde (Heikki Kovalainen)
8. Rafaela Bassi (Felipe Massa)
9. Vivian Sibold (Nico Rosberg)
10. Silvana Barrichello (Rubens Barrichello)

"COMPLETA COM ÁLCOOL E APROVEITA PRA CALIBRAR O SEU CÉREBRO?"

Deixa eu dar um exemplo do que eu chamo de “atrofia cerebral”.

Vindo pra cá hoje de manhã, parei num posto na Praça Panamericana pra abastecer meu carro.

O cara abasteceu e eu fui na loja de conveniência pra pagar com meu cartão de banco.

Aí a moça me perguntou se eu queria mais alguma coisa e eu, vendo uma caixa repleta de chicletes atrás dela, pedi um Trident.

Ela pegou o chiclete e colocou no balcão na minha frente, passou o cartão e me deu a maquininha pra que eu colocasse a senha.

Ela pegou o comprovante dela, me deu o meu junto com o cartão e eu peguei o chiclete que estava no balcão, me preparando para voltar ao carro.

Nesse momento, ela me chama e diz: “Moço, o Trident é R$1,40”.

Agora... só queria entender por que a mulher não incluiu o valor do Trident na conta, já que eu tinha entregue um cartão de débito pra ela. E, se não era pra incluir no valor total, por que ela me perguntou se eu queria mais alguma coisa logo antes de passar o cartão? Só de farra?

Jesus...

Definitivamente, eu não posso andar armado.