segunda-feira, 16 de junho de 2014

COPA 2014 - COLÔMBIA x GRÉCIA - URUGUAI x COSTA RICA - INGLATERRA x ITÁLIA - JAPÃO x COSTA DO MARFIM

A Inglaterra atacava, mas aí Balotelli subiu à mesma altura que o zagueiro inglês e usou 
seus 4 cm a mais de cabelo moicano cara cabecear e selar a vitória Italiana. Itália 2x1 Inglaterra.


O terceiro dia de Copa do Mundo, foi um dia cheio. Foram 4 jogos, o que significou sacrificar um lindo sábado de sol em frente à TV.

Começou com Colômbia e Grécia. O jogo terminou com o placar de 3x0 para a equipe sul-americana, mas por incrível que pareça, isso não chegou a refletir o que aconteceu durante o jogo. Apesar do placar elástico e do fato de o primeiro gol colombiano ter acontecido aos 5 minutos, a Grécia até que deu trabalho para a Colômbia, conseguindo até uma bola na trave. Aliás, o jogo foi equilibrado até nos números, com 12 finalizações pra cada lado e 8 chutes no gol da Colômbia contra 7 da Grécia.

Mas acho que é só o que todo mundo quer saber sobre este jogo, certo? Então vamos pro próximo, que, evidentemente, seria o passeio do Uruguai sobre a Costa Rica. Na verdade, a única dúvida para o jogo era saber de quanto o Uruguai iria ganhar da Costa Rica para começar a calcular o que Inglaterra e Itália teriam que fazer para ficar com as vagas do Grupo E.  No entanto, não foi bem isso que aconteceu.

O Uruguai marcou primeiro, cortesia de um pênalti incontestável em cima do Lugano. Minutos mais tarde, a Celeste só não ampliou porque o bom goleiro Keylor Navas fez ótima defesa num chute em cobertura de Forlán – aquele que havia sido eleito o melhor jogador da Copa de 2010. Tudo andava conforme o script e o Uruguai se preparava para aplicar uma sonora goleada, quando alguém decidiu reescrever o script.

No segundo tempo, num lançamento da Costa Rica que parecia perdido, Gamboa acreditou e conseguiu alcançar a bola milésimos antes dela passar pela linha de fundo, cruzando a bola para dentro da área uruguaia. Esperando por ela estava o surpreendente jogador do Arsenal (emprestado para o Olympiacos) Joel Campbell, que chutou com categoria e empatou o jogo, sob o olhar incrédulo do goleiro Muslera, que permaneceu completamente estático. 

Aprendemos algumas coisas com este gol. Uma delas foi que o Cambell vai ser pai (na comemoração ele colocou a bola por cima da camisa e chupou o polegar em homenagem ao filho que vai nascer). A outra foi que ele usa cueca branca (porque ele passou 90% da comemoração inexplicavelmente com o calção na metade da bunda). Mas a mais importante coisa que aprendemos foi que a Costa Rica não era aquele saco de pancadas que todo mundo estava dizendo.

E este último aprendizado teve um reforço contundente minutos depois, enquanto todo mundo ainda estava assimilando a mudança de placar e a cor da cueca do Campbell. Falta pra Costa Rica e Bolano chutou a bola pra área até ela encontrar a cabeça de Duarte e flutuar para dentro do gol sob o olhar incrédulo do goleiro Muslera, que permaneceu completamente estático. Era o segundo gol em menos de 3 minutos.

O time do Uruguai até tentou alguma coisa, mas como isso se limitou a torcer para uma falha no espaço-tempo que fizesse o jogo terminar naquele instante, isso não surtiu muito efeito e só dava Costa Rica. Até que, no final do jogo, um lançamento costa-riquenho em profundidade encontrou Urena, que mesmo entre dois uruguaios e com o goleiro Muslera fechando o ângulo, fez um dos gols mais elegantes e inteligentes da Copa até agora. E aí saiu para comemorar o terceiro gol contra a poderosa seleção uruguaia sob o olhar incrédulo do goleiro Muslera, que permaneceu completamente estático.

Esse resultado com certeza interessou Inglaterra e Itália, também do GrupoE, que descobriram que o tal “grupo da morte” não tinha 3 bichos papões em busca de duas vagas: tinha 4.

O que nos leva ao que foi o melhor jogo da Copa até agora: Inglaterra x Itália (não conto o jogo da Espanha x Holanda porque aquilo não foi bem um jogo – foi um extermínio).

