segunda-feira, 30 de novembro de 2009

PARA BEBER ANTES DE MORRER: DIRK MARTINI


Adquiri o gosto pelo Dry Martini com meu pai, assim como adquiri o gosto pela cerveja, Jack Daniel's, rum, e por aí vai.

Mas enquanto meu dry martini eu faço da maneira clássica (preparado numa coqueteleira e servido taça de martini), meu pai - vulgo DIRK - prepara o martini dele de uma forma um pouco mais "prática", por assim dizer, o que dá ao drink características muito diferentes na hora de beber.

Ele prepara on the rocks e o martini dele é mais "molhado" que o habitual.

Basicamente, ele coloca umas pedras de gelo num copo old fashioned, duas ou três azeitonas, e coloca gim e vermute numa proporção de 7 pra 3, o que de cara dá ao coquetel um sabor mais "suave".

Além disso, à medida que o gelo vai se derretendo, ele fica mais aguado, mas continua gelado.

Acho que esta variante do dry martini tem uma vantagem (pra mim pelo menos) no verão, uma vez que é praticamente impossível manter o drink clássico gelado por mais que alguns minutos nesse calor todo.

Aí, como consequência, nessa epoca tendo a migrar provisoriamente pro que eu apelidei de Dirk Martini - e que o resto do mundo deve simplesmente chamar de Medium Dry Martini on the Rocks.

Curiosamente, enquanto meu pai prefere o martini dele on the rocks (uma heresia pra qualquer degustador de martinis), o whisky e o bourbon - que por aqui costumeiramente se tomam com gelo - ele faz questão de tomar puro ou com um pouco de água gelada, provavelmente em respeito às suas raízes escocesas.

Afinal, como todo mundo sabe, ESCOCÊS QUE SE PREZA NÃO COLOCA GELO NO SEU WHISKY.

Em todo caso, é uma diliça. Bebe aê.

domingo, 29 de novembro de 2009

GIBI QUE PASSARINHO NÃO LÊ



Fui almoçar hoje num lugar chamado Água Doce, na Vila Madalena.

O restaurante imita o estilo caipira de ser, e a comida não deixa a desejar.

Mas o que me chamou a atenção foi a revistinha que eles disponibilizam para as crianças se divertirem durante o almoço, naqueles mesmos moldes que o America faz com os terríveis gibis do FAROFINO.

Este gibi, como é de praxe, também conta com uma historinha em quadrinhos em que uma criança aprende valiosas lições de cidadania com o personagem do restaurante.

Com todo o respeito... o atendimento foi bom, a comida foi ok, o preço foi razoável e não sou o mais inflexível dos pais...

Mas esperar que meus filhos tenham UM TONEL DE PINGA como professor de cidadania eu acho que é pedir um pouco demais, né não?

IT'S THE END OF THE WORLD AS WE KNOW IT... OU NÃO...

"Ai Jesuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiisssssssss!!!"


Acabo de assistir ao blockbuster do momento – “2012” – baseado no tal apocalipse maia.

O roteiro é meio sofrível e tudo é incrivelmente previsível, como é de se esperar dos filmes do Mr. Independence Day, Roland Emerich.

Sabendo disso antes de ver o filme, decidi assistir mesmo assim. E CLARO que o roteiro e o desdobramento da história ao longo de excessivas duas horas e meia de filme me irritaram profundamente.

Mas, por outro lado, eu já sabia que seria assim. Então, quando o cérebro fica em ponto-morto e você vê o filme com olhos de “vamos explodir coisas”, o filme fica incrivelmente interessante.

Os efeitos especiais devem abocanhar o Oscar do ano que vem, já que a produção é praticamente um compêndio de todos os filmes-catástrofe já realizados até hoje, numa só produção.

Temos terremotos, vulcões, tsunamis, desabamentos e incontáveis tragédias, tudo filmado esplendorosamente, com requintes de detalhes e uma fotografia de tirar o fôlego.

Nunca o fim do mundo foi retratado de forma tão visualmente impactante e dramática.

Pena que o roteiro realmente não se sustenta e temos aquela boa e velha história do cara fracassado que de repente vira o herói da humanidade e o fim do mundo não chega a ser o fim do mundo DE FATO, mas HEI! Pelo menos desta vez não é o presidente americano, como no CANASTRÍSSIMO presidente Bill Pullman de “Independence Day”.

Enfim... filme pra assistir com o seu QI regulado pro nível “Meu Amigo Zoca*” e aí vira DIVERSÃO PURA!


