para a torcida, num simpático gesto de carinho ao público.
Infelizmente ele não avisou antes e o tal gesto de carinho
acabou resultando em 4 dentes quebrados, um traumatismo craniano
e incontáveis processos criminais contra o piloto australiano.
Infelizmente ele não avisou antes e o tal gesto de carinho
acabou resultando em 4 dentes quebrados, um traumatismo craniano
e incontáveis processos criminais contra o piloto australiano.
Estranhamente, correr na Espanha sempre foi um prazer pra mim quando eu "corria" lá no fenomenal joguinho GP2, para computador. Digo estranhamente porque a corrida foi de um tédio que quase me fez voltar pra cama nesta manhã paulistana feia e nublada.
Foi um porre. A história da corrida foi que o Mark Webber saiu abrindo e se manteve na frente até o final da prova. The end.
Ao longo das últimas corridas, plantou-se na cabeça dos espectadores a ilusão de que este seria um ano em que tudo mudaria – mais equilíbrio, mais disputas, mais ultrapassagens, mais emoção.
Mas a verdade não é bem esta. A Red Bull sobra na frente e foi pole em todas as corridas até agora. Só não ganhou todas por falhas de confiabilidade que, ao longo da temporada, devem ser sanadas. Provavelmente, teremos um título mundial da equipe austríaca.
Quanto à corrida, tivemos uma das filmagens de largada mais PORCAS da história. Parecia até que tinham dado a câmera pra Amy Winehouse filmar depois de 2 garrafas de vodka. A imagem tremia violentamente e por pouco deu pra entender o que estava acontecendo quando as luzes se apagaram.
Tudo bem, porque o que aconteceu foi, em linhas gerais, nada.
Webber, Vettel, Hamilton e Alonso. Como largaram, seguiram. A destacar também a boa posição de largada do já desacreditado Schumacher, que pela primeira vez andou na frente do Rosberg.
Depois de algumas voltas, chegaram os retardatários. Os carros da parte de trás do grid – Hispania, Lotus e Virgin – são tão lentos que quase parecem distorcer as leis da relatividade e é como se eles estivessem sendo ultrapassados pelos líderes antes mesmo da primeira volta terminar.
Para ter uma ideia de quanto isso é verdade, a pole da GP2 – categoria que dá acesso à Fórmula-1 – foi apenas UM SEGUNDO mais rápida que o último carro do grid. Definitivamente, tratam-se de duas categorias distintas correndo em uma só. Não é à toa que as equipes principais estão apavoradas com a classificação em Mônaco pela impossibilidade de ultrapassar que o circuito oferece. Basta o Vettel ficar preso alguns instantes atrás do Bruno Senna durante a classificação, por exemplo, que vai pro fim do grid. Pensando bem... pode até ser divertido.
Com uma rodada de pit-stops aparentemente prematura, o Hamilton se beneficiou de uma burrada da Red Bull e ultrapassou o Vettel de forma plasticamente bonita, ambos dividindo a curva no final da reta principal com o inglês levando vantagem.
A outra McLaren, do atual campeão Button, não conseguia passar pelo consistente Schumacher, que se manteve à frente dele a corrida toda. O Schumi não fez nenhuma ultrapassagem antológica nem nada disso, mas pilotou de forma altamente eficiente e impossibilitou o bom Jenson Button – que tinha equipamento claramente superioir – a passar. Gradualmente, parece que o Schumacher vai voltando à boa e velha forma de outros tempos.
Durante a transmissão, o Galvão comentou que o Barrica estava a míseros 2 pontos de igualar o total de pontos conquistados pelo tricampeão Ayrton Senna (e ele acabou marcando justamente estes 2 pontos, igualando a marca). De verdade, achei meio desnecessária a comparação, ainda mais tendo-se em vista que o Barrichello teve CEM CORRIDAS a mais que o Senna. Como diria o divertido comediante Steven Wright, “anywhere is walking distance, if you got the time” e, fazendo seus pontinhos aqui e ali, era só uma questão de tempo até que ele superasse o compatriota.
Fora que mudaram o sistema de pontuação de forma tão dramática para este ano que agora o vencedor ganha mais que o DOBRO de pontos que eram dados até então. Isso com certeza vai dar uma guinada violenta nas estatísticas a ponto de tornar o quesito “número de pontos conquistados” em algo completamente subjetivo.
Como exemplo, o Button – atual líder do campeonato – tem até agora duas vitórias e 70 pontos após esta que foi a 5ª corrida da temporada. Ano passado ele foi campeão mundial com 6 vitórias e – pasmem – 95 pontos, meros 25 pontos a mais do que conquistou até agora neste INÍCIO de campeonato. Em suma, ferraram as estatísticas e, em breve, teremos pilotos medianos obliterando recordes de pilotos campeões mundiais, como se estas marcas nada significassem. Um pecado. Vou ver se, quando tiver um tempinho, calculo pra vocês as estatísticas de todos os tempos usando esta nova pontuação desde o primeiro GP, em 1950.
De emoção na corrida, talvez só o acidente do Hamilton a uma volta do final, pelo qual o inglês foi duramente criticado pelo Galvão até que ele se desse o trabalho de assistir ao replay e perceber que um piloto raramente tem culpa de bater o carro quando seu pneu FURA NO MEIO DE UMA CURVA EM ALTA. Até aí, o Galvão Bueno só tem 30 e tralalá anos de Fórmula-1, então é justo que ele ainda não tenha se adaptado à categoria.
Legal também foram as palavras de incentivo do pessoal da Red Bull para um Vettel com graves problemas de dirigibilidade, ao recomendar que o piloto alemão ficasse atento porque a qualquer momento seus freios poderiam acabar. Que tal pensar nisso a 260km por hora com um MURO se aproximando rapidamente?
Mas, no final, tudo deu certo e ele terminou em terceiro, atrás de um quase burocrático Alonso que só se deu o trabalho de dirigir de forma competente, e do grande ganhador Mark Webber, que só vimos na largada e na bandeirada.
Corrida sonolenta, difícil de assistir, mas que eu suportei do começo ao fim em respeito a vocês, leitores. Não precisam agradecer.
Agora, semana que vem, temos Mônaco, uma semana antes da data habitual, sei lá porquê. Vai ser no mínimo divertido ver como a galera se vira com as 6 chicanes ambulantes (e não muito ambulantes, diga-se de passagem) que serão os carros da Hispania, Virgin e Lotus. Vamos ver.
7 comentários:
Esse post também me deu vontade de voltar pra cama agora.
Nada pessoal. Perco o amigo mas não perco a piada sem graça.
Legal é o autor se referindo aos seus "leitores"... giggle...
Tá certo que você e eu somos leitores! Mas ele podia ter chamado pelo nome, né? Aí daria um toque mais intimista.
Concordo com você. É um reconhecimento que nós merecemos. BOm, você merece. Eu já não sei se MEREÇO. O Charles pode dizer.
Não. Você não pode. "Gostaria de dizer aos meus leitores, Mark e Anônimo, que..."
Não fica muito bem, né?
É...anônimo não é ninguém mesmo.
Sou um peso morto, um emaranhado de coisas ruins, como ele mesmo diria.
que exuda pelos poros
hahahahahahaha isso!
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