quarta-feira, 12 de agosto de 2009

TROCANDO 80 POR 8

Luca Badoer se prepara para sua volta às pistas fazendo
exatamente o que fez a carreira toda: nada.


Com o acidente do Felipe Massa, o mundo inteiro viveu dias de euforia com a confirmação de que o Schumacher voltaria a correr no lugar do brasileiro. Plenamente justificada a euforia, visto que estamos falando dele que foi o melhor piloto na história da Fórmula-1 (apesar de muita gente ainda achar – erroneamente – que o Senna era melhor).

Enfim, eu poderia ficar aqui horas deliberando sobre os porquês desta minha opinião, mas acho que não vem ao caso agora. Ainda mais depois da notícia de que o Schumi decidiu não correr mais, alegando ainda não estar apto a pilotar um bólido de F1 em decorrência do grave acidente de moto que sofreu no começo do ano.

Foi uma ducha de água fria, mas lembremos que o cara fraturou vértebras, chegou a ter fratura no crânio e o que parecia um acidente relativamente normal foi na verdade muito mais sério do que a mídia noticiou. Por isso, acho até prudente, por mais que eu estivesse ansioso por vê-lo de volta às pistas, que ele se recupere adequadamente.

Mas se eu e grande parte dos fãs da categoria máxima do automobilismo demos uma bela brochada ao saber disso, imagina a Ferrari, ao saber que não teria mais como contar com o melhor piloto de todos os tempos no seu cockpit.

Pois eles conseguiram dar a volta por baixo: avisaram que quem correria no lugar do Massa seria o Luca Badoer – o PIOR piloto de toda a história.

Quando digo isso, não estou exagerando, muito menos citando uma opinião pessoal ou fazendo pouco caso do italiano, mas simplesmente sendo estatístico.

Estreando no mesmo ano que nosso amigo Barrichello, 1993, o piloto de 38 anos conseguiu a proeza de ter sido o que mais provas disputou sem ter marcado pontos.

Participou de 61 corridas na Fórmula-1, tendo conseguido se classificar para a largada em apenas 49 e, em nenhuma destas corridas conseguiu um único pontinho que fosse.

Só para efeito de comparação, o Lewis Hamilton, que já foi vice, já foi campeão, já venceu até neste que é seu pior ano na Fórmula-1, tem só 45 corridas na carreira.

O Juan Manuel Fangio, que tem CINCO TÍTULOS DE CAMPEÃO na F1, correu 51 vezes, míseras duas provas a mais que o Badoer.

Aliás, até do ponto de vista de longevidade, dos pilotos que corriam com ele no ano em que estreou, só o Barrichello – que é RECORDISTA de participações – ainda está em atividade. Tava na hora de passar a bola (ou o capacete, neste caso), não tava?

Será que, com tantos pilotos por aí, tinham que substituir o piloto que mais contribuiu para o esporte justamente pelo que menos fez? Porca miséria, né não?

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