* Para preservar o indivíduo em questão de prováveis danos à sua reputação em virtude de suas quase sempre questionáveis atitudes éticas e morais, o nome de Mark Damian Ament será substituído neste blog pelo pseudônimo “MEU AMIGO ZOCA”.

EU VI AC/DC NO MORUMBI (urgh... rimou)

No momento em que a roliça boneca inflável apareceu durante
a música "Whole Lotta Rosie", parte do público teria gritado o nome de
Geisy Arruda, aquela aluna que foi expulsa da Uniban em virtude de seu
"micro vestido". Confesso que não ouvi, mas tá no jornal.


Graças ao meu amigo Alexandre “Ético” Ferreira, sexta à noite tive o privilégio de finalmente ir ao show de uma das bandas que marcaram minha adolescência e que tem praticamente a minha idade: o AC/DC.

Um dos primeiros discos (vinil) que comprei na vida foi o “Dirty Deeds Done Dirt Cheap” e o fiz por causa de uma música cheia de duplo sentido que havia ouvido na escola – a “Big Balls”. Era nossa chance de sair pelos corredores da escola gritando que tínhamos bolas grandes sem risco de sermos mandados pra casa, porque, afinal, estávamos só cantando uma música sobre um cara que oferecia os melhores bailes da cidade.

Aí, na sexta, eu finalmente vi os já sessentões membros do AC/DC em ação e a sensação foi a mesma que tive ao ver o Tony Iommi e o Dio ao vivo, no show do Heaven & Hell: foi aquele sentimento de que eu estava presenciando um momento histórico.

Afinal, no palco, estavam os caras que tinham composto aquele mesmo álbum que havia sido tão emblemático da minha infância/adolsescência e, de quebra, o guitarrista de alguns dos riffs mais memoráveis de toda a história da música.

Foi um show explosivo, de altíssimo nível técnico e recheado de surpresas. Foi uma festa para os olhos e ouvidos.

Tocaram praticamente todos os clássicos de uma banda que consegue ter ao menos um clássico por álbum, fizeram o Morumbi inteiro cantar e teve até o divertido, mas completamente desnecessário, strip-tease do Angus Young, que desta vez pelo menos nos poupou de sua BUSANFINHA BRANCA E MISERÁVEL e ficou de cueca.

Tivemos os canhões apoteóticos de “For Those About To Rock (We Salute You), o “sinão” de “Hells Bells” e até uma enorme boneca inflável loirona na música “Whole Lotta Rosie”, que ainda batia o pé em ritmo com a música.

Foi espetacular e nem o interminável calvário que foi sair da região do Morumbi – com suas ruas estreitas que claramente nao suportam um evento desta magnitude – tirou o brilho de um show absolutamente memorável.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

FISTFUL OF LEGO


Post-relâmpago com uma versão Lego do personagem que deu origem ao nome do blog,

Não tenho muito mais o que dizer sobre o assunto e o post de hoje definitivamente não vai agregar absolutamente nada de aproveitável na sua vida, mas EU achei cool.

Roubei do “eduärdo’s scrapbook”, mas citei a fonte.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

STEVIE WONDER

O lado bom de ser o Stevie Wonder é que
você é um gênio musical.
O lado ruim é que você nunca sabe quando
algum engraçadinho decidiu vestir você com
o carpete da sala.


Fuçando no meu i-tunes em casa outro dia, decidi dar uma mergulhada mais “séria” na discografia de um cara que eu sempre havia classificado como um gênio, me baseando mais nos comentários e na idolatria nutrida por outros grandes músicos do que no que eu conhecia de fato do cara: o Stevie Wonder.

Pra mim, Stevie Wonder significava aquele meloso e insuportável dueto politicamente correto que ele fez com o Paul McCartney – “Ebony And Ivory” – e o igualmente insuportável tema do filme “A Dama de Vermelho” – “I Just Called To Say I Love You” – que o Gilberto Gil ainda decidiu gravar em português, numa inexplicável e lamentável falta de senso de adequação musical.

Em suma, a imagem que eu tinha do Wonder era a pior possível e, de repente, ao fuçar na obra dele para entender os motivos que o levavam a esta posição praticamente unânime de GÊNIO MUSICAL, percebi que estas duas músicas foram apenas deslizes numa ampla coleção de verdadeiras pérolas auditivas.

De baladas belíssimas e delicadas como “If It’s Magic” a funks incrivelmente contagiantes como “Sir Duke”, a obra do cara é recheada de músicas que tenho certeza que muita gente já curtiu e achou fenomenal, mas nem desconfia até hoje que se tratam de músicas do Stevie Wonder.

Um exemplo clássico é a obra-prima “Cause We’ve Ended As Lovers”, provavelmente a “música-referência” do Jeff Beck, que não só é uma composição do Wonder como também tem LETRA. E eu sempre achei que era uma música instrumental.

A gravação original do hit “Higher Ground” que o Red Hot Chili Peppers, fez bombar nas rádios também é dele e o mesmo vale para “Superstition”, música em que o Stevie Ray Vaughan praticamente definiu o que significa ter “pegada” na guitarra.

Até aquela música hip-hop do rapper Coolio que cansou de tocar na MTV – a “Gangsta’s Paradise” – nada mais é que uma versão de uma música do Stevie chamada “Passtime Paradise”, gravada láááááááá em 1976.

E isso porque eu passei uma horinha dando uma ouvida bem superficial nos principais discos do cara e ainda tem MUITA coisa a descobrir. O que significa que a influência direta dele deve se estender a músicos e bandas que eu nem poderia imaginar.

Se você é daqueles caras que, como eu, achavam que tudo que ele fazia tinha aquela levada “We Are The World”, paz e amor, aqui vai uma versão de uma música dele – “Maybe Your Baby” – gravada pelo VOICE OF ROCK Glenn Hughes (que vem pra São Paulo dia 16 de dezembro), só pra vocês sacarem a PORRADA e o GROOVE que tem este verdadeiro mestre chamado Stevie Wonder.

Ouve aê:

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O LAMENTO DOS GOLEIROS

No jogo contra a Costa do Marfim, a camisa número 1 do falecido
Robert Enke teve cadeira cativa no banco de resrvas da Alemanha, uma bela
homenagem no primeiro jogo da seleção após a trágica morte do goleiro.


A quantidade de posts deste mês é um recorde negativo e gostaria de pedir desculpas a quem entra aqui esporadicamente para perder alguns minutos da vida. Prometo que, uma vez reestabelecida a normalidade na agência, volto à ativa.

Mas, só pra não deixar este humilde blog completamente às traças, aqui vai um post rápido sobre o amistoso entre a Alemanha e a Costa do Marfim (empate de 2-2), jogo este em que a Mannschaft estreou seu novo uniforme (já havia cantado a bola sobre a nova camisa aqui).

De modo geral, ficou bacana o uniforme, como vocês podem conferir no videozinho abaixo (se é que alguém fora eu iria QUERER conferir isso), mas o motivo do post é outro.

A Alemanha, sempre celeiro de grandes goleiros, teve jogadores que exercem esta função nas manchetes duas vezes recentemente. Uma foi a morte do Robert Enke, goleiro da seleção, que se atirou na frente de um trem numa crise de depressão. Ele lutava há anos contra a doença e, recentemente, havia perdido a filha de 2 anos. Me parece que isso foi a gota d’água e o jogador optou por terminar com tudo de maneira trágica e definitiva. Não vou e nem tenho o direito de julgar a atitude, então me resta lamentar a perda.

O outro goleiro alemão que virou notícia o fez justamente neste jogo de estreia do novo uniforme. O jogo, que por sinal homenageou Enke, teve uma atuação pra lá de bizarra do goleiro Neuer que, ao rebater uma bola atrasada pela sua própria defesa, acabou usando o jogador marfinense como parede e viu a bola entrar “sem querer” no gol.

Pra quem não quer ver o filminho inteiro, o lance surreal acontece na marca de 1:24. Mais uma vez, me resta lamentar...


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

LA NOURRITURE RAPIDE ou O PRIMEIRO FAST FOOD GOURMET DO MUNDO

"Ei! Garçom! Eu pedi meu bife BEM PASSADO!"


Pedindo desculpas pelo indesculpável, estou postando muito, muito pouco ultimamente. Isso se deve a uma carga violenta de trabalho na agência, confirmando a tese de que todo fim de ano é cruel com quem trabalha com propaganda.

Mas isso não me impede de fazer um post rápido sobre algo idem: fast food.

Todos dizem que o fast food é de qualidade inferior, faz mal, etc. Mas chegando em casa tarde hoje e sem opção em casa (e muito menos saco para ir no Pão de Açúcar 24 horas de carro), optei por pedir um lanche num delivery para minha família.

