segunda-feira, 31 de maio de 2010

MASSINHA ALUCINANTE



Como o próprio nome do blog já indica, eu não poderia deixar passar qualquer homenagem a esta brilhante série de filmes dirigida pelo Sam Raimi - "Evil Dead".

Esta é em massinha, bem ao estilo Miu & Mau (não tem idade pra saber do que tô falando? Google it).

Groovy.

domingo, 30 de maio de 2010

O QUE SERÁ QUE SEUS ELÉTRONS FAZEM QUANDO VOCÊ NÃO ESTÁ OLHANDO?


Há muito tempo assisti ao aclamado filme “What The Bleep Do We Know”, que funciona como uma espécie de Introdução de Física Quântica para Ignorantes.

Lembro que achei partes do filme interessantes na época e outras meio “auto-ajuda” demais pro meu gosto, mas tinha uma passagem que me marcou profundamente e me fez perder algumas horas de sono pensando.

É a chamada experiência das frestas duplas (Double Slit Experiment), em que uma sucessão de elétrons é bombardeada aleatoriamente através de uma barreira com duas frestas e têm sua trajetória registrada para análise.

Acho desnecessário explicar os detalhes da experiência e o vídeo que postei abaixo faz isso de maneira muito clara e esclarecedora, mas, em linhas gerais, o que aconteceu foi que os resultados revelaram um comportamento inesperado dos elétrons. Intrigados com isso, os pesquisadores foram observar o que estava acontecendo de perto e tiveram uma nova e desconcertante surpresa.

Não vou ficar contando o final da história e, afinal, são apenas 5 minutinhos de filme. Até hoje não entendo o que de fato aconteceu durante a experiência, mas vale ver, nem que seja para acrescentar uma nova dúvida à crescente lista de coisas inexplicáveis na sua vida.

E, no final das contas, pelo menos o nome do filme é condizente com a realidade: what the BLEEP do we know?

30 ABERTURAS QUE VALEM O INGRESSO

A abertura do clássico filme "Zeta-Man", de 1989, não figura entre as
30 mais memoráveis da história, em parte por questões políticas
e em parte porque ERA UMA BOSTA MESMO.




A importância da abertura nos filmes é muitas vezes subestimada, mas algumas sequências são tão marcantes que disputam com o próprio filme o posto de momento mais memorável do longa-metragem.

Um caso destes é a abertura do espetacular “A Pantera Cor-de-Rosa”, de 1963. Nem todo mundo sabe que o famoso personagem foi inventado só para figurar na abertura do filme, mas seu sucesso foi tão grande que acabou virando um desenho animado que rendeu mais de 120 episódios.

Outro dia, me mostraram um site com uma lista de 30 das melhores aberturas da história do cinema e decidi resgatar isso pra partilhar com vocês.

Muitas aberturas eu desconhecia por não ter visto o filme, mas confesso que deu vontade de dar uma passada na locadora só pela qualidade das cenas iniciais.

Cliquem aqui para assistir.

P.S. Só para constar, muitos dos videozinhos foram bloqueados pelos estúdios, mas vale a pena procurar por vídeos similares no YouTube.

F1 2010 - GP DA TURQUIA

Para minimizar o polêmico gesto feito por Sebastian Vettel,
sugerindo
que Mark Webber seria doido, a Red Bull obrigou
o piloto a convocar
uma coletiva de imprensa para dizer que
ele estava de fato se referindo a si mesmo.
"Toda mundo sabe
que eu ser um pouco biruta", teria dito um visivelmente constrangido

Vettel antes de sair correndo pelo paddock imitando uma galinha.


A rigor, não aconteceu quase nada neste Grande Prêmio da Turquia, mas pelo menos o pouco que aconteceu foi suficientemente pitoresco para tornar a corrida interessante.

Em linhas gerais, o que se viu foi mais uma pole da Red Bull (a 6ª em 6 corridas), mais uma vez corroborando a ótima fase do piloto australiano Mark Webber. Só que, diferente das outras corridas até então, o domínio da equipe austríaca não foi tão avassalador, e o Webber teve que segurar um combativo Lewis Hamilton durante toda a primeira parte da corrida.

Atrás deles, vinham a outra Red Bull, do Vettel, e a outra McLaren, do Button. Os quatro foram abrindo do resto dos carros, que eram liderados pelo Schumacher, a cada prova um pouco mais próximo de sua boa forma original.

Na parada para troca de pneus, a Red Bull foi mais eficiente e o Vettel conseguiu a ultrapassagem em cima do Hamilton.

Aí, com as duas Red Bull na frente sendo escoltadas de perto pelas McLaren, a única esperança para um tempero a mais na prova era a expectativa de chuva. Só que ela não veio e a corrida tinha tudo para terminar assim.

Felizmente, existe o Sebastian Vettel, se sentindo cada vez mais pressionado pela melhor fase do seu companheiro Webber. Isso fez com que o alemão tentasse uma ultrapassagem impossível sobre o australiano, ocasionando um toque que quase tirou ambas as Red Bull da prova. O Webber teve sorte de conseguir voltar e terminar em 3º, mas quem teve sorte mesmo foi a dupla da McLaren, que herdou a liderança da prova.

O Vettel saiu furioso do carro, fazendo gestos de que o Webber estava louco, mas de verdade o australiano não teve um pingo de culpa no que aconteceu.

