domingo, 26 de julho de 2009

SE VOCÊ NÃO GOSTOU DO SERIADO, PELO MENOS "FRINGE" (ARRRRRGHHHHHHH!!!)

Um curioso erro de gravação no primeiro episódio de Fringe quase
termina em
desastre quando uma letra caiu de uma altura de quase 10 metros,
por pouco
não matando um pedestre.


Enquanto aguardo a tão esperada derradeira temporada de Lost, arrisquei dar uma conferida na série que está sendo vendida para o público como um novo Arquivos X, produzida pelos mesmos criadores de Lost: Fringe.

Em linhas gerais para quem nunca viu, a série aborda a chamada “fringe science”, que em português significaria algo como “ciência periférica”, ou, simplificando, tudo aquilo que a ciência convencional não sabe como explicar.

Telepatia, telecinese, teletransporte, alterações genéticas, mensagens do além e um monte de fenômenos para os quais a ciência não tem explicação estariam sendo usados por uma organização secreta utilizando pessoas comuns como cobaias.

Cabe a uma policial, um cientista maluco e seu filho “experrrto” salvarem o mundo e, claro, todo episódio eles fazem exatamente isso.

Dá-lhe bate-papos com gente que já morreu, monstros geneticamente alterados, pessoas sendo teletransportadas de um lugar pra outro, gente atravessando paredes e uma série de esquisistices que pelo menos tornam os episódios divertidos de assistir.

A produção é bem feita e eles criaram um recurso bem cool para mostrar o nome das cidades em que a trama do episódio se desenrola. Em vez de uma legendinha básica, eles colocam o nome da cidade ou lugar em que a cena se passa em LETRAS ENORMES EM 3D que flutuam no céu. Muito bacana.

Bom. Dito isso... pra mim a série simplesmente não empolgou. Tudo bem que ainda faltam uns 3 ou 4 episódios para terminar a primeira temporada, mas já detectei o que para mim é o grande problema da série: ela está no meio do caminho entre duas fórmulas, mas não abraça nenhuma com convicção.

Por um lado, a série tem episódios que podem ser assistidos independentemente – como no caso do Arquivo X – sem a necessidade de ter visto tudo que já passou para entender o que está acontecendo – como é o caso de Lost.

Só que isso só funciona no Arquivo X porque é tudo muito simples e você só precisa focar no que está acontecendo naquele episódio. No caso de Lost, mistérios vão se desvendando, perguntas vão surgindo, e eles fisgam você pelo suspense.

Fringe fica entre os dois. Vão jogando elementos que precisariam ser continuados em episódios posteriores, mas são simplesmente descartados (como é o caso do carecão esquisito que aparecia em todos os episódios até o meio da temporada e de repente não apareceu mais).

Criaram elementos de suspense e de continuidade, e depois abandonaram por preferir historinhas mais “começo-meio-fim”.

Nada contra, mas o fato é que não acredito que partir para uma abordagem só com estas historinhas vai dar à série o fôlego que ela precisa para se tornar um fenômeno como Lost. Por enquanto parece uma versão repaginada e mais “complicada” de Arquivo X (e vamos combinar que, depois de 10 temporadas de Arquivo X, o formato aparenta já ter dado o que tinha que dar, né?)

Enfim, aos que querem arriscar, arrisquem. É divertido sim, só que é irritante pensar que esta é uma série que poderia ter sido muito mais do que simplesmente “divertida”.

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