Aí comecei a deliberar sobre o porquê de fast food ser sinônimo de bad food e cheguei a uma conclusão surpreendente (na verdade, já tinha tido esta ideia em outra época, mas ela acabou escondida em algum canto escuro e pouco usado do meu cérebro – se bem que há que diga que NADA no meu cérebro é usado).

A ideia é que fast food não precisa ser ruim. Dá pra fazer um fast food de comida boa mesmo. Comida gourmet. Só que FAST.

Funcionaria mais ou menos assim: você chega ao restaurante e olha o cardápio. Aí escolhe uma salada de entrada, acompanhada por um pouco de água, seguido por um filet au poivre e algumas taças de vinho tinto, um tiramisu de sobremesa e, para finalizar, um Sambuca Romana ou, quem sabe, um espresso.

Só que você só tem mais 10 minutos antes de ter que voltar ao trabalho. Injusto, não?

Pois eu acho que você tem direito de almoçar o que tiver vontade, independente do tempo que tem para saborear os pratos. E, no meu restaurante, você teria a oportunidade de ter tudo isso no tempo que fosse necessário.

É só colocar tudo que você quer comer, da salada ao café, num grande liquidificador e ligar durante 1 ou 2 minutos.

Pronto. Você tem a refeição dos seus sonhos num copo. Uma versão prática e rápida do bom e do melhor da haute cousine que pode tomar em poucos minutos para poder depois voltar ao trabalho saciado. E o que é melhor: ainda economiza seus dentes.

Não sei como esta ideia ainda não vingou em uma cidade como São Paulo, em que a gastronomia é tão refinada e o tempo é um luxo a que temos cada vez menos direito, mas, como muitas das minhas brilhantes ideias QUE NINGUÉM USA, taí mais esta dica.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

F1 2009 - GP DE ABU DHABI

Espectadores vibram com um dos muitos momentos
EMOCIONANTES da corrida de Abu Dhabi, como,
por exemplo, ehm... o pôr do sol.


E vamos lá para a última corrida da temporada. Depois das surpresas que 2009 reservou pra gente, nada mais justo que a corrida de fechamento – no novo e impressionante circuito de Abu Dhabi – seguisse o script e nos proporcionasse com um grande espetáculo. Infelizmente, a vida não é justa.

A corrida foi de longe uma das mais monótonas e chatas que já assisti em toda minha vida. Sou obrigado a concordar com o Galvão Bueno quando ele diz que a pista mais parece um circuito de kart, com um monte de curvas de 90o sucedidas por retas longas que não oferecem emoção nenhuma à corrida.

O culpado por isso é o arquiteto que projetou o circuito – o alemão Hermann Tilke. Este mesmo arquiteto foi o responsável pelo “novo” traçado da até então belíssima pista de Hockenheim, que perdeu completamente suas características mais marcantes: as longas retas que cruzavam a Floresta Negra. Vejam abaixo as retas que foram suprimidas do circuito (em cinza) e como ele ficou agora. Muito triste. A parte mais divertida do circuito não existe mais e até meu filho Tony, de 6 anos, ficou irritado ao constatar que tinham tirado a graça da pista (cortesia do Playstation).
Enfim, não estou aqui pra falar da corrida da Alemanha, coisa que já fiz aqui, mas para tentar encontrar ALGUMA COISA a dizer sobre o monótono GP de Abu Dhabi.

Esta coisa até que poderia ser a saída dos boxes, que ficou parecida com a saída de um estacionamento de shopping. De fato, ficou interessante, mas imagino que se algum barbeiro conseguir rodar na saída, a pista estreita e sem área de escape pode acabar ocasionando um congestionamento enorme no pitlane.

Poderia ter sido interessante e dado um molho na corrida, mas infelizmente isso não aconteceu. O que aconteceu, por outro lado, foi um erro bizarro do impronunciável piloto da Toro Rosso, Jaime Alguersuari (a parte do impronunciável é o Alguersuari, não o Jaime. Eu sei falar Jaime). O espanhol entrou para fazer seu abastecimento e troca de pneus, mas ERROU O LUGAR DA PARADA, estacionando no boxe da Red Bull. Na hora percebeu a burrada e saiu acelerando de volta para a pista para, alguns instantes depois, parar com pane seca, já que estava no limite do combustível. Isso que dar ter duas equipes com o mesmo patrocínio e carros praticamente idênticos no pitlane.

Outro destaque foi a boa corrida, de novo, do Kobayashi, que optrou por fazer uma parada apenas e terminou num expressivo 6o lugar, marcando seus primeiros pontos na carreira. E isso tudo logo na segunda corrida. Nada mal.

Como tentativa de afugentar a sonolência que o circuito causava, tivemos boas (e poucas) disputas entre o Kubica e o Buemi, o Button e o Glock, e, nas voltas finais, entre o Button e o Webber. As disputas quase fizeram a gente esquecer o quão CHATA a prova havia sido, mas QUASE.

De resto, nada aconteceu. O Vettel ganhou tranquilamente, assegurando assim o título de vice-campeão de 2009. O campeão, Jenson Button, correu bem e chegou colado no Mark Webber, fechando o ano onde começou: no pódio.

O pole, Lewis Hamilton, abandonou com problemas na sua McLaren (pela primeira vez na carreira, como informa muito bem o Capelli em seu blog), mas isso não comprometeu o terceiro posto da escuderia inglesa, uma vez que o Raikkonen não conseguiu arrastar sua lenta Ferrari até a zona de pontuação.

Agora é esperar até o ano que vem para ver o que a temporada nos oferece de interessante.

De cara, damos adeus ao reabastecimento durante a corrida, recurso este instituido em 1994 para dar mais equilíbrio ao campeonato e que, agora, sai de cena para dar mais equilíbrio ao campeonato, pelo menos até alguém decidir trazê-lo de volta para dar mais equilíbrio ao campeonato.

Teremos muitas mudanças nas equipes, coisa que não aconteceu de forma expressiva de 2008 para 2009, com a maioria dos pilotos permancecendo em suas equipes. Para 2010, muda bastante coisa.

A Ferrari perde Raikkonen, mas ganha Alonso, a Renault fica sem o espanhol e terá o polonês Robert Kubica, provavelmente acompanhado pelo bom Timo Glock, que se despede da antipática Toyota. A McLaren deve dar um pé nas nádegas finlandesas do Kovalainen e, se tudo der certo, teremos a volta de outro finlandês – o Raikkonen – à equipe em que começou a ganhar corridas na categoria. A Williams vai ser a casa do Barrica, que deixa seu cockpit na Brawn para o bom Nico Rosberg.

Ou seja, pelo menos diferente 2010 promete ser. Vamos aguardar os primeiros testes e ver o quanto.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O VÍCIO DE SER VICE

Post curtinho, mas TIVE que fazer. Sei que ninguém mais aguenta minhas bobagens sobre o Barrichello, mas infelizmente eu me divirto MUITO e não resisto quando leio algo do tipo:

A Arabian Business divulgou uma lista com os salários dos pilotos da F1 para este ano, com o Kimi Raikkonen liderando (e muito bem) o ranking.

Eis a lista completa (de novo... é um ranking da Arabian Business e não sei o quanto a gente deveria levar isso ao pé da letra... mas JÁ QUE OS DADOS SÃO DIVERTIDOS PACAS, POR QUE NÃO, NÉ?)

1. Kimi Raikkonen - US$ 45 milhões (cerca de R$ 78,8 milhões)
2. Lewis Hamilton - US$ 18 milhões (cerca de R$ 31,5 milhões)
3. Fernando Alonso - US$ 15 milhões (cerca de R$ 26,2 milhões)
4. Nico Rosberg - US$ 8,5 milhões (cerca de R$ 14,8 milhçoes)
5. Felipe Massa - US$ 8 milhões (cerca de R$ 14 mnilhões)
6. Jarno Trulli - US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 11,3 milhões)
7. Sebastian Vettell - US$ 6 milhões (cerca de R$ 10,5 milhões)
8. Mark Webber - US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 9,6 milhões)
9. Jenson Button - US$ 5 milhões (cerca de R$ 8,7 milhões)
10. Robert Kubica - US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 7,8 milhões)
11. Heiki Kovaleinen - US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 6,1 milhões)
12. Nick Heidfeld - US$ 2,8 milhões (cerca de R$ 4,9 milhões)
13. Timo Glock - US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,5 milhões)
14. Giancarlo Fisichella - US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões)
15. Sebastien Buemi - US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões)
16. Rubens Barrichello - US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,75 milhão)
17. Jaime Alguersuari - US$ 0,5 milhão (cerca de R$ 875 mil)

Os outro 4 pilotos do grid - Vitantonio Liuzzi, Adrian Sutil, Romain Grosjean e Kazuki Nakajima - PAGAM para poder correr em seus respectivos carros (um absurdo o Sutil ter que pagar para correr, diga-se de passagem...)

