domingo, 23 de agosto de 2009

F1 2009 - GP DA EUROPA

Depois de voltar a vencer só por ter a pintura de
Felipe Massa no seu capacete,
Rubens Barrichello
teria desenvolvido uma tática infalível para o GP da Bélgica:

homenagear O MAIOR NÚMERO DE PILOTOS
BRASILEIROS POSSÍVEL, de uma
só vez.


Fim de semana de corrida, o que significa post sobre a F1, para desespero dos leitores que não suportam mais ler meus posts sobre F1.

Enfim, vitória do Barrichello, 100a vitória do Brasil na categoria e, vamos admitir, conquista merecida pela ótima corrida que o brasileiro fez, voltando à vice-liderança do campeonato. Critico quando necessário (e quando fico com vontade), mas dou o crédito quando é merecido.

Mas ainda acho que essa atuação do Rubinho tem a ver com a nova pintura do capacete dele, uma homenagem ao amigo Felipe Massa que, se foi bonita como homenagem, foi horrível como manifestação artística, com o verde e amarelo do Massa não combinando em nada com o vermelho e azul do Barrica.

De qualquer forma, a partir de agora, quando tirarem sarro do Barrichello, ele poderá dizer, como sugeriu o Galvão: “Eu sou Rubens Barrichello. Eu já ganhei dez corridas na Fórmula 1”. Até hoje, o máximo que ele podia dizer para rebater as críticas era: “Eu sou Rubens Barrichello. Eu já ganhei NOVE corridas na Fórmula 1”. Então tá.

Claro que a vitória do Barrica teve uma certa ajudinha da McLaren, que primeiro impressionou ao largar em 1o e 2o e sair abrindo vantagem no começo da corrida, e depois fez uma burrada astronômica com o pitstop do Hamilton, que lembrou aquelas paradas Didi, Dedé, Mussum e Zacarias que a Williams cismava em fazer com o Mansell. Alguém errou feio e tirou do Hamilton a chance de ganhar a segunda consecutiva.

A Ferrari fez bonito com o Raikkonen, que chegou ao pódio de novo, e fez muito, MUITO feio com o Badoer, o que, como vocês podem ver pelo meu post há alguns dias, era mais do que esperado. Digo que foi a Ferrari que fez feio porque todo mundo sabia que isso ia acontecer. E eles insistiram na burrada.

Só não achei que seria TÃO ruim. O cara largou lá atrás, rodou, foi penalizado pela direção de prova tanto nos treinos – em que excedeu o limite de velocidade dos pits QUATRO VEZES – quanto na corrida, ao pisar na linha branca da saída dos boxes. Aliás, conseguiu ainda a proeza de ter sido ultrapassado DENTRO do pitlane.

Para resumir: no único lugar da pista toda em que ele foi veloz (a ponto de ser multado quatro vezes), ele foi ultrapassado. Patética corrida que só serviu pra aumentar ainda mais a vantagem que ele tem no questio “corridas sem marcar pontos”. Agora são 50, contra 34 do segundo lugar Brett Lunger (acharam que este vice ia sobrar pro Rubinho também, né?).

De resto, nosso amigo Rosberg fez tudo certinho e levou mais alguns pontinhos pra casa, aumentando progressivamente aquela sensação de que ele estará num carro de ponta no ano que vem. Tá na hora mesmo.

O Timo Glock abocanhou a primeira volta mais rápida da carreira, o que é bacana pelo piloto competente e talentoso que é (apesar de eu pessoalmente não suportar a Toyota como equipe. Mas isso é só um desabafo mesmo, não tendo relação nenhuma com o feito do Glock. Desculpem).

Enfim, Button ainda líder, o segundo piloto Barrichello tirando pontos do Webber e do Vettel (que nem pontuaram nesta corrida) e assumindo a vice-liderança, McLaren andando forte e Ferrari melhorando progressivamente. Depois do susto que a Red Bull deu ao desbancar a Brawn há algumas corridas, me parece que o título do Button voltou a ser apenas uma questão de tempo mesmo.

Só pra fechar, a pérola desta transmissão, por incrível que pareça, veio do bom Reginaldo Leme e não do lastimável Galvão Bueno. Foi dele a impagável frase: “A beleza do circuito é uma coisa linda!”

Ahã.

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