Com a dupla da McLaren liderando tranquilamente, coube ao Button o outro momento interessante da prova ao ultrapassar espetacularmente seu companheiro de equipe e assumir a liderança da prova. Algumas curvas depois, o Hamilton deu o troco e reassumiu a ponta da corrida, com o pessoal da McLaren implorando para que ambos “economizassem combustível”, o que, traduzindo, significava "NÃO VÃO DAR UMA DE SEBASTIAN VETTEL".

Com isso, a McLaren fez a dobradinha e o Webber terminou em terceiro. Não fosse pelo Vettel, esta poderia ter sido uma das corridas mais sonolentas da temporada. O incidente entre a dupla da Red Bull está sob investigação, então poderemos ainda ter surpresas. Vejamos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

STRESSA SAFÁRI

"Você devia é levar essa sua busanfa gorda de volta pro DESERTO
onde não tem como atrapalhar o TRÂNSITO, animal!"


Uma das características que menos me orgulho de ter é uma improvável combinação de incapacidade de planejamento com otimismo infundado – em outras palavras, “acho que dá, mas se não der a gente dá um jeito na hora, apesar de eu não imaginar que jeito a gente poderia dar”.

Isso me rendeu alguns fios brancos há cerca de dois anos, quando decidi que seria uma boa ideia levar meus filhos ao Simba Safári. Eu mesmo havia ido uma única vez e achei que a experiência seria marcante na vida deles. De certa forma, foi.

Saímos de manhã num sábado ensolarado e fomos rumo ao local. Vi o ponteiro na reserva, mas achei que daria. Só não me dei conta de como era longe e, ao chegar, comecei a ter dúvidas se o combustível seria suficiente para realizar o passeio todo.

Só que aí já era tarde para ter este tipo de dúvida, então segui bravamente pelo caminho, após ter alertado minha esposa Carla de que “talvez o carro PARE NO MEIO DO CAMINHO”.

Claro que, no Simba Safári, o “meio do caminho” pode ser na área dos macacos - enquanto eles pulam freneticamente por cima do seu carro - , ou na região dos grandes felinos. Mas agora teríamos que pagar pra ver, já que não tínhamos como dar meia-volta.

Desnecessário dizer, depois de algum tempo, o grau de tensão dentro do carro começou a se elevar até níveis próximos do desespero. Há quem argumente que não se deve fazer um passeio como este com PRESSA (provavelmente a esmagadora maioria das pessoas), mas infelizmente não tínhamos muita alternativa. E isso acabou transformando quem tivesse ido ao local simplesmente para passear despretensiosamente e curtir os animais com calma em NOSSOS MAIORES INIMIGOS.

Assim, a situação rendeu cenas como a gente acelerando de repente e cantando pneu dramaticamente só para conseguir ultrapassar um único carro mais lento à nossa frente, tendo que forçar a entrada na fila de maneira altamente deselegante, no que deve ter parecido uma manobra monumentalmente estúpida e estressada.

A gota d’água foi quando chegamos à jaula dos tigres, onde os bichos deitavam preguiçosamente e completamente imóveis senão por um ligeiro balançar de rabo a cada 3 ou 4 minutos. A fila de carros à nossa frente permanecia igualmente imóvel, enquanto as pessoas fotografavam os tigres e provavelmente esperavam por algum momento em que eles se levantassem e fizessem algo emocionante.

Mas o tempo passava, o ponteiro estava quase no negativo e nada acontecia, o que fez com que a habitualmente calma e moderada Carla perdesse a paciência e começasse a gritar para fora da fresta da janela coisas como “Não tá vendo que a porcaria do tigre ta DORMINDO?” ou “Quer ficar parado vendo bicho, vai no ZOOLÓGICO onde não tem CARRO atrás de você!”

Neste clima de tensão absoluta e ultrapassagens improváveis, finalmente conseguimos terminar o percurso todo e parar no primeiro posto que encontramos pela frente.

E, como eu havia previsto inicialmente, tudo acabou bem.

terça-feira, 25 de maio de 2010

LOST'S LAST IN THE LIST AT LAST


Ontem fiquei acordado até quase 2h30 da manhã assistindo ao tão esperado ÚLTIMO EPISÓDIO de Lost. Para quem não quer saber o que acontece, recomendo que parem de ler aqui. Mas, para quem quer saber, parar de ler teria o mesmo efeito porque não sei se entendi um catso do que aconteceu.

Em linhas gerais, não sei se concordo com o que andam dizendo por aí – que todo mundo teria morrido no desastre aéreo do primeiro episódio e estariam numa espécie de purgatório, pagando seus pecados e buscando redenção.

Os flash-sideways desta temporada mostram o que teria acontecido caso o avião não tivesse caído e fiquei com a impressão que o tal purgatório seria justamente isso – essa tal realidade paralela em Los Angeles.

Todos os acontecimentos da ilha teriam ocorrido de verdade – Dharma, ursos, monstros de fumaça, etc., e isso explicaria o motivo pelo qual as pessoas se lembram de determinados momentos na ilha quando se reencontram no “purgatório”.

Todo mundo que se encontra na igreja no final da série teria morrido em determinado momento. Alguns morreram no passado – como é o caso do Daniel Faraday ou o pai do Jack – alguns morrem durante o último episódio – como o Jack – e alguns escapam da ilha e morrerão no futuro – como é o caso do Sawyer e da Kate.

Mas independente de quando eles morreram ou morrerão, todos se reencontrarão neste purgatório para se redimir e seguir adiante. Faz algum sentido isso ou tô pirando?

Aliás, acho que algum sentido faz, porque descubro agora que esta minha teoria é partilhada por alguns sites que as pessoas me passam enquanto escrevo. Tá todo mundo na ânsia de tentar entender o que aconteceu ao longo destes últimos 6 anos.

Confesso que, em linhas gerais, achei que a solução encontrada para fechar a série foi meio “preguiçosa”. Até porque, se minha teoria estiver correta e o que ocorreu na ilha foi a realidade mesmo, então a série termina com mais perguntas do que respostas.

Sei lá, dudes. I’m really, really LOST.

domingo, 23 de maio de 2010

BYE BYERN...


Não deu.

O Bayern não quebrou a retranca e nem resistiu ao Milito do Internazionale e perdeu a final da Champions League ontem por 2x0.

Foi um jogão, cheio de jogadas brilhantes e passes milimetricamente precisos. Pra quem tava acostumado a ver o Campeonato Paulista, foi como mudar da água pro Jack Daniel's.

É triste ver seu time perder, mas ao menos me deixou um pouco mais tranquilo em relação à Copa do Mundo que se aproxima.

Enquanto o time de Milão não tinha um único italiano em campo (no finalzinho entrou o Materazzi, mas só pra que tivesse AO MENOS UM ITALIANO na foto do título), o time bávaro contava com praticamente metade da seleção alemã. Isso significa que, quando entrar em campo na África do Sul, os alemães estarão muito mais entrosados que muita seleção por aí.

Depois do quase certo adeus do Ballack, decorrente daquela entrada criminosa na final da FA Cup, é um consolo para este inexplicável torcedor da Alemanha saber que sua seleção está bem menos “perdida” do que andam escrevendo por aí.

Não é muito, mas pelo menos já é alguma coisa.

Ao Bayern, time do coração, meus sinceros agradecimentos por ter lutado até o fim.

Aliás, esse Robben joga muita bola. Tanto ele quanto seu adversário da Inter - Snejder. Não me admiraria termos uma estrela em cima do escudo holandês depois desta copa. A Holanda finalmente ser campeã mundial seria quase que justiça divina e tem time pra isso.

Mas, até segunda ordem, sou muito mais uma QUARTA ESTRELA EM CIMA DO ESCUDO DA ALEMANHA.

VAI PRA CIMA DELES PODOLSKI!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A REFRESHING WHIFF OF BRITISH HUMOUR


Fazia tempo que eu esperava por alguma boa contribuição britânica para o universo dos stand-up comedies. Ultimamente, tudo de interessante que eu encontrava na net vinha dos EUA e, como bom filho de inglês que sou, achava isso meio ultrajante.

Afinal, os ingleses sempre se orgulharam de seu senso de humor refinado e, para muitos, inexplicável. No entanto, os ícones do stand-up, como Dane Cook, Jerry Seinfeld, Eddie Murphy, Jim Gaffigan, etc. são todos americanos.

Aí achei outro dia uma série de programas de rádio da BBC4 chamada “4 Stands Up”, cada um com 3 ou 4 comediantes ingleses fazendo apresentações rápidas de 10 minutos. Tem alguma coisa bacana, alguma coisa ruim, mas o que me chamou a atenção foi o apresentador do programa que, bizarramente, muitas vezes era muito mais engraçado do que os comediantes que ele chamava para o palco.

O nome dele é Michael McIntyre e descobri que tem alguns shows dele no YouTube. Postei um deles pra vocês terem uma noção do cara.

Genial. Fazia tempo que eu procurava por algo assim.

DÓS UN CERO


Para soletrar uma palavra complicada por telefone, definiram-se certas diretrizes que a maioria das pessoas acatou para evitar confusões entre as letras. Ao dizer uma letra, deve-se relacioná-la a uma palavra que comece com ela. Por exemplo, N é de navio, B de bola, I de icneumonídeo, e por aí vai.

Mas, para números, não existe isso. Você não relata um número dizendo coisas do tipo “4 de quatrocentos e vinte dois” ou “1 de dezesseis”, ou “3 de pi” e nem nada disso.

No entanto, talvez isso tivesse me ajudado uma vez quando precisei falar com uma amiga e ela não estava em casa. Quem atendeu foi a vó dela e ela me pediu – num português meio capenga – para que eu deixasse um número para retorno.

Apesar disso ter ocorrido no começo dos anos 90, lembro do número até hoje: 210-0090, talvez em função do papo que tive com a bem-intencionada velhinha. Segue abaixo a conversa entre eu e a vó de minha amiga.

