domingo, 29 de agosto de 2010

F1 2010 - GP DA BÉLGICA

Após mais uma punição de Sebastian Vettel na temporada, a direção
da Red Bull teria apresentado uma proposta à FIA na qual o alemão
já pagaria seu eventual drive-through de maneira antecipada, logo na
primeira volta de cada corrida. A proposta, visando facilitar o trabalho
dos estrategistas, não foi confirmada pela Red Bull.


Corrida de Spa e, claro, expectativa de uma prova com condições climáticas altamente instáveis.

A chuva esperou caprichosamente até a segunda volta para se manifestar, o que significou que todos haviam largado com pneus para pista seca. O pole Webber perdeu várias posições na largada, caindo para sétimo na primeira curva, e quem aproveitou para pular na frente foi o Hamilton, seguido por Kubica e Button.

Mas a chuva veio e, logo na segunda volta, tínhamos o abandono do nosso festivo Rubens Barrichello, que escorregou e bateu no Alonso, por pouco não tirando o espanhol da prova junto com ele.

Com a saída de Barrichello, o Galvão – que provavelmente havia se preparado para passar a prova inteira enaltecendo a rica história do piloto – se viu na obrigação de valorizar os brasileiros que restavam na prova, o que resultou em momentos de euforia para destacar, por exemplo, a MELHOR POSIÇÃO DE LARGADA DA HISTÓRIA para Bruno Senna. Seria um fato até relevante se a posição em questão não fosse o DÉCIMO OITAVO LUGAR.

Enquanto isso, o Button conseguiu superar o Kubica instantes antes do safety car ser acionado pela chegada da chuva. Com a corrida já comprometida por causa do incidente com Barrichello, Alonso apostou que a chuva seria mais longa e trocou para pneus intermediários, enquanto o resto do pelotão bancava que as condições melhorariam logo.

Deu a aposta da maioria e, pouco mais de uma volta depois, a chuva havia passado, obrigando o asturiano a trocar seus pneus novamente para se adequar à pista seca.

A corrida seguiu e Hamilton foi abrindo de Button, que tinha seu aerofólio dianteiro avariado devido a um toque, e segurava Kubica, Massa, Vettel e Webber.

O tempo foi passando e Vettel, combativo, subia pela classificação até chegar à McLaren de Button, já distante de Hamilton.

Talvez percebendo que a única chance que teria de ganhar a corrida seria sendo agressivo e ultrapassando o inglês na marra, Vettel tentou surpreendê-lo e tirou o carro de lado para realizar a manobra. Mas com a pista ainda úmida e muito traiçoeira, o alemão perdeu o controle do carro e atingiu o piloto da McLaren de lado, danificando seu radiador e tirando-o instantaneamente da prova.

Na entrevista pós-corrida, o inglês foi diplomático ao falar sobre o acidente, mas a direção de prova – que hoje contava com a presença do inesquecível Nigel Mansell – puniu o alemão com um drive-throuh (deve ser o 48º que o Vettel leva ao longo desta temporada).

Com isso, Vettel e Button estavam fora da briga e a prova caía no colo de Hamilton, mas a volta da chuva no final da corrida quase pôs tudo a perder. Apostando que ela seria como a garoa do começo da prova, o inglês não entrou nos boxes para colocar pneus intermediários e quase foi punido no ato pela sua escolha. A chuva veio mais forte que o previsto e, ao tentar fazer a La Source, o inglês perdeu o controle de sua McLaren e quase bateu na barreira de pneus.

Para sua alegria – e para a tristeza de um competente e oportunista Webber, que havia se beneficiado do melhor trabalho de boxes da Red Bull para chegar à segunda posição – Hamilton seguiu na prova e, com cautela e prudência, venceu sem maiores dificuldades.

O Alonso rodou e abandonou, o que deve ter alterado um pouco sua perspectiva de que era um dos sérios candidatos ao título (se bem que, em se tratando de Fernando Alonso, não acho que suas manias de grandeza sejam influenciadas por fatores como A REALIDADE).

A destacar também a ótima corrida da dupla Mercedes – Rosberg e Schumacher – que largaram lá atrás e chegaram respectivamente em 6º e 7º, e também mais uma ótima prova do Adrian Sutil, que sempre faz bonito quando as condições ficam feias.

Nenhum comentário: