segunda-feira, 23 de junho de 2014

COPA 2014 - DEFINIÇÃO DO GRUPO A - DEFINIÇÃO DO GRUPO B

O jogo estava 1x1 quando os a leitura labial captou a seguinte conversa 
entre os jogadores Allan Nyom e Joel Matip, de Camarões: 
"Ei Allan, sabe o nome daquele brasileiro que joga pra Croácia?"
"Hm... ah sei! Eduardo."

"Não não, o nome dele é Marcelo!"
"HUAHUAHUAHUAHAUAHU"

A câmera ainda flagra Marcelo balbuciar "Pô, mancada aê..." antes do Brasil 
fazer mais 3 gols e parar com as risadinhas camaronenses de uma vez por todas.


E lá vamos nós pra parte mais séria desta Copa do Mundo: a rodada final da fase de grupos e as lágrimas copiosas dos que deixam o Brasil de volta para casa (tipo a Espanha, por exemplo).

Nessa última rodada, os jogos dos grupos acontecem simultaneamente, para impedir que alguém “jogue pelo resultado do outro jogo” e garantir que todos os times entrem em campo dispostos a lutar com todas as forças por aquelas vaguinhas que ainda restam.

Não foi o caso para Espahna e Austrália, uma vez que os dois países já haviam carimbado o passaporte de volta para casa ao fim da segunda rodada, mas para muitos países, a classificação para as oitavas ainda é um sonho (às vezes meio IMPOSSÍVEL, como é o caso de Portugal com o MELHOR DO MUNDO, Cristiano Ronaldo).

O jogo entre Austrália e Espanha não valia nada a não ser uma saída mais honrosa do Brasil, e os espanhóis ao menos conseguiram isso. Venceram o jogo contra a boa, mas altamente desmotivada, Austrália por 3x0. Com isso, a Espanha se livra do risco de replicar a péssima campanha da campeã França em 2002, em que ela entrou como detentora do título da Copa passada e não conseguiu marcar um golzinho que fosse, sendo eliminada logo na primeira fase.

A Espanha se esforçou para isso, mas no final das contas, conseguiu 3 golzinhos contra a já eliminada Austrália, conseguindo ao menos encerrar sua participação na Copa vencendo.

Outra coisa digna de nota deste jogo foi o fato de que a Espanha jogou com seu segundo uniforme – o preto. Como havia usado o terceiro – branco – contra a Holanda e o titular – vermelho – contra o Chile, a Espanha agora se junta à França como país que jogou uma Copa do Mundo usando 3 uniformes diferentes. Claro que, no caso dos franceses, não foi algo que havia sido premeditado. 

Eles haviam jogado os dois primeiros jogos da Copa com seus uniformes titular e reserva, mas chegaram no estádio para encarar a Hungria no terceiro jogo trazendo apenas suas camisas brancas, as mesmas que os húngaros haviam trazido. A atitude dos franceses foi para protestar (claro) contra a má arbitragem da Copa, mas até hoje me pergunto o que eles esperavam que fosse acontecer.

O que aconteceu de fato foi que o juiz da partida (por sinal o Arnaldo Cézar Coelho, aquele mesmo que comenta a arbitragem na Globo), falou que "isso não pode" e ele não iria começar o jogo enquanto os franceses não arranjassem camisas de outra cor. A solução foi pegar emprestado um jogo de camisas listradas em verde e branco, pertencente ao time amador argentino Kimberly.

Curiosamente, ambas as equipes que jogaram com 3 uniformes não tiveram a chance de repetir nenhum deles na Copa, porque tanto França em 1978 quanto Espanha em 2014 foram eliminadas logo na primeira fase.

Enquanto isso, Holanda e Chile se enfrentavam num jogo difícil, porém com poucas chances de gol. A impressão era que os times estavam se estudando e evitando correr riscos, o que me pareceu uma atitude sensata já que o segundo do grupo já pegava a pedreira que é o Brasil logo nas oitavas.