“Alô?”
“Alô... por favor a Jaqueline está?”
“No... quin quer falar?”
“Ah... é o Vladimir, amigo dela.”
“Quer eu pego número e ela liga?”
“Sim! Pode ser. A senhora anota?”
“Pode falar número”
“É 2, 1, 0...”
“Dós, un, cero...”
“0, 0...”
“Cero...”
“... são dois zeros, certo?”
“Dós, cero...”
“Não! 0, 0...”
“Cero... cero...”
Peraí... a senhora colocou quantos zeros?”
“Quanto?”
“Olha... vamos começar de novo?”
“O número?”
“Sim. Olha. É 2... 1... 0...”
“Si. Dós, un, cero...”
“Aí são dois zeros... 0, 0...”
“Dós, cero, cero...”
“Peraí... a senhora não escreveu dois né? São dois zeros, não 2, 0...”
“Si. Dós, cero...”
“Mas qual dois a senhora tá falando? Do que começa o número ou o depois do zero? Porque este segundo não existe.”
“No egziste?”
“Não. O número é: 2, 1, 0, 0, 0, 9, 0.”
“Despois?”
“Depois do quê?”
“Dós, cero?”
“Olha. Por favor risca tudo e eu vou falar os números de novo, um de cada vez, ok?”
“Si.”
“2”
“Dós”
“1”
“Un”
“0”
“Cero”
“0”
“Si. Já coloquei este”
“Não! É outro. É mais um!”
“Un”
“Não! Não tem um! Só o que veio depois do dois!”
“...”
“Mais fácil eu ligar mais tarde, né?”
“Si a senhor pode ligar mais tarde a Jaqueline chega”
“Certo! Obrigado!”

TUU TUU TUU TUU TUU...

terça-feira, 18 de maio de 2010

UMA ESTRELA A MENOS NO MUNDO DA MÚSICA

Ronnie James Dio. 10/07/1942 - 15/05/2010


Anteontem, morreu o ex-cantor do Black Sabbath, Ronnie James Dio, vítima de câncer do estômago.

Já havia postado aqui sobre a experiência quase transcendental que havia sido presenciar um show do Heaven and Hell, mas seria inadmissível deixar de registrar meu pesar por esta triste notícia.

Nascido em 1942, na cidade americana de Portsmouth (curiosamente, o nome do time que ocasionou a outra nota triste do dia - a lesão que tirou o Michael Ballack da Copa), todo mundo lembra do Dio como aquela voz poderosa tão reconhecível, que complementava perfeitamente o som impossivelmente pesado da guitarra do Tony Iommi.

Por isso, em homenagem a este que foi um dos vocalistas mais emblemáticos da história, decidi mostrar para vocês um lado do cara que poucos conhecem.

É ele na foto acima, tirada no final dos anos 50, e também nos dois clipes que postei abaixo, na fase inicial de sua rica carreira musical.

Este primeiro clipe é da música “An Angel Is Missing” da banda Ronnie and the Redcaps, de 1958. É maluco ouvir o timbre inconfundível do Dio cantando uma baladinha inocente como esta.




E esta próxima é do começo dos anos 60, em que o Dio já integrava a banda Ronnie Dio and the Prophets. Bem rock basiquinho estilo Roy Orbison. Muito bacana.



Só pra provar que, quem sabe cantar de verdade, faz bonito seja qual for o estilo. E, definitivamente, esse cara sabia tudo e mais um pouco sobre o assunto.

Vai deixar muita saudade... Curtam aê.

UMA ESTRELA A MENOS NA ÁFRICA DO SUL



Foi com um misto de decepção com apreensão que fiquei sabendo ontem que o Michael Ballack não integrará mais a seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 2010.

Como o vídeo acima mostra, o capitão da seleção alemã sofreu uma entrada criminosa durante a final da FA Cup da Inglaterra entre o Chelsea e o Porstmouth.

Curiosamente, o autor da entrada – o jogador Kevin-Prince Boateng – integra a seleção de Ghana, adversários da Alemanha na primeira fase da Copa. Podemos dizer que, sem querer ou não, ele acabou dando uma forcinha pro seu pais na competição.

Pra mim, péssima notícia.

Agora só me resta torcer para que encontrem um substituto no mínimo satisfatório. Dedos cruzados.

domingo, 16 de maio de 2010

F1 2010 - GP DE MÔNACO


Durante a prova, uma tampa de bueiro se soltou na pista. Felizmente para
Felipe Massa, a essa altura da corrida Rubens Barrichello já havia se retirado.


O Grande Prêmio de Mônaco deste ano não chegou a ser uma corrida espetacular como em anos passados e nem teve a chuva que foi prometida pela mídia ao longo da última semana. Mas também não chegou a dar sono como o péssimo GP da Espanha da semana passada.

Mônaco é Mônaco e sempre é uma das provas mais aguardadas da temporada. Tudo é meio diferente. Alguns pilotos aproveitam para mudar as pinturas de seus capacetes, como foi o caso do Hamilton – que pintou uma roleta no topo do seu – e do Vettel, que deve estar tentando entrar para o livro Guinness dos Recordes como o piloto que mais vezes mudou seu design ao longo da carreira. Algum dia tento postar aqui todos os modelos já utilizados pelo alemão, mas confesso que vai ser difícil.

Enfim, quanto à corrida, o que se viu foi um verdadeiro show do Mark Webber, que estava tão mais rápido que o resto do pelotão – incluindo seu ótimo companheiro de equipe Sebastian Vettel – que a classificação final, com o australiano meros 400 centésimos à frente do alemão, não fez jus à corridaça que ele fez.

Isso se deve em parte ao fato desta ter sido uma corrida marcada pelos Safety Cars, que entraram 4 vezes na pista. Era só o Webber abrir que o Safety Car juntava todo mundo de novo. Mas isso em nada tira o brilho desta vitória que coloca o Webber como seríssimo candidato ao título de campeão mundial. O Vettel vai ter que suar o capacete para conseguir superar o inspirado piloto australiano.

Na largada, o pole Webber se manteve na liderança e o Vettel, que largou em 3º, conseguiu uma boa ultrapassagem sobre a surpreendente Renault do Kubica. Logo na volta seguinte, o Safety Car entrou pela primeira vez na pista, em decorrência de um acidente do Hulkenberg no túnel, protagonizando o que viria ser o primeiro dos acidentes espetaculares da Williams na corrida.

Com o Safety Car na pista, o Alonso – que havia largado dos boxes em último porque destruiu sua Ferrari antes da qualificação e não pôde fazer tempo – entrou nos boxes para fazer sua troca de pneus. Com o pelotão se movendo lentamente atrás do Safety Car, o asturiano logo se juntou ao grupo, com a vantagem de não ter que parar mais para trocar pneus. Foi a jogada da corrida e acabou rendendo um ótimo 6º lugar para o piloto no final da prova.

Quem teve poucos motivos para comemorar, no entanto, foi o até então líder do campeonato Jenson Button. Ele parou logo na 3ª volta porque os mecânicos esqueceram de retirar uma das tampas das entradas de ar da sua McLaren, causando um superaquecimento do motor . Aliás, a corrida foi marcada por trapalhadas nos boxes, especialmente das equipes novatas, que ainda não aprenderam a trocar um pneu.

Com a saída do Safety Car, o Webber saiu abrindo vantagem para o Vettel, que por algum motivo não conseguia seguir o ritmo do australiano. Num circuito como Mônaco, em que é quase impossível ultrapassar, chegou a ser providencial a largada em último do Alonso, porque pelo menos conseguimos ver disputas e ultrapassagens. Tudo bem que foram ultrapassagens nas novatas, mas pelo menos elas aconteceram.

Enquanto isso, o Schumacher finalmente estava andando na frente do companheiro Rosberg e ainda conseguiu ultrapassar o ex-companheiro de equipe Barrichello na parada para trocar os pneus.

Com todo mundo parando para trocar pneus, lá estava o Alonso em 6º lugar, algo que ele provavelmente não esperava nem em suas expectativas mais otimistas.

Logo depois, o Barrichello protagonizaria o segundo acidente da Williams e, novamente, tivemos o Safety Car na pista. A batida do brasileiro foi mais visualmente impactante que a do Hulkenberg e, quando o carro parou de rodar, ele estava de cara para o pelotão, que vinha pela pista acelerando. Não deve ter sido muito agradável.

Com a saída do Safety Car, a corrida seguiu sem grandes surpresas até que ele tivesse que entrar na pista de novo, desta vez por uma TAMPA DE BUEIRO que supostamente estaria solta no circuito.

Me lembrou aquele filme lastimável do Sylvester Stallone sobre a Fórmula Indy – “Alta Velocidade”. Em determinada cena, dois pilotos saem rasgando pelas ruas da cidade com seus carros de corrida. A velocidade deles é tão ESTONTEANTE que as tampas dos bueiros são literalmente arrancadas e arremessadas para o ar quando os carros passam por cima delas, em uma das sequências mais constrangedoras da história do cinema.

Felizmente, nenhuma tampa foi arrancada em Mônaco e a corrida pôde seguir seu rumo tranquilamente. Realmente, não aconteceu muita coisano decorrer da prova e o Webber só precisou administrar sua vantagem enquanto esperava pela bandeirada final.

Só que o Trulli e o Chandhok tiveram um acidente bem no finalzinho da prova, um típico acidente “à la Jarno Trulli”, com o italiano passando com seu “Lotus” POR CIMA da Hispania do indiano.

Por sorte, nada de mais grave aconteceu com o Chandhok, mas acidente em Mônaco significa Safety Car. Então lá estava o Bernd Mayländer, piloto do Safety Car, justificando o salário e voltando para a pista. Faltavam poucas voltas para o final da prova e parecia que nada mais se alteraria. Só que, por mais bizarro que possa parecer, algo aconteceu.

Na última volta, apareceu na transmissão que o Safety Car entraria nos boxes. Acho que isso foi só para deixar claro que quem levaria a bandeirada seria o Webber, e não o Mayländer no seu Safety Car. Mas aí, na última curva, surpreendentemente, o Schumacher jogou sua Mercedes por dentro e ultrapassou o Alonso, antes do final da corrida, aparecendo na classificação final em 6º.

Na hora, ficou todo mundo da transmissão sem saber se o que o alemão tinha feito era legal ou não, mas tava na cara que não era.

Numa relargada de Fórmula-1, a ultrapassagem só é permitida APÓS a linha de chegada. Ou seja, o que o Schumi fez infringiu o regulamento. Tanto, que ele foi punido pela comissão da prova e terminou em 12º.

Resumo da ópera: Mark Webber novo líder do campeonato, seguido pelo seu companheiro Sebastian Vettel, com a equipe mais forte da temporada finalmente no lugar que merece. Parece que a Red Bull acertou a mão e, a não ser que algo mude muito rapidamente, deve papar este campeonato.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

BATENDO UM BOLÃO

Clima de Copa do Mundo no ar, já começam a falar sobre quem será o responsável por montar o tradicional bolão da firma.

Isso me lembrou de uma história do meu obscuro passado que talvez explique porque eu não seria a pessoa mais indicada para fazer isto.
O ano era 1998, se não me engano, e eu trabalhava numa agência pequena, porém simpática, na Av. Faria Lima.

Alemanha e Brasil fariam um amistoso em Stuttgart e eu, como torcedor da Alemanha que sou, em meio a uma esmagadora torcida de brasileiros, estava ansioso para assistir à partida.

