domingo, 22 de agosto de 2010

OS GRANDES CANGURUS CINZENTOS E SEUS INCONTÁVEIS TAMANHOS E CORES

Apesar de pequeno e marrom, este animal é um legítimo
GRANDE CANGURU CINZENTO. Só que pequeno. E marrom.


Existem alguns mitos ou histórias que são ricas demais para não serem verdadeiras, e uma delas é a origem da palavra “canguru”.

Diz a lenda que, em 1770, no período de colonização da Austrália, o tenente James Cook e o naturalista Sir Joseph Banks estavam nas margens do Rio Endeavour, esperando pelos reparos em seu navio, quando perceberam um pequeno grupo de cangurus saltitando pelos campos.

Curiosos, eles chamaram um aborígene que estava por perto e perguntaram que animal era aquele. O nativo respondeu “gangurru”, e Cook imediatamente anotou em seu diário.

O que ele não sabia era que “gangurru” significava simplesmente “não entendi sua pergunta” e, como resultado, o maior marsupial do planeta carrega a ridícula sina de ter um nome que é praticamente um “hein?”.

Pois infelizmente a história, por mais deliciosa que seja, não é bem assim. Nos anos 70, o linguista John B. Haviland, estudando o dialeto aborígene Guugu Yimithirr, concluiu que a palavra “gangurru” era o termo que os nativos utilizavam para se referir a um grande canguru cinza. Só que em inglês, e depois no resto do mundo, este nome acabou se tornando genérico para a espécie.

Ou seja, se o mito se perde, ainda resta uma pequena pitada de ridículo nessa história toda: há alguns meses, descobriram o canguru-da-floresta (Dorcopsulus sp. nov), um bichinho marrom que foi documentado como o menor canguru já encontrado.

Então, tecnicamente, o que estamos falando é o seguinte: descobriram um GRANDE CANGURU CINZENTO que mede poucos centímetros e ainda por cima é MARROM.

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