
termina em desastre quando uma letra caiu de uma altura de quase 10 metros,
por pouco não matando um pedestre.
Enquanto aguardo a tão esperada derradeira temporada de Lost, arrisquei dar uma conferida na série que está sendo vendida para o público como um novo Arquivos X, produzida pelos mesmos criadores de Lost: Fringe.
Em linhas gerais para quem nunca viu, a série aborda a chamada “fringe science”, que em português significaria algo como “ciência periférica”, ou, simplificando, tudo aquilo que a ciência convencional não sabe como explicar.
Telepatia, telecinese, teletransporte, alterações genéticas, mensagens do além e um monte de fenômenos para os quais a ciência não tem explicação estariam sendo usados por uma organização secreta utilizando pessoas comuns como cobaias.
Cabe a uma policial, um cientista maluco e seu filho “experrrto” salvarem o mundo e, claro, todo episódio eles fazem exatamente isso.
Dá-lhe bate-papos com gente que já morreu, monstros geneticamente alterados, pessoas sendo teletransportadas de um lugar pra outro, gente atravessando paredes e uma série de esquisistices que pelo menos tornam os episódios divertidos de assistir.
A produção é bem feita e eles criaram um recurso bem cool para mostrar o nome das cidades em que a trama do episódio se desenrola. Em vez de uma legendinha básica, eles colocam o nome da cidade ou lugar em que a cena se passa em LETRAS ENORMES EM 3D que flutuam no céu. Muito bacana.
Bom. Dito isso... pra mim a série simplesmente não empolgou. Tudo bem que ainda faltam uns 3 ou 4 episódios para terminar a primeira temporada, mas já detectei o que para mim é o grande problema da série: ela está no meio do caminho entre duas fórmulas, mas não abraça nenhuma com convicção.
Por um lado, a série tem episódios que podem ser assistidos independentemente – como no caso do Arquivo X – sem a necessidade de ter visto tudo que já passou para entender o que está acontecendo – como é o caso de Lost.
Só que isso só funciona no Arquivo X porque é tudo muito simples e você só precisa focar no que está acontecendo naquele episódio. No caso de Lost, mistérios vão se desvendando, perguntas vão surgindo, e eles fisgam você pelo suspense.
Fringe fica entre os dois. Vão jogando elementos que precisariam ser continuados em episódios posteriores, mas são simplesmente descartados (como é o caso do carecão esquisito que aparecia em todos os episódios até o meio da temporada e de repente não apareceu mais).
Criaram elementos de suspense e de continuidade, e depois abandonaram por preferir historinhas mais “começo-meio-fim”.
Nada contra, mas o fato é que não acredito que partir para uma abordagem só com estas historinhas vai dar à série o fôlego que ela precisa para se tornar um fenômeno como Lost. Por enquanto parece uma versão repaginada e mais “complicada” de Arquivo X (e vamos combinar que, depois de 10 temporadas de Arquivo X, o formato aparenta já ter dado o que tinha que dar, né?)
Enfim, aos que querem arriscar, arrisquem. É divertido sim, só que é irritante pensar que esta é uma série que poderia ter sido muito mais do que simplesmente “divertida”.
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