Sugeriram fazer um bolão “às cegas” para dar um molho ao jogo e, como eu não conhecia o termo, me explicaram que as apostas seriam feitas no escuro – cada um escolheria um resultado sem saber qual era e, no final do jogo, quem tivesse acertado o placar da partida levaria a bolada. Achei interessante e na hora me coloquei à disposição para elaborar a tabela de apostas.

Coloquei todos os resultados entre 0x0 até 3x3 numa coluna central, que seria posteriormente coberta por uma tira preta, impedindo que as pessoas soubessem em quais resultados tinham apostado. Vocês podem conferir como ficou na imagem acima.

Antes de imprimir, decidi que seria melhor embaralhar os resultados para tornar impossível alguém “deduzir” em que lugar da folha estariam os placares mais prováveis. Só que – e aí que a coisa fica feia – eu também queria brincar, então decidi fazer isso COM O MONITOR DO MEU COMPUTADOR DESLIGADO.

Eu ficava dando copy-paste no escuro, a esmo, embaralhando os resultados de maneira que nem eu mesmo saberia onde cada placar estaria. Eu sei o que vocês estão pensando, mas na hora me pareceu uma boa ideia.

Imprimi, colei a tarja preta por cima dos resultados com cuidado e de olhos semi-cerrados, tentando não ver os resultados - o que estragaria a brincadeira. Depois, foi só sair arrecadando o dinheiro das apostas e assistir ao jogo.

As pessoas ficaram na agência até as 20h00, assistindo a um derrota da Alemanha por 2x1 e se divertindo às minhas custas. Chegada a hora de revelar o ganhador, veio a surpresa.

Quando tirei a tarja preta para revelar o ganhador, o resultado foi:

A árdua lição que tirei desta experiência de tentar editar um arquivo com o monitor desligado é que isso nem sempre funciona, pelo simples motivo de que VOCÊ NÃO TEM A MAIS PUSTA IDEIA DO QUE ESTÁ FAZENDO.

P.S. Devolvi o dinheiro, porque ninguém acertou o resultado.

terça-feira, 11 de maio de 2010

NOVO TAG AUTOBIOGRÁFICO

A obra autobiográfica apresentada na foto trata-se apenas
dos momentos não-constrangedores na vida de Charles.
Os outros 458.987 volumes estarão NA MÍDIA em breve.



Acrescentei um novo tag ao "Vá Direto Ao Que Interessa": o tag AUTOBIZARROGRAFIA.

Na verdade, nada muda no blog, mas estou deixando os elementos que têm um teor mais autobiográfico um pouco mais acessíveis.

Faço isso para registrar alguns momentos que eu acho que merecem ser registrados, mas não o suficiente para que eu crie um novo blog para eles.

E, para quem me conhece, BIZARROgrafia vai soar incrivelmente pertinente.

Sei lá. Não se assustem. Nada mudou.

Mas, aos que estiverem ávidos por cheirar uma carreira de sal ou que queiram correr pela Rua Groenlândia 5 vezes seguidas em vez de consultar um guia...

YOU ARE NOT ALONE.

OH NOTES...

"E se você puder digitar a senha de olhos vendados
e sem usar os dedos, a gente agradece."


Parece papo de velho isso, mas de fato o mundo está muito complicado hoje em dia. E desnecessariamente.

Por exemplo, agora já não basta ter a senha do banco. É preciso ter uma senha específica para internet, uma pergunta secreta, um código composto de letras e números, uma senha alfanumérica... e espera-se que você periodicamente troque estas senhas por motivos de segurança – e tenha que memorizar tudo de novo.

Mas nada chega perto dos critérios para escolha de senha que o nosso programa de envio de e-mails aqui da agência tem, como vocês podem conferir na imagem acima.

O programa é o Lotus Notes e, como se não bastasse seu gritante despreparo com a simples tarefa de receber e mandar e-mails – ações que ele realiza com uma morosidade e complexidade avassaladoras – ele inovou ao me intimar a mudar minha senha.

Primeiro que ele não me SUGERIU uma mudança, mas simplesmente me INFORMOU que, a partir de agora, eu deveria mudar minha senha.

Na verdade, ele faz isso todo mês, mas agora o programa decidiu inovar. Saquem só os novos critérios para que a senha escolhida seja aceita pelo programa.

Tem que ter no mínimo 8 caracteres, ter letras em caixa alta E caixa baixa, números E caracteres especiais (tipo pontos de exclamação ou asteriscos, por exemplo).

A senha não pode conter seu nome e não pode nem começar e nem terminar com um caractere especial. Além disso, precisa ser uma senha que não tenha utilizado anteriormente.

Tenta aí fazer uma que você lembre de cabeça pra ver como é bacana.

Resumo da ópera: para sua segurança, sua senha tem que ser tão complicada e difícil de lembrar para que NEM MESMO VOCÊ possa ter acesso aos seus e-mails.

Mas é PARA SUA SEGURANÇA, OK?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

F1 2010 - GP DA ESPANHA

Após a vitória, um exultante Mark Webber decidiu jogar seu capacete
para a torcida, num simpático gesto de carinho ao público.
Infelizmente ele não avisou antes
e o tal gesto de carinho
acabou resultando em 4 dentes quebrados, um
traumatismo craniano
e incontáveis processos criminais contra o piloto australiano.



