quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MOVIES AT THE FOOT OF THE LETTER

Estávamos comentando outro dia sobre como alguns títulos de filmes são inadequados quando traduzidos de forma "criativa" para outro idioma.

O motivo de tal divagação foi um site que encontramos que mostrava como a tradução dos títulos literalmente matava o filme, muitas vezes revelando seu enredo todo.

Tipo: “O Filho Que Era a Mãe” para “Psicose” ou "A Mulher Que Viveu Duas Vezes" para "Vertigo", ambos do genial Alfred Hitchcock.

Sempre achei isso tudo muito engraçado, mas meio que uma lenda urbana. Até que me lembrei de uma cena da minha infância.

Uma vez meu pai, gargalhando sonoramente, me mostrou o jornal com a programação do dia. Entre os filmes, estava um que era sobre sete amigos que embarcavam numa viagem cruzando os EUA para se juntar ao exército confederado durante a Guerra Civil. O título original do filme era “Journey to Shiloh”, título este que, numa tradução normal, viraria “Jornada a Shiloh” ou “Viagem a Shiloh” (Shiloh sendo o nome da cidade para a qual os sete amigos viajam).

Mas os tradutores não queriam um título tão “enigmático”. Então preferiram chamar o filme de “Seis Não Voltaram”, talvez numa alusão doentia ao romance de Maria José Dupré – “Éramos Seis”.

Então a gente sabia logo de cara que, dos sete amigos que embarcaram na jornada, SEIS deles não conseguiriam voltar pra casa. Alguém se interessa em ver o filme agora?

É mais ou menos como chamar o “Sexto Sentido” de “O Fantasma Que Ajudou o Garoto a Conviver com os Outros Fantasmas”.

Aí comecei a pensar no outro extremo. E se não houvesse NENHUMA criatividade dos tradutores na hora de bolar o título em português?

Bom, vamos a alguns exemplos e depois vocês decidem se é melhor o 8 ou o 80.

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