Mark Webber protagonizou o único momento remotamente interessante
da prova ao tentar ultrapassar Kovalainen e decolar por cima do finlandês,
num dos acidentes mais espetaculares do ano.
Felizmente, o australiano nada sofreu.
da prova ao tentar ultrapassar Kovalainen e decolar por cima do finlandês,
num dos acidentes mais espetaculares do ano.
Felizmente, o australiano nada sofreu.
A Fórmula-1 deveria ter a decência de fazer um recesso de um mês nos anos em que há Copa do Mundo. Por mais que eu ame a categoria máxima do automobilismo mundial, foi duro acordar pra assistir a uma corrida sabendo que depois teríamos Alemanha x Inglaterra e Argentina x México. Enfim, acordei e assisti.
De cara, um momento divertido e inusitado na classificação ontem. Os dois pilotos da Williams – Barichello e Hulkenberg – cravaram exatamente o mesmo tempo em suas voltas rápidas. A última vez que vi algo assim acontecer foi em 1997, em Jerez, quando TRÊS pilotos fizeram exatamente o mesmo tempo – Villeneuve (filho), Schumacher e Frentzen marcaram 1:21.072 e o grid de largada foi definido pela ordem de obtenção dos tempos. Para o GP de Valência deste ano (curiosamente no mesmo país em que ocorreu o outro incidente), como o Hulkenberg havia obtido o tempo antes do Barrica, ele largou na frente do brasileiro. É isso mesmo que vocês estão pensando: mesmo com EXATAMENTE O MESMO TEMPO, o Barrichello consegue largar atrás.
Voltando à corrida em si, ela foi um porre. Com a dupla da Red Bull largando na frente, a previsão era de um passeio da equipe austríaca. Mas o Webber largou pessimamente e caiu lá pra nono, enquanto o Vettel liderava um pelotão composto por McLarens e Ferraris.
Com o Vettel seguindo adiante e ninguém conseguindo chegar nele, coube ao Webber o papel de tornar esta corrida no mínimo interessante ao bater espetacularmente com a “Lotus” do Kovalainen. O australiano decolou e teve um acidente à la “joguinho de videogame”, causando momentos de tensão entre todo mundo que assistia à transmissão. Felizmente, o Webber nada sofreu e saiu andando no local do acidente.
A pavorosa batida causou a entrada do safety car e, com isso, um monte de gente aproveitou para entrar nos boxes e fazer suas trocas de pneus. Um monte de gente, mas não o Kobayashi, que de repente se via em 3º na prova, atrás de Vettel e Hamilton. Com a relargada, os dois líderes saíram abrindo vantagem para o bom piloto japonês da Sauber, que segurava o Button e se recusava a entrar nos boxes.
Francamente, a corrida se resumiu a isso. O Vettel na frente, com o Hamilton seguindo, e o Kobayashi – e o resto do pelotão – ficando cada vez mais para trás. Tanto que nem mesmo uma punição recebida pelo Hamilton fez diferença. O inglês teve que fazer um stop and go por ter ultrapassado o safety car quando este entrava na pista, mas voltou para a corrida ainda à frente do Kobayashi.
O japonês finalmente faria seu pit-stop mais pro fim da corrida, dando a terceira colocação para o sempre atento Jenson Button. E assim foi até a bandeirada final.
Corrida chata que teve ainda um detalhe bizarro: perto do final, ficamos sabendo que alguns carros estavam sob investigação por terem supostamente excedido “o tempo máximo de uma volta quando o carro de segurança está na pista”. Depois da corrida, informaram que 9 pilotos seriam punidos com um desconto de CINCO SEGUNDOS nos seus tempos por terem descumprido o regulamento. Ah tá. Acho que no fundo era só uma tática para que esta corrida não ficasse marcada como a mais monótona da temporada.
Ah. Outra coisa. Tinha dito num post anterior que achava que o sistema de pontuação instituído neste ano traria grandes injustiças. Pois bem, aqui vem a primeira. Com esta 4ª colocação, o piloto Rubens Barrichello ultrapassa Ayrton Senna e se torna o 4º maior pontuador da história da categoria, com 626 pontos. Engraçado pensar que, antes desta corrida, ambos estavam empatados com 614 pontos e, numa única prova, terminando em QUARTO, o Barrica conseguiu tirar DOZE PONTOS (o antigo equivalente a uma vitória + um 5º lugar). E aí? Justo ou não?
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