Estranhamente, correr na Espanha sempre foi um prazer pra mim quando eu "corria" lá no fenomenal joguinho GP2, para computador. Digo estranhamente porque a corrida foi de um tédio que quase me fez voltar pra cama nesta manhã paulistana feia e nublada.

Foi um porre. A história da corrida foi que o Mark Webber saiu abrindo e se manteve na frente até o final da prova. The end.

Ao longo das últimas corridas, plantou-se na cabeça dos espectadores a ilusão de que este seria um ano em que tudo mudaria – mais equilíbrio, mais disputas, mais ultrapassagens, mais emoção.

Mas a verdade não é bem esta. A Red Bull sobra na frente e foi pole em todas as corridas até agora. Só não ganhou todas por falhas de confiabilidade que, ao longo da temporada, devem ser sanadas. Provavelmente, teremos um título mundial da equipe austríaca.

Quanto à corrida, tivemos uma das filmagens de largada mais PORCAS da história. Parecia até que tinham dado a câmera pra Amy Winehouse filmar depois de 2 garrafas de vodka. A imagem tremia violentamente e por pouco deu pra entender o que estava acontecendo quando as luzes se apagaram.

Tudo bem, porque o que aconteceu foi, em linhas gerais, nada.

Webber, Vettel, Hamilton e Alonso. Como largaram, seguiram. A destacar também a boa posição de largada do já desacreditado Schumacher, que pela primeira vez andou na frente do Rosberg.

Depois de algumas voltas, chegaram os retardatários. Os carros da parte de trás do grid – Hispania, Lotus e Virgin – são tão lentos que quase parecem distorcer as leis da relatividade e é como se eles estivessem sendo ultrapassados pelos líderes antes mesmo da primeira volta terminar.

Para ter uma ideia de quanto isso é verdade, a pole da GP2 – categoria que dá acesso à Fórmula-1 – foi apenas UM SEGUNDO mais rápida que o último carro do grid. Definitivamente, tratam-se de duas categorias distintas correndo em uma só. Não é à toa que as equipes principais estão apavoradas com a classificação em Mônaco pela impossibilidade de ultrapassar que o circuito oferece. Basta o Vettel ficar preso alguns instantes atrás do Bruno Senna durante a classificação, por exemplo, que vai pro fim do grid. Pensando bem... pode até ser divertido.

Com uma rodada de pit-stops aparentemente prematura, o Hamilton se beneficiou de uma burrada da Red Bull e ultrapassou o Vettel de forma plasticamente bonita, ambos dividindo a curva no final da reta principal com o inglês levando vantagem.

A outra McLaren, do atual campeão Button, não conseguia passar pelo consistente Schumacher, que se manteve à frente dele a corrida toda. O Schumi não fez nenhuma ultrapassagem antológica nem nada disso, mas pilotou de forma altamente eficiente e impossibilitou o bom Jenson Button – que tinha equipamento claramente superioir – a passar. Gradualmente, parece que o Schumacher vai voltando à boa e velha forma de outros tempos.

Durante a transmissão, o Galvão comentou que o Barrica estava a míseros 2 pontos de igualar o total de pontos conquistados pelo tricampeão Ayrton Senna (e ele acabou marcando justamente estes 2 pontos, igualando a marca). De verdade, achei meio desnecessária a comparação, ainda mais tendo-se em vista que o Barrichello teve CEM CORRIDAS a mais que o Senna. Como diria o divertido comediante Steven Wright, “anywhere is walking distance, if you got the time” e, fazendo seus pontinhos aqui e ali, era só uma questão de tempo até que ele superasse o compatriota.

Fora que mudaram o sistema de pontuação de forma tão dramática para este ano que agora o vencedor ganha mais que o DOBRO de pontos que eram dados até então. Isso com certeza vai dar uma guinada violenta nas estatísticas a ponto de tornar o quesito “número de pontos conquistados” em algo completamente subjetivo.

Como exemplo, o Button – atual líder do campeonato – tem até agora duas vitórias e 70 pontos após esta que foi a 5ª corrida da temporada. Ano passado ele foi campeão mundial com 6 vitórias e – pasmem – 95 pontos, meros 25 pontos a mais do que conquistou até agora neste INÍCIO de campeonato. Em suma, ferraram as estatísticas e, em breve, teremos pilotos medianos obliterando recordes de pilotos campeões mundiais, como se estas marcas nada significassem. Um pecado. Vou ver se, quando tiver um tempinho, calculo pra vocês as estatísticas de todos os tempos usando esta nova pontuação desde o primeiro GP, em 1950.

De emoção na corrida, talvez só o acidente do Hamilton a uma volta do final, pelo qual o inglês foi duramente criticado pelo Galvão até que ele se desse o trabalho de assistir ao replay e perceber que um piloto raramente tem culpa de bater o carro quando seu pneu FURA NO MEIO DE UMA CURVA EM ALTA. Até aí, o Galvão Bueno só tem 30 e tralalá anos de Fórmula-1, então é justo que ele ainda não tenha se adaptado à categoria.

Legal também foram as palavras de incentivo do pessoal da Red Bull para um Vettel com graves problemas de dirigibilidade, ao recomendar que o piloto alemão ficasse atento porque a qualquer momento seus freios poderiam acabar. Que tal pensar nisso a 260km por hora com um MURO se aproximando rapidamente?