Os torcedores do estádio de Manaus (em sua maioria brasileiros) estavam descaradamente torcendo para a Itália. Vaiavam cada passe da Inglaterra e gritavam “olé” para cada toque italiano. Isso pra mim demonstra uma certa IMBECILIDADE da torcida, porque a Itália é a única seleção tetracampeã no mundo e é a única ameaça imediata à hegemonia de títulos do Brasil. Além disso, foi a Itália (com uma ajudinha do Toninho Cerezo) que aniquilaram a mítica Seleção de 1982, então imaginei que talvez a Azzurra fosse uma espécie de segunda Argentina? Pelo visto não.

No gol da Itália, uma novidade – Buffon havia se machucado durante o treino e cedia a posição para o reserva Sirigu, que pra mim era apenas um cara com o mesmo nome do chefe do Bob Esponja. Mas ele teve que mostrar serviço, porque fazia tempo que eu não via a Inglaterra jogar dessa forma. 

Um time focado, muito veloz e incrivelmente perigoso, o jovem e renovado time inglês parecia ter chegado para acabar de vez com o estigma de time “quase finalista”. A impressão que se tinha ao assistir é que só a Inglaterra atacava, com a Itália no seu característico estilo defensivo, só esperando pelo erro do adversário para subir no contra-ataque.

E o tal erro acabou sendo um mísero escanteio. A Itália cobrou e Pirlo, num toque de absoluta genialidade, puxou a marcação e deixou a bola passar por entre as pernas, para que Marchisio chutasse por entre a zaga inglesa, abrindo o marcador.  Itália 1 x 0.

Só que dois minutos depois, enquanto a galera no estádio ainda comemorava, finalmente a insistência da Inglaterra deu certo. Um passe brilhante do jovem Sterling para Rooney, que cruzou na medida para Sturridge empatar o jogo.

A alegria do banco inglês foi tamanha que o fisioterapeuta da equipe pulou para comemorar e acabou torcendo o pé, tendo que ser removido do estádio de maca. Definitivamente não é a forma que alguém quer aparecer no DVD da Copa do Mundo.

O segundo tempo prometia ser emocionante e de fato foi. Com 5 minutos a Itália cruzava a bola na área e Balotelli cabaceava sem defesa para Hart, desempatando o jogo.

Foi um golpe duro para a Inglaterra, que não se abalou e continuou atacando, enquanto a Itália continuou contra-atacando (Pirlo ainda conseguiu até uma bola na trave no finalzinho do jogo). O placar mais justo teria sido o empate, mas futebol pouco tem a ver com justiça e a Itália assume a segunda posição do grupo, atrás apenas da surpreendente Costa Rica.

Aí faltava o último jogo do dia, entre Japão e Costa do Marfim. O jogo começava às 22h00, o que deve ter agradado apenas aos japoneses que estavam no Japão, que agora teriam como ver sua seleção em ação logo pela manhã de domingo.

Em campo, o Japão começou melhor e, logo aos 16 minutos do primeiro tempo, já abriu 1x0, dando a pinta de que esse jogo seria uma barbada. Aí o Japão agiu como se quisesse segurar o resultado pelos 74 minutos restantes (fora os acréscimos) e só deu Costa do Marfim.

No primeiro tempo, muita pressão da equipe africana, mas nada da bola entrar – em partes por causa do preciosismo e falta de pontaria dos marfinenses. 

Mas aí, no segundo tempo, entrou Drogba e, 2 minutos depois, Wilfried Bony marcava o primeiro gol dos “elefantes”. 

Dois minutos depois, Gervinho, que tinha chutado pra tudo quanto é lado menos no gol até então, conseguiu fazer o segundo. A Costa do Marfim havia empatado e virado o jogo em menos de dois minutos.

Aliás, falando ainda do Gervinho, isso é diminutivo de quê? Será que o pai dele chamava Gerv?

De qualquer forma, justa vitória da seleção da Costa do Marfim, que subiu dramaticamente de produção com a entrada do Drogba. O Japão até tentou reagir, mas não teve forças. 

E agora que acabamos este post, cá entre nós, ê grupinho mais ou menos esse hein? Pior que isso só um grupo que tivesse Argentina, Bósnia, Irã e Nigéria. Felizmente, os deuses do futebol nunca fariam isso com a gente, né?

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