Enfim... excluíndo os 4 que PAGAM pra correr, adivinhem quem é o SEGUNDO pior no ranking dos salários?

Vice de verdade tem que ser vice SEMPRE e não só nos momentos bons.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O DIA EM QUE SLASH, STEVE LUKATHER, JOE SATRIANI E JEFF BECK TOCARAM NO SPINAL TAP


Mais um som bem interessante para vocês que curtem os grandes deuses das 6 cordas. E mais um que provavelmente vocês não sabiam que existia.

Este aqui é uma música de uma banda inglesa mais ou menos fictícia (se é que é possível isso) chamada Spinal Tap. É uma banda pouco conhecida por aqui, mas faz sucesso em solo britânico pelo seu estilo debochado, parodiando as bandas do chamado New Wave Of British Metal dos anos 80, com letras que eram engraçadas, som bacana e o pessoal da banda transmitia uma imagem de que realmente não estava nem aí pro que alguém pensasse sobre os discos que lançavam.

A história da banda, que chegou a participar de um episódio dos Simpsons, na verdade é uma confusão só, porque muito do que eles divulgam sobre si mesmos é fictício. A discografia é repleta de LPs que nunca foram lançados e, por algum motivo, os bateristas que passam pela banda sempre acabam morrendo em situações, ehm, pouco comuns, como “um bizarro acidente de jardinagem” ou “engasgando no vômito de outra pessoa”. Yuck.

O fato é que eu tenho um dos poucos discos DE VERDADE da banda – o “Break Like The Wind” – e, quando ouvi uma das músicas, fiquei impressionado com os solos de guitarra nela. O guitarrista “oficial” da banda, Nigel Tufnel (na verdade Christopher Guest), é um guitarrista um tanto meia-boca, então na hora deu pra sacar que não era ele tocando aquela avalanche de notas no final da música.

Aliás, ficou claro que não era um só guitarrista, porque os estilos se diferenciavam enormemente entre um solo e outro (são 4 ao total) e eu na hora fui ler o encarte do CD (sim, tenho o CD de verdade!) e entendi porque achei tão absurdamente bom aquilo.

Sei lá como os caras fizeram isso, mas são solos do Slash (sim, aquele mesmo, do Guns ‘n’ Roses), do Steve Lukather (algum dia faço um post sobre este incrivelmente subvalorizado guitarrista), do Satriani e, pra finalizar, uma espetacular demonstração de classe e técnica do meu bom e velho e idolatrado Jeff Beck.

Não sei como eles juntaram os 4 pra tocar solinhos na música deles, mas conseguiram, e o resultado é fenomenal. E pouquíssima gente conhece.

Você claramente percebe o estilo de cara um e, como sempre, fica aquela pergunta que nunca se cala: COMO É QUE O JEFF BECK TIRA ESSE SOM?

Pros AMARGOS OCUPADINHOS que não querem ouvir toda a primeira parte da música e querem apenas os solos, é só irem direto aos 3’13” da música que vocês já dão de cara com o Slash e sua Les Paul.

Diversão pura. Ouve aê:

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AS POUCAS CORES DA CIDADE CINZA


Uma vez me disseram que um alto executivo da General Motors veio ao Brasil – mais precisamente São Paulo – e disse que não entendia o porquê de um país tão colorido pela própria natureza ter uma frota de automóveis tão monocromática nas ruas.

Ouvi isso há alguns anos, mas a pergunta nunca me deixou e, esta semana, de repente me deparei com um exemplo prático disso.

Ao olhar para o estacionamento ao lado da minha agência, me dei conta de que só haviam carros pretos ou prata. Alguns vermelhos apareciam para manchar a homogeneidade da paisagem, mas era claro que eles eram minoria.

Achei triste e deprimente ter, na frente dos meus olhos, a constatação de que, numa cidade tão reconhecidamente cinza como São Paulo, temos tão poucas pessoas com coragem e criatividade para quebrar o paradigma e levar mais cor às ruas.

Tive que registrar a cena. Mas a pergunta fica. O que será que acontece com essa gente?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

F1 2009 - GP DO BRASIL


Post MUITO atrasado, mas de coração. Espero que me perdoem.