Mas, no final, tudo deu certo e ele terminou em terceiro, atrás de um quase burocrático Alonso que só se deu o trabalho de dirigir de forma competente, e do grande ganhador Mark Webber, que só vimos na largada e na bandeirada.

Corrida sonolenta, difícil de assistir, mas que eu suportei do começo ao fim em respeito a vocês, leitores. Não precisam agradecer.

Agora, semana que vem, temos Mônaco, uma semana antes da data habitual, sei lá porquê. Vai ser no mínimo divertido ver como a galera se vira com as 6 chicanes ambulantes (e não muito ambulantes, diga-se de passagem) que serão os carros da Hispania, Virgin e Lotus. Vamos ver.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"A HISTÓRIA DAS CAMISAS DE TODOS OS JOGOS DAS COPAS DO MUNDO": O LIVRO QUE CONTA A HISTÓRIA DAS CAMISAS DE TODOS OS JOGOS DAS COPAS DO MUNDO


Como que num “esquenta” para a Copa do Mundo da África que “tá logo ali”, saiu no site Minhas Camisas o lançamento de um livro essencial para quem, como eu, é fissurado pelas camisas das seleções mundiais: “A Historia das Camisas de Todos os Jogos das Copas do Mundo”, do Paulo Gini.

Para quem não sabe, é dele um outro livro que conta a história das camisas de 12 dos 13 principais times do Brasil (o maior de todos – a grande Ponte Preta – acabou ficando de fora).

O novo livro mostra, de forma didática e precisa, todos os uniformes (incluindo as combinações de camisa, short e meias) já usadas por todas as equipes que disputaram uma partida numa Copa do Mundo.

Confesso que sempre sonhei em encontrar um livro assim. Abaixo, um exemplo para vocês verem como é estruturado. Estas páginas em particular são referentes à Copa de 2002, ano em que, vocês se lembram, a gloriosa Alemanha foi vice.

Vai lançar dia 8 de maio (sábado) e custar R$45,90. É um preço baixo pelo valor quase inestimável de uma enciclopédia como esta.

MAS É LÓGICO...



Eu particularmente achei uma injustiça tremenda o zero.

Dica do Alexandre Emo, que acabou me levando ao impagável site do FunnyExam. Acessem.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

MARLBORO? ONDE?

Apesar das alegações da Ferrari e da Phillip Morris de que
o código de barras à direita nada tem a ver com o logo da Marlboro
à esquerda, tentar encontrar semelhanças entre as duas é
mais ou menos como "procurar pêlo em Tony Ramos".


Saiu no na internet a notícia de que a Ferrari estaria sendo investigada por uma suposta propaganda subliminar nos seus carros.

A propaganda de cigarros é proibida na Fórmula-1, mas a indústria tabagista sempre teve forte presença na categoria, a começar pelo patrocínio da Gold Leaf nos até então verdes carros da Lotus.

Ao longo dos anos, tivemos carros que se tornaram emblemáticos justamente por ostentarem as cores de cigarros como a Gitanes, no caso da Ligier, e a John Player Special, que fez com que os carros da Lotus fossem eleitos os mais bonitos da história por 10 em cada 10 fãs de corrida.

E, claro, tem a Marlboro, que transformou os carros da McLaren em pacotões de cigarro durante décadas, até migrar definitivamente para a Ferrari, deixando a escuderia inglesa aos cuidados de outra marca de cigarros – a West.

A influência da Marlboro na Ferrari foi tão intensa que chegaram até a mudar a cor dos carros – do famoso vermelho-Ferrari para um vermelho alaranjado – simplesmente para que os carros (e a marca) se destacassem mais na transmissão pela televisão.

Em 2006, ocorreu a proibição completa do segmento tabagista na categoria, mas a Marlboro decidiu continuar patrocinando a Ferrari

A equipe passou a se chamar Scuderia Ferrari Marlboro e a marca de cigarros assinou um contrato de 10 anos no valor aproximado de 1 bilhão de dólares.

Com a proibição definitiva, o vermelho nos carros voltou a ter aquela tonalidade mais escura, mas na carenagem aparecia um código de barras branco, bem no lugar onde habitualmente se via a famosa marca de cigarros.

Tudo bem que a palavra MARLBORO não aparece escrita em nenhum lugar, mas tá mais do que na cara que o que está estampado nos carros do Cavalino Rampante é uma clara propaganda subliminar da empresa.

São os mesmos recursos que a marca utilizava quando a proibição era parcial e ele só era impedida de aparecer em alguns circuitos.

É inacreditável a cara de pau da assessoria da Philip Morris, ao alegar que o tal código de barras acima faz parte da programação visual da Ferrari e não tem NADA A VER com a Marlboro.

Claro que tem. O que a Marlboro faz é se beneficiar de elementos imediatamente reconhecíveis e vinculados à sua imagem para “aparecer sem aparecer”.

É o que o guru do neuro-marketing Martin Lindstrom classifica como “smashable components” – elementos que por si só causam uma associação imediata à marca, sem que se faça necessária a aplicação do logo.

São coisas como o vermelho-e-branco, a onda ou o formato da garrafa da Coca-Cola. Você não precisa ler a marca COCA-COLA para saber na hora do que se trata.

Agora, independente deste código de barras ser correto ou errado do ponto de vista ético, os caras vierem dizer que ele não tem NADA A VER com a Marlboro é muito CHAMAR A GENTE DE OTÁRIO, né não?

ROUBA NO JOGO, MAS NÃO ME OFENDE.