domingo, 27 de setembro de 2009

OS NÚMEROS DA FÓRMULA 1

Aqui o carro número 208 usado pela italiana Lella Lombardi em 1974.
O bizarro número foi uma jogada publicitária pelo patrocinador da equipe,
uma emissora de rádio de Luxemburgo cuja frequência era a 208.


Jogando F1 no computador com meus filhos (grandes apreciadores do automobilismo da máxima fórmula), optamos por inovar e, em vez de jogar com os carros e pilotos deste ano, escolhemos um outro ano a esmo – 1989.

Na hora de escolher os pilotos, me deparei com o bom e velho Gerhard Berger, correndo com seu habitual número 28, e aí me questionei se ele seria o piloto que mais correu com este número.

A dúvida é meio inútil e imagino que vocês devam achar um tanto lamentável alguém se dar ao trabalho de sequer parar pra pensar sobre o assunto. Mas eu parei e pensei.

E, pesquisando, descobri algumas curiosidades em relação aos números dos carros na Fórmula-1 que eu ADORARIA partilhar com vocês (para o desespero de muitos). Por exemplo...

O número mais baixo já usado num carro de F1 foi 0. Ele foi usado 3 vezes – em 1973, 1993 e 1994.

Em 73, a “honra” de pilotar um carro com número abaixo de 1 foi de Jody Shceckter. Em 93 e 94, foi o Damon Hill.

Pensando de forma racional e mercadológica, ninguém deveria ter vontade de correr com um carro ZERO. Mas se pensarmos sob fria luz da estatística, até que devia sim.

Por incrível que pareça, 100% dos pilotos que em algum momento usaram um carro de número ZERO na F1 acabaram se tornando CAMPEÕES MUNDIAIS.

Descobrir o piloto que mais teve o número 1 na carenagem não é exatamente um exercício de física quântica. É claro que é o Schumacher que, durante 120 corridas, ostentou o 1 no carro. É o que acontece quando se ganha SETE títulos mundiais. Em segundo lugar, empate técnico entre Senna e Prost, com 48 corridas cada.

A minha geração se acostumou a ver o 3 e 4 como os números da Tyrrell. Naquela época, convencionou-se que cada equipe teria seus próprios números – a Tyrrell sempre era 3 e 4, a Williams era 5 e 6, a Ferrari era 27 e 28, etc. A única forma que uma equipe tinha de não correr com seus números de origem era contar com o campeão do ano anterior como piloto.

Faz algum tempo que isso mudou e, hoje em dia, as equipes recebem seus números da FIA de acordo com a colocação no campeonato anterior.

Pela relativa falta de alternância nas vitórias durante os últimos anos, eu esperava que os pilotos que mais tivessem corrido com o 3 e 4 fossem expressivos, aqueles que QUASE tinham ganho o campeonato passado, mas que, por algum capricho do destino, tinham ficado com um vice.

E, de fato, muitos grandes pilotos já correram com o 3 e o 4. Mas os recordistas são o inexpressivo Johnathan Palmer, que usou o 3 no carro 48 vezes, e Patrick Depailler que correu 78 vezes com o número 4. Tudo porque correram pela já decadente Tyrrell durante várias temporadas.

E o número 5?

Seria muita maldade do destino se este posto não fosse do bom e velho “Leão”.

Felizmente, é dele sim. O Nigel Mansell, glorioso RED FIVE, correu 93 vezes com o cinco pintado no carro, muito à frente do segundo colocado Schumacher, que correu “apenas” 65 vezes.

É curioso pensar que o Mansell nunca correu com o 1, apesar de ter sido campeão do mundo. Quando conquistou o título, em 1992, migrou para a Indy, deixando a vaga na Williams aberta para o Damon Hill, que, por não ser o campeão, foi obrigado a correr com o número 0. O legal é que ele teve que fazer isso de novo quando o Alain Prost abandonou a categoria depois de ter sido campeão.

Voltando ao 5, parece ser um número de sorte. Dos 5 pilotos que mais correram com o número 5 em algum momento da carreira, TODOS são campeôes mundiais – Mansell, Schumacher, Mario Andretti, Nelson Piquet e Fernando Alonso.

O 6 não poderia ser de outro senão o Riccardo Patrese, que correu com este número 111 vezes. Aliás, os dois únicos pilotos que correram mais vezes com o mesmo número são justamente o Berger, que correu 113 vezes com o 28, e o Jacques Laffitte, que usou o 26 nada mais nada menos que 132 vezes.

Aliás, vocês sabiam que o místico número 27, personificado como o número da garra e vontade de vencer graças ao Gilles Villeneuve, foi usado por ele míseras 20 vezes?

O recordista de corridas com o número 27 é o Michele Alboreto, com 4 vezes mais que o Villeneuve: 80.

E aí, ainda temos o Alesi com 63, o Alan Jones com 45 e o Tambay com 23, todos à frente do notável piloto canadense. E, no entanto, o mito persiste.

O “maldito” número 13 não figura na supersticiosa F1. Os carros pulam de 11 e 12 para 14 e 15. Mas, mesmo assim, ele foi usado 3 vezes em toda a história da categoria. Pelo Mauritz von Strachwitz em 1953, pelo Moises Solana em 1963 e pela Divina Galícia em 1976.

Pelo currículo dos 3, acho que não deu muita sorte mesmo.

O número mais alto já usado na F1 foi 208, e foi usado uma única vez, pela pilota Lella Lombardi, em 1974.

O legal é que a Lella figura também como recordista em outro quesito – o de menos pontos ganhos. Em toda a carreira, ela conseguiu um total de 0,5 ponto. Ou seja, a pessoa que tem menos pontos na história da F1 foi justamente a que correu com o número mais alto. FREAKY!!!

E, só pra encerrar com chave de ouro, adivinhem quem foi o piloto que mais correu com o número DOIS.

Precisa MESMO dizer? Han? Han?

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