Ando muito atarefado, mas, como tenho um pacto de sangue com meus leitores – inclusive aqueles que dizem que este é o único lugar em que lêem sobre Fórmula-1 e depois se esquecem disso e me mandam informações de OUTROS BLOGS SOBRE FÓRMULA-1 – não teria como deixar de postar sobre a corrida mais importante da temporada.

Conforme eu tinha previsto, Jenson Button saiu de Interlagos com o título de Campeão Mundial de Fórmula-1.

Muita gente criticou o inglês por uma suposta falta de arrojo na segunda metade do campeonato, mas eu discordo disso. O regulamento tá aí pra ser usado.

O Button tinha ganho 6 das primeiras 7 corridas da temporada. Quando o até então imbatível carro da Brawn começou a perder terreno pra concorrência, ele fez o certo: poupou equipamento, foi prudente, não cometeu erros, foi ganhando seus pontinhos aqui e e ali...

E o resultado tá aí pra mostrar que ele estava mais do que certo em fazer o que fez.

Lembram de como crucificaram o Hamilton por demonstrar um excesso de arrojo no final de 2007 e dar o título de bandeja pro Raikkonen? Pois o Button não correu riscos. Jogou com o regulamento, de forma inteligente, fria e, no final das contas, altamente eficiente.

Título mais que merecido, mas vamos à corrida. Afinal, é pra isso que eu NÃO sou pago pra escrever.

Primeiro o treino.

O Barrichello fez um treino realmente muito competente. Deu sorte do surpreendente Kobayashi não tirar o lugar dele na última sessão de classificação e aproveitou a chuva para cravar a pole. O companheiro de equipe e rival na luta pelo campeonato Jesnon Button largava num inexpressivo 14o lugar. O outro pretendente ao título, Sebastian Vettel, só em 15o.

Aí, o Barrica fez uma largada correta, se manteve em primeiro e foi abrindo pro segundo colocado.

Claro que o “foi abrindo” durou pouco porque a quantidade de batidas que ocorreu nas primeiras voltas deu a impressão que todo mundo tinha se chocado de propósito só pro Button se dar bem. E foi exatamente isso que o inglês fez: pulou 5 posições.

Nem tudo foi um mar de rosas pra ele, claro. Porque o impressionante estreante Kamui Kobayashi estava na prova, substituindo o Glock na Toyota.

Este japonezinho realmente fez com que o Button suasse para tentar garantir o título em Interlagos. Ele ultrapassou gente, impediu ultrapassagens, deu X no próprio Button, mostrou um incrível arrojo e controle do carro e até se envolveu em um incidente com seu compatriota Nakajima que podia ter sido grave para o filho do bom e velho Satoru, mas que felizmente não teve nada mais sério.

O fato é que, independente de ter errado ou acertado, o Kobayashi deixou sua marca. Ele deve correr em Abu Dhabi para encerrar a temporada (caso o Glock não se recupere) e talvez até consiga um lugar para correr em 2010 pela própria Toyota.

O Barrichello, que o Galvão apontava como principal candidato à vitória, já tinha avisado antes da prova que estava incrivelmente leve. Aí, simplesmente não conseguiu abrir o suficiente pro Webber até sua parada nos boxes. Quando voltou, MAIS PESADO, não deu pra continuar com os tempos que ele estava fazendo MUITO MAIS LEVE. E o Webber foi embora na frente dele.

Neste momento da corrida, muita gente devia estar pensando que a Brawn PREJUDICOU o Barrica de propósito para evitar que ele ganhasse a corrida (o que é completamente SEM SENTIDO) e mudou a estratégia dele para fazer com que o carro dele rendesse menos.

Quero falar sobre isso, mas acho que vale um post só pro assunto, então não vou ficar tricotando aqui. Mas o fato é simples: a Brawn não tem mais aquele carrão de outros tempos, que poderia dar ao Barrichello a chance de ser campeão. E, se tivesse, o BUTTON TERIA O MESMO CARRO, o que anularia a vantagem do brasileiro.

Pra muito fã do Barrichello, é duro ler isso, mas é muito simples. Se ele quisesse mesmo ter sido campeão, não teria deixado o Button abrir 6 vitórias em 7 corridas no começo da temporada. Deixou? Deu no que deu. Paciência.

Voltando à corrida, outra coisa bacana foi o fato do até então inexistente Robert Kubica aparecer de novo (tudo bem que pouco, dada a disputa para o campeonato acontecendo lá atrás), subindo ao pódio pela primeira vez no ano.

