quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O NOME DO EIXO


Ouvi outro dia uma história que não sei se é mito ou realidade, mas que achei muito interessante.

Comentavam sobre a quantidade de nisseis nascidos no Brasil que foram registrado pelo nome Roberto, principalmente nos anos que sucederam a Segunda Guerra Mundial.

De fato, conheço vários japoneses de nome Roberto, mas nunca havia me dado conta de que isso poderia significar algo além de... ehm... muitos japoneses chamados Roberto.

Mas eis que surge uma história que achei muito interessante, apesar de soar um pouco fantasiosa demais. A história diz o seguinte:

Com a esmagadora derrota dos países do Eixo na Segunda Guerra Mundial e com a indignação nipônica dada a desproporcionalidade dos ataques às cidades de Hiroshima e Nagasaki, muitos japoneses se sentiram altamente humilhados após o fim da guerra.

Cheios de rancor pelos países Aliados, os japoneses que haviam migrado para o Brasil, teriam decidido prestar uma homenagem aos países do Eixo, de forma velada e codificada.

Cada vez que nascesse um filho homem, ele seria registrado de forma a homenagear os países derrotados na guerra, dando a entender que a volta por cima ainda estava por vir e que a derrota era algo puramente circunstancial, podendo se alterar a qualquer momento.

Como eles fizeram isso? Chamando seus filhos de Roberto.

RO de Roma, capital da Itália de Mussolini.

BER de Berlin, capital da Alemanha de Hitler.

TO de Tóquio, capital do Japão de Hirohito.

No nome, os herdeiros carregariam uma espécie de continuidade do Eixo, aguardando pelo momento de reerguer os países derrotados das cinzas para dar sequência ao seu plano de dominação e conquista.

De cara, sei que você está puxando da memória a quantidade de japoneses que conhece chamados de Roberto, e provavelmente está se surpreendendo ao perceber que conhece mais de um.

Mas, sinceramente, acredito que isso não passa de uma lenda urbana, nada mais que uma sacada de algum redator com tempo demais nas mãos, que percebeu a semelhança entre as sílabas e criou a história toda para aparecer ou dar início a uma teoria conspiratória.

De qualquer forma, independente de ser fato ou mito, e por mais abominável que seja a ideia de alguém utilizar o próprio filho para homenagear uma aliança que foi responsável por um dos pontos mais baixos da história da humanidade, o mito tem lá sua aura de mistério e, de uma forma um tanto perturbadora, até uma certa poesia.

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