Como a Holanda liderava o Grupo B, jogava pelo empate, o que colocava a responsabilidade de ir atrás do resultado nas costas do Chile.

Após um primeiro tempo morno, os times voltaram mais agressivos na segunda etapa, mas com a Holanda conseguindo atacar mais. Até que, aos 32 minutos do segundo tempo, Fer cabeceou na área, sem defesa para o goleiro Bravo (Bravo é o nome do goleiro, não um adjetivo que estou usando para descrever como ele ficou ao levar o gol, apesar de ele ter, sim, ficado bravo).

Ao Chile não restava alternativa senão ir pra cima da Holanda, mas a bola cismava em não entrar. E quem muito ataca sempre acaba proporcionando espaço para contra-ataques, o que não costuma ser muito recomendado quando se tem gente como o Robben no time adversário.

E os chilenos sentiram isso na pele quando o veloz atacante do Bayern de Munique saiu em disparada pelo campo e cruzou a bola na área para que Depay marcasse o segundo da Laranja Mecânica, aos 45 do segundo tempo.

Resultado: Holanda primeira do grupo, Chile segundo. A "honra" de ter que pegar o Brasil nas oitavas sobrou para os chilenos.

E falando de Brasil, às 17h00 tivemos o término da fase de grupos para o Grupo A também.

O Brasil pegava a já eliminada seleção camaronense, enquanto Croácia e México se digladiavam para ver quem ficaria com a segunda vaga.

O jogo entre croatas e mexicanos começou com a Croácia esperando pelo México e buscando definir o jogo num contra-ataque.

Até a metade do segundo tempo, o jogo foi assim, com o México atacando e a Croácia tentando o contra-ataque. Mas aí, durante uma desses ataques mexicanos, aconteceu algo que não estava nos planos dos croatas: o México fez o gol. Aí fez de novo. E aí fez de novo.

Num período de 10 minutos, os mexicanos haviam feito 3x0, aniquilando as chances croatas de ainda sonhar com a vaga. Desesperada, a Croácia ainda conseguiu fazer um golzinho de honra no final do jogo, mas a fatura estava liquidada. Croácia fora da Copa e México agora tendo que encarar a Holanda nas oitavas.

No outro jogo do grupo, a previsão era de um jogo relativamente fácil, com Camarões já de malas prontas para voltar pra casa e, para piorar para eles, desfalcados de suas estrelas Eto’o e Song.

Então não foi surpresa nenhuma quando Neymar abriu o placar aos 17 minutos. O que FOI surpresa foi ver Matip empatar a partida minutos depois, aproveitando um cruzamento na área brasileira que ninguém cortou. 

Neste instante, por incrível que pareça, Camarões jogava mais do que o Brasil e já havia até mandado uma bola na trave. Alguns começavam a fazer cálculos, pensando nos riscos do país acabar a primeira fase na segunda posição, na perspectiva de pegar a Holanda, etc., etc.

Mas estava claro que o Brasil era o time superior na partida e que era só acertar a mão (ou neste caso o pé) que o gol sairia logo.

Não só isso acabou acontecendo aos 35 do primeiro tempo, como também viria acontecer mais duas vezes no segundo tempo. Ao todo foram 2 gols de Neymar, um de Fred (que agora ostenta um bigodón à la Lenny Killminster, emblemático vocalista do Mötorhead) e um de Fernandinho, que havia acabado de entrar.

Não sei se podemos dizer que o Brasil proporcionou uma exibição de gala, mas o fato é que a Seleção evidentemente não jogou tudo que podia. Agora contra o Chile, a história vai ser outra e a seleção andina já mostrou que é forte e talentosa.

Se ela tem forças pra ganhar do Brasil, honestamente acredito que não. Meu palpite é para um Brasil x Holanda nas quartas. Repeteco de 2010. 

Nenhum comentário: