quinta-feira, 15 de julho de 2010

COPA 2010 - FINAL

CLIQUE AQUI PARA O MOMENTO BOOMSTICK DO DIA:
num jogo tenso, Robben perdeu um gol feito num contra-ataque
fulminante que parou no pé de Casillas. Aí, a Holanda perdeu
a chance de se tornar o oitavo país a e sagrar campeão mundial.
No link, o resumo do jogo.


Pela primeira vez em 76 anos, dois países que nunca haviam sido campeões se encontraram numa final de Copa do Mundo – Holanda e Espanha.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado, menos pela Holanda e mais pela Espanha, que sinceramente não me agradou ao longo da competição. Enquanto o mundo falava do tal toque de bola mágico dos espanhóis, só vi este futebol vistoso de fato contra Portugal, nas oitavas. De resto, a Espanha me pareceu ficar tocando a bola lateralmente, de forma quase burocrática, e tanto o jogo contra o Paraguai quando contra a Alemanha foram – na falta de uma palavra melhor – chatos pacaray.

Mas é inegável que o que eles fizeram deu resultado, porque lá estava a Fúria em sua primeira final de Copa do Mundo, contra uma Holanda que contava com dois finalistas da Champions’ League – Sneijder da Inter e Robben do Bayern. Confesso que torci muito para que a primeira estrela da Orange viesse, até por uma questão de justiça e agradecimento pelos serviços prestados ao futebol. Depois de perder em 1974 e 1978, finalmente a Holanda teria uma chance de dar esta alegria a seus milhões de fãs dentro e fora do país. Mas...

O jogo não foi a final eletrizante que se esperaria de uma FINAL DE COPA DO MUNDO. A partida começou com só a Espanha jogando, dando trabalho para a defesa da Holanda, mas nada que parecesse aquele massacre que e Fúria aplicou na meta portuguesa nas oitavas. Do outro lado, a Holanda até tentou quebrar a forte marcação espanhola, mas perdia gols aparentemente fáceis, dando a impressão que a bola não iria entrar nem que o Casillas cobrasse o tiro de meta virado para o gol.

O que se viu foi uma partida violenta, com muitas faltas e muitos cartões. Não me lembro de ter visto uma final de Copa do Mundo com tantos amarelos assim (mas também confesso que não assisti a todas as finais para saber com certeza).

No segundo tempo, mais faltas, mais cartões, mais controle espanhol. Mas a Holanda começou a procurar por brechas na muralha. E uma delas apareceu num contra-ataque de Robben, que só não fez o gol por milagre – e pelo providencial pé de Casillas. Era um gol feito, mas a bola não entrou e 10 em cada 10 artilheiros que se manifestaram nas mesas redondas depois do jogo disseram que teriam marcado se estivessem no lugar do Robben. Até aí eles não estavam, então fica fácil falar. De qualquer maneira, acho injusto crucificar o holandês por isso. Se teve um jogador que realmente suou a camisa para tentar buscar esta estrela, foi o Robben. Infelizmente não deu certo desta vez.

O jogo seguiu nervoso até o final e, como ninguém havia conseguido marcar, partimos para a segunda prorrogação consecutiva numa final de copa.

A prorrogação continuou pegada, tensa e violenta. Tanto que os cartões amarelos acabaram se acumulando de tal forma que Heitinga acabou tomando o segundo e teve que deixar a decisão, cabisbaixo.

Com a Holanda desfalcada e a Espanha naquela tática de tentar se aproximar aos poucos, ia se desenhando uma decisão por pênaltis. Mas, de repente, um passe de Fabregas encontrou Iniesta livre e o espanhol chutoupara finalmente abrir o marcador. Só que isso aconteceu aos 116 minutos de jogo.

Então a Espanha só precisou administrar e esperar pelo fim de jogo para se sagrar Campeã Mundial pela primeira vez na história. Confesso que foi um título que festejei com a mesma alegria que tive quando vi a Itália batendo a França há 4 anos. Ou seja, NENHUMA.

Acho que o maior retrato do quanto esta conquista foi sem graça é o fato de que o prêmio de melhor artilheiro foi para um jogador da seleção que ficou em 3º lugar – o Müller – e o melhor jogador da Copa estava na seleção que ficou em 4º - o Forlan.

Sei lá. No fundo eu acho que foi tudo culpa do polvo...

Nenhum comentário: