domingo, 10 de maio de 2009

F1 2009 - GP DA ESPANHA

Mais uma corrida, mais um show da Button GP, mais um post.

O Button fez mais uma corrida impecável e, ganhou pela 4a vez em 5 corridas na temporada, sendo que foi pódio na que não venceu.

Nada mal. Está tendo um começo de temporada à la Schumacher, se firmando logo de cara como o homem a ser batido.

Mas, enfim, fora o que todo mundo já sabe sobre a corrida – que, em linhas gerais, foi um grande sonífero – vamos ao que EU achei interessante:
  • Foi justamnte num GP da Espanha que a Lella Lombardi quase deu às mulheres seu único ponto na categoria. Quase mesmo. Ela terminou em 6o na prova em 1975, mas a corrida foi interrompida antes dos malditos 75% e a coitada acabou levando apenas metade dos pontos. Na época, o 6o levava 1 ponto, o que significa que seu justíssimo e merecido ponto acabou valendo 0,5. Em linhas gerais, o que isso significa é que o Zsolt Baumgartner, com seu único ponto conquistado na Fórmula 1, tem o DOBRO do que todas as mulheres que já correram na categoria em toda a história. Na boa... será que só eu acho essa coisa de "pontuação pela metade" uma grande imbecilidade?
  • Quanto à corrida, mais uma atuação trademark do Rosberg: o mais rápido na sexta, invisível no domingo. Queria descobrir como ele faz isso.
  • Quem mandou muito bem nesta corrida foi o Webber. Soube se aproveitar da briga entre seu companheiro de equipe Vettel e o Massa para, de repente, se encontrar num surpreendente 3o lugar, chegando até a ameaçar a posição-padrão do Barrichello: o 2o lugar. Parte desse desempenho todo se deve à grande dose de agressividade que ele usou pra ultrapassar o Alonso logo no começo da corrida. Foi um dos poucos momentos interessantes da corrida.
  • E, por falar em Barrichello... desta vez a reclamação foi o fato de terem mudado a estratégia do Button (2 paradas na prova), mas não a dele (3 paradas). Reclamou e falou que ia averiguar. Agora, duas coisas podem acontecer. A primeira é ele vir a público pra dizer que foi o engenheiro do inglês que sugeriu a alteração na estratégia meio que no susto, numa aposta pra ver o que iria acontecer. A outra é ele não dizer NADA e esperar pelo GP de Mônaco. Isso acontecendo, acho que fica claro que ele que pisou na bola e simplesmente não teve capacidade técnica pra acompanhar o Button. Cá entre nós, acho que a segunda opção é muito mais pertinente...
  • E, além de um recorde que é batido a cada corrida (com o Barrica ampliando seu número de participações), mais um recorde foi batido nesta corrida: o Heidfeld se tornou o piloto a mais terminar corridas consecutivas em toda a história do Campeonato. Agora são 25 seguidas em que ele larga e termina a prova. Até esta corrida, ele estava empatado com um tal de Michael Schumacher, mas agora reina sozinho.
  • Sou obrigado a dar um ponto pela recuperação da Ferrari, que está com um carro visivelmente mais veloz do que há algumas semanas. Claro que, se dou um ponto por isso, tenho que tirar 476 por negligência, falta de planejamento, desorganização, trapalhadas e bolas fora. Os italianos erraram FEIO com o Raikkonen na classificação e erraram FEIO com o Massa no segundo pit-stop, tirando do brasileiro um merecido 4o lugar. Como é que uma equipe do porte da Ferrari ERRA o cálculo de combustível de maneira tão primária? Na época em que o Prost e o Mansell tinham esses problemas, tendo que sair pra empurrar seus carros sem combustível nos últimos metros da última volta da corrida, não havia toda essa telemetria e monitoramento em real-time como hoje. Mas algo assim acontecer com tanta tecnologia amparando a equipe é, no mínimo, how can I say “FUCKING CAGADA” in Italian?
  • Por outro lado, dito isso, lanço uma pergunta. A gente sabia pela transmissão que o Massa estava com problemas de combustível a umas 10 ou 12 voltas do final, certo? Todo mundo ouviu. Naquele momento, ele segurava o Vettel graças ao KERS que ele utilizava na reta, dando à Ferrari um “plus a mais” que impedia o ataque do alemão. Tava tudo muito bonito, volta após volta, até o rádio da Ferrari avisar que era pro Massa aliviar o pé MESMO, uma vez que ele não teria combustível até o final. Com isso, ele teve que permitir a ultrapassagem não só do Vettel como a do Alonso também. E por pouco não veio o Heidfeld no embalo. Agora a pergunta: se o Massa tivesse deixado o Vettel passar logo quando percebeu que estava com o tanque esvasiando rapidamente, será que não teria dado pra ele ter um ritmo de corrida mais relax, economizando no KERS e garantindo ao menos um 5o lugar em vez do 6o? O Raikkonen (que tem os mesmos 3 pontos do Massa) deve ter suspirado aliviado.
  • Ao final da corrida, estava eu pensando na possibilidade (cada vez mais real) do Button ser campeão neste ano e me dei conta de uma coisa. Em 1996, estipulou-se na Fórmula-1 um sistema de numeração para os carros dos pilotos baseado na pontuação de sua equipe no ano anterior. Ou seja, o campeão do ano anterior era automaticamente o número 1 naquele ano, e seu companheiro de equipe o número 2. Os carros seguintes eram numerados levando-se em conta sua posição no campeonato anterior. A segunda melhor equipe corria com o 3 e 4, a terceira com 5 e 6, e por aí vai. É por isso que os tradicionais números 27 e 28 da Ferrari deixaram de existir e se tornaram 5 e 6 em 1996. Em tese, o que isso significa é o seguinte: os carros melhores terão sempre os números mais baixos e os sem futuro estarão sempre ostentando os números mais altos. Claro, né? Carro bom ganha título. Force India faz número. Só que, vejam que curioso, um título do Button significará que um carro de número 22 terá sido o campeão. Sabem qual o número do último campeão mundial, em 2008? O 22 do Hamilton, porque a McLaren tinha sido desclassificada do campeonato anterior por maracutaia. Ou seja, num sistema desenvolvido para privilegiar as melhores equipes com números mais “imponentes”, teremos dois anos seguidos com o campeão vindo lá do que seria o fundo do pelotão. O que isso significa? Sei lá! Mas que é curioso, é...


"Podia ser pior... pelo menos meu time é campeão invicto",
havia dito um quase-que-conformado Barrichello ao
encontrar seu companheiro Button no alto do pódio. Mas foi
só o inglês responder, meio sem jeito, que o Inter havia derrotado
o Corinthians por 1x0, que o brasileiro não resistiu e
brindou o público catalão com seu habitual chororô feio bagaray!

Um comentário:

Mark disse...

Então... Muito curiosa a história dos números. O resto do post deu um puta sono, grande mesmo, mas pelo menos terminou com um ponto quase interessante. Muito curioso, mas quase interessante.
Yawn...
VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: fationin