Os pit stops proporcionaram um momento realmente diferente quando o Kovalainen saiu arrastando a mangueira de combustível bem na frente do Raikkonen, jorrando gasolina nas partes quentes da Ferrari e fazendo com que o Homem de Gelo se visse envolvido numa impressionante bola de fogo durante alguns instantes. Talvez por ele ser de gelo, isso não resultou em nada sério.

Outra coisa interessante da corrida foi ficar ouvindo as vinhetas da Nova Schin enquanto víamos o carro do campeão Button e do piloto da casa Barrichello patrocinados, pela concorrente Itaipava. Se eu fosse o diretor de marketing da Schincacriol, caia matando na Globo.

De resto, ficou constatado que a Mariana Becker é DE LONGE a reporter mais chata de todos os tempos na Fórmula-1, conseguindo interromper o igualmente insuportável Galvão Bueno sempre nos momentos mais inadequados da corrida. Deve haver algum tipo de técnica para conseguir errar na mosca assim EVERY FUCKING TIME.

Enfim, título decidido e bora pra Abu Dhabi. Mas, antes, vamos pensar numa coisa bem interessante:

Presenciamos um piloto inglês sendo campeão em cima de seu rival brasileiro, justamente na casa do rival, o Brasil. O inglês corre com um carro de número 22, num campeonato em que o regulamento dita que os números mais altos são para as piores equipes do ano anterior. O piloto inglês usa um capacete quase todo amarelo, assim como o grande ídolo braileiro Ayrton Senna. O inglês alcança, com este resultado, o primeiro título de sua carreira, mesmo sem ganhar a corrida.

O que tem de interessante nisso? Se este fosse um post falando do campeonato de 2008 (aquele que o Hamilton ganhou em cima do Massa) eu não teria que mudar UMA ÚNICA palavra.

EXPLICA ESSA, PADRE QUEVEDO!

domingo, 11 de outubro de 2009

DANKE SCHÖN

Ninguém entende o motivo, nem eu, mas o fato é que sou um FANÁTICO torcedor da seleção alemã de futebol.

Neste fim de semana, lá na casa dos meus pais, tive o privilégio de assistir ao jogo entre a Alemanha e a Rússia, penúltimo jogo das eliminatórias europeias.

Era um jogo crítico entre os dois líderes da chave. Perdendo, a Alemanha corria risco de cair para a repescagem.

Mas deu Alemanha.

1 x 0 na Rússia, graças a um gol oportunista do bom e velho Miroslav Klose.

Isso significa que a Alemanha está na Copa do Mundo pela 17a vez, em busca da tão sonhada quarta estrela no manto sagrado.

Obrigado, meu caro Miroslav. Muito obrigado.

E agora, bora detoná essa porra, cambada de Schweinhunden!

PARA BEBER ANTES DE MORRER: CLASSIC CHAMPAGNE COCKTAIL


Descobri um coquetel muito interessante este fim de semana, cortesia daquela coleção de receitas que o segmento Paladar do Estado de São Paulo lançou.

O negócio chama Classic Champagne Cocktail e é muito simples de fazer, desde que se tenha os ingredientes – o que, neste caso, não é exatamente habitual.

Basicamente, é uma mistura de champanhe, conhaque e um torrão de açúcar encharcado de Angostura Bitters.

Pra quem não sabe, Angostura é um bitter que vem numa garrafinha simpática, revestida de papel e, é claro, amargo que dói. A função deste líquido é dar um sofisticado toque de amargor a bebidas que o pedem, como é o caso do delicioso Manhattan.

Eu mesmo já havia postado um drink que, para mim, pede umas gotas de Angostura, como vocês podem conferir aqui.

Mas vamos ao Classic Champagne Cocktail. Aos que tiverem uma garrafa de champanhe na geladeira e uma garrafinha de Angostura no bar, vai aqui a receita deste interessante coquetel.

Numa taça de martini ou champanhe, coloque o torrão de açúcar e, nele, pingue algumas gotas de Angostura.

Depois, acrescente uns 25ml de conhaque (o suficiente para cobrir bem o torrão) e depois complete delicadamente com champanhe gelada.

O que é interessante sobre este drink é o fato de que o gosto dele vai se alterando enquanto você toma. Começa meio amargo e vai lentamente ficando adocicado à medida que o torrão de açúcar se dissolve.

Interessante, diferente e daquele tipo de drink que ninguém que você conhece já experimentou antes. Mó bom!

Bebe aê.